sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação trazem ainda mais segurança à saúde das crianças



As alterações vão proporcionar maior adesão, avalia pediatra

Os postos de saúde já receberam o novo Calendário Nacional de Vacinação, divulgado pelo Ministério da Saúde. As alterações motivadas pela situação epidemiológica e pela atualização na indicação das vacinas contra pneumonia, meningite, poliomielite e HPV, afetam os bebês e as meninas até 13 anos.
A vacina contra a pneumonia perde uma dose. Será aos 2 e aos 4 meses. O reforço é com 1 ano de idade. Na meningite, as primeiras doses continuam aos 3 e aos 5 meses e o reforço foi antecipado de 15 meses para 1 ano de idade.
Contra a paralisia infantil, o que muda é a forma de aplicação. As três doses - aos 2, aos 4 e aos 6 meses – passam a ser injetáveis. Gotinha, só no reforço aos 15 meses, aos 4 anos e durante as campanhas de vacinação.
A vacina contra o HPV, que previne contra o câncer de colo de útero, para as meninas de 9 a 13 anos, terá uma dose a menos. Agora são duas e não mais três e o intervalo entre a primeira e a segunda deve ser de seis meses.
“Estudos científicos comprovam que a redução das doses se mostra eficaz durante o processo de vacinação e, portanto, não há com que se preocupar. A recomendação do número menor de aplicações também parte da Organização Mundial de Saúde”, explica o Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior (CRM/SP 21.769), pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês.
O médico enfatiza que um dos pontos mais importantes das mudanças realizadas pelo Ministério da Saúde diz respeito à vacina contra a poliomielite. “A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável, e ainda mais segura contra a doença”, afirma o médico.
O pediatra Paulo Maluf acredita ainda que as mudanças trarão maior adesão ao Calendário Nacional de Vacinação porque “pesquisas já comprovaram que diminuir o número de injeções no primeiro ano de vida, aumenta a adesão ao calendário, e consequentemente, eleva a cobertura vacinal”.

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