sexta-feira, 6 de março de 2015

SAÚDE DA MULHER - CONHECER PARA PREVENIR




 Na comemoração do Dia Internacional da Mulher, nada melhor que conscientizar a população sobre os cânceres ginecológicos, que correspondem a 19% dos diagnósticos da doença no mundo

No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Apesar das diferenças ainda existentes em relação ao sexo masculino e dos inúmeros desafios a serem enfrentados por elas, o papel da mulher na sociedade vem se tornando cada vez maior e melhor, como a sua importante atuação na família, no mercado de trabalho e na sociedade. Logo, vários são os motivos para comemorarmos o dia delas.
E não existe data mais propícia para lembrar os cuidados com o seu bem mais precioso: a saúde. A mobilização da população em torno da conscientização sobre os cânceres ginecológicos, bem como a necessidade da realização dos exames preventivos são imprescindíveis. De acordo com a IARC - Agency for Research on Cancer (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), eles já são responsáveis por 19% dos diagnósticos de câncer no mundo a cada ano.
Mas, quais são os tipos de cânceres ginecológicos? As mulheres conhecem e sabem a respeito da doença? Ao todo, são cinco os tipos de câncer ginecológicos. Vamos conhecê-los?  
·                 Câncer de colo de útero: é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de 265 mil, segundo a IARC. “Em 99% dos casos, a doença está relacionada ao vírus HPV, vírus sexualmente transmissível. Por isso, a maneira que temos para prevenir e diminuir o número de casos é reduzir consideravelmente o número de parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e fazer os exames ginecológicos periodicamente. É importante que a mulher faça esses exames a partir da primeira menstruação. “O uso da vacina é um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações sexuais, pois elas têm maior possibilidade de desenvolver anticorpos de proteção ao HPV. Atualmente, já está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica o médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Leandro Ramos.
·                 Câncer de ovário: É mais comum em mulheres na pós menopausa e mais difícil de ser diagnosticado precocemente. A maioria dos tumores malignos do ovário só se manifesta em estágio avançado (75% dos casos). Na fase inicial, não causa sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. À medida que o tumor cresce, pode comprimir outros órgãos e estruturas e produzir sintomas, como aumento do volume abdominal, constipação intestinal ou diarréia, dores difusas, massa abdominal palpável. “O exame ginecológico de rotina, associado à ultrassonografia, podem mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com novos exames complementares (Tomografias / marcador tumoral CA125). A partir destes resultados, é indicado um procedimento invasivo (cirurgia) para diagnóstico, estadiamento (estágio da doença) e tratamento”, explica Dr. Leandro.
·                 Câncer de endométrio: é o tumor de corpo uterino mais frequente e, nas últimas décadas, apresentou crescimento preocupante. Como os outros tipos, a falta de exames preventivos aumenta significativamente a porcentagem de ocorrência e a possível mortalidade por esse tipo de câncer. “O principal sintoma deste tipo de câncer é o sangramento uterino anormal, sobretudo após a menopausa. Para comprovar o diagnóstico, deve ser realizada uma biópsia do endométrio, especialmente se ele estiver alterado. Após a menopausa, é importante investigar qualquer sangramento uterino, mesmo que a suspeita do câncer seja descartada”, destaca o oncologista.
·                 Câncer de vagina: é raro e representa aproximadamente 1% dos tumores ginecológicos. Os tipos que ocorrem são tumores escamosos, adenocarcinoma, melanoma, sarcoma. Entretanto, tumores secundários ou metástases de outros tumores (de colo de útero, de endométrio, de ovário, de intestino grosso) são encontrados mais comumente na vagina do que os tumores primários de vagina. “O tratamento varia de acordo com cada paciente. Pode ser cirúrgico ou radioterápico”, diz o médico.
·                 Câncer de vulva (órgão genital externo da mulher, a entrada que abriga o canal da urina e da vagina): é mais frequente nas mulheres após a menopausa, mas esporadicamente pode acontecer em mulheres mais jovens. É um câncer que surge como uma mancha ou ferida que não cicatriza e vai aumentando. “Toda ferida que não cicatriza depois de um mês e continua aumentando deve ser investigada por um profissional médico”, finaliza Dr. Leandro.
Todas as mulheres devem cuidar da saúde e precisam ter essa consciência. Dicas simples como bons hábitos alimentares, a prática de exercícios físicos e o hábito fazer os exames preventivos são essenciais e podem salvar vidas.

Oncomed - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas
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