segunda-feira, 23 de março de 2015

Ranking de atendimentos 2014 do Idec mostra planos de saúde na liderança das queixas




Balanço de atendimentos feitos pelo Idec no ano passado aponta que violação dos direitos dos consumidores na assistência à saúde, serviços financeiros e telecomunicações ainda figuram no topo da lista de reclamações. Também chama a atenção que os três setores que lideram o ranking são regulados por órgãos federais.
Pelo terceiro ano consecutivo, os planos de saúde mantêm a liderança nos atendimentos feitos pelos associados do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), seguido pelo segmento de serviços financeiros e pelo setor de telecomunicações, na terceira posição. É o que aponta o balanço anual feito pelo Instituto, que contabiliza os atendimentos realizados em 2014. No total, foram registradas 11.161 demandas, das quais 4.688 referem-se a dúvidas sobre os processos judiciais, sobretudo os de planos econômicos.
Os números indicam que as queixas sobre planos de saúde seguem campeãs de insatisfação entre os associados, apesar da porcentagem ter caído em relação a 2013, de 26,66% para 19,83%. Reajustes abusivos e negativa de cobertura continuam entre os aborrecimentos mais frequentes. O segmento de serviços financeiros, responsável por 15,33% dos registros, manteve-se como o segundo assunto mais demandado ao Idec, assim como nos últimos dois anos (2012 e 2013).
Em 2014, as dúvidas e queixas sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga assumiram a terceira posição do ranking de atendimentos do Idec, com 13,71% dos atendimentos. A quarta posição agora é ocupada pelo tema produtos, com 12,72% das demandas - em 2013, figurava na terceira colocação. Nessa categoria estão eletroeletrônicos, alimentos e medicamentos, por exemplo.
Juntos, os quatro assuntos representam 61,59% dos atendimentos feitos pelo Idec em 2014. Outro detalhe que chama a atenção é o fato de que os três setores que lideram o ranking são regulados por órgãos federais: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Banco Central e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), respectivamente. “Para o Idec, é sinal de que a atuação das agências não tem sido eficiente para coibir abusos contra o consumidor. Continuaremos empenhados em cobrar regras melhores e mais fiscalização das agências, a fim de proteger os consumidores", garante Elici Bueno, coordenadora executiva do Instituto.

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