Tuberculose,
a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo
Dia 24 de março é a data internacional para
conscientizar a população sobre a enfermidade.
No
ranking brasileiro de mortes causadas por males infecciosos, o quarto lugar
pertence à tuberculose. A doença também está entre as dez que mais causam
internações hospitalares. De acordo com o Ministério da Saúde (MS),
aproximadamente 36 pessoas a cada 100 mil habitantes no Brasil possuem
tuberculose. Em dados internacionais, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
destaca que a enfermidade está em segundo lugar entre as doenças infecciosas
mais mortíferas, atrás apenas do HIV. Por isso, para diminuir os números
alarmantes, a OMS e a União Internacional Contra Tuberculose e Doenças
Pulmonares estipularam, em 1982, o dia 24 de março como o Dia Mundial de
Combate à Tuberculose.
Já em Santa Catarina, há uma taxa de mortalidade de apenas 0,7, graças a
trabalhos mais efetivos em diagnóstico e tratamento precoce, de acordo com o
pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, dr. Ricardo Albaneze. “Blumenau é exemplo
no tratamento da tuberculose, realizando 100% de seus tratamentos de maneira
diretamente observada e tendo índice de cura acima de 80%”, explica. Mesmo
assim, o médico destaca a importância de conscientizar a população sobre a
gravidade da doença.
O principal sintoma da doença é a tosse, o que, segundo o pneumologista,
comumente confunde os portadores por ser considerada um mecanismo de defesa,
que com frequência está associada a alergias ou doenças respiratórias, como
gripes ou resfriados. Entretanto, o médico alerta que quando o sintoma persiste
por mais de três semanas é preciso investigar melhor suas causas.
Albaneze ressalta que os sintomas que merecem atenção e cuidado especiais são:
tosse que perdura além de três semanas, podendo ser acompanhada de secreção e
sangue; mal estar; dor no peito; perda de peso; suor e febre. Causada pelo
Bacilo de Koch (BK), a tuberculose geralmente afeta os pulmões, mas também pode
atingir qualquer outra área do corpo. É uma doença que tem cura, porém possui
um tratamento longo e que não deve ser interrompido.
“Se o paciente para de tomar os antibióticos antes do período recomendado, as
bactérias remanescentes tornam-se resistentes, agravando o quadro e
proliferando a doença com formas mais difíceis de controle. Logo no início do
tratamento, quando há um bom quadro de melhora, muitos pacientes acreditam que
já estão curados e interrompem o acompanhamento médico, e isso não pode
acontecer”, esclarece.
Contaminação e
prevenção
O pneumologista explica que o contágio se dá por meio da inalação das gotículas
que contêm o bacilo de KocK, provenientes da tosse dos pacientes portadores da
Tuberculose Pulmonar e que ficam em suspensão no ar ambiente por período curto.
A melhor forma de se prevenir contra a tuberculose é a vacinação ainda na
infância. Outra medida importante de prevenção é evitar o contato com pessoas
contaminadas.
Atendimento
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. Por isso, o
pneumologista orienta que em caso de tosse constante ou algum dos outros
sintomas da doença, o melhor a ser feito é buscar orientação médica. O Hospital
Dia do Pulmão, por exemplo, em Blumenau, é uma das 12 instituições no Brasil
certificadas pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) em Laboratório
de Função Pulmonar e possui atendimento especializado para problemas
respiratórios, como a tuberculose. Mais informações sobre a doença e sobre
tratamento podem ser obtidas pelo site www.hospitaldopulmao.com.br.
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