O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é na próxima semana, 28 de
julho. A data traz um alerta sobre as hepatites B e C – doenças
infecciosas causadas por vírus que atingem o fígado, órgão que executa várias
funções vitais para o nosso corpo. “Em geral, não apresentam sintomas e ao
longo dos anos, a doença pode causar dano ao fígado evoluindo para cirrose e
até mesmo câncer”, destaca a gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das
Graças, Cláudia Ivantes.
A hepatite C
pode ser classificada em aguda e crônica e na grande maioria das vezes não
apresenta sintomas. Apenas 6% dos portadores da doença apresentam indícios,
sendo a fadiga o mais comum. “No entanto, a maioria dos pacientes só percebe
que está doente, anos após a infecção, quando a doença já está em fase
avançada”, esclarece a Dra. Cláudia.
As hepatites
virais podem ser transmitidas através de relação sexual sem o uso de
preservativo, o uso compartilhado de agulhas, seringas, navalhas, materiais
para manicure e pedicure, aparelho de barbear, por equipamentos não
esterilizados em procedimentos médico-odontológicos, tatuagem, colocação de
piercing e acupuntura. “A mãe infectada com o vírus da hepatite B também pode
transmitir a doença para o bebê”, enfatiza.
Diagnóstico
Para diagnosticar a Hepatite C, o teste é rápido. O exame utiliza uma pequena
quantidade de sangue e o resultado fica pronto em dez minutos. “As pessoas que
fazem ou já fizeram parte de algum grupo de risco ou mesmo aqueles que desejam
saber mais sobre a sua saúde, devem fazer o teste”, explica a Dra. Cláudia.
A doença possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de
cerca de 48% dos casos. “Com a nova opção terapêutica, as taxas de cura são
significativamente melhores”, acredita a médica.
De acordo com
a Dra. Cláudia a hepatite C possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de
aproximadamente 50%. Já a hepatite B pode ser prevenida com a vacina.
“Pessoas com 29 anos de idade que ainda não tomou as três doses da vacina, pode
procurar uma Unidade de Saúde”, destaca a médica.
Grupo de risco
São considerados grupos de risco pessoas que receberam
transfusão de sangue antes de 1993 (quando não existiam exames como os de hoje,
que oferecem segurança aos doadores de sangue), usuários ou ex-dependentes de
drogas e trabalhadores da área de saúde. “Pessoas dos grupos de risco devem
realizar o teste de screeening, que diagnostica a doença”, orienta a
Dra. Cláudia. A médica ressalta que atualmente, a transfusão de sangue não é
mais um fator de risco para transmissão de hepatite C, pois, a pesquisa do
vírus já é feita no sangue dos doadores.
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