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terça-feira, 24 de maio de 2022

Você sabia que Confúcio usava óculos como enfeite?

Origem do acessório antiga e sua evolução contribui para a solução dos problemas de visão até os dias de hoje 

 

Eles corrigem erros de refração, acabam com a dificuldade para enxergar, ajudam na inclusão de pessoas que anteriormente não eram capazes de realizar certas atividades,  valorizam o visual e ainda protegem os olhos contra os raios UV e a luz azul. Estamos falando dos óculos, invenção importante para a história da humanidade.  

Os primórdios dos óculos que conhecemos hoje estão registrados em textos do filósofo chinês Confúcio de 500 a.C. Nessa época, o acessório não tinha grau e era usado como adorno. 

Foi apenas na Idade Média, com o aperfeiçoamento das leis fundamentais da óptica, feita pelo árabe Al-Hazen, que as lentes começaram a ser fabricadas, em 1267, a partir de uma pedra chamada berilo. O monge franciscano Roger Bacon foi o primeiro a demonstrar a utilidade da pedra, em 1267. 

A partir dessa descoberta, os óculos se tornaram mais próximos aos modelos atuais.  

Em 1270, surge o primeiro par de óculos na Alemanha. Eram duas lentes unidas por aros de ferro e rebites, usados sobre o nariz.  

Em pouco tempo, o acessório chegou à Itália, país que se destacou na produção de óculos graças ao médico Savino degli Armati e ao frade dominicano Alessandro della Spina, pioneiros no assunto.  

Os primeiros óculos eram destinados apenas à correção da presbiopia e hipermetropia, melhorando a capacidade de leitura. Não à toa, eles eram associados a pessoas cultas e eruditas.  

As duas condições exigem lentes do tipo convergentes. Ou seja, elas vão aproximar os raios de luz para o cristalino, onde eles vão convergir e fazer com que a imagem seja projetada exatamente na retina. 

Foi apenas em 1441 que surgiram as primeiras lentes para os míopes e, em 1827, a solução para pessoas com astigmatismo. 

Para estes problemas de visão, as lentes corretivas são as divergentes. Elas empurram o foco da imagem para a retina dos olhos, o que facilita o reconhecimento de objetos que estão distantes e aliviar a visão distorcida ou embaçada. 

 

A evolução dos modelos

Os óculos com hastes perpendiculares posicionadas sobre as orelhas, chamado de modelo Numont, é uma invenção relativamente nova se comparada à história do acessório. Elas só são incorporadas no século XVII e começam a ser o modelo mais usado apenas no século XX.  

Antes disso, os óculos pince-nez - ajustados sobre o nariz - e mais tarde os lorgnons - com uma haste lateral que precisava ser segurada à frente do rosto durante o uso - eram os únicos disponíveis. 

A popularização dos óculos numont deram novas possibilidades ao design das armações. A partir de 1940, os plásticos e seus derivados passaram a ser usados na fabricação dos aros, o que tornou as peças mais leves e confortáveis.  

As lentes também sofreram modificações ao longo do tempo para melhorar a visão e o conforto no uso de óculos. O que começou com o berilo evoluiu para lentes de precisão, personalizadas, com camadas de revestimentos, feitas em plástico leve com tecnologia de ponta.


Quem inventou os óculos de sol?

Foram os esquimós que construíram os primeiros modelos de óculos de sol. O intuito era de atenuar os efeitos da incidência da luminosidade solar sobre a neve.  

Esses modelos eram feitos de madeira, marfim ou partes de baleia. Eles eram praticamente inteiros fechados, com pequenas fendas para que fosse possível enxergar.  

Historiadores acreditam que Nero, imperador romano que viveu entre 37 e 63 d. Ccostumava usar acessórios como óculos de sol nas arenas locais. Eles eram compostos de lentes de vidro coloridas e também tinham o objetivo de proteger a visão.  

Na Alemanha do século XIII, os óculos solares com armação aparecem pela primeira vez e, no século seguinte, os franceses modificam o item para que fique mais confortável, adicionando o encaixe para o nariz. A partir do século XVII, os óculos de sol também começaram a ser fabricados na versão Numont. 

Até o século XX, os óculos de sol tinham as lentes verdes, devido ao material em que era produzido. A substituição por opções como acrílico e policarbonato permitiu ampliar a gama de cores e, nos anos 70, as lentes pretas e coloridas viraram moda. Atualmente, as verdes, marrons, pretas e cinzas são as mais indicadas, pois absorvem a maior parte da luz solar.  

