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No Dia Mundial da Saúde, fiscais federais
agropecuários alertam para os riscos do consumo de carne não inspecionada.
Produto contaminado pode levar à morte
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Saber
a procedência dos produtos que são consumidos evita danos à saúde. A carne
merece atenção especial. É importante observar se o produto foi inspecionado
e se traz a garantia de qualidade. Além de intoxicações alimentares, ingerir
o alimento não fiscalizado pode ser a porta de entrada para doenças
transmitidas dos animais aos homens, as chamadas zoonoses.
Para
minimizar os efeitos negativos, o fiscal federal agropecuário Adriano
Guahyba afirma que o ideal é comprar a carne embalada e refrigerada, além de
verificar se os rótulos do produto apresentam o selo do Serviço de Inspeção
Federal (SIF), dos municípios (SIM) ou Estados (SIE). “Essa é a melhor
forma de garantir a qualidade do produto.
Muitas vezes, pelo preço, os
consumidores optam por comprar em locais que não oferecem a garantia de
segurança”, ressalta Guahyba. Caso não se comprove a origem e o registro da
carne, ou outros produtos de origem animal, o consumidor deve denunciar ao
Ministério da Agricultura, para que seja feita a verificação da origem e
qualidade do produto oferecido.
Segundo
o fiscal, um dos problemas mais comuns ao consumir a carne sem os devidos
cuidados é a toxinfecção alimentar, infecção adquirida por meio do consumo de
alimentos contaminados por bactérias ou toxinas que pode levar o consumidor à
morte. Guahyba também cita a teníase como outro risco resultante das
más condições sanitárias. “A doença, causada por parasitas, geralmente
é transmitida pelo consumo de carne contaminada com cisticercos (larvas do
verme). Quando mal cozida ou assada, pode causar sérios riscos ao organismo,
entre eles problemas nervosos e cegueira”, destaca.
Mas
não são somente esses problemas que o consumidor pode apresentar ao ingerir o
alimento sem a devida inspeção. Os produtos obtidos a partir do abate
clandestino podem ser também vetores das doenças transmitidas dos animais aos
homens, como a tuberculose e brucelose. “A contaminação das carnes só poderá
ser identificada – e os produtos, descartados –, mediante a inspeção de
médico veterinário capacitado. Os abates clandestinos são efetuados em locais
impróprios, sem estrutura adequada e sem higiene. Há riscos de contaminação
ambiental, propagação de vetores transmissores de doenças e prejuízo à saúde
publica”, ressalta o fiscal.
Todos
os estabelecimentos registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (Dipoa), vinculado ao Ministério da Agricultura, dispõem
de fiscal federal agropecuário, no caso, médico veterinário, para
realizar a inspeção e a fiscalização do cumprimento das exigências
sanitárias.
Nos
estabelecimentos de abate, a presença diária desses profissionais é
obrigatória para a identificação de possíveis doenças, a destinação das peças
que possam estar comprometidas e a supervisão geral dos procedimentos nos
abatedouros. “O animal é submetido a uma série de análises e exames, antes e
após o abate, para garantir ao consumidor final um produto de qualidade. São
as denominadas inspeções ante
mortem e post
mortem”, explica Guahyba. Atualmente, o Serviço de Inspeção
Federal (SIF) tem atuação em mais de 4 mil estabelecimentos brasileiros.
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Sobre os Fiscais Federais Agropecuários
O
Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários (Anffa Sindical) é a entidade
representativa dos integrantes da carreira de Fiscal Federal Agropecuário. Os
profissionais são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos
veterinários e zootecnistas que exercem suas funções para garantir qualidade
de vida, saúde e segurança alimentar às famílias brasileiras. Atualmente
existem 2,7 mil fiscais na ativa que atuam nas áreas de fiscalização nos
portos, aeroportos, postos de fronteira, campos brasileiros, laboratórios,
programas agropecuários, empresas agropecuárias e agroindustriais, relações
internacionais e nas cidades fiscalizando produtos vegetais, comércio de fertilizantes,
corretivos, sementes e mudas.
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