Dia Nacional
do Parkinsoniano é
lembrado no dia 4 de abril
O progresso do Mal de Parkinson
é lento, e,
nas fases avançadas, pode haver comprometimento mental
A
doença caracteriza-se pela associação de distúrbios motores, entre eles a
lentidão de movimentos, rigidez corporal, instabilidade de postura, tremor,
principalmente em repouso, e costuma ser diferente entre um lado e outro do
corpo.
De
acordo com o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Paulo
Rogério Bittencourt, a doença provoca dano nos neurônios que produzem o
neurotransmissor dopamina na estrutura do cérebro. O neurônio é responsável por
notificar o controle e a coordenação dos movimentos, assim como da conservação
da postura e dos músculos. "Por isso, os sintomas surgem quando muitos
destes neurônios já morreram", destaca o médico.
A
doença pode ser considerada genética pois uma parte vem dos genes e a outra
parte causada por um componente ambiental. "Porém não passa direto de
pais para filhos. Trata-se de uma herança genética mais complexa e
distante", ressalta o especialista.
A
causa hereditária da doença vem sendo estudada nos últimos 10 anos.
"Possivelmente, exista algum fator tóxico ambiental que desencadeie a
doença, especialmente naquelas pessoas que possuem predisposição genética.
Porém, não há comprovação científica sobre qual o fator
ambiental", considera Dr. Bittencourt.
Tratamento
especializado
O progresso do
Mal de Parkinson é lento, e, nas fases avançadas, pode haver comprometimento
mental. Por isso, a doença requer tratamento especializado. O objetivo é
retardar a evolução dos sintomas e dos sinais clínicos, tornando os pacientes
funcionais por muito mais tempo. "Vamos dizer que um homem começasse sua
doença com 60 anos. Sem tratamento ele ficaria parcialmente incapacitado com
cinco anos de evolução, dependente com 10 anos, e teria dificuldades em
permanecer vivo com 15 anos", exemplifica o médico.
Hoje,
este período praticamente foi duplicado devido a fisioterapia especializada e à
uma série de orientações de hábitos de vida e medicamentos.O neurologista deve conduzir todo o tratamento, e não
só ser consultado para receitar remédios. Uma doença neurológica precisa ser
atendida por neurologistas clínicos que conheçam a doença. Caso contrário, os
pacientes terão a evolução clínica antiga, de antes dos tratamentos que
modificaram radicalmente a previsão de vida útil desta população",
enfatiza o neurologista.
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