Nesta semana
(27) é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A data é importante para
esclarecer dúvidas e ressaltar a importância deste ato solidário que pode
salvar vidas.
O Hospital Nossa
Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, é referência em transplante hepático.
De acordo com o cirurgião geral do HNSG, Dr. Eduardo Ramos, entre as principais
causas para o transplante de fígado estão a cirrose e complicações decorrentes
de uso de álcool e doenças graves como hepatite C e B. A ordem da fila de
espera é definida pela gravidade da doença - quanto mais grave, mais cedo o
paciente deverá receber o órgão. “No caso do transplante hepático, os pacientes
com hepatite fulminante têm prioridade”, explica o cirurgião especialista em
transplante multivisceral do HNSG, Eduardo Ramos.
Os critérios
para ser doador são– não apresentar doença maligna ou infecção generalizada,
não ter doença transmissível ou ser usuário de drogas. Para que o procedimento
seja realizado, doador e receptor devem ter o mesmo tipo sanguíneo e o tamanho
do órgão deve ser compatível. O transplante pode ser realizado em intervivos -
quando retira-se uma parcela do fígado de um doador vivo, ou cadavérico, quando
o fígado vem inteiro de um doador com morte encefálica. “Normalmente preferimos
o cadavérico, mas com a falta de órgão acabamos muitas vezes tendo que
realizá-lo com doadores vivos, geralmente parentes”, destaca o chefe do Serviço
de Transplante Hepático do HNSG, Júlio Coelho.
De acordo com o médico Eduardo Ramos, o
número baixo de doadores é fruto da falta de informação da população. “Quando
há um paciente com morte cerebral na UTI, muitas vezes os familiares não fazem
a doação dos órgãos por acreditarem que possa ter chance de recuperação, por
questões religiosas, preconceito ou incerteza sobre a aprovação do paciente”,
conta o médico. O especialista explica que quando acontece a morte cerebral, o
paciente não tem chance de recuperação. “Informação como esta é importante, por
isso a comunidade deve ter conhecimento sobre a doação de órgãos. Se a família
sabe da vontade do paciente aceitará a doação", esclarece.
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