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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Dicas para quem usa aparelhos auditivos no verão

Precauções com a limpeza diária e a não exposição solar extrema podem ajudar a manter os aparelhos auditivos por mais tempo
 


As altas temperaturas do verão estão levando muitas pessoas às praias, piscinas, rios e cachoeiras. Por isso, além do uso do protetor solar, quem tem problemas de audição precisa tomar outros cuidados para evitar o desgaste de seus aparelhos auditivos. Mas nada que impeça o usuário de ouvir e de se comunicar com os amigos e parentes durante esses momentos de lazer. 

O uso de aparelhos auditivos não impede que a criança ou o adulto frequente esses lugares. Basta ter cautela. "Não pode deixar os aparelhos à exposição solar extrema. Além disso, é preciso manter a limpeza habitual, sempre com um pano macio, e usar o desumidificador elétrico perfect dry para remover a umidade e evitar que o seu funcionamento seja afetado. São alguns cuidados recomendados para manter a vida útil dos aparelhos auditivos", explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas. 

Já no ambiente doméstico, a fonoaudióloga aconselha que a colocação e a retirada dos aparelhos auditivos das orelhas sejam feitas em locais com boa iluminação. O usuário também deve estar sentado sobre superfícies macias, como sofá ou cama, para evitar a queda dos aparelhos auditivos no chão. Guardá-los na embalagem original também pode prevenir acidentes. 

Mesmo em ambientes aquáticos, como praia e piscina, o uso de muitos modelos de aparelhos auditivos já é seguro, pois eles têm certificação de resistência à água e poeira - IP (Ingress Protection). Mas lembre-se de remover seus aparelhos auditivos das orelhas nos casos de contato direto com a água. E é muito importante o uso do desumidificador elétrico após essas atividades. 

São vários os modelos de próteses auditivas de última geração com classificação IP 68, como os da Telex Soluções Auditivas: Oticon Opn S™, Oticon Xceed, Oticon Siya e, para a criançada, o Oticon Opn Play e o Oticon Xceed Play. A título de comparação, o iPhone 12 possui a mesma classificação IP 68.


Consulta por Telemedicina é mais "fria"? Confira mitos e verdades sobre essa nova modalidade de saúde

Para promover facilidade de acesso à saúde, telemedicina pode ser vista como uma ótima oportunidade de aproximar médicos e pacientes, de acordo com a healthtech Amparo Saúde

 

Até 2 anos atrás a telemedicina parecia algo muito longe da nossa realidade e gerava debates acalorados nas sociedades médicas, mercado e sociedade. Afinal, como seria possível passar por uma consulta médica à distância? Porém, o que ninguém imaginava era que no início de 2020 o mundo seria sacudido por uma pandemia sem precedentes que acelerou diversas tendências que estavam engatinhando, como a própria telemedicina e o home office.

Isso mudou o mercado de saúde no Brasil e no mundo e o nosso modo de consumir alguns serviços para sempre. “A telemedicina é uma grande aliada na pandemia, mas é uma importante ferramenta na Atenção Primária em Saúde. O acompanhamento remoto com médicos de família, além dos encontros presenciais, modelo bem sucedido em países como Reino Unido, Canadá e Austrália, facilita o cuidado integral ao promover acesso e aproximar os cuidadores de seus pacientes." explica Monica Pugliese, médica da Amparo Saúde.

Em 2020, por conta da necessidade do distanciamento social para frear a disseminação do coronavírus, as consultas à distância com a ajuda de celulares, tablets e computadores passaram a ser incentivadas pela Organização Mundial da Saúde como um modo seguro de as pessoas terem atendimento médico. Em setembro de 2020 o órgão, um dos mais respeitados do mundo, apoiou abertamente o uso da telemedicina.

Por meio da telemedicina, você pode ter um médico disponível para aquelas dúvidas ou situações do dia a dia, fazendo, por exemplo, acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que precisam de acompanhamento multidisciplinar constante, além de orientações rápidas do dia a dia e esclarecimento de dúvidas.

Sabendo disso, confira mitos e verdades sobre a telemedicina e entenda porque ela pode ser considerada mais humanizada e não mais fria!
 

Apenas necessidades de saúde muito simples podem ser resolvidas por telemedicina?

Mito! O atendimento médico à distância não serve apenas para necessidades de saúde repentinas. Também é possível fazer acompanhamento de doenças crônicas, prevenção, tratamentos, além de consultas com nutricionistas e psicólogas(os). Caso seja necessário um exame mais minucioso, o profissional encaminhará o paciente para uma consulta presencial.


