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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Vem chegando o verão

 Temperatura em elevação requer cuidado extra com os pets

Nem sempre o que refresca o tutor é adequado ao animal; iniciativas para aliviar o calor podem não ser ideais para algumas espécies

Crédito: Matheus Campos
Em dias quentes, os cães podem cavar na terra buracos profundos na tentativa de alcançar terra mais úmida e fresca


O verão está chegando e as altas temperaturas exigem cuidados extras com os pets. E atenção: nem sempre o que refresca o tutor é adequado para o animal, bem como as iniciativas em aliviar o calor para alguns bichinhos pode não ser ideal para outras espécies.   

Inteligentes como são, os mascotes mostram que estão com algum incômodo mesmo sem falar. Cabe ao humano ser vigilante quanto ao comportamento do animalzinho e providenciar logo algum conforto antes que o mal-estar resulte em prejuízo maior. 

Um destaque aos animais idosos, que tendem a ter maior risco de hipotermia e desidratação: eles são mais lentos, quietos e apresentam mucosas ressecadas, por isso merecem atenção redobrada. Alguns podem necessitar de hidratação através da fluidoterapia (administração de fluidos em ambiente hospitalar). A orientação é providenciar sombra, ofertar bebedouros próximos e, em alguns casos, aplicar água na boquinha usando seringa. Tapetes gelados em comercialização em pet shops são alternativas para propiciar bem-estar, bem como borrifar água gelada nos pelos. 

As doutoras do Hospital Veterinário Taquaral (HVT) Fabiana Vitale, especializada em dermatologia, e Morgana Prado, expert em pets não convencionais, traçam um panorama geral sobre as peculiaridades de cada tipo de animal.

Crédito: Matheus Campos
Morgana Prado, especializada em em pets não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral (HVT)

Cães e gatos 

Segundo a Dra. Fabiana, cachorros e felinos possuem temperatura corporal diferente (normalmente mais alta) em comparação ao humano. Em contrapartida, os pelos auxiliam na termorregulação, protegendo-os do frio e calor. “Cães e gatos não possuem tantas glândulas sudoríparas como nós, portanto, transpiram muito menos. A troca de calor com o ambiente, de forma a resfriar o corpo, ocorre através do ato de resfolegar, que consiste em colocar a língua para fora da boca e arfar bastante”, explica.

 

Pets não convencionais 

A Dra. Morgana ressalta que as aves são homeotermos (mantêm a temperatura corporal relativamente constante), assim como os mamíferos. A veterinária ensina que os pássaros, os lagomorfos (pequenos mamíferos herbívoros, como os coelhos e lebres) e roedores não possuem glândulas sudoríparas, o que dificulta a troca de calor com o ambiente. Já os répteis são ectodérmicos, condição caracterizada por necessitar de uma fonte externa para regulação da temperatura.

Crédito: Divulgação
Um sinal de desconforto é ficar inquieto e mudar de posição ou lugar com frequência

Sinais de desconforto 

Nos dias mais quentes, não é difícil para tutor perceber que o animal não está confortável. As especialistas orientam que os pets dão indícios de que merecem uma atenção especial. 

Cães e gatos procuram deitar de barriga para baixo no chão frio. Tomam mais água, respiram de forma intensa e de boca aberta. Normalmente ficam muito inquietos e mudam de posição ou lugar com mais frequência. “Alguns animais até jogam água da tigela de água no chão e deitam em cima para se refrescar. E outros podem cavar na terra buracos profundos na tentativa de alcançar terra mais úmida e fresca”, indica a Dra. Fabiana. 

Quando estão sob altas temperaturas, as aves ficam no fundo da gaiola, arfantes e com as asas e bico abertos. Dra. Morgana lembra ainda dos lagomorfos e roedores, que também se mostram ofegantes, apáticos, letárgicos e sem disposição para brincar. Esse tipo de animal perde o apetite e pode ficar esticando as patas traseiras no chão para se refrescar. Já os répteis procuram abrigo em um local mais ameno, pois o ambiente faz com que o corpo deles resfrie e ele não passe calor.


Crédito: Matheus Campos
O cão troca de calor com o ambiente colocando a língua para fora da boca

 

Dicas para aliviar o calor 

Cães e gatos 

Ventilador -- De modo geral não há contraindicações para o uso direto nos animais. A exceção é para os que possuem problemas oftálmicos, como “olho seco” (ceratoconjuntivite seca), pois pode agravar a sensação de ressecamento ocular e provocar irritação, como vermelhidão e coceira. 

Ar-condicionado -- O uso do aparelho requer o acompanhamento no ambiente de um umidificador, além da necessidade de estimular o animal a beber água para evitar ressecamento de vias aéreas. Pacientes com ceratoconjuntivite seca também podem ter desconforto ocular, por isso é importante a aplicação de colírio lubrificante antes até do animal ser colocado neste ambiente resfriado. “O uso de temperaturas muito baixas do ar-condicionado pode provocar choque térmico e promover desconfortos, como espirros e tosse seca”, alerta a Dra. Fabiana.   

Brincadeiras na água -- Cães têm acesso livre à piscina, com a observação de que é preciso banhar o animal depois para remover o cloro da pele e do pelo. Aos animais alérgicos, com dermatite atópica, por exemplo, recomenda-se a hidratação da pele em seguida com produtos prescritos pelo veterinário dermatólogo. Animais de pelo curto podem secar ao ar livre, e os de pelagem longa, recomenda-se o uso de sopradores e secadores para evitar que a pele fique úmida. “Gatos, de modo geral, não gostam de entrar na água ou de se molharem, mas caso haja interesse na diversão, a recomendação é a mesma que é dada para os cães”, enfatiza a Dra. Fabiana.  