Assim como os tradicionais, o uso de óculos escuros também faz bem para a saúde. Estima-se que,  dos 120 mil novos casos de catarata registrados no Brasil, 6 mil seriam evitados com o uso do acessório. No entanto, é preciso cuidado, porque se não houver a presença de filtro solar na lente, ela pode aumentar em até 60% as chances de desenvolvimento da catarata, uma das doenças que mais cegam as pessoas no Brasil e no mundo. Isso acontece por conta da fotoceratite.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mínimo 5% do número de casos da doença podem ser causados por fotoceratite, doença que inicialmente só provoca uma inflamação nos olhos, deixando-os um pouco avermelhados e com uma ligeira sensação de incômodo nas vistas. Depois é que a vista começa a ficar opaca. Caso conheça alguém cuja visão se encontra nessa condição, procure um profissional que poderá explicar melhor o que é catarata e, caso a doença seja confirmada, indicar o melhor tratamento.   

Seja por necessidade ou estilo, o fato é que todo mundo hoje em dia tem ou já teve um óculos na vida. Como dito acima, este é um acessório essencial para a saúde humana por combater doenças como miopia e a hipermetropia, só no brasil, atinge 65 milhões de pessoas, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). E com o avanço da tecnologia, é possível escolher um modelo que agrade tanto o seu estilo quanto a sua visão, fugindo dos estereótipos de antigamente. É momento de ver e ser livre do seu próprio jeito, seja ele qual for.  


Mulheres são as mais afetadas com problemas na tireoide


A tireoide é uma glândula em formato de borboleta situada em frente aos anéis da traqueia, entre o pomo de adão e a base do pescoço. Ela é responsável pela produção de dois importantes hormônios para o corpo, o T3 e T4.

Quando o nível de produção de hormônios está abaixo do ideal, a pessoa sofre com hipotireoidismo e, normalmente, relata sintomas como depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue.

Há também o hipertireoidismo, em que existe a produção de hormônios acima do esperado. Nesse caso, o paciente sofre com alguns sintomas como fotofobia, dor na movimentação dos olhos, olhos saltados, ansiedade, irritação, perda de apetite, intestino solto, fraqueza nos músculos, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos, insônia e perda de peso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1,6 bilhão de pessoas sofram algum distúrbio da tireoide no mundo, sendo oito vezes mais frequente em mulheres. Já no Brasil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15% da população acima dos 45 anos apresenta o problema. Enquanto a incidência do hipotireoidismo na população adulta masculina é de cerca de dos 3%, nas mulheres o dado aumenta para 15%.


Rede de Hospitais São Camilo SP


Médica alerta sobre nódulos pulmonares como uma das sequelas no pós-recuperação de COVID-19

Orientação médica é de acompanhamento clínico e, se necessário, repetição do exame após alguns meses, para comparação

 

 Cerca de 80% dos pacientes recuperados de COVID-19 sentem ao menos um sintoma persistente - aquele que aparece ou continua depois da infecção - por até quatro meses, depois de se recuperarem da doença. Entre estes sintomas mais comuns, estão fadiga, tosse crônica, dificuldade para respirar, perda de paladar ou olfato, dores de cabeça, depressão, ansiedade e até o agravamento de doenças preexistentes. 

Entretanto, a cirurgiã torácica Dra. Mariana Canevari, mestranda pela UNICAMP, alerta também para o alto número de achados incidentais de nódulos pulmonares em tomografias de pacientes que sofreram de COVID-19. “Com o COVID-19, tornou-se muito popular a solicitação de tomografias de tórax e, hoje, sabemos que até 7% dos pacientes, acometidos pela doença, apresentam nódulos de pulmão no exame. Na maioria das vezes, a orientação médica é de acompanhamento clínico e repetição do exame após alguns meses, para comparação. Caso não haja mudança de tamanho oue forma, geralmente não são indicados outros exames complementares adicionais. Temos visto que a maioria dos nódulos acaba desaparecendo com o tempo, mas não podemos deixar de acompanhar”, afirma a especialista. Entretanto, a presença de nódulos maiores que um centímetro já pede uma atenção maior. 

“Esses nódulos têm maior chance de representarem uma doença, inclusive câncer. Portanto, devem ser avaliados por médico especialista, que indicará a melhor forma de investigar a situação, seja por meio da complementação com outros exames de imagem, broncoscopia - que é um tipo de endoscopia dos pulmões - ou até mesmo através de biópsia”, explica Dra. Mariana.  

Segundo ela, muitos casos de câncer de pulmão são identificados sem que o paciente apresente sintomas. “Eles são mapeados, sem querer, em exames de rotina. Quando isso acontece, e as opções de tratamentos e as chances de cura são maiores do que quando comparadas aos casos identificados por meio de sintomas. 

