Projeto MUSA – Mulher Saudável – fará mamografia
nas mulheres da entidade com uso de unidade móvel até esta quarta-feira
(30/9) e depois percorrerá as indústrias da Grande São Paulo, onde estão
mais de 120 mil mulheres elegíveis para a mamografia.
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Uma
carreta de alta tecnologia, totalmente equipada para fazer mamografias, está
estacionada no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) para fazer o exame de detecção precoce de câncer de mama em 400
mulheres, até o dia 30 de setembro, das 9h às 17h.
A meta do projeto, batizado de MUSA – Mulher Saudável, é fazer a
mamografia em 100% das mulheres para as quais o exame seja recomendado que
trabalham no edifício – sede também do Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Ciesp), do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) e do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP).
A ideia de ampliar o atendimento preventivo de saúde e facilitar o
acesso da trabalhadora paulista à mamografia surgiu em 2013, durante o evento
de comemoração do Outubro Rosa na Fiesp. O presidente da entidade, Paulo
Skaf, durante conversa com suas colaboradoras, percebeu que a dificuldade de
locomoção em uma cidade grande como São Paulo é uma das causas da baixa
adesão aos exames.
As mulheres presentes alegaram que a burocracia, o trânsito e a
distância dos laboratórios acabam desmotivando a realização da mamografia,
apesar de elas terem convênio médico. Skaf estudou as sugestões e teve a
ideia de propor uma unidade médica móvel para que todas as mulheres da
entidade tenham acesso aos exames e diagnósticos da doença. “Com a unidade
móvel a trabalhadora fará os exames com total conforto e segurança em no
máximo 15 minutos”, afirmou o presidente, Paulo Skaf.
Esta ação faz parte de uma série de atividades que estão sendo
promovidas pelo Sesi-SP e, depois da temporada no prédio da Fiesp, a unidade
móvel percorrerá as indústrias da Grande São Paulo, onde estão mais de 120
mil mulheres elegíveis para a mamografia.
A MUSA é equipada com mamógrafo digital de última geração e conta com
o conforto da climatização, TVs, som ambiente, vestiário e controle de
luminosidade. A interessadas deverão fazer sua inscrição.
Na mira da MUSA
O público alvo do projeto MUSA é o das trabalhadoras da indústria
paulista com 40 anos ou mais ou que tenham indicação clínica para a
realização abaixo da faixa etária. Excepcionalmente, homens poderão ser
atendidos, também por indicação médica. Em todos os casos, a mamografia
anterior deve ter sido feita pelo menos 10 meses antes.
A MUSA, que integra o Programa de Qualidade de Vida da Fiesp, deve
trazer como benefícios a redução do absenteísmo, diminuição de perda de horas
de trabalho, facilidade de acesso e conforto e a satisfação e aumento do
vínculo afetivo das trabalhadoras com a empresa.
O programa ainda prevê a realização de ações educativas junto às
trabalhadoras da indústria e comunidade, bem como oferecer serviço preventivo
de qualidade, de acordo com os padrões e normas vigentes.
Segundo o gerente executivo de Qualidade de Vida do Sesi-SP, o médico
Eduardo Arantes, esta ação mostra mais uma vez a importância da promoção da
saúde e da prevenção de doenças. “A intenção desta campanha é atender 100%
das mulheres da indústria. Um índice nunca alcançado no mundo”, enfatiza.
“A MUSA facilitará o acesso das trabalhadoras a um exame que,
realizado anualmente, poderá detectar precocemente o câncer de mama e
aumentar muito as chances de cura”.
Câncer de mama no Brasil
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam
elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em
estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é
de 61%.
Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer
de mama é o mais comum entre as mulheres, correspondendo a 22% dos casos
novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é
relativamente bom.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua
incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de
sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70
registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por
idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Sobre o Outubro Rosa
A Campanha Mundial
Outubro Rosa é um
movimento popular que busca sensibilizar a população para os riscos e a
necessidade de diagnóstico precoce para esse tipo de câncer, que é o segundo
mais comum no mundo, perdendo apenas para o de pele.
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