|
“Não
importa se essa prática é usual. O que importa é reconhecer que os cães são sensíveis
e necessitam de uma família para terem qualidade de vida. Eles não são
objetos, não podem ser tratados como meros equipamentos de vigilância. Nossa
luta é para que os animais tenham o respeito que merecem, em vez de estarem
sujeitos a serem baleados, envenenados, ou a atacarem pessoas inocentes, como
uma criança atrás de uma bola.”
|
É assim que
Feliciano Filho (PEN-SP), um protetor de animais com longos anos de atuação –
e inserido na política com o objetivo de defender as causas nas quais sempre acreditou
–, resume a importância do Projeto de Lei 371/2015, de sua autoria.
Protocolado em 31
de março deste ano, o PL, conforme exposto em sua ementa, “dispõe sobre a proibição da prestação de serviços de
segurança e vigilância patrimonial por cães de guarda no âmbito do Estado”.
Em resumo, erradica uma prática deplorável, que é o aluguel de cães de
guarda.
Os
modernos estudos comportamentais reconhecem que os animais de estimação,
sobretudo os cães, são extremamente ligados às suas famílias. Eles identificam
o guardião com o “chefe da matilha”, que é o tipo de organização social
natural aos caninos. Sem um “líder” específico, submetidos a uma rotina
estressante e treinados para ataque, os cães utilizados pelas empresas de
segurança têm uma existência dura e desconectada do que lhes seria prazeroso
e natural.
“Uma
atividade econômica, por mais importante que seja, não pode se basear na
exploração e no sofrimento de seres indefesos e destituídos do direito de
escolher”, esclarece o deputado. Feliciano também afirma que as empresas de
segurança fariam muito mais pela sociedade se começassem a oferecer empregos
para um número maior de seres humanos: “Os vigilantes poderiam ser bem
treinados e receberiam remuneração compatível com a complexidade e os riscos
inerentes à atividade desempenhada. Muita gente precisa trabalhar, sobretudo
agora, em que a situação do Brasil está difícil. Já os cães submetidos a essa
modalidade de escravidão poderiam passar por um período de ressocialização e
serem merecidamente encaminhados para novos lares, onde seriam tratados e
respeitados como merecem”, ele conclui.
|
Deputado Feliciano Filho
|
▼
Nenhum comentário:
Postar um comentário