Atrizes apoiam Disque Denúncia contra violência doméstica

Dezenas de famosas promovem nesta segunda-feira (24), em parceria com o Disque-Denúncia, a campanha "Curiosidade Salva" contra a violência doméstica, que tem a mulher como principal alvo. Preta Gil, Marjorie Estiano, Luiza Possi, Deborah Secco, Taís Araújo, Natália Lage, Paula Burlamaqui, Mariana Lima e Luana Piovani já postaram em seus Facebooks mensagens a favor da causa. O objetivo é estimular as mulheres vítimas de agressão em todo o país a denunciar pelo número 180. Outras famosas irão fazer o mesmo tipo de postagem nas próximas horas.
O medo de denunciar é a principal razão apontada pela continuidade da violência doméstica. Os números mostram que a cada 15 minutos uma mulher é agredida no Brasil e a cada duas horas uma mulher é morta. No Rio de Janeiro, levantamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em março deste ano, mostrou que os casos de violência doméstica de familiar contra a mulher passaram de 17.756, em 2007, para 94.689, em 2014.
A diretora de cinema Fabiana Winits, que também participa da campanha, lembra que se a população não levantar essa bandeira, mais mortes acontecerão. “A causa é muito importante. As pessoas têm medo de denunciar, mas tem que lembrar que amanhã pode ser com você ”, disse ela.
A cantora Preta Gil foi a primeira a postar. “Foi a torneira do chuveiro”, colocou em um post editado em sua timeline para seus quatro milhões de fãs. Quando clicavam em histórico de edições, o texto explicava: “É isso que você deve fazer sempre: reparou alguma coisa estranha, procure saber mais. Muitas vezes, uma torneira é um marido agressivo e a vítima não tem coragem de dizer. Viu sinais de agressão? Denuncie. Faz um 180 e dê uma virada nessa realidade”.
Deborah Secco postou "Foi a maçaneta da porta.". Luiza Possi e Marjorie Estiano também postaram: “Foi a quina da mesa”. Já Taís Araújo mostrou sua adesão postando “Foi a gaveta do armário” em sua página pessoal.
Para chamar atenção para a causa, as famosas estão publicando em suas páginas ou perfis no Facebook frases genéricas - “Foi na maçaneta da porta”, “Foi a torneira da pia” - e depois, no ícone “editado” do comentário , explicam seu engajamento. O texto incentiva as pessoas a se importar, buscar os sinais e a ajudar a causa, já que muitas mulheres agredidas têm medo de fazer a denúncia por conta própria.