terça-feira, 14 de julho de 2015

Média de diagnósticos positivos para Herpes Simples cresce em julho





O herpes simples (HSV 1 e 2) representa a doença viral mais comum no ser humano moderno, excluindo-se as infecções respiratórias. Em pacientes imunossuprimidos as infecções pelo vírus podem provocar severas complicações. Classificado como doença sexualmente transmissível, o herpes caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolhas agrupadas especialmente nos lábios e nos genitais, mas que podem surgir em qualquer outra parte do corpo. 
Embora ocorra por transmissão e sem variação sazonal, os meses de janeiro e julho são os que apresentam picos de prevalência positiva da doença nos diagnósticos, em especial às mulheres. 
A informação consta no levantamento estatístico realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas da rede de medicina diagnóstica SalomãoZoppi Diagnósticos. Para o trabalho, foram analisados 13.441 exames de sorologias para herpes vírus dos dois tipos (tipo 1 e 2) simultaneamente, realizados no Centro de Diagnósticos no período de 2005 a 2014, cobrindo 9 anos de investigação. Foram incluídos pacientes de ambos os gêneros e todas as faixas etárias, que variam de 0 a 90 anos. Ao todo foram analisados 8.177 exames de pacientes do sexo feminino e 3.072 exames de pacientes do sexo masculino. 
O herpes simples (HSV 1 e 2), infecção viral que comumente resulta no surgimento de pequenas bolhas ao redor dos lábios e/ou nos genitais, afeta 76,7% dos indivíduos na cidade de São Paulo.A prevalência de resultados positivo para exames realizados em mulheres foi de 76,4%. O percentual de exames positivos para os homens atingiu a marca de 69,6%. 
De acordo com a coordenadora do Centro de Estudos e responsável pelo levantamento, a médica ginecologista Adriana Campaner, a média geral de positividade nos exames, incluindo homens e mulheres é de 76,7%.




 Faixa Etária 
Segundo o estudo, quanto maior a faixa etária, independente do gênero, maior é a média de positividade dos exames de sorologia de herpes analisados. Na população acima dos 40 anos de idade, a prevalência ultrapassa a casa dos 85%, enquanto que na população acima dos 50 anos o indicador atinge o patamar de 90% de casos positivos. Nos indivíduos acima dessa idade pode se chegar a 98% dos casos, como é o caso dos pacientes de 81 a 90 anos. 
“Essa é uma característica do vírus na sociedade, pois quanto maior tempo se tem de exposição a ele, maiores as chances de se carregá-lo no organismo. Além disso, a pessoa exposta pode nunca apresentar sintomas do herpes simples. O desenvolvimento de alguma alteração no organismo, depende da imunidade de casa um.”, afirma Campaner. 
Entre as populações de 0 a 10 anos, a prevalência é de 30%, enquanto que entre a faixa etária que vai dos 11 aos 20 anos, 45%. Dos 21 aos 30 anos os casos positivos superam a magrem de 70%.


 
 Por Gênero 
Entre as mulheres, a prevalência de positividade para herpes ultrapassa os 50% dos casos, a partir da faixa etária que vai dos 21 aos 30 anos. Em pacientes mulheres dos 0 aos 10 anos, o número de casos positivos já supera os 35%. “Trata-se de um indicador que revela o cuidado com que a doença deve ser tratada pelos órgãos de saúde pública”, revela. Ao longo de todas as faixas etárias, a proporção de casos positivos entre as mulheres supera a de homens. A exceção fica nas faixas etárias que vão de 51 a 60 anos, além de 71 a 80 anos e acima dos 90 anos.

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