Pessoas com diabetes não controlado, ou
seja, com taxas altas de glicose no sangue, estão sujeitas a diversas
complicações para a saúde. Umas das mais comuns é o chamado pé diabético, nome
dado ao aparecimento de feridas complexas, deformidades e alterações de
sensibilidade de pessoas com diabetes. “O diabetes pode causar problemas de
circulação e também a neuropatia diabética, que é a perda da sensibilidade e
alterações motoras e biomecânicas nos pés e tornozelos”, explica o enfermeiro
estomaterapeuta – especialista em feridas – da Membracel, Antonio Rangel.
A neuropatia diabética pode levar a
alterações ósseas e nas articulações dos pés, o que causa deformidades e
aumenta a pressão sobre proeminências ósseas. “Esse aumento de pressão faz com
que ocorra uma diminuição do fluxo sanguíneo e ocorra a morte celular, formando
as feridas”, explica o especialista.
Já a neuropatia sensitiva, que provoca a
diminuição ou perda da sensibilidade nos pés e pernas, tem como consequência o
aumento da gravidade dos traumas. “O problema é que, em razão da perda da
sensibilidade, muitas vezes a pessoa demora muito para perceber os traumas e
ferimentos. Então, pequenos machucados, rachados e calosidades podem evoluir
rapidamente para uma infecção”, alerta Rangel. Em muitos casos, as infecções e
complicações podem agravar e resultar em amputações. “O pé diabético é,
inclusive, a maior causa de amputações de membros inferiores no Brasil”,
ressalta.
Prevenção e tratamento
A prevenção de lesões nos pés e
tornozelos pode ser feita de forma simples e é a melhor maneira de evitar
complicações do pé diabético. “É preciso ficar atento a sintomas como
formigamentos, dormência, queimação, dores, perda da sensibilidade e fraqueza
nos pés e pernas”, adverte. O cuidado diário deve incluir avaliações constantes
e minuciosas em todo o pé, incluindo entre os dedos e a planta dos pés. As
feridas nas plantas dos pés são chamadas de mal perfurante plantar.
Entre as recomendações estão usar
calçados fechados e confortáveis, que ajudam a proteger os pés contra traumas e
lesões; evitar meias de nylon e preferir as meias de algodão, que absorvem
melhor o suor, evitam a umidade e as micoses; e hidratar bem os pés, para
evitar rachaduras. Periodicamente, é recomendado procurar um profissional, que
irá fazer um exame mais detalhado a procurar de bolhas, frieiras e ferimentos.
“Caso apareça alguma
ferida, é preciso tratá-la o quanto antes, com medicamento e curativo
adequados, evitando, assim, a complicação do quadro”, aconselha Rangel. Um
desses curativos é a Membracel, uma membrana de celulose bacteriana porosa que
é capaz de substituir temporariamente a pele, promovendo a rápida regeneração.
O uso da membrana irá acelerar a cicatrização e melhor a qualidade de vida para
as pessoas que sofrem as consequências do pé diabético. “Lembramos que o
pé diabético é uma doença secundária. O controle do diabetes é essencial para
evitar essa e outras complicações.”
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