Conforme revela a médica, por ser um vírus respiratório, o Sars-Cov-2, agente causador da COVID-19, impacta principalmente os pulmões -- em especial as células dos alvéolos, onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e a corrente sanguínea. “Por ser uma doença nova, a Medicina ainda está descobrindo quais são as consequências causadas pelo coronavírus. mas sabe-se que se trata de uma doença com diversas apresentações e, por isso, todo cuidado é pouco no acompanhamento destas sequelas”, diz ela.

Dra. Mariana recomenda que os pacientes que superaram a COVID-19 visitem o médico especialista, pelo menos, uma vez após a infecção, para que tanto o achado de nódulos pulmonares quanto outras complicações recebam atenção adequada e previnam consequências ainda mais sérias.


Hipotireoidismo no idoso traz desafios no diagnóstico e no tratamento

25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide

Interpretação cuidadosa dos exames é crucial

 

Conforme envelhecemos, vamos passando por inúmeras alterações metabólicas. Após os 60 anos, vários eixos hormonais sofrem modificações e o da tireoide é um desses eixos. “Nos últimos anos, temos constatado que, com o passar da idade, o TSH - hormônio da hipófise que comanda a tiroide e é usado como base para diagnosticar hipotireoidismo - vai aumentando. Então a concentração de TSH apresentado por um indivíduo de 20 anos, que pode sugerir um hipotiroidismo subclínico, para alguém acima de 60 anos pode ser perfeitamente normal para essa idade. Por isso, é preciso cuidado com os idosos na hora de pensar em tratá-los do hipotireoidismo tendo como base apenas um exame de TSH isolado”, ressalta Dra. Maria Izabel Chiamolera, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

A endocrinologista pontua que fazer o diagnóstico do hipotireoidismo apenas por queixas clínicas é difícil em qualquer idade, isso porque os sinais de cansaço, intestino preso e pele mais seca, sintomas clássicos do hipotireoidismo, também são muito comuns em qualquer pessoa nos dias de hoje e isso faz parte do envelhecimento. Assim, os exames laboratoriais são essenciais para o correto diagnóstico de uma disfunção da tireoide como o hipotireoidismo.

 

Porém interpretar corretamente os exames pode ser o grande desafio, pois os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças ou até como sinais da senescência.

“Fazer limite de referência para exames de TSH no idoso é um desafio muito grande; hoje em dia usamos estratégias de big data usando os dados da população geral para determinar esse limite. O olhar cuidadoso deste exame evita ter de medicar um idoso sem necessidade”, explica Dra. Maria Izabel. Já existem alguns estudos brasileiros que comprovam que esse valor de referência de TSH para idosos precisa ser aumentado, mas isso ainda não está refletido na interpretação de testes de todos os laboratórios, portanto, entender este limite é sempre desafiador.

 

Tratamento - a levotiroxina é o medicamento usado no tratamento do hipotiroidismo, mas no caso dos idosos há outro desafio relacionado à absorção deste remédio, uma vez que outros medicamentos comumente usados nessa faixa etária podem alterar a absorção e o metabolismo da levotiroxina, dificultando o ajuste na dose. Entre esses remédios estão substâncias como sulfato ferroso, carbonato de cálcio e até os inibidores de bomba de próton, que fazem parte dos medicamentos usados para refluxo de estômago ou gastrite (entre eles o conhecido omeprazol).

O excesso de hormônio tireoidiano é muito prejudicial particularmente para o idoso, pois pode causar perda de massa muscular, perda de massa óssea, arritmias cardíacas - que nessa fase da vida já são mais frequentes. “Em Medicina existe o princípio básico primum non nocere, que significa antes de tudo não fazer o mal: então é preciso observar bem esse idoso e ver se as doses de levotiroxina não estão exageradas para realizar uma boa prática médica”, finaliza a médica

 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)

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A relação que ninguém te conta entre o frio e a imunidade


Dr. Guilherme Corradi, especialista em Lifestyle Medicine, fala sobre como manter as defesas do corpo
 

 

O inverno nem começou e o frio intenso já está fazendo vítimas. A onda que atingiu o Brasil este mês reacendeu uma discussão antiga: A queda de temperatura pode contribuir para algumas doenças? O Dr Guilherme Corradi, especialista em medicina do estilo de vida responde: “A necessidade do corpo de regular a temperatura no inverno realmente prejudica a imunidade, porém são os maus hábitos comuns nessa época que causam o aumento das doenças respiratórias”, explica o médico.

