Realizado
por meio da coleta de sangue, exame BRCA1 e BRCA2 detecta mutações que apontam 40%
a 90% de chances para desenvolvimento de tumores malignos
Todos
se recordam do caso da atriz Angelina Jolie, que se submeteu a uma cirurgia
para retirada das mamas assim que detectou sua propensão a desenvolver câncer
nesta região. A atriz realizou um teste genético que realiza o sequenciamento
dos genes BRCA1 e BRCA2, capaz de mapear mutações que indicam maior risco para
tumores de mamas, próstata, pâncreas, cólon e estômago, além de um risco maior
para todos os demais tipos de tumores.
Segundo
o Dr. Gustavo Guida, médico geneticista e consultor do Delboni Medicina
Diagnóstica, existem situações muito específicas para que o exame seja
indicado. “Indicamos para pessoas com histórico familiar sugestivo ou tumores
que são considerados de alto risco para mutações do BRCA1 ou BRCA2, por
exemplo”.
Realizado
por meio da coleta de sangue, o exame BRCA1 e BRCA2 mapeia mutações por meio do
sequenciamento dos genes homônimos. Caso sejam detectadas mutações, elas são
posteriormente comparadas com a base de dados existente sobre o gene e suas
variações. “Neste caso, as chances de desenvolver algum tipo de câncer varia
bastante, entre 40% a 90%”, revela o médico. Este percentual é definido com o
auxílio de programas próprios para cálculo de risco, que incluem dados étnicos,
informações sobre tumores já existentes na família, idade de surgimento, número
de gestações, uso de anticoncepcionais, entre outros fatores.
Os
exames para detecção de mutações para risco aumentado de câncer devem ser
preferencialmente solicitados por um geneticista, mastologista ou oncologista.
“É fundamental que o médico solicitante tenha conhecimento das heranças
mendelianas (conjunto de princípios relacionados à transmissão hereditária das
características de um organismo a seus filhos), genética molecular e câncer
para avaliar corretamente a história familiar do paciente. Desta forma, está
garantida a correta interpretação do laudo”, pontua Dr. Guida.
Grupos de risco para os quais há indicação para o Exame
BRCA1 e BRCA2
Histórico
pessoal de câncer de ovário;
Histórico
familiar de câncer de mama diagnosticado antes dos 50 anos, em dois parentes de
primeiro grau, ou três parentes até segundo grau;
Histórico
de câncer de mama em homem;
Histórico
pessoal de câncer de mama diagnosticado antes dos 40 anos, ou dois tumores
primários de mama diagnosticados antes dos 50 anos.
Mulher
com tumor de mama caracterizado como triplo negativo, diagnosticado antes dos
50 anos;
Pessoas
com ascendência de grupo étnico com alta incidência de mutações deletérias
nestes dois genes – exemplo, judeus ashkenazi.
Delboni
Medicina Diagnóstica - www.delboniauriemo.com.br
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