terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Saiba como tomar decisões conscientes sobre a sua saúde através do autocuidado





Conceito ensina a desenvolver uma atitude ativa e responsável em relação à própria qualidade de vida e bem-estar


O autocuidado, conceito estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), trata da forma como a população estabelece e mantém a própria saúde, e como previne e lida com as doenças. O conceito é amplo e envolve questões fundamentais como higiene (geral e pessoal), nutrição (variedade e qualidade dos alimentos ingeridos), estilo de vida (atividades esportivas, lazer etc.), fatores ambientais (condições de moradia, hábitos sociais etc.) e socioeconômicos (nível de renda, crenças culturais etc.), além do uso responsável de medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs).
Educar a população sobre o autocuidado e os benefícios dele para a saúde é um dos principais pilares de atuação da ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição) de desde sua fundação, em 1994. Autocuidado significa desenvolver uma atitude ativa e responsável em relação à própria qualidade de vida, ao próprio bem-estar.
Para que o autocuidado seja pleno e o consumo de medicamentos sem prescrição, consciente e seguro, a ABIMIP acredita que o consumidor deve estar bem informado para que exerça plenamente seu direito de decisão. Para tanto, a associação desenvolveu quatro regras de ouro para o uso responsável dos MIPs:

1.       Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos.
2.       Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com a ajuda de um farmacêutico.
3.       Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo.
4.       Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem. Neste caso, o médico deverá ser consultado.

Sobre os MIPs
Internacionalmente conhecidos como a sigla em inglês OTC (Over-The-Counter, em tradução livre “sobre o balcão”), os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são aprovados pelas autoridades sanitárias para tratar males e doenças menores, como dores de cabeça e resfriados. Para ser considerado MIP, o medicamento deve ter reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após a sua suspensão, baixo potencial de toxicidade, baixo potencial de interações (medicamentosa e alimentar), período de utilização e facilidade de uso pelo paciente, baixo potencial de risco ao paciente (mau uso/abuso/intoxicação).

A ABIMIP acredita e defende que o uso dos MIPs, um dos pilares do autocuidado, é parte essencial da saúde, pois permitem que os indivíduos possam fazer uso de medicamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para tratar sintomas e males menores já diagnosticados ou conhecidos. Entre os benefícios desse uso responsável, estão a diminuição substancial dos custos para o sistema de saúde e para os usuários. Segundo dados da associação americana CHPA – Consumer Healthcare Products Association – de 2012, para cada US$ 1 gasto com medicamentos sem prescrição nos Estados Unidos, o sistema de saúde economiza de US$ 6 a US$ 7 em custos evitados. Além desse, outros benefícios são conforto do usuário – já que não há necessidade de ir a um serviço de saúde para tratar de um sintoma conhecido –, melhoria da qualidade de vida (visto que os MIPs também englobam produtos de caráter preventivo como vitaminas e antioxidantes, entre outros) e o direito assegurado ao usuário de atuar sobre a própria saúde.

O uso dos MIPs deve ser interrompido e o paciente deve procurar o médico, se:
·         os sintomas persistirem;
·         os sintomas piorarem ou se o paciente tiver uma recaída;
·         o paciente tiver dores agudas;
·         o paciente tiver tentado um ou mais remédios sem sucesso;
·         surgirem efeitos não desejados;
·         o paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas;
·         o paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade, inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiperexcitabilidade.

Atualmente, os MIPs representam cerca de 30% do mercado farmacêutico. O segmento cresceu 11% em novembro de 2015 em faturamento, em comparação a 9% no mesmo período do ano passado. Também teve um crescimento de 9% em unidades em novembro do ano passado, contra 7% no mesmo mês de 2014. As cinco classes terapêuticas mais vendidas em unidade em novembro foram analgésicos, miorrelaxantes tópicos, produtos para gripes e resfriados, produtos para problemas gástricos e antitussígenos. 

Fonte: IMS Health – Novembro/2015

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