terça-feira, 24 de maio de 2016

Pesquisa revela que quase metade dos ataques cardíacos são silenciosos



Especialista Livre Docente em Cirurgia Cardíaca Dr. Edmo Atique Gabriel, que atua nos hospitais HCOR, Hospital Sírio-Libanês e Einstein, é fonte para comentar pesquisa que aponta que quase metade dos infartos são silenciosos e explicar quais são os riscos para a saúde e sobrevida das vítimas.
Uma pesquisa recente realizada pelo Centro Médico Batista de Wake Forest, na Carolina do Norte, EUA, e divulgada pelo periódico científico "Circulation", editado pela Associação Americana do Coração, revela que quase metade dos infartos são silenciosos, ou seja, não apresentam sintomas tão agudos e podem passar desapercebidos pela vítima.

Segundo o estudo, o grande perigo do infarto silencioso é que quem sofre fica exposto a um maior risco de desenvolver doenças cardíacas e eventualmente ir à obito.

Segundo os pesquisadores, as consequências de um ataque cardíaco silencioso são tão ruins quanto as de um ataque cardíaco que é reconhecido quando está acontecendo mas como os pacientes não sabem que o que tiveram um ataque cardíaco silencioso, eles podem não receber o tratamento necessária para prevenir outro no futuro.

Na pesquisa, os cientistas analisaram dados de quase 10 mil pessoas de quatro diferentes comunidades americanas inscritas no fim dos anos 1980 em um estudo para avaliar as causas e consequências da aterosclerose, o progressivo endurecimento e acumulação de placas nas paredes das artérias, que as entopem. De lá para cá, esses voluntários, de ambos os sexos e tanto caucasianos quanto afrodescendentes, passaram por cinco avaliações médicas em que foram submetidos a exames de eletrocardiograma (ECG).

Das pessoas analisadas no estudo, 386 tiveram infartos sintomáticos no período da pesquisa, enquanto 317 sofreram ataques cardíacos silenciosos que só foram diagnosticados graças ao exame de ECG, ou 45% do total de episódios. Além disso, pelos cálculos dos pesquisadores, as vítimas desses infartos silenciosos apresentaram uma chance três vezes maior de morrerem de doenças cardíacas do que os voluntários que não tiveram ataques, além de um risco de morte por qualquer causa 34% superior a eles. Por fim, os ataques silenciosos foram mais comuns nos homens, mas são as mulheres que estatisticamente mais morrem por sua consequência.

O estudo sugere que mulheres com ataques cardíacos silenciosos podem sofrer consequências piores que os homens.

Entre os sintomas comuns do infarto estão dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náuseas. Quando eles ocorrem, é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível, e quem sobrevive é deve adotar hábitos de vida mais saudáveis, como abandonar o cigarro, melhorar a dieta e praticar exercícios.



Doutor Edmo Atique Gabriel - Médico com Livre-Docência no Centro Universitário Lusíada de Santos. Doutor e Pós-Doutor em Ciências da Saúde na Universidade Federal de São Paulo com especialização complementar em Cirurgia Cardiovascular, Cardiologia Adulto e Pediátrica nas instituições: University of Miami, Texas Heart Institute, Harvard Medical School, Cleveland Clinic, University of Philadelphia, Lenox Hospital NY City e MBA em Gestão Estratégica de Clínicas e Hospitais pela FGV. Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Editor dos Livros "Principles of pulmonary protection in Heart Surgery" e ''Inflammatory response in Cardiovascular Surgery" pela Springer, London. Agraciado com ''Prêmio Daher Cutait 2013''. Cirurgião Cardiovascular com atuação nas cidades de São Paulo (HCOR, Hospital Sírio-Libanês e Einstein), São José do Rio Preto, Brasília, Rio de Janeiro, Campo Grande -MS, Três Lagoas - MS.  É coordenador do Curso de Medicina da UNILAGO de São José do Rio Preto

Nenhum comentário:

Postar um comentário