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Carnaval: 79% das jovens brasileiras
já foram assediadas ou receberam cantadas ofensivas
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Pesquisa do Instituto Avon e do Data Popular
também revela que cerca de 60% dos jovens com a vida sexual ativa não usam
preservativo em todas as relações sexuais
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Pesquisa
realizada pelo Instituto Avon, em parceria com o instituto de pesquisa Data
Popular, sobre o relacionamento entre os jovens e a violência doméstica (Violência contra as mulheres: os
jovens estão ligados?), mostra que 79% das jovens brasileiras
já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas
ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos.
O
estudo, realizado em 2014 com 2.000 mulheres e homens de 16 a 24 anos, nas
cinco regiões do país, também revela que 44% das entrevistadas já foram
assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em
festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força.
Para
o diretor executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani, os números reforçam
que é preciso avançar nas discussões sobre gênero, principalmente no período
do Carnaval, quando essas atitudes são frequentes. “É alarmante saber que grande parte das
mulheres brasileiras já foram ou serão, de alguma forma, assediadas ou
desrespeitadas. Este cenário precisa mudar e, para tanto, é preciso promover
uma mudança cultural sobre o papel de cada um no enfrentamento a violência
com a mulher e sensibilizar a população para importância da convivência
pacífica e respeitosa entre homens e mulheres”, disse.
A
pesquisa também mostra que a maioria dos entrevistados ainda possuem uma
mentalidade machista, já que consideram erradas diversas atitudes que podem
tomadas por homens. “Para
80% dos entrevistados, uma mulher ficar bêbada em uma festa é considerada uma
atitude incorreta. Já para 68%, é errado que ela tenha relações sexuais no
primeiro encontro”, disse Cipriani.
Outro
dado preocupante que a pesquisa revela é que 58% dos jovens que já transaram
não usam preservativo em todas as relações sexuais e 37% das mulheres já
deixaram de usar camisinha por insistência do parceiro. Para o presidente do
instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, chama a atenção o fato
de que esses jovens têm amplo acesso à informação, já que praticamente todos
conhecem a camisinha como método contraceptivo. “Mesmo assim, esses jovens assumem comportamentos de
risco: só 4 em cada 10 jovens com vida sexual ativa usam preservativo em
todas as suas relações. Isso mostra que só a informação não resolve, é
preciso criar estratégias para contextualizar o uso da camisinha ao dia a dia
desses jovens.O lado positivo é que a maioria considera correto que mulheres
(88%) e sobretudo homens (91%) carreguem preservativo no bolso”,
disse Meirelles.
Vá na moral ou vai se dar mal - O Instituto Avon é
parceiro da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia na campanha “Vá
na moral ou vai se dar mal”, que irá mobilizar os foliões contra as agressões
às mulheres durante o Carnaval de Salvador. O objetivo é conscientizar
que atitudes como puxar o cabelo, beijar forçadamente, xingar, humilhar,
forçar a fazer algo sem consentimento ou tirar a liberdade de ir e vir,
recorrentes no Carnaval, são exemplos de violências de gênero.
Alguns
dos principais artistas do circuito baiano, como Margareth Menezes, Leo
Santana e o músico Armandinho, devem alertar os foliões sobre as atitudes
inadequadas durante o Carnaval. Os artistas também tiraram fotos com a
camiseta da campanha para a divulgação nas redes sociais.
Em
comemoração aos 10 anos da Lei, Maria da Penha, madrinha da campanha e
personalidade inspiradora da Lei que leva seu nome, será homenageada com
bonecas gigantes semelhantes aos bonecões utilizados no Carnaval de Olinda,
que vão acompanhar os foliões durante os percursos do Carnaval de Salvador.
“Ações como a campanha do Carnaval da Bahia são importantes para
conscientizar os homens sobre suas atitudes e mulheres, sobre seus direitos”,
disse o diretor do Instituto Avon, Lírio Cipriani.
Sobre as ações do Instituto Avon
A
Avon é uma empresa global líder em ações sociais com foco em causas que
interessam especialmente à mulher. As ações sociais da empresa são
coordenadas pela Avon Foundation For Women, maior entidade focada em causas
voltadas para a mulher ligada a uma corporação. Até 2013, foram doados mais
de US$ 957 milhões em mais de 50 países para as causas que mais afetam a
mulher. A ação de responsabilidade social da empresa está concentrada na
disseminação de informações, na conscientização, no apoio a pesquisas sobre o
câncer de mama e na ampliação do atendimento a mulheres com esta doença, por
meio da campanha Avon Breast
Cancer Crusade (no Brasil, Avon
contra o câncer de mama) e nos esforços para reduzir a violência
contra a mulher, por meio da campanha Speak
Out Against Domestic Violence (no Brasil, Fale sem Medo – não à violência
doméstica). A Avon também atua de forma efetiva na prestação de
auxílio em caso de desastres naturais e emergenciais em várias partes do
mundo. Os folhetos de produtos Avon trazem itens criados especialmente para
arrecadar fundos para as causas. Além disso, a empresa promove eventos com
participação de milhares de pessoas em várias partes do mundo para gerar
fundos e promover a conscientização da sociedade, e distribui materiais
informativos divulgados pelos mais de 6 milhões de revendedores de produtos
Avon em todo o mundo. No Brasil, as ações sociais relacionadas ao combate ao
câncer de mama e à violência doméstica são coordenadas pelo Instituto Avon,
que celebra uma década de ações voltadas para a mulher. Desde 2003, a
organização já doou mais de R$ 57,7 milhões para projetos e ações
relacionados a essas causas no país. Siga o Instituto Avon: www.facebook.com/institutoavon
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