Teleconsultas são mais seguras?

Verdade! Em tempos de distanciamento social, quanto mais tempo ficarmos em casa, melhor. Ser atendida(o) por telemedicina evita que você se exponha ao vírus e aglomerações no transporte público, trânsito, elevadores e hospitais.

Essa segurança é fundamental e faz a diferença na proteção de pessoas idosas e grupos de risco, diminuindo as chances de contrair a Covid-19.


 

Consultas por telemedicina são mais “frias”?

Mito! O contato entre o profissional de saúde e o paciente continua com o mesmo padrão de uma consulta presencial. Em clínicas como a da Amparo Saúde, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem passam por um treinamento pensado para encantar o paciente antes, após e durante a teleconsulta. Vale lembrar também que a telemedicina facilita tanto o acesso ao atendimento de saúde que isso faz com que o paciente se sinta ainda mais próximo dos seus médicos.


 

Amparo Saúde


DIU: especialista lista mitos e verdades sobre o método contraceptivo

Ginecologista ajuda a tirar dúvidas sobre o dispositivo intrauterino

 

O dispositivo intrauterino, conhecido popularmente como DIU, é considerado um dos métodos contraceptivos mais seguros atualmente, segundo os especialistas. No entanto, a escolha por usar ou não o DIU varia conforme as necessidades de cada mulher. Para que as pessoas possam escolher o melhor método contraceptivo é importante estarem bem-informadas. 

A ginecologista Dra. Alyk Vargas Alcobia, membro da Doctoralia, consolidou uma lista de mitos e verdades para orientar as mulheres sobre o dispositivo intrauterino:

 

  1. É impossível engravidar com o DIU 

MITO. Apesar da taxa altíssima de eficácia, variando entre 99,5% para os de cobre e 99,8% para os hormonais, é preciso estar consciente de que não é impossível engravidar usando o dispositivo intrauterino. O índice de falha do dispositivo varia de 0,2 a 0,8%, e pode, portanto, ser difícil, mas a chance nunca é nula. O único método 100% eficaz contra gravidez é a abstinência.

 

  1. A fertilidade pode ser prejudicada pelo uso do DIU 

MITO. Desde que a paciente mantenha o acompanhamento ginecológico regular e adequado, a gravidez planejada pode ocorrer normalmente. O dispositivo só impede a gravidez enquanto está sendo utilizado e, ao retirá-lo, a paciente poderá engravidar normalmente já no próximo ciclo menstrual.

 

  1. O DIU pode alterar o fluxo menstrual 

VERDADE. Assim como qualquer método contraceptivo hormonal, isto é, a prevenção da gravidez por meio da manipulação dos hormônios femininos - o estrogênio e a progesterona -, o DIU irá alterar o ciclo menstrual. Há algumas diferenciações de acordo com o tipo de dispositivo escolhido. O DIU de cobre, por exemplo, pode tornar o fluxo menstrual mais intenso e aumentar as cólicas. Já o DIU de liberação hormonal, como o Mirena, pode tornar o fluxo mais leve por ter a chance de suprimir a ovulação.

 

  1. A implantação do DIU é bastante dolorosa 

DEPENDE. A experiência acaba variando entre as pacientes. Geralmente, a implantação do dispositivo é individualizada de acordo com cada paciente e sua indicação. No entanto, na maioria das vezes a inserção pode ser dolorosa sim, mas isso não é uma regra. As cólicas no momento da implantação e um pouco tempo depois são consideradas normais, já que, ao identificar um objeto estranho, o corpo tenta expulsá-lo.

 

  1. O DIU é um método muito caro 

MITO. Hoje em dia a rede pública oferece o dispositivo de forma gratuita e os convênios cobrem a inserção do dispositivo. Mas há variações de custo no âmbito dos consultórios particulares. O valor varia, principalmente, devido ao material e modelo escolhidos.

 

  1. É necessário associar outro método contraceptivo com o DIU 

MITO. Não há necessidade de associar o DIU a outro método anticoncepcional para aumentar sua eficácia, desde que esteja no local adequado e a paciente siga as orientações do médico. Porém, para evitar DSTs e infecções sexualmente transmissíveis, o dispositivo intrauterino deve ser associado ao uso correto do preservativo. Vale reforçar que, com exceção do preservativo e da abstinência, nenhum outro método contraceptivo previne contra os vírus.

 

 Doctoralia


Eis a questão: jogar a escova de dente pós-covid ou não?