 

Práticas como usar roupas e cobertores guardados a muito tempo ou manter os ambientes fechados, estimulam a proliferação de problemas respiratórios pré-existentes como asma e rinite.  Já beber pouca água e não higienizar as mãos favorece infecções. “O ar seco prejudica nossas vias respiratórias, por tanto  o consumo de água é fundamental para umidificar a região e possibilitar o transporte de muco que é um mecanismo de defesa do organismo”, ressalta Dr Guilherme. “Fazer lavagem nasal com soro também é uma excelente opção, pois hidrata a mucosa e limpa as vias”, sugere o especialista.

 

Já um hábito necessário para fortalecer o organismo e que costuma ser negligenciado em temperaturas baixas, é o exercício físico. Estudos indicam que se exercitar no frio aumenta os números de leucócitos e granulócitos, componentes do sistema imunológico. “Beber água, se exercitar e comer bem vai te manter saudável independente da época do ano. No frio é ainda mais importante para manter a imunidade alta”, esclarece Dr. Guilherme Corradi, que também é formado em medicina do esporte.

  

Dr. Guilherme Corradi - CRM-SP 133564, RQE: 62929. Especialista em Medicina do Esporte.   Pós-graduado em Lifestyle Medicine (Medicina do Estilo de Vida). Membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, da FIMS-International Federation of Sports Medicine e da ELMO - European Lifestyle Medicine Organization. Possui protocolos voltados para ganho de massa muscular e emagrecimento. Na sua clínica própria em São Paulo, atende vários famosos. 

 Instagram Guilherme Corradi 

 

Dia Mundial do Café: nutricionista fala sobre benefícios de uma das bebidas mais consumidas no mundo

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo. De acordo com a nutricionista Monik Cabral, os recentes estudos vêm comprovando os efeitos benéficos do café para a saúde, desde que seja consumido em quantidade razoável, pois, segundo ela, o excesso de café pode ser tóxico para o organismo.

Conforme Monik, um dos benefícios do café foi comprovado após estudos que mostram que o risco de desenvolver Alzheimer, Parkinson e Esclerose múltipla é menor em quem consome a bebida.

“O consumo de café pode aumentar a expectativa de vida. Ele também ajuda na saúde do intestino, por conter polifenol; melhora a performance física e cognitiva; e ajuda a limpar as suas células através do processo de autofagia.”

Conforme a profissional de saúde, o café também auxilia na concentração e não possui calorias. No entanto, Monik explicou que tomar muito café pode provocar sintomas como dor de estômago, tremores e insônia.

“A dose máxima de cafeína recomendada por dia é cerca de 3 cafés expressos. Entre os principais sintomas negativos do consumo exagerado de café estão a irritabilidade, dor de estômago, tremores leves, insônia, nervosismo e inquietação e ansiedade. Quando estes sintomas estão presentes é recomendado interromper imediatamente o seu consumo.”

A nutricionista confirmou que o café faz bem para a saúde e que o consumo moderado é associado ao menor risco de doenças do coração, obesidade, depressão e diabetes.

“O café estimula a produção de hormônios ligados à sensação de prazer e bem-estar quando consumido moderadamente. No cérebro, ele atua como estimulante psicomotor ajudando no sono, cognição, aprendizagem e memória. Já no meio esportivo, a substância passou a ser muito procurada por atletas principalmente devido à sua capacidade de potencializar a contração muscular e aumentar a tolerância ao esforço físico intenso, retardando o cansaço e contribuindo para o atleta permanecer ativo por mais tempo.”

Sobre a insônia provocada pela bebida, a especialista afirmou que a cafeína nos mantém mais alerta e pode atrapalhar a hora de dormir. “Não tome café ou bebidas com cafeína após as 16h. Se você precisa de muitas xícaras de café durante o dia para se manter acordado, é sinal de que precisa melhorar o seu sono.”



Colocando o café na dieta

A nutricionista Monik Cabral revelou uma dica de pré-treino utilizando o café:
 
“Café + Óleo de coco + Canela, é um ótimo termogênico natural. A combinação dos ingredientes resulta em disposição, foco e energia. Não é novidade o uso da cafeína como um estimulante para reduzir cansaço. O problema está no consumo em excesso, pois o organismo tende a habituar-se à quantidade ingerida e a cada dia é necessário aumentar a dose para obter o mesmo efeito. Porém, o consumo em demasia pode causar problemas para a saúde como irritabilidade, dor de estômago e insônia.”
 



