quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hemocentro e hemonúcleos do estado de São Paulo realizam mutirão para conscientização sobre sobrecarga de ferro



Ação em 10 Centros de Transfusão do Estado de São Paulo oferece informações e orientação ao paciente adulto e infantil

Durante todo o mês de setembro, acontece em 10 hemocentros e hemonúcleos do Estado de São Paulo um mutirão para conscientização e detecção da sobrecarga de ferro em adultos e crianças. O objetivo é identificar entre os pacientes do hemocentro que recebem transfusão regularmente aqueles que são acometidos por esta doença.

A ação será promovida pelo hemocentro com o apoio da Divisão de Oncologia da farmacêutica Novartis. Todos os pacientes do Centro de Transfusão poderão fazer o exame de ferritina gratuitamente, além de tirar dúvidas sobre a importância do monitoramento e cuidado contínuo em relação à sobrecarga de ferro.

Bastante comum em pacientes com anemia falciforme e talassemia, essa sobrecarga é ocasionada pelo acúmulo de ferro no sangue e tecidos devido a frequentes transfusões sanguíneas ao longo da vida. Os pacientes com essas doenças necessitam de constantes transfusões de sangue, pois o organismo não consegue produzir quantidades suficientes de hemácias. Como o ferro se liga à hemoglobina, em cada transfusão de sangue o paciente acumula ferro.

Cada unidade de sangue transfundida carrega consigo de 200 a 250 mg de ferro. Um indivíduo em terapia transfusional chega a absorver de 8 a 16 mg de ferro/dia, enquanto um indivíduo que não se submete à terapia transfusional absorve de 1 a 2 mg/dia. O alto nível de ferro pode se tornar tóxico. Esse quadro oferece risco à vida do paciente, com danos ao fígado, coração e glândulas endócrinas, podendo inclusive levar o paciente à morte.

Mutirão para conscientização sobre a sobrecarga de ferro
  até 30 de setembro
Locais:
São Paulo (SP)
Hospital das Clínicas - FMUSP - Hematologia Adulto
Santa Casa de São Paulo - Hematologia Pediátrica e Adulto
Hospital Infantil Darcy Vargas
Hospital Santa Marcelina
IAMSPE
Presidente Prudente (SP)
Núcleo de Hemoterapia de Presidente Prudente
Franca (SP)
Núcleo de Hemoterapia de Franca
Sorocaba (SP)
Hemonúcleo de Sorocaba
Taubaté (SP)
Hemonúcleo de Taubaté
Santos (SP)
Hospital Guilherme Álvaro
SOBRE AS DOENÇAS COM SOBRECARGA DE FERRO
Anemia Falciforme: caracteriza-se por sintomas como dor nas articulações, palidez, pele e olhos amarelados, problemas de crescimento, feridas nas pernas, cansaço intenso, problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais. Isso acontece porque os glóbulos vermelhos do sangue perdem sua forma arredondada e adquirem um aspecto de foice; daí o nome falciforme. Além disso, eles se tornam mais rígidos, dificultando a passagem do sangue pelos vasos e a oxigenação dos tecidos. O tratamento é focado na prevenção das crises, no alívio das dores e na prevenção de complicações. Porém, quando o paciente entra em crise e apresenta piora da anemia ou é acometido por infecções mais graves, as transfusões de sangue podem ser necessárias para que o paciente se recupere. A terapia transfusional, além de atenuar os sintomas de anemia, também diminui a proporção de glóbulos vermelhos defeituosos, levando à melhora do transporte de oxigênio aos tecidos.

Talassemia: é uma desordem hereditária que pode causar anemia. Causada por uma falha genética, que leva a uma má formação da hemoglobina.  As talassemias são conhecidas como "anemias do mediterrâneo", pois a maioria dos casos inicialmente identificados foi em famílias residentes em locais próximos ao Mar Mediterrâneo, como Itália, Grécia, Turquia e Líbano. O nome se origina do grego "thalassa" (mar). Com a globalização, migração e miscigenação entre os povos, casos passaram a ser relatados em todo o mundo.


Fonte:  NOVARTIS

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