Oferecimento de água gelada -- Não existe risco algum para cães e gatos, inclusive eles adoram e é uma excelente forma de promover alívio térmico. Frutas congeladas também são ótimos recursos.  

Estímulo à ingestão de água -- Ofereça alimentação natural, que é mais úmida; adicione água na comida; espalhe vários potes com água pela casa -- ou fontes e bebedouros com água em movimento para os gatos, que apreciam esse recurso devido a sensação de água limpa; água de coco, por ter sabor levemente adocicado, pode contribuir para o consumo de líquidos para cães e gatos.

Crédito: Matheus Campos
Os gatos apreciam água em movimento devido a sensação de água limpa

Passeio em dias quentes -- Evite sair com cães e gatos em horários de alta incidência solar, pois há risco de queimadura das patas/ coxins. Recomenda-se passear com os animais até por volta das 8h30 e ao final da tarde e início da noite. Esse é um cuidado muito importante! Aos braquicefálicos, acidentes como queimaduras, úlceras, sangramento e hipertermia podem ser fatais! 

Tosa -- Não se recomenda a tosa de animais com pelo longo, nem mesmo no verão. “Na ideia de tentar ajudar a controlar o calor, estamos justamente prejudicando o controle térmico de cada animal removendo dele o seu isolante término natural -- os pelos”, explica Fabiana. Em algumas raças de pelagem dupla, como Akita, Samoieda, Spitz Alemão e Chow Chow, por exemplo, pode haver indução de uma condição patológica chamada alopecia pós-tosa, caracterizada pela interrupção do crescimento do pelo por, no mínimo, dois ou três anos.

Crédito: Matheus Campos
Fabiana Vitale examina pele de cão

Doenças geradas pelas altas temperaturas -- Insolação e hipertermia -- os cães são mais acometidos, em especial os braquicefálicos, pois têm maior dificuldade no resfriamento corporal através do ato de resfolegamento. Sinais como ofegação extrema, redução da atenção, temperatura corporal muito elevada, inconsciência/coma -- neste caso o animal dever ser levado imediatamente a um hospital veterinário 24 horas na tentativa de salvar o paciente.


Desidratação -- Qualquer animal pode sofrer se estiver submetido a altas temperaturas, sem possibilidade de acesso à sombra e água fresca. Se a desidratação for moderada a grave, o animal deve ser levado imediatamente ao hospital. Apatia, prostração, redução da interação e atenção, ressecamento de mucosas, redução da micção ou ausência da mesma podem ser sinais de desidratação.


Infestação por pulgas e carrapatos -- Em épocas de maiores temperaturas a proliferação destes parasitas é maior, sendo necessário o uso de produtos preventivos para evitar complicações originadas pelas picadas e infestação intestinal por parasitas.

 

Pets não convencionais 

Ventilador -- Não é indicado vento direto no animal devido ao ressecamento do ar e das vias aéreas. Uma opção, de acordo com a Dra. Morgana, é ligar o umidificador junto com o ventilador. Em relação às aves é preciso muita atenção, pois correntes de vento podem ocasionar alterações respiratórias graves. Já nos répteis, o ventilador não interfere na oscilação da temperatura. O que gera efeito refrescante é, por exemplo, ter pedra de mármore nos terrários. “Lembrando que quando se trata de chinchilas devemos manter o ambiente mais ameno porque são animais que necessitam de temperaturas baixas, porém não diretamente, e sem exageros”, observa Morgana. 

Ar-condicionado -- Assim como os ventiladores, é interessante usar o umidificador junto no ambiente e nunca deixar diretamente no animal. Mas par as chinchilas o ar-condicionado, junto com o umidificador, figura como uma boa pedida. “Os répteis são espécies com exigências particulares, como uso de lâmpadas de aquecimentos, ventiladores específicos de terrários. Sendo assim, é preciso conhecer cada espécie para definir a sua exigência nestes casos”, reforça Morgana. 

Brincadeiras na água -- Não podem faltar banheiras nas gaiolas, pois as aves adoram se refrescar tomando banho. Mais uma alternativa é borrifar água na gaiola nos horários mais quentes. Lagomorfos e roedores normalmente não se molham e não têm a necessidade. Caso aconteça, a indicação da Dra. Morgana é secar o animal com secador morno para evitar problemas de pele. Estas espécies gostam de brincar com atrativos gelados e uma sugestão é oferecer garrafa pet com água congelada para se distraírem. Já para a chinchila o banho com água não é indicado. “Existe um pó especifico que faz a limpeza do animal”, esclarece a especialista. O aspergimento de água é bastante indicado como cuidado aos répteis. 

Oferecimento de água gelada -- Aos animais silvestres essa não é uma boa sugestão. A melhor opção é dar água em temperatura ambiente. No entanto, aves como papagaio e arara gostam de “sorvete” de polpas de frutas, podendo ser oferecido esporadicamente. 

Passeio em dias quentes -- Não são indicados passeios de carro, nas ruas ou parques; não esqueça gaiolas ao sol!; e atenção a alguns coelhos e porquinhos da índia que andam soltos em casa: deve-se evitar o acesso ao piso onde bate o sol devido a queimaduras nas patas. 

Estímulo à ingestão de água -- Ofereça frutas suculentas, como laranja, maracujá e melão, bem como verduras com água borrifada. 

Tosa -- Muitos tutores tosam seus coelhos, porém não é uma atitude indicada. Não alivia o calor e prejudica o controle térmico do animal, sem contar risco de lesões durante o processo devido a pele ser fina e sensível. 