Monik Cabral - nutricionista formada há 9 anos pela UGF (Universidade Gama Filho) no RJ e fisioterapeuta formada pela universidade Estácio de Sá desde 2004. Trabalhou desde primeiro dia de formação em uma Clínica Cardíaca juntamente com o Cardiologista (acompanhamento multidisciplinar) e atendia frequentemente os pacientes com diversas doenças como, por exemplo: diabete, hipertensão, obesidade, entre outras.


Como dizer “não” e estabelecer limites saudáveis no trabalho

 

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Especialista explica por que a palavra pode evitar uma série de conflitos nas relações corporativas 


É comum pensar que dizer “não” é uma atitude rude, egoísta, antipática. No entanto, saber usar essa palavra em momentos específicos, não só é importante, como também é saudável. Ela nos ajuda a estabelecer limites fundamentais para manter o equilíbrio nas relações de trabalho, assim como na vida pessoal. 

No entanto, dominar a arte de dizer ‘não’ é bem desafiador, especialmente se o pedido – que nem sempre é encarado só como um pedido – vem de chefes ou superiores. Quando abordamos essa questão, é importante lembrar que cada pessoa encara o ‘não’ de uma forma, ora como um desafio a mais, ora como uma falha. Cândida Semensato, presidente da International Coaching Federation – ICF Brasil, elenca dicas para evitar situações embaraçosas.  

·         Tenha objetivos e foco: saber aonde quer chegar, além de tornar o caminho mais fácil, também ajuda a delimitar seus esforços. Por exemplo: caso queira bater uma meta muito específica, em determinado espaço de tempo, qualquer tarefa distinta pode atrapalhar alcançar seu propósito.  

·         Escute com calma, fale com clareza: se algo lhe foi pedido, certamente o interlocutor acredita na sua capacidade em executar a tarefa. Explique por que não será possível aceitar a solicitação. Normalmente, é por estar fora de seu escopo de atuação. Não há mal nenhum em dizer isso, desde que feito de forma calma e respeitosa. 

·         Negocie: Colocar limites muitas vezes implica em adquirir essa habilidade. Se a demanda é algo que você gostaria de realizar, acredita ser algo estratégico para o desenvolvimento de sua carreira, vale a pena negociar o prazo, escalonar ou readequar o formato da entrega. 

·         Proponha soluções e saiba delegar: na impossibilidade de resolver por si só a questão, procure ajudar quem te procurou. Há alguém mais que poderia realizar essa tarefa? Essa solicitação pode ser uma boa oportunidade para refletir se o que você está fazendo poderia ser feito por outra pessoa e, entender essa dinâmica, ou seja, saber delegar, evitará possíveis desgastes. 

·         Avalie seus próprios motivos: ao declinar o pedido, ajuda, ou solicitação, pense bem no que o motivou a ter essa postura. Tenha claro que você está dizendo não para essa ou solicitação, mas está dizendo sim para outras. Há pessoas contratadas para isso, que não seja você? Seu dia já está tomado por outros compromissos? Você não tem autonomia para resolver isso sozinho? Essas são situações corriqueiras e um bom gestor entenderá o cenário, se for bem explicado.  

Para Cândida, a maioria dos problemas pode ser evitada. “Uma mensagem simples, mas bem elaborada e pautada por respeito e empatia é suficiente para que a outra parte entenda o seu momento e por que não é possível atender determinada demanda”, finaliza a executiva. 


ICF – International Coaching Federation

https://www.icfbrasil.org/ 


Quem pode pedir a Aposentadoria Especial? Advogado responde

 

Advogado explica como funciona a aposentadoria especial e quem pode solicitá-la ao INSS


 

O INSS possui várias modalidades de aposentadoria, mas nem sempre ficam claros quais os requisitos exigidos para cada benefício e quem pode solicitá-los. A Aposentadoria Especial é um exemplo. Destinada aos profissionais que trabalham com atividades que podem prejudicar a saúde ou sua integridade física, esse benefício tem como principal vantagem a redução do tempo de trabalho necessário para se aposentar.

 

Tem direito a ela quem exerceu atividade que possa ter sido prejudicial a sua saúde ou integridade física durante 15, 20 ou 25 anos e consiga comprovar isso. É necessário que o segurado apresente o Formulário de Perfil Profissiográfico Previdenciário ao INSS, preenchido pelo empregador. Esse documento descreve os riscos que a atividade laboral ou o ambiente de trabalho oferecem ao segurado.

 

Mas não é a profissão em si que classifica a elegibilidade ao benefício. O Dr. Átila Abella, cofundador da legaltech Previdenciarista - plataforma de cálculos e petições previdenciárias -, explica que, desde 1995, a Aposentadoria Especial não é mais fornecida por profissões específicas. “Atualmente, todo trabalhador que comprovar que correu risco à integridade física ou prejuízo à saúde durante seu período de trabalho pode solicitar o benefício ao INSS, desde que cumpridos os requisitos de concessão”.

