sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Obesidade no Brasil cresce 6,4% em sete anos





Pesquisa nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, patrocinada pela Covidien, mostra crescimento alarmante apesar do aumento de informação


Apesar de uma população que afirma ser mais informada e orientada para a saúde, a obesidade continua a crescer no Brasil, atingindo o número alarmante de 18,5% da população e aumentando muito os riscos de problemas circulatórios, ortopédicos e sociais, de acordo com uma nova pesquisa conduzida pelo Dr. Luiz Vicente Berti, chefe do conselho fiscal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, e patrocinada pela Covidien.
Achados gerais da pesquisa no Brasil incluem:
·        O nível de obesidade no Brasil atingiu 18,5%, um aumento alarmante de 6,4% em comparação com o mesmo estudo feito em 2007, quando atingia 12,1%. A estimativa é que o Brasil tem agora 24.876.142 pessoas obesas.
·        As mulheres são ligeiramente mais afetadas pela obesidade do que os homens (19% para 18%)
·        Os adultos com idade entre 56-65 anos tiveram o nível de obesidade mais elevado (24%), ao passo que os jovens (18-25 anos) têm o nível mais baixo (9%).
·        As pessoas casadas têm mais tendência para se tornarem obesas (21%) e os solteiros representam apenas 13% da população obesa.
·        Quanto mais baixo o nível educacional, maiores os níveis de obesidade.
·        A obesidade tem crescido em todas as classes sociais, especialmente entre as mais baixas – C, D e E tiveram, cada um, um crescimento de 5% no nível de obesidade. A Classe C (classe média baixa) teve a maior parcela da população obesa, com 23%. A Classe A cresceu apenas 2% e representa 16% do total.

“Os problemas com a obesidade vão muito além da hipertensão arterial e do diabetes. A obesidade é também um fator de risco para diversas doenças – tais como AVC e insuficiência venosa crônica –, podendo causar uma série de danos ortopédicos e ósseos, e todos os problemas emocionais, sociais e psicológicos que estão associados a estar extremamente acima do peso” diz Dr. Berti. “Quanto mais cedo as pessoas entenderem que a obesidade é uma doença, e não uma escolha, mais rápido elas podem iniciar tratamentos que são mais seguros e mais eficientes.”

A pesquisa também inclui informações sobre comportamento, como ou quanto eles se consideram felizes, hábitos alimentares, estado emocional, hábitos relacionados à prática de atividades físicas, vida sexual, quando e por quê eles comem, onde eles gostam de sair e seus problemas de saúde, entre outras informações:

·        72% dos obesos mórbidos se consideram felizes (contra 85% das pessoas com peso normal).
·        Somente 16% dos obesos mórbidos afirmam levar uma vida saudável; no entanto, as pessoas obesas frequentam restaurantes do tipo ‘fast food’ em média de 5 vezes por mês e metade dos obesos mórbidos confessam fazer lanches entre as refeições.
·        28% dos brasileiros obesos declaram praticar exercícios físicos. Caminhada está entre os exercícios mais comuns.
·        30% das pessoas obesas afirmam não ter uma vida sexual ativa (em comparação com 18% da média nacional)
·        Quando perguntados sobre por que comem muito, os principais motivos são: fome, ansiedade, comer muito rápido, preocupação e tristeza.
·        Sair para comer (restaurantes, bares, shoppings e padarias) é a atividade favorita de lazer para as pessoas obesas.
·        85% dos obesos mórbidos têm problemas de saúde, como pressão alta, problemas nas articulações dos joelhos ou tornozelos, colesterol alto, doenças vasculares, etc.

A pesquisa teve o objetivo de fornecer um perfil preciso do brasileiro obeso, por meio do levantamento, medição e análise com uma amostra da população (adultos com idade entre 18-65 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais e regiões geográficas no país), a ocorrência, hábitos e atitudes referentes à obesidade e à obesidade mórbida no Brasil. Os resultados foram então comparados com uma pesquisa semelhante feita em 2007, trazendo à tona alguns números bastante preocupantes, como o aumento de 6,4% nos níveis de obesidade e a concentração de obesidade nas classes média baixa.

“As pessoas estão mais informadas sobre o que é a obesidade e o que é a cirurgia bariátrica, mas não bastam somente informações,” fala o Dr. Berti.. “A pesquisa mostra que algumas pessoas obesas nem sequer sabem que são obesas, e como a sua qualidade de vida poderia melhorar se submetidas a um procedimento que é comprovadamente seguro, eficiente e com altas taxas de sucesso.”

A Covidien está fazendo uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica para lançar uma campanha de âmbito nacional para a conscientização e combate da obesidade, focando no paciente e como eles precisam entender as mudanças bastante positivas - para o corpo, mente e alma – que a adoção de uma vida mais saudável e leve pode trazer.


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Método de Pesquisa
A pesquisa foi conduzida em todo o país entre outubro de 2013 e abril de 2014. A amostra é quantitativa, com entrevistas domiciliares e, probabilística – com uma amostra complementar em paralelo de controle com obesos mórbidos. O estudo teve por objetivo garantir que a amostra fosse representativa da população brasileira e distribuída em cinco regiões do país, com o número de indivíduos amostrados em cada cidade proporcional à população residente na municipalidade em questão. Em cada um dos seguintes domicílios selecionados, todos os dados foram coletados dos componentes da família: peso, altura e dados sociais em geral. Foram conduzidas 1.282 entrevistas proporcionalmente distribuídas entre as cinco regiões. A amostra tem uma margem de erro de 2,7 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Sobre a Covidien
A Covidien é uma líder global de cuidado à saúde que entende os desafios enfrentados pelos profissionais e seus pacientes e trabalha para resolvê-los com soluções inovadoras em tecnologia médica e produtos de cuidado ao paciente. Inspirada pelos pacientes e cuidadores, a equipe de profissionais dedicados da Covidien tem o privilégio de auxiliar a salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Com mais de 38.000 funcionários, a Covidien opera em mais de 150 países e teve uma receita de 10,2 bilhões de dólares em 2013. Para saber mais sobre os nossos negócios, visite: www.covidien.com ou siga-nos no Twitter.

Sobre a Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization)
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica  – SBCBM - é a entidade que reúne médicos especialistas no tratamento cirúrgico da obesidade. Ela tem como objetivo disseminar o conhecimento sobre os diferentes tipos de intervenções cirúrgicas, tanto para os profissionais de saúde como para a população em geral. A SBCBM também trabalha para promover a inovação na cirurgia bariátrica e incentivar o uso de procedimentos avançados, minimamente invasivos e mais efetivos, permitindo o acesso a um maior número de pacientes.

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