terça-feira, 18 de agosto de 2015

Fonoaudióloga ensina exercícios para pacientes com paralisia facial





Entenda as causas e como retomar os movimentos faciais após o trauma.
O nervo facial esta diretamente ligado a necessidades fisiológicas essenciais para a saúde emocional e física do ser humano como:  sensibilidade gustativa, expressões faciais, lacrimejamento, entre outros. Quando, após um trauma, o movimento facial é interrompido, seja ele parcial ou total, chamamos de paralisia facial.
São muitas as causas que podem afetar o funcionamento do nervo facial e ocasionar a Paralisia Facial Periférica (PFP). A mais comum, a Paralisia de Bell, na maioria das vezes corresponde a uma resposta do nosso corpo a um vírus (herpes, por exemplo), já que em contato com ele, o nervo "incha" dentro do canal ósseo e é pressionado, causando a lesão.
Para tratar essa estagnação, que geralmente acontece apenas em um lado do rosto, a fonoaudiologia tem papel indispensável.  Após o diagnóstico, o objetivo das atividades de fonoaudiologia é manter o metabolismo muscular ativo no lado paralisado, evitando atrofia da musculatura lesada e manter o esquema corporal facial preservado, direcionando ou organizando o crescimento axonal durante as três fases da paralisia (Flácida, reinervação e sequela) . “No primeiro exame clínico temos que analisar a postura da face, observando o que de fato está acontecendo. São exigidos  movimentos específicos dos lábios, testa e olhos, além da ausência dos movimentos, simetria, mastigação, entre outros, para enfim dar o diagnóstico e iniciar o tratamento, explica a Dra. Adriana Saad, diretora da Central da Fonoaudiologia”.
Os exercícios fonoaudiólogos que ajudam na reabilitação da paralisia facial são diversos, e cada um corresponde a um estágio do trauma. Durante a fase flácida o profissional estimula o local com batidas rápidas com as pontas dos dedos na área estagnada, para aumentar a tonicidade da musculatura relaxada e melhorar a vascularização sanguínea da região. “O ideal é fazer o movimento do queixo em direção à testa, durante dois minutos, explica Adriana”
Ainda na fase flácida, são feitos também os exercícios miofuncionais isométricos com a finalidade de adequação muscular. O paciente precisa contrair o musculo paralisado e junto realizar a massagem indutora. Como exemplo dessas técnicas miofuncionais, o "Corrugador do Supercílio" é bem comum: deve-se contrair o músculo, fazendo "cara de bravo", manter a contratação e realizar a massagem indutora com o dedo indicador, no sentido da sobrancelha em direção à glabela (espaço entre as sobrancelhas).
Já na fase de reinervação, entra em cena os exercícios isotônicos que são movimentos mais expressivos como boca de peixe, beijo de bico entre outros que fortalecerão a musculatura facial, em seguida, as sequelas são tratadas até a alta do paciente também com exercícios miofuncionais.  
Com tudo, a paralisia deve ser avaliada minunciosamente e as técnicas realizadas de acordo com cada uma das fases, pois, uma vez que os exercícios  sejam realizados de maneira inadequada o quadro do paciente pode piorar.
Segundo a Dra. é importante a que avaliação seja feita o mais rápido possível e que o paciente mantenha o controle emocional, uma vez, que apesar de inicialmente a condição assustar, o tratamento é possível e garante uma recuperação em alguns casos de até 100%.

Adriana Saad - Profissional com 19 anos de experiência em disfagias, distúrbios da comunicação, neurológicos e audiológicos. Graduada em fonoaudiologia para UNOPAE – Universidade no Norte do Paraná. É especialista em disfagia pelo CEFAC, com aprimoramento  pelo Hospital das Clínicas, Adriana também é diretora da Central da Fonoaudiologia, empresa especializada em tratamentos home care. Conheça mais em: www.centraldafonoaudiologia.com.br

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