sexta-feira, 6 de março de 2015

Mulheres ainda enfrentam preconceitos financeiros






As mulheres modernas atravessam um momento no qual estão tomando conta, cada vez mais, das finanças pessoais e das famílias. Se antes os homens é que controlavam os gastos, hoje, a situação é completamente diferente. Além disso, já há algum tempo, as mulheres também conquistam cargos de destaque no mercado de trabalho.
“Atualmente, vejo que a educação financeira tem que dar um foco especial para as mulheres, principalmente, por ainda serem alvo de grande preconceito, tanto em suas casas, onde piadas machistas como “eu ganho e ela gasta”, ainda são comuns e, principalmente, no mercado de trabalho, no qual os salários ainda não se equipararam”, alerta o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Eu mereço ter dinheiro!, que fala de finanças para o mundo feminino.
Enfim, a mulher tem que trabalhar igual ou mais que o homem (ainda há casos em que ela é responsável pelos trabalhos da casa), ganha menos, tem que administrar as finanças e ainda são consideradas as gastonas. Tudo isso só mostra que ainda temos muito que evoluir em relação ao tema.
Infelizmente, como reflexo de todas as novas e velhas demandas direcionadas às mulheres, o que tenho observado é que hoje elas estão se endividando mais que os homens, existindo até mesmo pesquisas que apontam esse fato.
“O que ocorre é que o sexo feminino está na linha de frente da cadeia comercial. Um exemplo: quando as famílias necessitam comprar algum produto doméstico, geralmente, quem vai atrás dessa ação são as mulheres, a mesma coisa em relação aos alimentos, roupas e medicamentos. Entretanto, é fundamental que, com todas essas obrigações, a mulher não perca o direito de sonhar”, explica Reinaldo Domingos.
“Só com o sonho que elas conquistarão a independência financeira. Com a definição dos sonhos, as mulheres saberão o quanto necessita para atingi-lo e, com o simples exercício de registrar mensalmente todos os seus gastos num bloco de anotações, descobrirão no que poderão economizar para realizá-los. E isso tudo sem ter que eliminar gastos que geram prazeres e que também têm relevância para suas vidas, como produtos de beleza, roupas, etc.”, complementa.
Contudo, mesmo que seja importante comprar o que se deseja, o educador financeiro reforça a importância do consumo consciente, observando que, muitas vezes, no impulso de comprar e de se manter dentro da moda, compram coisas que não eram realmente importantes e pior, que nunca usarão. “É mais comum do que se imagina ouvir pessoas falando que tem roupas no guarda-roupa que nunca usaram e isso é um desperdício de dinheiro”, alerta.
Para combater esse problema, o autor do livro Eu mereço ter dinheiro! listou algumas perguntas que devem ser feitas antes de qualquer compra: 
  • Eu realmente preciso desse produto?
  • O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
  • Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
  • Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
  • Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?
Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:
  • De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
  • Tenho o dinheiro para comprar à vista?
  • Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
  • Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
  • Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?

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