Quando bem indicada, colonoscopia
pode reduzir drasticamente a taxa de mortalidade pela doença
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do
Câncer), no ano passado surgiram mais de 30 mil novos casos de câncer
colorretal (designação que envolve câncer de cólon, de reto e de intestino
grosso). Anualmente, essa doença leva à morte cerca de 14 mil pessoas, embora
possa ser tratada e curada quando identificada logo no início. Daí a
importância cada vez maior do diagnóstico precoce, antes que o tumor possa se espalhar
para outros órgãos. Estudos realizados na Universidade de Pensilvânia (Estados
Unidos) mostram que a colonoscopia pode reduzir em até 70% o risco de
câncer colorretal avançado quando indicada a pacientes de médio risco.
Entre os fatores
de risco para esse tipo de câncer pode-se ressaltar predisposição genética,
histórico familiar, sedentarismo, obesidade, tabagismo, dieta rica em carnes
vermelhas e pobre em fibras. Até bem pouco tempo atrás, a eficácia da
colonoscopia em homens e mulheres de médio risco para câncer colorretal era
desconhecida. Hoje já se sabe que esse exame – que pode ser explicado como uma
‘endoscopia do intestino’ – vem substituindo rapidamente a sigmoidoscopia,
exame pouco invasivo que permite identificar anormalidades no ânus, reto, cólon
sigmoide e porção distal do cólon descendente.
De acordo com o médico
endoscopista Edson Ide, do Centro de
Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, a colonoscopia permite a visibilidade
de todo o intestino grosso, enquanto na sigmoidoscopia (rígida ou flexível) a
região observada é menor, medindo em torno de 60cm – ou seja, menos da metade
do órgão. “Esses estudos são muito importantes para a classe médica, já que
confirmam e avalizam a colonoscopia como método de escolha para o diagnóstico e
a prevenção do câncer colorretal avançado, reduzindo drasticamente a taxa de
mortalidade nos pacientes selecionados.”
O especialista explica que a
colonoscopia permite o diagnóstico de pólipos, tumores benignos, focos de
sangramento, câncer na fase inicial, além de uma série de doenças benignas (mas
não menos importantes) como, por exemplo, a doença inflamatória intestinal.
“Esse exame é um meio muito eficaz de detectar e tratar, removendo tumores
benignos com potencial maligno ou mesmo o câncer em sua fase mais precoce.”
Ainda de acordo com o INCA, há
uma grande chance de cura quando o câncer colorretal é diagnosticado
precocemente – sendo que a remoção dos pólipos antes que se tornem malignos é
de fundamental importância. Na presença de alguns sintomas, como diarreia,
cólicas ou gases persistentes, presença de sangue ou pus nas fezes, mudança na
coloração e textura das fezes, perda de peso sem razão aparente –
principalmente seguida de cansaço, náuseas e vômitos –, entre outros, é
importante procurar orientação médica.
Dr. Edson Ide - médico endoscopista do Centro
de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo – www.cdb.com.br
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