terça-feira, 24 de maio de 2016

Avaliação periódica da tireoide pode prevenir doenças como o hipotireoidismo





Exame para detectar o problema pode prevenir ou diagnosticar alterações da tireoide em sua fase inicial

As doenças da glândula tireoide têm sintomas comuns e ocorrem em pessoas de ambos os sexos e de todas as idades. E mantê-la saudável significa equilíbrio na produção de hormônios essenciais para o metabolismo e a manutenção das funções do organismo. Por isso, no Dia Mundial da Tireoide (25/5), a endocrinologista dra. Rosita Fontes, integrante do corpo clínico do Sérgio Franco, faz o alerta para a importância da avaliação periódica da tireoide.

De acordo com a especialista, a investigação periódica da tireoide para identificar as principais disfunções, como o hipotireoidismo (diminuição da produção de hormônios da tireoide) e o hipertireoidismo (aumento da produção de hormônios da tireoide), pode ser realizada por meio de um exame de sangue chamado dosagem de TSH, conforme indicação médica. As sociedades especializadas recomendam que esse exame seja feito rotineiramente após os 35 anos para diagnóstico e em todos os indivíduos que tiverem fatores de risco para doenças tireoidianas, como o bócio (aumento da glândula), e história da doença na família.

O hipertireoidismo e o hipotireoidismo podem ter diversas causas, sendo as mais frequentes as de natureza autoimune, quando o organismo começa a produzir anticorpos contra si mesmo. Sem diagnóstico adequado, podem evoluir e levar a alterações em todo o funcionamento do corpo. Daí a importância de serem diagnosticados precocemente.

A tireoide pode apresentar também um ou mais nódulos, e a simplicidade do diagnóstico começa com um toque. Uma forma de a pessoa  verificar se tem nódulos na tireoide é por meio do autoexame. “Em frente a um espelho de mão, tome goles de água com a cabeça inclinada para trás. Abaixo da região referente ao pomo de adão, pode-se visualizar a tireoide subir ao engolir e descer no relaxamento. Caso se verifique algum ressalto ou nódulo, o endocrinologista deve ser procurado”, orienta a médica.

A maioria dos nódulos da tireoide é benigna. Se o médico suspeita de malignidade, poderá, a critério clínico, solicitar exames específicos  para confirmação. Algumas alterações verificadas na ultrassonografia e na punção por agulha fina da tireoide (PAAF) podem indicar ao médico as condutas posteriores a serem seguidas. 

A especialista alerta para algumas situações em que a investigação é mais importante:

· nos recém-nascidos, com o teste de triagem neonatal – o famoso teste do pezinho –, pode-se detectar o hipotireoidismo congênito, que ocorre em 1 de cada 3 mil a 4 mil nascimentos;  

· em pessoas acima de 35 anos, principalmente mulheres, quando as doenças tireoidianas são mais frequentes;

· quando há suspeita de alteração da função tireoidiana, conforme avaliação do médico assistente.

Rosita ressalta que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das doenças da tireoide são fundamentais, e que seu médico deve sempre ser consultado em caso de dúvida. Ela finaliza com algumas recomendações:

- jamais se devem usar fórmulas ou qualquer medicamento que contenha hormônio tireoidiano sem uma consulta ao endocrinologista, que avaliará se há necessidade;

 - na avaliação, se houver disfunção da tireoide, os resultados considerados anormais do TSH variam conforme a idade, sendo diferentes se é um recém-nascido, jovem ou idoso. Se esse exame apontar uma disfunção, outros testes serão solicitados pelo endocrinologista para a verificação de cada caso. 

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