 

Ainda assim, Átila destaca algumas profissões que normalmente são consideradas elegíveis, por terem recorrentes casos de exposição aos fatores de risco: médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem expostos a agentes biológicos; mecânicos industriais e automotivos expostos a óleos e graxas minerais; vigilantes expostos à periculosidade na segurança patrimonial e pessoal; eletricitários expostos a riscos de choque elétrico em alta tensão; frentistas expostos a agentes químicos; marceneiros expostos a poeira da madeira; pedreiros expostos a poeiras nocivas; motoristas de ônibus, cobradores ou caminhoneiros expostos aos ruídos e vibrações.


 

Reforma da Previdência de 2019


Com a Reforma da Previdência (EC nº 103/2019), foram geradas duas regras para o cálculo de tempo de serviço do contribuinte: uma de transição e outra permanente.

 

A primeira se aplica ao segurado que já estava inscrito no Regime Geral de Previdência Social - RGPS antes da Reforma. Funciona como um sistema de pontos, em que é necessário somar a idade com o tempo de contribuição. Para 15 anos, precisa atingir 66 pontos; para 20 anos, 76; e para 25 anos, 86 pontos.

 

Já a regra permanente é obrigatória para os segurados que se filiaram ao sistema depois da Reforma e facultativa para os demais. Assim, é preciso que o contribuinte tenha os seguintes requisitos: 55 anos de idade para atividade especial com 15 anos de tempo de contribuição; 58 anos para 20 de contribuição; e 60 para 25.

 

 

Átila Abella - advogado e cofundador da startup Previdenciarista

 

Como aproveitar melhor o potencial dos profissionais com mais de 50 anos

De acordo com Thaisa Batista, fundadora da abler, é necessária uma mudança no pensamento coletivo para evitar desigualdades


Com um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, profissionais com idades mais avançadas, em alguns casos, têm passado por dificuldades em processos de seleção e entrevistas de emprego. Muitos apontam que o etarismo —discriminação contra pessoas baseadas em estereótipos de idade — é a principal razão para esse fenômeno.

De acordo com Thaisa Batista, graduada em Administração de Empresas pela UFPR e fundadora da abler, startup que visa trazer agilidade e efetividade aos processos seletivos, os profissionais de RH devem se atentar a esse ponto desde o início do processo de recrutamento. “Esse é um cuidado que tem que ser tomado desde o início da seleção e, até mesmo, na própria descrição da vaga. É importante não utilizar uma linguagem tão expressiva, repleta de gírias e dialetos voltados ao público mais jovem”, relata.

Para a empresária, as imagens de divulgação também devem mostrar uma diversificação no campo da idade. “Acredito que não seja intencional, mas é muito raro ver uma identidade visual de divulgação que utilize pessoas que aparentam ter uma idade mais avançada. Isso ajuda a aumentar pré-julgamentos em relação à idade, por exemplo, de que pessoas mais velhas não tenham habilidade em aprender coisas novas e se desenvolver no ambiente de trabalho. É importante ir na contramão desse movimento e acolher pessoas mais velhas nos processos de seleção”, pontua.

Plataformas de recrutamento podem acolher trabalhadores com idades mais avançadas com atitudes que, se aplicadas da maneira correta, podem aumentar o número de pessoas capacitadas sendo inseridas no mercado de trabalho. “O primeiro passo é que no campo de cadastro da vaga não conste uma idade específica para a oportunidade de trabalho. Além disso, é importante que as plataformas de recrutamento contem com uma usabilidade prática e intuitiva”, aconselha Thaisa.

De acordo com a especialista em processos seletivos, as empresas estão começando a valorizar seus colaboradores com idades acima dos 50 anos. “Recentemente pudemos notar que grande parte das organizações e startups têm tido um olhar mais acolhedor, entendendo quais são os valores e os recursos que um profissional mais experiente pode agregar. Então o mercado como um todo tem notado os ganhos ao se contratar pessoas com idades mais avançadas”, revela.

Uma das maiores reclamações dos profissionais acima dos 50 anos é a falta de um contato apropriado após o processo seletivo em caso de não ter sido um dos selecionados para a vaga. Para a fundadora da abler é preciso estar atento a isso e, se possível, fazer um contato individualizado para apresentar essa informação ao candidato. “Pode ser válido apresentar claramente quais são os critérios utilizados no momento de cada etapa do processo, revelando os motivos para a desclassificação em questão. É importante associar esse motivo a uma justificativa plausível, seja ele com relação à escolaridade ou algum conhecimento técnico relacionado ao cargo”, explica.

