terça-feira, 21 de julho de 2015

O que fazer para reduzir gripes e resfriados no ambiente de trabalho




Junto com o inverno, chegou a estação das gripes, resfriados e rinites alérgicas. Segundo o Departamento de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, o aumento de casos oscila entre 5% a 7%.  Porém a incidência é maior tanto em indivíduos mais frágeis, como crianças e idosos, como entre pessoas que ficam em ambientes fechados, como acontece em vários postos de trabalho. 
Além de afetar a qualidade de vida do trabalhador, gripes e resfriados comprometem a produtividade das empresas.  “A capacidade de trabalho fica comprometida, pois embora diferentes, tanto a gripe como o resfriado causam mal estar”, explica Januário Micelli, presidente da AGSSO.  “Muitas vezes, o trabalhador é obrigado a procurar ajuda médica ou ficar em casa para se restabelecer, elevando o absenteísmo”, completa.  
Para esse período, a AGSSO recomenda que empregadores promovam campanhas de saúde nas empresas, para fomentar comportamentos saudáveis, como lavar as mãos frequentemente, consumir alimentos ricos em vitamina C e tomar a vacina contra a gripe.  “Gripes e resfriados não são doenças do trabalho, salvo em situações bastante específicas nas quais o trabalhador convive com partículas, névoas, vapores ou gases no ambiente de trabalho”, ressalta Januário. “Por isso, para evitá-las, é preciso estimular a prevenção por parte do trabalhador”, acrescenta. 
É também muito importante que as empresas adotem medidas preventivas, como limpeza dos dutos de ar condicionado e troca de seus filtros, por exemplo.  Em ambientes com carpete, a correta higienização contribui para reduzir a presença de alérgenos que tem sua atuação reforçada pelo ar seco e poluição.  Disponibilizar pontos de álcool gel, por sua vez, ajuda a reduzir a contaminação pelas mãos.

Quando as doenças pulmonares podem ser provocadas pelas condições de trabalho
A exposição a agentes específicos, como a poluição do ar, gases, fumos ou partículas nocivas pode provocar asma ocupacional, rinite ocupacional, DPOC, câncer de pulmão e pneumoconioses as quais apresentam seus sintomas agravados na estação seca do ano. Já a asma e a DPOC têm causas múltiplas e podem ser desencadeadas por hábitos pessoais, como o tabagismo, pela exposição a gases e vapores.
Ambientes onde há a presença de agentes com potencial de causar reações no sistema respiratório, como gases, vapores, névoas, neblinas e aerossóis, exigem um trabalho específico de identificação e gestão desses elementos.   “O ideal é tentar eliminar, substituir ou isolar o elemento que afeta o trabalhador.  Quando isso não é possível, a opção é reduzir o tempo de exposição do trabalhador e fazer uso de equipamentos de prevenção individual”, detalha Januário.  O controle das emissões pode ser feito por meio de encapsulamento, ventilação ou exaustores de fumos, sendo que sua higiene e manutenção são vitais para a eficiência do sistema. “Também é muito importante informar os trabalhadores sobre os alérgenos aos quais estão expostos e quais são as práticas seguras de trabalho, bem como monitorar periodicamente sua saúde para checar eventuais anomalias”, completa.

AGSSO – a Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional - www.agsso.org.br

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