Sociedade alerta sobre falta de patologistas
no Brasil
Patologias alertam sobre a necessidade de
valorização dos profissionais e possível falta da especialidade no País,
devido ao aumento de demanda de exames imprescindíveis para a saúde, como a
biópsia
No mês de agosto é comemorado o Dia do
Patologista e em 2014 a data também remete aos 60 anos da Sociedade Brasileira
de Patologia (SBP). Responsáveis por identificar os tratamentos mais adequados
para os pacientes, os patologistas têm entre suas funções o diagnóstico do
câncer, ao definir se o tumor é maligno ou benigno. São também os profissionais
que decidem se um órgão é adequado ou não para transplante, além de terem papel
protagonista no tratamento dos pacientes transplantados e em doenças
inflamatórias e infecciosas.
Para o médico patologista e secretário geral da SBP,
Ricardo Artigiani, não faltam patologistas no Brasil neste momento, porém com o
aumento do número de alunos nas faculdades de medicina, a preocupação é que os
patologistas não acompanhem a demanda. “Sem este profissional, os diagnósticos
de diversas doenças não podem ser realizados. O número de patologistas precisa
seguir o crescimento de outras especialidades para que não faltem profissionais
no futuro. Com o aumento de médicos de outras disciplinas a demanda para os
patologistas cresce e a preocupação é que não existam especialistas
suficientes, principalmente em lugares longe dos grandes centros urbanos com
oferta de exames e médicos”, diz.
Segundo pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM)
e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), há 2.006
patologistas no Brasil, o que corresponde a 0,75% do total de médicos. A
pediatria, por exemplo, é a especialidade mais numerosa, com 30.112 titulados.
Ainda, para Artigiani, os números demonstram que a
adesão à especialidade ainda está longe do ideal. “Falta divulgação da
patologia principalmente nas universidades. Os alunos não têm conhecimento
profundo sobre o que faz o médico patologista e falta de incentivos na
graduação”, comenta.
Sobre o perfil do patologista, a pesquisa aponta
discreto predomínio de mulheres (54,54%) e idade média é de 47,69 anos.
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