Doenças geradas pelas altas temperaturas ­-- Devido às oscilações de temperatura, bronquite, infecções respiratórias e gastrointestinais são comuns. Atenção à fermentação das frutas, pois no calor os alimentos estragam com mais facilidade.

Crédito: Matheus Campos
Veterinária Morgana Prado atende a uma ave da família de psitacídeos

 

Hospital Veterinário Taquaral -- nova unidade

Endereço: Av. Heitor Penteado, 311, Taquaral (em frente ao portão 6 da Lagoa) -- Campinas SP

Funcionamento: 24 horas, sete dias por semana

Telefones: (19) 3255-3899 / WhatsApp: 99256-5500

Instagram: @hvtcampinas


Esporotricose: um fungo de risco em nossa casa

A esporotricose é uma zoonose fúngica (micose) que comumente resulta em múltiplas lesões na pele com formações de úlceras. A doença é causada por fungos do gênero Sporothrix e, além do homem, esse fungo acomete muitas espécies de animais, tanto domésticos, quanto de produção ou selvagens. A incidência da esporotricose é relatada em países tropicais (clima quente e úmido). No Brasil, há notificações de hospitalizações de seres humanos em todos os estados, com atenção para o Amapá, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 3%. 

O Sporothrix é encontrado na natureza em palhadas, espinhos, madeira, feno e musgo, ou seja, em qualquer matéria orgânica se decompondo no solo. A contaminação, geralmente, se dá pela inoculação do fungo a partir de perfurações de matéria orgânica, como espinhos e farpas de galhos, ou o mais frequente, por arranhaduras de gatos contaminados, tanto para o homem quanto entre animais. Embora a forma popularmente da doença seja a cutânea, a esporotricose pode resultar em manifestações respiratórias e linfáticas. 

Quanto aos sinais e formas clínicas, nos humanos a esporotricose pode apresentar as formas cutânea localizada, cutâneo-linfática, mucosa localizada e disseminada. A gravidade da doença varia conforme a profundidade da lesão inoculadora, características da cepa e estado imune do paciente. Nos animais, o gato é diagnosticado com maior frequência, sendo que, as regiões mais acometidas são a cabeça e as partes distais dos membros. As lesões são úlceras profundas que sangram com facilidade e há formação de crostas compostas por tecido morto e secreções. 

O diagnóstico da esporotricose é feito pelo isolamento do fungo em meios de cultura específicos, ou pela microscopia direta de material coletado da lesão. É importante ressaltar que o sucesso da microscopia depende diretamente do método de coleta, que deve ser feita na área mais profunda da ferida e sem a contaminação com sangue ou tecido morto. Adicionalmente, o exame clínico bem executado e o histórico do paciente, humano ou animal, é de grande valia para o diagnóstico. 

O tratamento, independentemente da espécie do paciente, é longo (aproximadamente três meses) e é feito com antifúngicos como o itraconazol. O uso tópico de fármacos a base de iodo, também pode contribuir significativamente com a melhora clínica dos animais. 

Sobre as medidas preventivas, não há vacinas, sendo assim, a melhor maneira de prevenir está no cuidado com o ambiente e manuseio com animais sobsuspeita ou confirmação da doença. É importante salientar que o tratamento de animais com esporotricose é eficaz quando feito corretamente, não sendo indicado a eutanásia. Em caso de suspeita, como a presença de pequenos nódulos ou feridas nos animais, principalmente gatos, o tutor deve procurar o médico veterinário o quanto antes para confirmação do diagnóstico e terapia adequada. 


Paulo Felipe Izique Goiozo - médico veterinário, mestre em Patologia Veterinária, doutor em Fisiopatologia e Saúde Animal e professor da Escola Superior de Saúde Única da Uninter.

 

5 coisas que aprendi com os cães


Cachorros! Será que existe algum ser, desses supostamente irracionais, tão humano quanto eles? Sempre que vejo um, além da vontade de sentar no chão e brincar, fico pensando nas inúmeras lições que esses seres de quatro patas são capazes de nos ensinar. Quer ver?

 

Uma situação clássica ocorre quando eles recebem uma bronca e são acusados de um “delito” qualquer. Em poucos minutos, já estão contentes e abanando o rabo novamente. Ali, naquele momento, o recado parece ser cristalino: a vida é deveras efêmera e o tempo passa assim, ó, voando demais para nós torrarmos com sentimentos ligados à raiva e ao rancor. 

 

Outra lição que pode ser aprendida é a paciência. Certo dia, vi um vídeo em uma rede social em que um amigo de quatro patas tentava se aproximar de uma criança. A negociação foi um pouco longa. De início o menino o rejeitava e não queria conversa. Mas, depois de persistir e demonstrar um enorme jogo de cintura (olha outro recado deles aí), lá estavam os dois, brincando.

 

Como não deixar de falar também dos ensinamentos sobre companheirismo e sensibilidade. Aliás, quando Deus colocou a palavra “cão” dentro de CompAnheirO sabia o que estava fazendo. Para eles não é necessário dizer “estou estressado” ou “minha cabeça dói”. Ao contrário de alguns seres humanos que conheci, os peludinhos são dotados de uma sensibilidade tamanha que logo percebem quando há algo errado. E ficam ao seu lado. Plantados! Até que melhore e levante da cama. 

