terça-feira, 25 de junho de 2024

Prematuridade: saiba sobre os riscos e os principais cuidados que esses bebês precisam

Segundo especialista, as complicações do parto prematuro estão entre as principais causas de morte em crianças menores de 5 anos em todo o mundo
 

A vacinação é uma grande aliada na prevenção de doenças e no fortalecimento do sistema de defesa desses bebês. 1,2 

 

No Brasil, a cada 10 minutos, seis bebês nascem prematuros, ou seja, chegam ao mundo antes de completar 37 semanas de gestação. São, ao todo, 340 mil nascimentos por ano, colocando o país em 10º lugar no ranking mundial. 3,4 Mas por que tantos bebês nascem antes da idade gestacional recomendada? 

Dr. Marcelo Freitas, gerente médico de vacinas da GSK, explica alguns motivos que podem levar aos altos índices de prematuridade no país. “As complicações do parto prematuro estão entre as principais causas de morte em crianças menores de 5 anos em todo o mundo. Alguns dos principais motivos são a gravidez na adolescência, ausência de pré-natal, doenças relacionadas à gestação e desinformação. O acompanhamento médico e algumas medidas tomadas durante a gestação podem evitar o nascimento do bebê antes do tempo previsto. Quanto mais prematuro for o bebê, especialmente antes de 34 semanas de gestação, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações”, alerta o médico. 

Dr. Marcelo fala ainda mais sobre os perigos do parto prematuro para a saúde do bebê. “Em comparação com os nascidos a termo, após as 37 semanas de gestação, os prematuros são mais vulneráveis. Ou seja, têm maior risco para diversos problemas de saúde, como infecções respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares, diabetes, além de maior risco para infecções e hospitalizações por doenças imunopreveníveis. Isso acontece porque a mãe transfere ao longo da gestação, principalmente no último trimestre, anticorpos que vão proteger o bebê contra as mais diversas infecções no início da vida. E se esse bebê nasce prematuramente, não recebe todos os anticorpos maternos para proteção, o que é especialmente importante até que complete seu calendário vacinal”, esclarece. 

Dentre essas doenças imunopreveníveis que podem trazer mais risco de hospitalização e infecções graves em crianças com histórico de prematuridade em comparação com bebês nascidos a termo, podemos destacar: a coqueluche, capaz de dobrar o risco de hospitalização e quintuplicar o risco de doença grave; a doença pneumocócica invasiva, que pode causar até nove vezes mais risco de infecção em prematuros nascidos com menos de 32 semanas; o rotavírus, que pode causar 2,6 vezes mais risco de hospitalização; e a gripe, que aumenta em 2,5 vezes o risco de doença grave. 5-9 

Para ajudar na prevenção de doenças e no fortalecimento do sistema de defesa dos bebês prematuros, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda o aleitamento materno, lavar frequentemente as mãos, afastar-se de fontes de fumo e cigarros, evitar aglomerações e contato com pessoas doentes, postergar a matrícula em creches ou berçários, além, é claro, da vacinação. 1 

Segundo o Dr. Marcelo, a imunização dos prematuros deve ser feita segundo a idade cronológica da criança. “As vacinas contra meningite, pneumonia, coqueluche, hepatite B, rotavírus, gripe e os demais imunizantes do primeiro ano de vida devem ser aplicados seguindo a mesma rotina de um bebê a termo. Mas, mesmo com essa recomendação, a vacinação é frequentemente adiada”, conta. 

Uma das formas de ajudar na atualização da vacinação é utilizando as vacinas combinadas. Empregando mais imunizantes por vacina, temos vários benefícios, como reduzir o número de injeções, dor e desconforto para o bebê; para os pais, temos menos visitas ao médico, às clínicas de vacinas, facilitando a organização familiar. 10 

“Com as vacinas combinadas, diminuímos o número de injeções, contribuindo com aumento da adesão aos esquemas completos de vacinação. Nos prematuros isso é ainda mais importante. Um exemplo de vacina combinada é a vacina contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite e Haemophilus influenzae tipo b, indicada para a vacinação primária e de reforço em crianças conforme a idade cronológica”, explica o médico. 

Além disso, para reduzir o risco de infecção nos prematuros, é necessário também que todos que convivem com o bebê, como mãe, pai, avós, irmãos, cuidadores, etc, estejam com a vacinação em dia. 1,2,11,12

 



GSK
Para mais informações, visite.

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
 


 Referências:
 
1- SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário vacinal do bebê prematuro. Disponível em: <
link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

2- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm Prematuro (2023/2024). Disponível em: <link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

3- BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde reforça campanha para prevenção da prematuridade. Disponível em: <link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

4- PREMATURIDADE. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAIS, FAMILIARES, AMIGOS E CUIDADORES DE BEBÊS PREMATUROS. Novembro Roxo: Ações visam sensibilizar a sociedade sobre a prematuridade. Disponível em: <link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

5- RIISE, Øystein Rolandsen et al. Risk of pertussis in relation to degree of prematurity in children less than 2 years of age. The Pediatric infectious disease journal, v. 36, n. 5, p. e151-e156, 2017.

6- MARSHALL, Helen et al. Predictors of disease severity in children hospitalized for pertussis during an epidemic. The Pediatric infectious disease journal, v. 34, n. 4, p. 339-345, 2015.

7- SHINEFIELD, Henry et al. Efficacy, immunogenicity and safety of heptavalent pneumococcal conjugate vaccine in low birth weight and preterm infants. The Pediatric infectious disease journal, v. 21, n. 3, p. 182-186, 2002.

8- NEWMAN, Robert D. et al. Perinatal risk factors for infant hospitalization with viral gastroenteritis. Pediatrics, v. 103, n. 1, p. e3-e3, 1999.

9- GARCIA, Melissa N. et al. Clinical predictors of disease severity during the 2009–2010 A (HIN1) influenza virus pandemic in a pediatric population. Epidemiology & Infection, v. 143, n. 14, p. 2939-2949, 2015.
10- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Combination Vaccines. Disponível em: <
link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

11- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm do nascimento à terceira idade (2023/2024). Disponível em: <link>. Acesso em: 26 fev. 2024.

12- GAGNEUR, Arnaud; et al. Immunization of preterm infants. Human vaccines & immunotherapeutics, v. 11, n. 11, p. 2556-2563, 2015.

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