Estado libera R$ 3 mi à Santa Casa, mas exige auditoria em contas
Secretaria da Saúde de SP também aciona
plano de contingência até reabertura do Pronto Socorro
A Secretaria de Estado da Saúde vai
liberar imediatamente R$ 3 milhões para que a Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo reabra seu pronto-socorro nas próximas horas. Se necessário, haverá o
aporte de novos recursos para o pleno funcionamento da entidade.
A pasta, no
entanto, condicionou a liberação de novos recursos à realização de uma
auditoria nas contas da entidade, que ao longo dos últimos anos tem sofrido com
o aumento expressivo de suas dívidas. Objetivo é ajudar a entidade a aprimorar a
gestão de suas contas.
Neste ano, o governo
do Estado irá repassar R$ 168 milhões extras para a Santa Casa, além do que ela
já recebe pelo atendimento realizado aos pacientes do SUS (Sistema Único de
Saúde), o que totalizará R$ 345 milhões em dois anos.
Em
razão do fechamento do pronto-socorro da Santa Casa, a Secretaria de Estado da
Saúde ativou o Plano de Contingência, acionando seus 40 hospitais da rede
estadual na região metropolitana para que ampliem a sua capacidade de
atendimento.
A
orientação aos cerca de 1.000 pacientes que eram atendidos diariamente na
unidade é para que, nos casos que apresentem sintomas de menor gravidade, como resfriado, diarreia, dores de cabeça e
mal-estar procurem as 150 AMAs espalhadas por todo o município e unidades de
pronto-atendimento próximas às suas residências.
Este
encaminhamento gera um impacto inferior a 3 pacientes por unidade/dia. Caso
necessário, estas unidades farão encaminhamento aos hospitais de referência.
Apenas da rede estadual são 40 hospitais na Região Metropolitana preparados
para os atendimentos.
As
unidades de Resgate e o Samu foram orientados a encaminhar pacientes graves a
outros equipamentos de saúde da rede estadual e municipal .
O governo do Estado de SP tem auxiliado sistematicamente as Santas Casas e
hospitais filantrópicos com recursos extras. Somente neste ano pelo programa
SOS Santas Casas serão R$ 571 milhões extras para 125 entidades, o dobro do
valor repassado nos últimos anos para cobrir a defasagem de valores da tabela
do Ministério da Saúde, congelada há anos.
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