 

Tão corriqueira quanto a situação mencionada é quando você volta do trabalho e, só em colocar a chave na porta, já ouve os sapateados e latidos, ansiosos para lhe receber de volta. Lembro que eu quase sempre apertava a minha cachorra. Talvez seja por isso que ela quase nunca ia me receber. Ou porque grande parte do dia a fiel peluda ficava de plantão na cozinha: a bicha era boa de garfo. Ou melhor, de tigela. Dava até gosto. 

 

Voltando, nos dias em que eu estava mais tenso, ela percebia e deixava, sem reclamar, que eu a pegasse no colo. Mesmo que fosse por alguns segundos. Compreensão e solidariedade! Outros recados deixados por eles.   

 

Entretanto, de todos os ensinamentos já mencionados, o mais importante fica para o fim. Ah, o fim! Como é duro ver um ser que adorava comer e que, de uma hora pra outra, passou a virar a cara para a comida. Como é barulhento o silêncio e a ausência das pegadas, internadas. Como é muito foda não ter ninguém pulando na sua frente, correndo para a janela e latindo quando a campainha toca ou quando o caminhão do gás passa.  

 

Sabe de uma coisa? A última lição deles é que com tantas atitudes assim, verdadeiras e generosas, as pegadas, as bolinhas espalhadas e os abraços gostosos, daqueles de deixar a roupa cheia de pelos, até cessam, mas o legado... Aah, não. O legado nunca é esquecido. 

 

O melhor que se tem a fazer, por agradecimento a tudo isso, é simplesmente permitir a partida para o infinito e além. Seja esse fim com a injeção do descanso (bendito eufemismo para um nome horrendo) ou mesmo de causas naturais. 

 

Ficam as lembranças das cenas engraçadas, fotos e várias risadas de canto de boca, meio sem vida, é verdade, mas - ao mesmo tempo - felizes pelos momentos vividos. 

 

Tudo isso ensinado por alguém incapaz de dizer uma palavra. Uma só palavra!

E nem precisava!

 

Guilherme Renso


Copa do Mundo e fogos: o que fazer com seu cão na hora do barulho?

Geneticista e consultora em bem-estar e comportamento canino explica como melhorar a situação para animais que sofrem com fobia


No dia 20 de novembro, começou, no Catar, a Copa do Mundo 2022. Junto às comemorações, vêm, também, os fogos de artifício – e quem sofre, muitas vezes, são os cães.

 

Segundo Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, assim como os humanos, os cachorros também podem sofrer de fobias por vários motivos, como som de fogos.

 

"No cão, o quadro fóbico equivale a uma crise de síndrome do pânico em humanos. Ou seja, ele se vê em uma situação de risco de morte eminente e sua segurança ameaçada. Com isso, ocorre um disparo muito intenso de adrenalina em seu corpo, pela sensação de estar em perigo", explica.

 

Neste quadro, começam os comportamentos compensatórios – e até perigosos. "É comum ficar embaixo da cama ou outro lugar para se sentir seguro. Também pode se automutilar, machucar alguma parte do corpo, e destruir a casa, para amenizar a intensa ansiedade. A adrenalina também o faz querer fugir, e aí vem um perigo ainda maior: arranhar portas, a ponto de perder as unhas com isso; ou quebrar vidros e pular janelas, causando fugas e acidentes – até fatais", exemplifica Chamone.


 

Habituação


Se o seu cãozinho ainda é filhote, ou mesmo adulto, e não tem medo de fogos de artifício, é importante, mesmo assim, prepará-lo para lidar com esses barulhos. Assim, a chance de se tornar fóbico diminui, pois o medo de fogos é aprendido e pode surgir a qualquer momento na vida do cachorro.

 

Por isso, uma ideia é habituar o animal a estes barulhos com antecedência. "É possível colocar som de fogos, por exemplo, encontrados na Internet, e fazer companhia a ele. Se permanecer tranquilo, aumente o som e vá fazendo suas atividades normalmente. Se ele ficar desconfortável, abaixe o som e depois aumente gradativamente, fazendo o treino por vários dias. Isso ajuda a naturalizar o barulho", enfatiza Chamone.

 

E, quando o som dos fogos começar para valer, em dia de jogo, a geneticista recomenda pegá-lo no colo (se possível e se ele gostar), além de fazer carinho, brincar ou dar comida. "A ideia é redirecionar a atenção dele para algo bom, para que não ocorra uma associação negativa com o barulho. Assim, aquela experiência é transformada em algo positivo", sugere a geneticista.


 

Amenizando a fobia


Porém, se o seu cachorro já é fóbico ao barulho de fogos, tenha em mente que ele já está em um alto grau de sofrimento. "Os comportamentos inadequados, diante de um quadro de fobia, não acontecem porque ele é mau ou por birra; por isso, brigar, dar broncas ou deixá-lo sozinho só vai piorar o pânico, exacerbando ainda mais a crise. Em situações como essa, é sempre importante acolher, em vez de brigar".

 

Para isso, Chamone traz recomendações para ajudá-lo a passar por esse momento de forma menos traumática:

 

1- Nunca deixe o cão sozinho diante dessa situação. "Ter a companhia do dono reduz o sofrimento, pois estará com alguém de confiança por perto. Fique com ele até os fogos passarem e ele demonstrar estar mais tranquilo", afirma.

 

2- Gaste a energia do peludo antes de os fogos começarem. "Nos dias de jogo do Brasil, busque fazer um super passeio com até ele cansar, preferencialmente em lugares mais vazios, com bastante natureza e que ele explore bastante o olfato; esse estímulo produz relaxamento do sistema nervoso central. Assim, diminui naturalmente a ansiedade, pois o cão drenou sua energia".

