domingo, 1 de março de 2015

Vistoria comprova maus-tratos de cães que fazem segurança de cemitério em São Paulo





Animais que atuam em projeto piloto da prefeitura no Cemitério da Consolação têm condições precárias de acomodação e manejo.





A prefeitura de São Paulo está empregando cães da raça Rottweiler para realizar a segurança do Cemitério da Consolação, em projeto piloto. Com a queda das ocorrências de roubo no local, deve expandir a ação para os cemitérios do Araçá, São Paulo e Quarta Parada.

Vistoria surpresa realizada nesta quinta-feira (26) pela Polícia Militar Ambiental, a pedido do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), constatou que os animais estão sendo submetidos a maus-tratos, em condições precárias de acomodação e manejo.

“Recebi as denúncias e imediatamente pedi a ajuda de uma bióloga que faz perícia judicial em casos como este. Acionei a Polícia Militar Ambiental para que lhe desse apoio em uma vistoria surpresa, na tarde desta quinta-feira,” informou Feliciano. “A partir do seu laudo, tomaremos as devidas providências.”

A vistoria confirmou as denúncias. Os cães, que guardam o cemitério à noite, ficam o dia todo em cubículos de compensado, na terra, com pouca ou nenhuma cobertura para protege-los do sol, e com ventilação restrita. “Em alguns espaços, não encontramos nem água, nem comida,” acrescenta a bióloga Andréa Freixeda, que também presta serviços para a Biofauna e o santuário de animais Rancho dos Gnomos. “A situação é pior do que esperávamos.”

À Polícia Militar Ambiental, os coordenadores do cemitério afirmaram que o espaço é provisório e que os animais estariam em um canil de alvenaria, de dimensões e condições apropriadas, em um mês. “Isso não justifica deixarem os animais nesta situação,” disse Andréa.
  
Enquanto alguns funcionários defendem a permanência dos animais, alegando que os furtos caíram a zero depois que eles chegaram, vários procuraram a equipe de vistoria para denunciar as condições. “Dá até dó ver os bichinhos assim, o dia inteiro, no sol, na chuva”, contou um deles, que já fez até um boletim de ocorrência sobre o caso. Outros reclamam que os animais não têm tratadores especializados e que funcionários da faxina foram deslocados para cuidar dos Rotweiller. 


Assessoria de Imprensa: Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação

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