Mercado
nacional procura por novas tecnologias para atingir as próximas metas Programa
do Ministério da Saúde e atender a demanda
Após cumprir a meta dos primeiros
acordos (2011-2014) de redução de sódio com as indústrias alimentícias, as
próximas etapas do Plano Nacional de Redução de Sódio em alimentos processados
do Ministério da Saúde são para 2017 e 2020 e têm o intuito de atingir o patamar
de consumo de sódio indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de
2 gramas/dia e para isso as reduções devem chegar a 50%. De acordo com a
Nutrionix, empresa francesa especializada em soluções para redução de sódio na
alimentação, o mercado nacional de ingredientes tem como desafio propor
produtos e soluções de alta performance para alcançar as novas metas, pois
devem ser capazes de garantir a manutenção da aparência, textura e sabor final
dos alimentos industrializados, já que o sódio é responsável por realçar o sabor e regular diversos
parâmetros técnicos nos processos de fabricação (fermentação, conservação,
retenção de água, etc).
“Além dos problemas industriais, a
redução de sódio envolve problemáticas múltiplas como sociais, culturais e
nutricionais. Mas veja o caso da Finlândia, que em 1979 tinha o mesmo consumo
de sal médio do Brasil (12g/dias) e com um trabalho envolvendo todas as esferas
governamentais, sociais e mercadológicas alcançou a marca de 1,7g sal/dia
apenas com produtos industrializados low
salt e com resultados excepcionais na melhoria da saúde pública”, demonstra
Francisco Isler, coordenador de desenvolvimento técnico da Nutrionix.
Ainda de acordo com Isler, a principal preocupação das
indústrias alimentícias é que a redução de sódio altere o paladar, já que é um
item essencial para manter o sabor que o consumidor aprecia e por isso a
redução pode intimidar. Sem contar que todas as soluções encontradas no Brasil
são importadas e isso impacta diretamente no custo de produção. “Pensando
nisso, a Nutrionix é a primeira empresa a desenvolver uma linha de
redutores de sódio fabricada no Brasil com formulação específica para cada tipo
de matriz alimentar (bolos; caldos e temperos; carnes e embutidos; molhos;
panificação e biscoitos; queijos; snacks e sopas e refeições prontas) levando
em consideração as características nacionais”.
Dados da Associação Brasileira das
Indústrias de Alimentação (Abia) revelam que os produtos industrializados são
responsáveis por 27% do consumo de sódio, porém a Nutrionix estima que com o
aumento do consumo de alimentos processados essa participação deve aumentar e
poderia chegar a casa dos 60% nos próximos anos, mesmo nível de países como
Estados Unidos e Reino Unido.
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