 

3- Quando chegar o momento, abafe o som o máximo possível, fechando portas e janelas. "Além disso, é essencial conhecer o seu cachorro. Alguns preferem ficar em ambientes mais fechados, dentro do quarto. Outros escolhem a liberdade para se movimentar e encontrar um cantinho seguro. Perceba o seu cão, como ele se sente melhor, e o respeite", enfatiza Chamone.

 

4- Ligue uma música para despistar o som externo. "Uma melodia mais calma é uma boa opção".

 

5- Cuidado ao seguir dicas rápidas de Internet, como enrolar ou enfaixar o animal. "Não há comprovação científica robusta de que isso irá acalmá-lo. O principal é ele não estar sozinho e você conhecê-lo para entender o que melhor irá acolhê-lo naquele momento difícil". 

6- Em casos graves de fobia, buque orientação com o médico veterinário, que poderá prescrever um medicamento para ajudá-lo a acalmar. Também é ideal ter acompanhamento de um comportamentalista, para amenizar o problema. "Com o tratamento, conseguimos aumentar a tolerância do cão aos barulhos. A fobia não tem cura, mas é possível ensinar o cachorro a lidar com os fogos sem tanto sofrimento e, claro, tornar esse período de Copa mais tranquilo – para ele e, consequentemente, para toda a família", finaliza a geneticista.


Copa, festas e fogos de artifício: aprenda como amenizar o medo dos pets em momentos de barulho intenso

  Adestrador de cães e veterinária da Boehringer Ingelheim explicam o que motiva as reações dos cães, o que pode ser feito para que os fogos não causem pânico, e como agir caso o animal já tenha fobia conhecida

 

Com a chegada da Copa de 2022 e as festividades de fim de ano, sobe a frequência dos disparos de fogos de artifício. Com o aumento do ruído, chega uma preocupação recorrente para os donos de pets: o medo que muitos bichinhos têm do barulho dos fogos, bombinhas e rojões. As reações são variadas, e vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até respostas de pânico. Nesses momentos, alguns cães podem tentar fugir, se machucar ou até morder quem tenta contê-los. 

Não é à toa que os cachorros se assustam com os fogos, que têm volume muito alto e são inesperados para eles. A Dra. Karin Botteon, veterinária da Boehringer Ingelheim, explica: “Os cães têm sentidos muito mais aguçados que os humanos. Para colocar em perspectiva, o ouvido humano é capaz de captar sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. Já os caninos conseguem perceber barulhos de 10 Hz a 40.000 Hz, podendo também detectar sons em distâncias quatro vezes maiores do que nós humanos.” 

Para ajudar os tutores a amenizar o sofrimento de seus pets, a Boehringer Ingelheim convidou o adestrador de cães Átila Rodrigues, que tem mais de 20 anos de experiência na área e é o criador do método Vínculo Inabalável, para esclarecer o que pode ser feito nesses momentos. “Naturalmente, os cachorros têm uma audição muito melhor do que a nossa. Qualquer som que é alto para nós, para eles é muito mais. Portanto, é totalmente compreensível que um cão desenvolva fobia ao som de fogos.”, explica. Átila ressalta que, quando se trata de filhotes, temos um livro em branco -- ou seja, é um cão que ainda não definiu se os fogos de artifício são algo ruim ou bom. 

Para dessensibilizar o cãozinho, o tutor pode fazer a sociabilização ao som de fogos, ou seja, ajudar para que ele não encare os fogos de artifício como algo negativo. “Na prática, o tutor pode colocar sons de fogos de artifício no YouTube, conectar a uma caixinha de som em volume baixo, e espalhar a ração do filhotinho no chão. Quando você espalha, ele come mais devagar, e assim passa mais tempo ouvindo o som dos fogos e emparelhando esse som a algo positivo (comida). Faça isso diariamente, seja seu cão filhote ou já adulto. Com a habituação e o contracondicionamento (dar petisco ou ração) seu cão irá associar esse som a algo bom e, portanto, não terá medo”, explica o adestrador. 

Quando lidamos com cães adultos que já têm essa fobia, Átila é categórico: “Se é um cão que já apresenta muito medo e os dias de fogos de artifício estão perto, a dessensibilização auditiva pode não surtir muito efeito. Então, o primeiro passo é acolher esse cão para que o episódio dos fogos seja o menos traumático possível”. O adestrador recomenda não deixar o seu bichinho em ambiente externo, como varanda, quintal ou frente de casa. Prefira colocar ele em seu quarto, onde você consegue fechar as portas e evitar a fuga. Outra indicação é colocar uma música para tocar ou ligar a TV no ambiente em que ele for ficar, para abafar os ruídos externos. “Se possível, climatize o ambiente para gerar mais conforto, utilizando ar-condicionado ou ventilador”, completa o treinador. Outra medida importante, principalmente para pets fujões, é a identificação na coleira com telefone para contato. 

Além disso, busque gastar mais a energia de seu cão antes do jogo de futebol ou da virada do ano, com passeios longos e mais opções de petisco. “Durante a queima de fogos, é possível que ele não aceite agrados e se esconda embaixo de uma mesa, cama ou cadeira. Deixe-o fazer isso! Não o tire daquele local, pois para ele isso é uma toca, e assim ele se sente mais seguro”, destaca Átila. “Nunca force a interação, não puxe seu cão de onde ele escolheu se ''esconder'' e evite sair na rua nos horários de jogos”, completa. 

O importante é acolher seu pet com medidas seguras e responsáveis. Em casos extremos, pode ser indicado o uso de calmantes — entretanto, a administração desse tipo de produto deve ser feita exclusivamente pelo veterinário de sua confiança. Com medidas simples e empatia com os animais, a temporada de fogos de artifício pode ser muito mais tranquila. 

