quinta-feira, 27 de junho de 2019

QUAIS PONTOS FORTES OS JOVENS DESTACAM EM SI MESMOS?


 Em um ambiente competitivo, pesquisa revela os fatores em evidência na personalidade dos mais novos


Atualmente, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), temos 7,337 milhões de jovens brasileiros subutilizados, o maior número já registrado desde 2012. Com mais gente em busca de uma vaga, as entrevistas também tendem a ter um maior grau de exigência. Por isso, para conseguir se destacar, o autoconhecimento é essencial. Contudo, diante desse contexto, todos sabem vender seu peixe? A última pesquisa realizada pelo Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, entre 27 de maio e 7 de junho, investigou o tema. Assim, a pergunta: “Quais são seus pontos mais fortes?” foi feita a 41.862 participantes. O resultado trouxe um panorama sobre a visão da juventude.

O levantamento ocorreu com indivíduos de 15 a 28 anos e apontou como principal qualidade a “proatividade”, escolhida por 49,50%, ou 20.720 entrevistados. Para a analista de treinamento, Nicole Tavares Crespo, a competência é primordial e valorizada no mercado de trabalho. “Sem dúvidas, quando identificada durante o processo seletivo pode realçar o candidato. Afinal, ela engloba a capacidade de antever problemas, identificar oportunidades, combinada a iniciativa de criar e efetuar as soluções”, explica. Para quem não se vê com esse dinamismo todo, a dica é entender o sistema como um todo. “Veja como o empreendimento funciona, qual o ponto de encontro das atividades e setores, o sentido dos procedimentos. Com isso, será mais fácil propor inovações”, assegura.

Para 26,93% (11.275) a “humildade” é seu carro chefe. A vantagem da modéstia é a possibilidade de estar sempre aberto às críticas, para conseguir traçar um plano de melhoria. “Ela dá o caminho para assumir uma postura de aprendiz. Ao surgir um novo desafio, é válido saber quais ações são possíveis e quando será preciso solicitar ajuda. Da mesma forma, faz toda diferença aceitar o fato de, inevitavelmente, cometer falhas e aprender com elas”, enfatiza a especialista.

Ainda na visão de 13,27% (5.554) seu destaque está na “solidariedade”. A habilidade vai muito além de reconhecer alguém ou um grupo almejando auxílio. Significa, principalmente, entender a responsabilidade com o outro. “Esse processo de se colocar como parte e praticar a empatia, pode abrir portas. Afinal, um profissional engajado, com potencial de reconhecer as necessidades de quem está ao redor, se propondo solucioná-las, pode ser um ótimo membro de equipe e trazer bons resultados ao negócio”, comenta.

Há também quem utilize como recurso chave a “intuição”. Essa foi a resposta de 5,32% (2.225). Apesar de não existirem estudos comprovando a relação entre instinto e sucesso profissional, algumas pesquisas já observam a característica como um ponto em comum entre os vitoriosos, como Steve Jobs, por exemplo. “Sua utilização permite estar mais atento a você mesmo, ao ambiente e ao entorno. Isso desenvolverá a autopercepção e será uma aliada ao pensamento lógico”, ressalta Nicole.

Por fim, 4,99% (2.088) deram ênfase à sua “competitividade”. Ela é significativa para motivar a saída da zona de conforto, potencializando a melhoria contínua. “No entanto, precisa estar focada no crescimento de cada um, oportunizando atingir objetivos e superar-se sempre. Não deve se transformar em um conflito pessoal, ou de manipulação e falta de ética com os parceiros do time”, diz a analista.

Para quem procura uma vaga, Nicole ainda recomenda a atualização constante e o desenvolvimento da criatividade. “O indicado é seguir blogs, ler jornais, ir em eventos e ficar por dentro dos acontecimentos recentes tanto em relação ao ambiente corporativo, quanto do mundo em geral. Afinal, isso certamente fará diferença ao propor sugestões e facilitará pensar fora da caixa”, finaliza.




Fonte: Nicole Tavares Crespo - analista de treinamento do Nube



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