sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Como detectar câncer de cólon e de reto?




Quando bem indicada, colonoscopia pode reduzir drasticamente a taxa de mortalidade pela doença
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no ano passado surgiram mais de 30 mil novos casos de câncer colorretal (designação que envolve câncer de cólon, de reto e de intestino grosso). Anualmente, essa doença leva à morte cerca de 14 mil pessoas, embora possa ser tratada e curada quando identificada logo no início. Daí a importância cada vez maior do diagnóstico precoce, antes que o tumor possa se espalhar para outros órgãos. Estudos realizados na Universidade de Pensilvânia (Estados Unidos) mostram que a colonoscopia pode reduzir em até 70% o risco de câncer colorretal avançado quando indicada a pacientes de médio risco.
Entre os fatores de risco para esse tipo de câncer pode-se ressaltar predisposição genética, histórico familiar, sedentarismo, obesidade, tabagismo, dieta rica em carnes vermelhas e pobre em fibras. Até bem pouco tempo atrás, a eficácia da colonoscopia em homens e mulheres de médio risco para câncer colorretal era desconhecida. Hoje já se sabe que esse exame – que pode ser explicado como uma ‘endoscopia do intestino’ – vem substituindo rapidamente a sigmoidoscopia, exame pouco invasivo que permite identificar anormalidades no ânus, reto, cólon sigmoide e porção distal do cólon descendente.
De acordo com o médico endoscopista Edson Ide, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, a colonoscopia permite a visibilidade de todo o intestino grosso, enquanto na sigmoidoscopia (rígida ou flexível) a região observada é menor, medindo em torno de 60cm – ou seja, menos da metade do órgão. “Esses estudos são muito importantes para a classe médica, já que confirmam e avalizam a colonoscopia como método de escolha para o diagnóstico e a prevenção do câncer colorretal avançado, reduzindo drasticamente a taxa de mortalidade nos pacientes selecionados.”
O especialista explica que a colonoscopia permite o diagnóstico de pólipos, tumores benignos, focos de sangramento, câncer na fase inicial, além de uma série de doenças benignas (mas não menos importantes) como, por exemplo, a doença inflamatória intestinal. “Esse exame é um meio muito eficaz de detectar e tratar, removendo tumores benignos com potencial maligno ou mesmo o câncer em sua fase mais precoce.”
Ainda de acordo com o INCA, há uma grande chance de cura quando o câncer colorretal é diagnosticado precocemente – sendo que a remoção dos pólipos antes que se tornem malignos é de fundamental importância. Na presença de alguns sintomas, como diarreia, cólicas ou gases persistentes, presença de sangue ou pus nas fezes, mudança na coloração e textura das fezes, perda de peso sem razão aparente – principalmente seguida de cansaço, náuseas e vômitos –, entre outros, é importante procurar orientação médica.

Dr. Edson Ide - médico endoscopista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo – www.cdb.com.br


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