 

Boehringer Ingelheim Saúde Animal

 

Medo de fogos? Terapia com Florais de Bach e óleos essenciais auxiliam no bem-estar dos pets

Com o início da Copa e a proximidade das festas de fim de ano, o espetáculo de luzes e estampidos toma conta do céu. Fórmula Animal dá dicas importantes para proteger os animais dos efeitos nocivos dos fogos


O show de luzes coloridas no céu, seguido por estampidos sonoros, é o anúncio tradicional de diversos tipos de celebrações, como a chegada do Ano Novo ou durante os jogos da Copa que, em 2022, atipicamente, emendará com as festas de fim de ano. E, apesar de causar encanto na maioria das pessoas, a cena protagonizada pelos fogos de artifício pode ser um verdadeiro pesadelo para tutores de cães e gatos. Isso porque a capacidade auditiva dos bichinhos é bem maior do que a dos humanos e, para eles, o barulho se torna insuportável, causando medo e agitação.

Segundo Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― o som da explosão dos fogos de artifício causa estresse nos animais, provocando reações físicas e psicológicas.

“Quando expostos a barulhos excessivamente altos, cães, gatos e outros animais domésticos podem apresentar sinais de ansiedade, pânico e/ou agressividade. Outro ponto é que, durante o desespero, eles têm uma tendência a procurar rotas de fuga e podem se machucar gravemente em portas e/ou janelas com vidros, por exemplo. Há, também, casos mais extremos, nos quais os pets podem ter uma parada cardíaca e vir a óbito”, explica Gisele.


O que fazer para acalmar o pet?

Alguns municípios têm leis que proíbem a queima de fogos com estampido, a fim de preservar o bem-estar dos bichinhos. Mas, como na maior parte do Brasil a realidade é a convivência com os barulhos excessivos dos foguetes durante as festividades, é importante que os tutores fiquem atentos a algumas medidas de segurança. A primeira delas é não deixar o animal sozinho em casa durante esses momentos, para que ele não se sinta em perigo e tente fugir da residência, causando algum tipo de acidente.

“Outro ponto fundamental é que o tutor deve criar um ambiente seguro e aconchegante para o pet. É importante arquitetar uma atmosfera bem tranquila dentro da residência, em que fique perceptível para o animal que o barulho está do lado de fora e não poderá fazer mal a ele. Assim, portas, janelas e cortinas devem permanecer fechadas até o término do barulho”, orienta a médica veterinária da Fórmula Animal.

Outra dica é acostumar o pet com barulhos mais altos, como músicas tocadas em caixas de som, nos dias que antecedem as celebrações. Para que o bichinho fique confortável com a situação, o tutor pode aproveitar o momento e oferecer petiscos ou brinquedos, para distraí-lo.


Aliados naturais: Florais de Bach e óleos essenciais

Além do manejo do ambiente os pets que têm medo dos fogos de artifício podem ser beneficiados com o uso de duas terapias naturais e sem contraindicação: Florais de Bach e a aromaterapia.

De acordo com Renata Piazera, farmacêutica e CEO da Fórmula Animal, a função das essências florais no tratamento dos animais “é restaurar o equilíbrio e a harmonia, curando distúrbios e doenças”. Os Florais de Bach atuam revertendo os movimentos negativos da psique, direcionando-os opostamente. Em outras palavras: eles agem proporcionando um estado completo de bem-estar, ou seja, físico, mental e social.

“Na medicina veterinária, as essências florais são as mesmas utilizadas em humanos, no entanto, a técnica de preparo deve ser diferente em cada animal, respeitando as características de cada espécie. E, ao contrário dos seres humanos, os animais reagem muito mais rápido às essências, pois não possuem os mesmos bloqueios emocionais”, explica Renata.

Para esse tipo de situação, a indicação é o Floral de Bach para medos e traumas, elaborado com a combinação das essências florais Star of Bethlehem (trauma, choque); Mimulus (medo de coisas definidas e timidez); Rock Rose (pânico, terror, medo, barulho, fogos); Aspen (medo de coisas desconhecidas; animais selvagens ou nervosos); e Walnut (para situação de mudança, adaptação de nova casa, adoção).

Já a aromaterapia, é feita por meio do uso terapêutico dos óleos essenciais, que são extraídos de plantas, flores e frutos. Esses óleos possuem diversos benefícios e sua absorção se dá pelo olfato e através da pele. Assim, podem ser inalados, aplicados topicamente ou via banhos aromáticos.

“Seu mecanismo de ação é simples: após o início da terapia com o óleo essencial, acontece o estímulo e liberação de substâncias químicas no cérebro, o que, consequentemente, permite a regulação de várias funções do organismo. A aromaterapia para pets é indicada em diversos tipos de situação, como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga, entre outros. Os óleos podem ser manipulados em forma de gotas, roll-on ou difusor, em farmácias de manipulação veterinária”, explica Renata.

Neste caso o recomendado é um blend calmante, elaborado com dois tipos de óleos essenciais: lavanda, que possui propriedades tranquilizantes e relaxantes, e é ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse; e laranja doce, que tem perfume cítrico e atributos que acalmam a mente e ajudam a aliviar sentimentos de irritação.


Use com segurança!

O Floral de Bach deve ser administrado diretamente na boca do animal, quatro vezes ao dia, ou pingar sobre o focinho, para que ele possa lamber e ingerir o produto. Outra possibilidade é adicionar 10 gotas no pote de água, mas, neste caso, o tutor deve ficar atento se o animal irá beber todo o líquido ao longo do dia. Também há a opção de pingar as quatro gotas em um grão de ração e dar para o pet comer.

