Data serve para conscientização sobre a doença que atinge 14 milhões de pessoas no Brasil
O dia 26 de junho é considerado o Dia Nacional do Diabetes.
Infelizmente, é fácil conhecer alguém que sofre ou tem na família um parente
com diabetes. Somente no Brasil, estima-se que 7,6% da população urbana entre
20 e 69 anos é acometida pela doença. Isso corresponde a cerca de 14 milhões de
pessoas que vivem com o mal no país, o quarto no ranking mundial do diabetes.
Mas o que é exatamente o diabetes?
“Normalmente, os alimentos sofrem digestão no intestino e
se transformam em glicose, que é absorvida para o sangue. A glicose no sangue é
usada pelo organismo como energia pela ação da insulina. O diabetes acontece
quando o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade
suficiente para suprir as necessidades do organismo ou quando este hormônio não
é capaz de agir de maneira adequada”, explica Denise Costa, endocrinologista do
Hospital Barra D’Or.
Existem basicamente três tipos de diabetes: os tipos 1 e 2
e o gestacional. No diabetes de tipo 1, a produção de insulina do
pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição
autoimune. Por isso, os portadores deste tipo de diabetes necessitam de
injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores
normais. O diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos
jovens, embora possa ocorrer em qualquer idade.
O diabetes tipo 2 é o mais comum, correspondendo a
90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40
anos de idade, embora, atualmente, apresente-se também em jovens, em virtude de
maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Neste tipo de
diabetes encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela
obesidade.
Aproximadamente metade dos portadores de diabetes tipo 2
desconhecem sua condição, uma vez que a doença é pouco sintomática. Em
contrapartida, o diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois o
tratamento evita sua complicações. Entre os sintomas mais comuns estão o
excesso de sede e urina, aumento do apetite, perda de peso, cansaço, vista
embaçada e infecções frequentes, especialmente as de pele.
Já o diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher
durante a gravidez. No entanto, alguns fatores podem facilitar o
desenvolvimento da doença, como a idade materna avançada, ganho de peso
excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade, história prévia de partos
de bebês grandes (mais de 4 kg), hipertensão arterial e gestação de gêmeos.
“Um simples exame de sangue pode acusar o diabetes. Caso
haja elevação da glicose, exames adicionais são realizados para confirmar o
diagnóstico. Por isso, é importante realizar consultas médicas e exames
periodicamente, sob orientação do médico”, alerta Denise. Segundo a médica,
recomenda-se que todos os adultos maiores de 45 anos tenham a glicose de jejum
aferida assim como os abaixo desta faixa que apresentem algum fator de risco
como: parente de primeiro grau com diabetes, obesidade, hipertensão, aumento do
colesterol, ovários policísticos e sedentarismo.
“É possível evitar o diabetes através da prevenção contra
os fatores de risco. Por isso, é importante manter hábitos de vida saudáveis,
como praticar atividade física regularmente, aumentar o consumo de fibras na
alimentação, reduzir o consumo de sal e gorduras, e controlar o peso”, conclui
a endocrinologista.
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