Na opinião de Thaisa, esses profissionais agregam conhecimento e experiência para diversos segmentos da indústria, sendo necessários em vários sentidos dentro de uma empresa. “Quando se pensa em profissionais de 50 anos ou mais, pensamos em indivíduos que tenham valores sólidos, com anos de experiências profissionais que os tornaram as pessoas que eles são hoje. Isso enriquece os princípios empresariais e a própria cultura da empresa”, finaliza. 


Thaisa Batista - Graduada em Administração de Empresas pela UFPR, possui MBA em Gestão Empresarial pela UTFPR e atua no planejamento, controle e gestão de equipes em projetos e processos de Recrutamento e Seleção há oito anos. Curiosa por soluções que pudessem otimizar a produtividade de selecionadores e melhorar a experiência de candidatos, fundou o abler para ajudar a desenvolver o mercado de R&S, trazendo agilidade e efetividade nos processos seletivos.


Proptechs: a nova era do setor imobiliário

Algumas iniciativas que combinaram imóveis (“propriedades”) e tecnologia deram origem ao termo Proptech (property technology), ou seja, startups que atuam especificamente no setor imobiliário. Essas empresas atravessam a cadeia de valor de seu segmento e mostram a sua força no mercado. De acordo com um estudo do CB Insights, em 2016, as Proptechs receberam, em todo o mundo, US$ 2,69 bi em investimentos, em mais de 277 negócios concretizados. Com diversos projetos em andamento, o ponto de maturidade na América Latina pode ser marcado em 2019, quando o investimento de capital de risco na Latin Proptechs cresceu mais de 400% e acumulou US$ 603 mi, segundo o Pitchbook.

Em 2021, o segmento recebeu US$1,3 mi, segundo levantamento da Endeavor. O boom dos investimentos fez com que a modernização tecnológica do mercado imobiliário deixasse de ser uma aspiração para se tornar realidade. No entanto, a margem de crescimento continua alta para a América Latina, considerando que já existem 22 unicórnios proptech em todo o mundo, sendo doze da China e dez dos Estados Unidos. No Brasil há, atualmente, 840 players atuando como construtechs ou proptechs, de acordo com mapeamento da Terracotta Ventures.

É indiscutível que o mercado imobiliário é uma das classes de ativos mais lucrativas do mundo, respondendo por mais de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) global.  Nesse contexto, as proptechs impactam uma ampla gama de produtos e negócios e prometem movimentar ainda mais o mercado ao revolucionar o setor de ponta a ponta para responder aos atuais padrões de consumo.

A inovação pode ser observada desde a criação de um projeto imobiliário com uso de inteligência artificial até a venda e compra do imóvel completamente online, passando por sistemas de financiamento com renda segura em dólares, por exemplo. Os serviços oferecidos se tornam mais acessíveis, menos burocráticos, igualmente seguros e, em muitos casos, mais baratos.

Para muitos dos que historicamente participam de setores permeados pelas Fintechs, Insurtechs e Proptechs, essas mudanças significam uma reinvenção de seu modelo de negócios. Para a maioria dos usuários, no entanto, esse modelo é algo inerente à sua realidade: se já arquivam todo o seu trabalho ou fotos em uma nuvem pela qual pagam alguns dólares ou reais, por que deveriam arquivar tantos papéis e pagar comissões excessivas pela transação de um imóvel? Por que não executar os procedimentos por meio de um telefone celular com conexão à internet?

Isso não significa, necessariamente, que os modelos tradicionais de negócios estão fadados ao fim, - muitas empresas do setor se adaptaram bem às mudanças - mas representa uma oportunidade de se concentrar novamente no fornecimento de serviços que simplificam a vida das pessoas. Um legado que, seguramente, irá muito além da digitalização, impulsionada pela pandemia de Covid-19, mas, sobretudo em um mercado que, historicamente, carecia de inovações tecnológicas e que agora se reinventa para oferecer soluções mais eficientes, flexíveis e transparentes, a fim de democratizar o acesso ao investimento imobiliário.

 

Sofía Gancedo - co-fundadora e COO da Bricksave, licenciada em Administração de Empresas pela Universidade de San Andrés e mestre em Economia pela Eseade. Recentemente, foi laureada com o prêmio Globant Awards - Women that Build.


