terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Cirurgia plástica: o que levar em conta antes de tomar uma decisão?




Especialista revela 6 dicas para escolher um bom profissional
Dos implantes de silicone até o afilamento do nariz ou uma lipoescultura, milhares de pessoas devem investir em cirurgia plástica em 2015. A lipoaspiração ainda ocupa o primeiro lugar, seguida da mamoplastia de aumento, abdominoplastia, blefaroplastia (olhos), redução da mama, rinoplastia (nariz), facelift, otoplastia (orelhas) e queiloplastia (aumento ou reconstrução dos lábios). Por mais que alguns procedimentos tenham como principal objetivo melhorar a saúde e o bem-estar do paciente, outros estão diretamente ligados à vaidade dos brasileiros – que já perceberam o bem que o ganho de autoestima faz para vários aspectos da vida.
Mas, o que levar em consideração antes de se decidir por se submeter a uma cirurgia estética? De acordo com Alieksiéi Carrijo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica,  todo procedimento cirúrgico tem potencial para complicações. Sendo assim, a primeira medida a tomar é escolher um bom profissional e checar todos os pontos positivos e negativos com ele, pesando bem tudo o que envolve o período pós-cirúrgico – como tempo de recuperação, uso de cintas ou ainda a necessidade de fazer drenagem linfática, por exemplo.
 “Uma das principais questões antes de considerar se submeter a uma lipoaspiração é avaliar se alternativas não-cirúrgicas já foram tomadas. Afinal, esse procedimento não visa ao emagrecimento. Ao contrário, é importante desenvolver um plano alimentar para antes e depois do procedimento, a fim de manter os resultados de forma satisfatória por muito tempo.  Exercícios regulares e dieta contribuem efetivamente para um corpo firme e tonificado. Substituir esses hábitos saudáveis por um procedimento cirúrgico não é o melhor caminho a seguir”, diz Carrijo.
Outro ponto importante destacado pelo especialista é o quanto uma cirurgia plástica pode mudar a vida de uma pessoa. “Claro que, com bons resultados, os ganhos de autoestima são bastante consideráveis. Mas as pessoas costumam exagerar nas expectativas, imaginando que a vida vai mudar muito depois de diminuir o tamanho das orelhas, do nariz ou aumentar os seios. Nesse momento, é fundamental que o profissional use todos os recursos – incluindo os tecnológicos – para mostrar ao paciente de forma realista em que exatamente sua aparência vai mudar, ponderando o que será necessário fazer e se vale mesmo a pena o investimento.”
Quanto mais transparente e esclarecedora for a relação entre o médico e o paciente, maiores são as chances de sucesso nos resultados. Por isso, antes de tudo é importante saber escolher um bom cirurgião plástico. Na opinião de Alieksiéi Carrijo, diretor da clínica Plástica BR, em São Paulo, são seis as dicas para escolher bem um profissional: 
1.      Jamais escolha um cirurgião plástico por meio de anúncios. “Inserções na mídia não qualificam um profissional. Fuja das clínicas que prometem resultados milagrosos, expondo fotografias de antes e depois em anúncios sensacionalistas. Esse tipo de conduta passa longe da ética profissional.”

2.      Entre em contato com profissionais que já fizeram um ótimo trabalho em amigas ou parentes. “Tome nota de alguns nomes. Pedir referência para a amiga que ficou muito satisfeita com sua cirurgia é válido, mas não é aconselhável esperar que os resultados sejam iguaizinhos. Sendo assim, é bom consultar mais de um cirurgião plástico antes de tomar a decisão.”

3.      Entre em contato com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “A SBCP pode ser acessada por telefone, fax, e-mail, mídias sociais ou através do site http://www2.cirurgiaplastica.org.br/ para obter informações sobre o cirurgião que você escolheu ou solicitar mais indicações dos profissionais de sua cidade.  Em caso de dúvida, também vale a pena entrar em contato com o Conselho Regional de Medicina.”

4.      Procure se cercar de boas informações sobre o profissional escolhido. “Saber a formação acadêmica do profissional, tempo de experiência, se o médico tem título de especialista ou é membro de alguma entidade contribui muito para uma tomada acertada de decisão. Certamente, o profissional com titulação acadêmica estará melhor preparado para tratar alguma intercorrência que porventura possa existir.”
5.      Tire o maior número possível de dúvidas já na primeira consulta. “A primeira consulta é, na verdade, a última fase antes da escolha. Nessa etapa, deve-se levar em conta não apenas a empatia com relação ao profissional e o grau de confiança que ele desperta, mas o modo como ele esclarece suas dúvidas, explica o procedimento e discute possíveis resultados. Faz parte da medicina explicar toda a indicação de um tratamento, seus prós e contras, e quais os resultados que se pode alcançar- ressaltando que cirurgia plástica não faz milagres, apenas aperfeiçoa as formas do corpo como um todo.”
 Tome todos os cuidados necessários para minimizar riscos. “Se o cirurgião plástico escolhido prescrever uma dieta, solicitar a suspensão de determinados medicamentos ou ainda exigir que o paciente pare de fumar por um período minimamente razoável, é importante que seja ouvido atentamente. Cirurgia plástica é coisa séria e o paciente deve saber que estará se expondo a riscos, independentemente da qualidade do profissional. Por isso, a escolha do hospital também é muito importante, devendo contar com bons anestesistas, enfermeiros e médicos intensivistas.”

Dr. Alieksiéi Carrijo - cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), diretor da clínica Plástica BR, em São Paulo. www.alieksieicarrijo.com.br  // www.plasticabr.com.br

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