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Para o Instituto de Estudos
Tributários, o novo entendimento da Corte, autorizando a Receita Federal a
ter acesso aos dados bancários sem autorização judicial prévia, fere o
direito à privacidade e causa insegurança jurídica aos cidadãos.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida na tarde desta
quinta-feira (18), autorizando a Receita Federal a obter acessos à
informações bancárias de qualquer pessoa física ou jurídica, sem autorização
prévia pelo Poder Judiciário, causou surpresa e preocupação entre os
especialistas em Direito Tributário.
"Nos surpreende na medida em que o próprio STF já havia
manifestado entendimento contrario à matéria, afirmando a
inconstitucionalidade do mecanismo," diz o advogado
Tributarista e vice-presidente do Instituto de Estudos Tributários (IET),
Rafael Korff Wagner.
Para os especialistas do IET, o acesso à qualquer informação
bancária deveria ser precedida de autorização judicial. "Só
assim se garante o devido processo legal, possibilitando a oportunidade de
defesa de possíveis acusações", avalia.
A privacidade,
que é direito garantido pela Constituição, é uma das principais preocupações.
E para o IET, esse direito acaba sendo violado.
A entidade contesta ainda as garantias de utilização dos dados ao qual
o Fisco terá acesso. "Os mecanismos previstos hoje pela
legislação, para garantir a mínima segurança da utilização desses dados sem
desvios de finalidade ou abuso de poder, não são claros e não oferecem
garantias aos cidadãos", adverte.
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