Ação em 10 Centros de Transfusão do Estado de São
Paulo oferece informações e orientação ao paciente adulto e infantil
Durante todo o mês de setembro,
acontece em 10 hemocentros e hemonúcleos do Estado de São Paulo um mutirão para
conscientização e detecção da sobrecarga de ferro em adultos e crianças. O
objetivo é identificar entre os pacientes do hemocentro que recebem transfusão
regularmente aqueles que são acometidos por esta doença.
A ação será promovida pelo hemocentro com o apoio da Divisão de
Oncologia da farmacêutica Novartis. Todos os pacientes do Centro de Transfusão
poderão fazer o exame de ferritina gratuitamente, além de tirar dúvidas sobre a
importância do monitoramento e cuidado contínuo em relação à sobrecarga de
ferro.
Bastante comum em pacientes com anemia falciforme e talassemia, essa
sobrecarga é ocasionada pelo acúmulo de ferro no sangue e tecidos devido a
frequentes transfusões sanguíneas ao longo da vida. Os pacientes com essas
doenças necessitam de constantes transfusões de sangue, pois o organismo não
consegue produzir quantidades suficientes de hemácias. Como o ferro se liga à
hemoglobina, em cada transfusão de sangue o paciente acumula ferro.
Cada unidade de sangue transfundida carrega consigo de 200 a 250 mg de
ferro. Um indivíduo em terapia transfusional chega a absorver de 8 a 16 mg de
ferro/dia, enquanto um indivíduo que não se submete à terapia transfusional
absorve de 1 a 2 mg/dia. O alto nível de ferro pode se tornar tóxico. Esse
quadro oferece risco à vida do paciente, com danos ao fígado, coração e
glândulas endócrinas, podendo inclusive levar o paciente à morte.
até 30 de setembro
Locais:
São Paulo (SP)
Hospital das Clínicas - FMUSP -
Hematologia Adulto
Santa Casa de São Paulo -
Hematologia Pediátrica e Adulto
Hospital Infantil Darcy Vargas
Hospital Santa Marcelina
IAMSPE
Presidente
Prudente (SP)
Núcleo
de Hemoterapia de Presidente Prudente
Franca
(SP)
Núcleo
de Hemoterapia de Franca
Sorocaba
(SP)
Hemonúcleo
de Sorocaba
Taubaté
(SP)
Hemonúcleo
de Taubaté
Santos
(SP)
Hospital Guilherme Álvaro
SOBRE AS
DOENÇAS COM SOBRECARGA DE FERRO
Anemia Falciforme: caracteriza-se
por sintomas como dor nas articulações, palidez, pele e olhos amarelados,
problemas de crescimento, feridas nas pernas, cansaço intenso, problemas
neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais. Isso acontece porque os
glóbulos vermelhos do sangue perdem sua forma arredondada e adquirem um aspecto
de foice; daí o nome falciforme. Além disso, eles se tornam mais rígidos,
dificultando a passagem do sangue pelos vasos e a oxigenação dos tecidos. O tratamento é focado na
prevenção das crises, no alívio das dores e na prevenção de complicações.
Porém, quando o paciente entra em crise e apresenta piora da anemia ou é
acometido por infecções mais graves, as transfusões de sangue podem ser
necessárias para que o paciente se recupere. A terapia transfusional, além de
atenuar os sintomas de anemia, também diminui a proporção de glóbulos vermelhos
defeituosos, levando à melhora do transporte de oxigênio aos tecidos.
Talassemia: é uma desordem hereditária que pode causar anemia. Causada por uma falha genética, que leva a uma má formação da
hemoglobina. As talassemias
são conhecidas como "anemias do mediterrâneo", pois a maioria dos
casos inicialmente identificados foi em famílias residentes em locais próximos
ao Mar Mediterrâneo, como Itália, Grécia, Turquia e Líbano. O nome se origina
do grego "thalassa" (mar). Com a globalização, migração e
miscigenação entre os povos, casos passaram a ser relatados em todo o mundo.
Fonte: NOVARTIS
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