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Fogos
de artifícios podem causar danos irreversíveis aos animais. Especialista
sugere opções para amenizar o desconforto canino nesta época
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Festejar
a chegada do ano novo com uma grande queima de fogos se tornou uma tradição,
realizada em todos os cantos do país. Porém, o espetáculo que “enche os
olhos” com suas luzes e cores, pode ser sinônimo de desespero para muitos
cães que têm medo dos fogos de artifício. Esse pavor, de acordo com a
professora de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas, Vanderléia
Ribeiro Prado, ocorre devido ao barulho alto e inesperado dos fogos. “Os cães
possuem uma audição muito aguçada, então o som é potencializado até quatro
vezes mais que a audição humana”, esclarece.
A
médica veterinária diz que não existe tratamento para a fobia de fogos, mas
que medidas simples, como colocar o animal em local seguro, onde não possa se
machucar, ligar a TV ou o aparelho de som para distraí-lo ou ainda a
utilização de protetores auriculares, aqueles usados na indústria ou nos canteiros
de obra e que podem ser encontrados em lojas de material de construção, são
importantes para amenizar a situação. “Tentar permanecer ao lado do animal na
hora da queima de fogos, distraindo-o com um petisco ou algum brinquedo pode
ser a melhor opção, pois isso traz mais segurança para os cães”, aconselha
Vanderléia.
Em último caso, quando
o animal não responde a nenhuma das medidas adotadas acima, a médica
veterinária diz que podem ser ministradas fórmulas fitoterápicas, que só
funcionam em longo prazo e, mesmo assim, não existe certeza de total
eficácia. “Não é indicado o uso de sedativos, pois têm efeitos adversos que
podem até levar o animal a óbito. Quando a crise for muito forte, ao ponto de
o animal convulsionar, alterar muito a frequência respiratória o indicado é
procurar um médico veterinário para que se tenha uma intervenção segura e
imediata.”
A professora da
Anhanguera explica ainda que a ansiedade e o desespero por parte do dono
podem potencializar o temor dos bichinhos. “Nessa hora, o mais indicado é
tentar reduzir volume da voz, não repreender o bichinho e estar ao lado
oferecendo carinho”, finaliza.
Anhanguera Educacional
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