Começa
hoje a campanha Setembro Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de
Coloproctogia (SBCP) para alertar a população sobre a necessidade de prevenção
contra o câncer colorretal - terceiro tipo de câncer mais comum em homens no
Brasil, superado apenas pelo de próstata e de pulmão, traqueia e brônquios.
“Anualmente são identificados mais de 15 mil novos casos de câncer de cólon e
reto em homens”, diz Jorge Luiz Nahas, oncologista do Hospital e Maternidade
São Luiz, unidade Itaim.
Dr. Jorge Luiz Nahas
explica quais são as causas, sintomas e formas de prevenção da doença que
acomete, com mais frequência, pessoas a partir dos 50 anos:
1. Sintomas mais comuns: fezes escurecidas (coloração similar
a da borra de café) ou com sangue, dor abdominal, anemia, mudança do hábito
intestinal alternando diarreia e constipação intestinal;
2. População mais propensa a
desenvolver a doença:
“existem dois grupos
mais propensos ao câncer colorretal. O primeiro, considerado moderado, é
formado por homens acima de 50 anos sem histórico familiar da doença. O
segundo, considerado de alto risco, é composto por pessoas de qualquer idade
que apresentem os sintomas típicos da doença ou histórico familiar de câncer de
intestino ou de doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou doença
de crohn)”, explica o oncologista.
3. Principais causas do
câncer colorretal:
- Hereditariedade;
- Obesidade e sedentarismo;
- Dieta com
pouca quantidade de fibras e com excesso de gordura saturada, carnes vermelhas,
carnes industrializadas e cereais refinados aumentam o risco de câncer
colorretal;
- Tabagismo. “Fumantes de longa data
são 18% mais propensos a desenvolver câncer colorretal se comparados com os não
fumantes”, explica o oncologista;
- Consumo de álcool. Segundo Nahas, a
ingestão diária de bebidas alcoólicas superior a 30g é um dos fatores de risco
da doença;
4. Formas de prevenção: para diminuir as chances de desenvolver a doença
recomenda-se:
- Evitar o tabagismo e consumo
excessivo de bebidas alcoólicas;
- Incluir hábitos saudáveis na rotina,
como prática de atividade física e dieta balanceada rica em frutas e verduras,
legumes, peixes e grãos integrais;
- Realizar os exames de rotina
(pesquisa do sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia flexível ou
colonoscopia) a partir dos 50 anos. Recomenda-se realizar os exames de triagem
até os 75 anos de idade.
5. Diagnóstico: pode ser feito através da pesquisa de
sangue oculto nas fezes, teste de DNA fecal (novo método, onde marcadores do
DNA humano são liberados pela neoplasia na luz intestinal), colonoscopia e
entre outros métodos.
6. Tratamento: o especialista
recomenda, sempre que possível, o tratamento cirúrgico, pois permite as maiores
taxas de cura. A quimioterapia e radioterapia são indicados em casos avançados
da doença.
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