Dia Nacional do Café: setor vive retomada após pandemia perder força

Empreendedores estão investindo mais em agregar valor aos produtos - com o lançamento de marcas próprias, por exemplo -, além de garantir presença nas redes sociais

 

Apesar do aumento generalizado nos preços dos alimentos, um artigo não costuma faltar na lista de compras do brasileiro: o café. Com a pandemia perdendo força, o setor tem registrado uma nova retomada, segundo avaliação do Sebrae. Além da busca por medidas que agreguem valor aos produtos – como a criação de uma marca própria e boas embalagens –, outro fator que tem impulsionado as vendas é a presença digital.  

“O produtor de café é muito curioso. Ele quer aprender como é a torra do café, como melhorar a qualidade do seu produto. Agora estão também apostando em mídias digitais, como filmar o produto, a propriedade, a colheita e divulgar nas redes sociais”, revela a gestora Nacional de Projetos do Segmento de Café do Sebrae Nacional, Carmen Sousa. 

Segundo ela, a instituição trabalha estrategicamente para promover a união de três elementos bases para o segmento: território, produtos e pessoas e só assim teremos exclusividade, diferenciação, novas experiências e autenticidade. Nesse sentido, o produtor “precisa ter uma visão de negócios, agregar valor ao produto e ter sentimento de pertencimento, de que a propriedade é o negócio dele”, situação que mudou muito, reforça a gestora. Atualmente, o café é o produto agrícola brasileiro com o maior número de registro de Indicações Geográficas (IG) – 12, ao todo. Mas 20 ainda estão em processo de diagnóstico e estruturação para verificação de potencial.

 

Mercado reaquecido 

O novo momento de reaquecimento do setor também desperta a esperança no empreendedor Thiago Veloso da Motta Santos, dono da Arbor, empresa que fabrica cafés especiais. A propriedade fica no município de Patrocínio (MG), maior produtor do mundo de café, segundo adianta Motta.  

Colecionando vários prêmios na área de sustentabilidade, ele também conseguiu desenvolver, com apoio do Sebrae, o projeto para lançar a marca própria. Agora, o seu produto vai “da semente à xícara”, além de vender também para microtorrefações. Com o comércio voltando a abrir as portas, bem como os eventos e as feiras, o cafeicultor já consegue um preço bem competitivo para o seu produto no mercado, e o pacote de 250 gramas chega a custar R$ 55. 

Mesmo comemorando o retorno, pouco a pouco, dos negócios, Motta relembra o período difícil que enfrentou nos últimos dois anos. “Foi bastante complicado porque muitas cafeterias, as minhas principais clientes para o café especial, foram fechadas. Já deu uma melhorada, mas ainda não está da mesma maneira. Como eu sofri também com as geadas no ano passado, tive perdas monumentais”, recorda. 

O cafeicultor enxerga o posicionamento nas redes sociais como fundamental e está buscando estratégias para sanar este que acredita ser um gargalo da empresa. “Cheguei a desenvolver um site para e-commerce, mas não se consolidou. Vendo pelo Instagram. Há várias opções agora nesse período pós-pandemia e sinto que tem demanda, tem procura. Tanto de microtorrefações com marca própria, como cafeterias que trabalham com cafés especiais e acreditam nisso”, exemplifica.  “Hoje, o consumidor reconhece que café de qualidade custa caro. As cápsulas e saches, métodos alternativos que permitiram esse incremento da qualidade, foram uma inovação positiva para toda a cadeia”, complementa. 

 

Dia Nacional do Café  

Uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), conduzida em parceria com a SP Coffee Hub (Hub de fomento à democratização dos cafés de qualidade), analisou os hábitos de consumo dos apreciadores de café. Para eles, “o café está relacionado a algo que vai além do produto, está associado a uma variedade de situações em que o café pode ser degustado” e que “os sentimentos que permanecem ao provar um ‘excelente café’ são sempre sentimentos de prazer e felicidade”. Segundo os entrevistados, “é muito difícil atribuir momentos ruins ao ‘tomar café’. A situação pode ser ruim, mas o café raramente é”.

O Dia Nacional do Café, comemorado nesta terça-feira (24), foi incluído no calendário brasileiro por iniciativa da ABIC, em 2005. Apesar de outras datas também fazerem alusão à bebida, a iniciativa da ABIC tem por objetivo “celebrar o início da colheita, valorizar e homenagear o produto que é paixão nacional”, informa a própria associação.  

Realizado na pandemia, o levantamento da ABIC em conjunto com a SP Coffee Hub ouviu 5.460 pessoas de 14 municípios brasileiros – São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Brasília (DF), Curitiba (PR), Belém (PA), Uberaba (MG), Petrolina (PE), Feira de Santana (BA), Novo Hamburgo (RS), Caxias do Sul (RS), Maringá (PR), Blumenau (SC).


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