quinta-feira, 23 de abril de 2015

Novo estudo revela associação do hipotireoidismo com AVC




 ·         Risco de morte por AVC em pacientes com hipotireoidismo < 65 anos é quatro vezes maior

 
Estudo que traz dados importantes sobre a associação do hipotireoidismo subclínico com o acidente vascular cerebral (AVC) é publicado na versão online no periódico Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, a mais importante publicação internacional especializada em Endocrinologia. O estudo teve alto impacto de publicação (em torno de 6,5) e de referência A pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), agência de fomento à pesquisa brasileira.
As pesquisas indicam que o risco de eventos de AVC (conhecido popularmente como derrame cerebral) foi três vezes maior, e de morte por AVC foi quatro vezes maior em indivíduos com idade inferior a 65 anos, com hipotireoidismo subclínico, comparados aos indivíduos com função tireoidiana normal. Em indivíduos com hipotireoidismo subclínico com idade superior a 65 anos, o risco não foi aumentado.
Os dados foram extraídos de 17 populações em todo o mundo totalizando mais de 47.000 indivíduos, e reforçam a necessidade de tratamento do hipotireoidismo subclínico persistente em pessoas com menos de 65 anos. Por outro lado, os dados fortalecem estudos anteriores, que mostraram um menor impacto clínico do hipotireoidismo subclínico em pacientes idosos.
Os dados da população brasileira foram coordenados pelos especialistas Dr. José Augusto Sgarbi e Dr. Rui Maciel, membros da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP), com financiamento FAPESP.
Conduzido em 2013, "Subclinical Hypothyroidism and the Risk of Stroke Events and Fatal Stroke: An Individual Participant Data Analysis" é fruto do esforço colaborativo de investigadores internacionais, o Thyroid Studies Collaboration. A publicação impressa do estudo está prevista para junho.

Hipotireoidismo subclínico - O hipotireoidismo subclínico é uma forma leve, inicial e geralmente assintomática do hipotireoidismo. Em geral, os casos são diagnosticados por meio de exames de rotina ou de check-up. A frequência desta condição clínica na população geral é elevada, sendo de aproximadamente 9% em estudo populacional brasileiro conduzido na Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sob a coordenação dos professores José Sgarbi (Famema) e Rui Maciel (Unifesp).
Estudos anteriores já demostraram que o hipotireoidismo subclínico associa-se com maior risco de infarto agudo do miocárdio e morte por doença cardiovascular.
  

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo). Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/


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