quarta-feira, 25 de março de 2015

Para estrategista em marketing, travar guerra na internet será um tiro no pé para governo e PT




Gabriel Rossi acredita que a estratégia irá acelerar o processo de degradação do governo
O governo Dilma Rousseff sofre sequenciais confrontos, tanto no legislativo quanto nas ruas, com movimentos pró-impeachment. Escândalos de corrupção, o já julgado Mensalão seguido do Petrolão. Inflação alta. Rejeição, segundo avaliação de pesquisas. E o governo passou a adotar uma postura de culpar a área de comunicação por todos estes problemas. A saída adotada seria, segundo o divulgado pela imprensa, ampliar a “guerra na internet”. “Será um tiro no pé. A estratégia, se concretizada, tende a trazer mais animosidade ao PT e à presidente”, afirma o estrategista em marketing Gabriel Rossi.
Rossi avalia que transformar a internet em um campo de batalha é acelerar a degradação da imagem do governo e que, no momento, não existem ações de marketing e comunicação que possam reverter a má imagem. “Fatores econômicos e ligados à corrupção são intransponíveis na mente do cidadão. Não existem fatores de convencimento, apenas por meio da comunicação, suficientes para que essas pessoas mudem de opinião neste momento.”
Na opinião do especialista, Dilma erra em achar que apenas uma presença maior na internet possa ajudar a opinião popular sobre sua gestão. “O primeiro passo para um país melhor é a presidente fazer um mea culpa e reconhecer o momento. Outro ponto a ser considerado é que Rousseff peca nos dois principais alicerces de um presidente: não apresenta qualidade de liderança, nem viabilidade das propostas. Não é apenas comunicação e a internet que resolverão isso. Ambos podem ajudar, desde que haja o que mostrar, desde que uma base de mudanças esteja construída”, finaliza.

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