Já em relação aos cuidados de aplicação da aromaterapia, a CEO da Fórmula Animal ressalta que os animais possuem o olfato muito mais apurado que os humanos, assim como sensibilidade de pele. Por isso, os óleos essenciais não devem ser utilizados no rosto, nos olhos e no nariz. “O ideal é que a aplicação seja feita na parte interna das orelhas ou na nuca do pet, dando preferência para a região com menos pelo. Além disso, é importante sempre buscar uma farmácia de manipulação qualificada, para que o produto seja preparado na dosagem certa, de acordo com a necessidade do animal”, finaliza Renata.

 

Fórmula Animal

 

Pets e fogos de artifício: como preparar os animais

Foto: Priscilla Fiedler

Florais e fitoterápicos podem ser manipulados em formas farmacêuticas que auxiliam a administração para os pets


Médica veterinária orienta sobre medidas e medicamentos que podem amenizar os danos aos animais de estimação


Se os ruídos dos fogos de artifício fossem quatro vezes mais altos, certamente seriam extremamente desconfortáveis para a maioria das pessoas. Pois é assim que os pets percebem o barulho da queima de fogos. Enquanto os humanos captam sons entre 16 e 20.000 Hz, os cães escutam sons entre 10 e 45.000 Hz e os gatos mais jovens até 100.000 Hz.

Períodos de comemorações, como fim de ano e campeonatos de futebol, acendem o alerta de perigo para os animais. O ruído dos fogos de artifício pode causar desde medos, traumas, posturas agressivas, tentativas de fugas até laceração dos tímpanos, ataque cardíaco, desmaios, automutilações, convulsões ou, mesmo, a morte em animais mais sensíveis ou com comorbidades. Por isso, os tutores devem tomar medidas preventivas também em cidades nas quais as queimas de fogos com estampidos já são proibidas. Infelizmente, não é toda a população que cumpre as regras.



Como preparar o pet para a queima de fogos

Segundo a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, tentar habituar os pets a sons altos e de fogos é uma boa alternativa. Colocar música para o pet ouvir frequentemente e aumentar o volume aos poucos, vai fazer com que se acostume. Também é importante associar o momento a algo que o pet goste, como brincadeiras, carinho e petiscos. Aproveitar eventuais queima de fogos para associar a recompensas positivas e mostrar tranquilidade ao pet também vai contribuir para a prevenção de respostas exacerbadas em momentos de festejos mais intensos.

Medicamentos fitoterápicos e florais de Bach também são grandes aliados. “É importante consultar um médico veterinário para que ele indique o medicamento mais adequado e a dose correta para o pet, de acordo com o seu peso e as suas condições de saúde. O ideal é iniciar o tratamento com pelo menos uma semana de antecedência ao episódio de queima de fogos”, esclarece a veterinária.

Valeriana, Kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções naturais para a prevenção e podem ser manipuladas em formas farmacêuticas flavorizadas que auxiliam a administração. “Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente os gatos. Por isso, a manipulação de medicamentos faz tanta diferença nos tratamentos. O tutor pode oferecer o medicamento em forma de biscoito no sabor bacon ou calda sabor caramelo, por exemplo, o que vai fazer com que o pet aceite facilmente. Nos momentos de estresse ou para um animal mais sensível, esse diferencial pode ser um fator decisivo para a adesão ao tratamento”, argumenta Farah.

A médica veterinária também orienta sobre a manipulação de Florais de Bach: “Existem fórmulas que combinam mais de um floral, atuando especialmente no medo. Já o floral emergencial atua em situações de mudanças repentinas, viagens e crises de ansiedade, proporcionando tranquilidade. Uma boa opção para termos sempre em casa”.



Como proceder durante a soltura de fogos de artifício

É muito importante que o pet não esteja sozinho no momento em que as queimas estejam ocorrendo, pois ele pode achar que está em perigo e tentar fugir. No momento do desespero, os animais são capazes de pular janelas e muros ou passar por espaços que não conseguiriam normalmente. Cão preso na coleira e guia, nem pensar. O risco de se machucar gravemente é ainda maior.

O ideal é que o animal fique dentro de casa, pois será mais difícil escapar e ficará mais tranquilo ao se sentir próximo do tutor. Fechar portas, janelas e cortinas, ajudará a abafar o som e criará a sensação de segurança. Disponibilizar petiscos e brinquedos e fazer uso de feromônios tornam o ambiente ainda mais agradável.

O som de músicas clássicas e relaxantes, além de amenizar o barulho externo, ajuda a tranquilizar os pets. Para isso, a DrogaVET também mantém uma playlist na rede social Spotify, que pode ser acessada pelo link l1nq.com/DrogaVETSpotify



DrogaVET

www.drogavet.com.br


Confira 10 playlists para celebrar o maior evento esportivo do ano

Apaixonados por música e futebol têm a trilha sonora perfeita para aquecer a torcida.
Escute grátis, só no Spotify

Divulgação/Spotify



Os jogadores já estão prontos para entrar em campo e a torcida também. É hora do aquecimento para acompanhar a jornada da seleção brasileira rumo ao hexa nessa competição que promete muitas partidas. Confira 10 playlists especiais no hub Futebol para entrar no clima antes da bola rolar em campo! Escute grátis, só no Spotify.

 

Vai, Brasil!

Ferrugem, Thiaguinho, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Wesley Safadão, Zé Felipe, Luan Santa, Luísa Sonza, Jovem Dionísio e tudo mais que está bombando nas paradas está aqui. São 100 faixas e quase cinco horas de muuuuuita música para gritar bem alto e bom som que o hexa vem!

 

País do Futebol

Quase três horas de pura emoção com as músicas que falam sobre a paixão nacional que é o futebol. Canções dos medalhões da música popular brasileira, como Chico Buarque, Novos Baianos, Gonzaguinha, Jorge Ben Jor, Rita Lee, Gilberto Gil, Elis Regina, João Nogueira e outros integram o setlist.

 

Churrasco e Futebol

Tem sertanejo, tem funk, tem pagode! Essa é a melhor trilha para embalar o seu churrasco do jogo com os amigos, a família ou a galera do trabalho. Uma playlist de cinco horas cheinha para dar o play e curtir a bola em jogo com Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Marília Mendonça, Os Barões da Pisadinha, Simone & Simaria, Mc Don Juan e muito mais.

 

3º TEMPO

A festa continua depois que a partida acaba! Aqui tem 55 músicas selecionadas para deixar a resenha pós jogo animada. E o segredo é tocar de tudo um pouco: rap, funk, pop, sertanejo e mais. Confira a seleção com Matheus e Kauan, Mari Fernandez e até Whindersson Nunes para animar o seu rolê!

 

Farra, Bola e Modão

Sertanejo da melhor qualidade, você encontra nesta playlist! Israel e Rodolffo, Lucas Lucco, João Bosco e Gabriel, Henrique e Juliano são alguns dos nomes que estão prontos pra embalar quase cinco horas de puro modão. E o melhor: nada de sofrência, só as animadas.

 

pov: faz o famoso sinal do ronaldinho

Para quem tá suave no final de semana, essa playlist reúne mais de duas horinhas das melhores seleções de funks e os MCs são quem dão show. MC Bin Laden, MC Rick, MC Champions, MC Lan, MC Kauan e outros para fazer aquele combo funk e futebol para ninguém botar defeito.

 

pov: Bebeto fez o gol e embalou o bebê

Os nostálgicos também têm vez! Essa playlist reúne os hits do rock, pop rock, axé e até os pagodes que embalaram entre final dos anos 1980 até início dos anos 2010, em especial o ano de 1994, quando o Brasil se tornou a primeira seleção tetracampeã mundial de futebol. Skank, Barão Vermelho, Banda Eva, Exaltasamba, É o Tchan!, entre outros clássicos estão aí!

 

pov: sofrendo mais que no 7x1

Aquele 7x1 marcou pra valer e deixou aquele climão. Então, pega um lencinho aí quem gosta de sofrer porque o modão sofrência está on! Marília Mendonça, Jorge e Mateus, Guilherme & Benuto, Maiara e Maraísa e mais… E não se preocupe, porque as músicas alto astral foram estrategicamente removidas. É para largar o choro lembrando do Khedira…

 

pov: brazilcore pra gringo é mais caro

Rap, trap e funk… na moral, aqui é Brasil e tem três horas e meia de muito som brasileiro em 70 faixas para botar o baile pra ferver. L7nnon, MC Paiva, Hariel, MC Poze do Rodo, o verdadeiro suco da cultura brasileira. Larga o play aqui, larga!

 

pov: mais pistola que o canarinho

Se o hexa não vier, o bicho vai pegar e a playlist está formada! De Djonga a Linkin Park, de Sidoka a System of a Down e de Filipe Ret a My Chemical Romance, aqui está todo mundo pistola. São 50 canções com letras fortes e melodias intensas para usar se for necessário. Mas nem vamos pensar nisso agora, não é mesmo?

  

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Sara Koimbra conta como está o mapa astral para o Brasil na Copa

Imagem de 0fjd125gk87 por Pixabay


Qual a seleção que vai vencer o Mundial? E o Brasil está no ranking dos queridinhos para levar a taça? Para responder estas e outras perguntas, a astróloga Sara Koimbra conta que o País verde e amarelo será beneficiado por trânsitos harmônicos em seu mapa.

Os aspectos astrológicos durante a Copa podem influenciar de forma positiva, principalmente a seleção brasileira. No dia 20, quando começou a Copa, Saturno fez um bom aspecto com Marte, o que contribuiu para um dia mais tranquilo e divertido, por exemplo.

“Para o Brasil o que pode causar alguns desafios é que Marte, que representa impulso, movimento, conquistas, se encontra retrógrado e está influenciando a casa 5, que fala muito sobre esportes e diversão, portanto é preciso usar estratégias para não deixar que esse aspecto diminua a força de vontade em vencer ou acabar trazendo algum tipo de imprevisto que possa prejudicar o time brasileiro. É preciso cautela, responsabilidade e manter o foco para não se distrair”, avisa a astróloga.

No dia 22 o Sol entrou em Sagitário e se encontrou com Mercúrio e Vênus, que já estavam transitando por este signo. “Isso influencia a casa 11, que fala sobre o coletivo, pertencimento, sociedade e este trânsito traz boa sorte para o Brasil, que terá a chance de se destacar dos demais e usar a energia positiva de Sagitário para avançar e alcançar a vitória”, conta Sara.

Mas fica um alerta diante dos posicionamentos: “É preciso tomar cuidado para não focar demais na diversão e acabar esquecendo do comprometimento. É importante manter atenção voltada para os objetivos, para poder comemorar depois de vencer. De modo geral, o Brasil tem grande chance de vencer, se souber usar a inteligência e boas estratégias para driblar possíveis imprevisto e não desanimar frente aos desafios”, finaliza.


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