Cuidados básicos antes e depois de escovar os dentes e troca frequente de escovas são importantes para evitar a proliferação do vírus 

 

Com o novo aumento de casos de covid-19 pela variante Ômicron, as dúvidas sobre alguns cuidados de higiene podem ser recorrentes. Uma delas é com a saúde bucal. Pesquisas já mostraram a relação da boca e do coronavírus, apontando que um descuido na higienização dessa área pode inclusive levar à intensificação do quadro. E, para ajudar na prevenção, alguns hábitos precisam ser implementados no cotidiano.  

 

Higienização das escovas  

Após cada escovação é importante fazer a higienização correta da escova. “Deve ser feita a higienização em água corrente, fazer remoção dos resíduos que sobram da escovação e, por final, não enxugar as cerdas na toalha de mãos e rosto, já que pode ocorrer uma transferência de bactérias entre as duas superfícies”, conta   o dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sergio Bernardes. Além disso, em casos de pessoas contaminadas, recomenda-se borrifar álcool 70% ou água oxigenada a 0,5% sobre toda superfície da escova para eliminar o vírus. Outro fator importante é que a escova seja guardada sempre seca, para que a umidade não influencie no acúmulo de fungos e bactérias. Caso o paciente tenha ficado internado e usado um kit de higiene no hospital, a recomendação é descartar essa escova de dente.  

 

Lavar as mãos antes de escovar os dentes 

Lavar as mãos já está entre as formas de prevenção da covid-19. Mas realizar essa higiene antes da escovação também faz parte da rotina de cuidados. “Se a higiene das mãos já é essencial no dia a dia, no momento de manipular objetos que terão contato direto com a boca isso se torna ainda mais primordial. A recomendação é lavar bem as mãos, com água e sabão, até a altura do punho e por aproximadamente 20 segundos”, explica o dentista.  

 

Separar a escova de dente 

Caso somente uma pessoa da casa estiver com covid-19, a orientação é evitar que a escova de dente, como também outros produtos de higiene, estejam no mesmo ambiente que os outros objetos dos familiares. Dessa forma, durante o período de infecção é importante separar esses itens de saúde bucal e também nunca compartilhá-los.  

 

Trocar de escova dental com frequência  

A substituição das escovas também é uma recomendação que já deve fazer parte da rotina de todos, mas, com a chegada da covid-19, essa ação recebe ainda mais importância. “É essencial que as pessoas que passarem por qualquer problema de saúde, inclusive covid-19, troquem de escovas. Assim como quem ficou internado, já que a escova tem contato direto com a boca e pode ter vírus e bactérias acumulados”, ressalta o dentista.  

 

Armazenamento  

Guardar corretamente as escovas de dente também faz parte do processo de prevenção. Apesar de ir contra o que grande parte da população segue, o armazenamento correto não deve ser em gavetas, armários ou com protetores para as cerdas. “Deixar as escovas fechadas ou abafadas não é o mais indicado, pois proporciona um ambiente propício para a proliferação de bactérias. O ideal é manter a escova aberta, com as cerdas voltadas para cima e na maior distância possível do vaso sanitário, que pode, no momento da descarga, transmitir germes para o ar e contaminar a escova”, ressalta. Outro ponto importante é deixar as escovas de familiares e amigos separadas, sem contato umas com as outras.  

É importante ressaltar que, para o combate à pandemia da covid-19, deve ser respeitado o isolamento social, o uso de máscaras e as medidas de segurança estabelecidas pelos órgãos de saúde e gestão de cada município. De acordo com especialistas, essas são as formas fundamentais de prevenção aos casos da doença. 

 

 

Neodent®


Mochilas escolares podem prejudicar a saúde da coluna das crianças e adolescentes

Cálculo do peso da mochila deve ser feito de acordo com o peso da criança


A volta às aulas de 2022 é umas das mais esperadas de todos os tempos. Afinal, depois de 2 anos de ensino remoto, finalmente a maioria das crianças e adolescentes deve voltar para o ensino presencial nos próximos dias.
 
Apesar da expectativa e da alegria desse momento, existe um aspecto que não chama muito a atenção dos pais, mas deveria! Por isso, precisamos falar sobre a mochila escolar e como ela pode prejudicar a coluna e outras partes do corpo das crianças e adolescentes.

 
Peso e forma de carregar a mochila
 
O aspecto mais importante das mochilas escolares é o peso. Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, o problema mais crítico das mochilas é o peso.

“A maioria dos estudantes carrega um peso acima do que seria o recomendado. O cálculo do peso da mochila precisa estar de acordo com o peso da criança ou adolescente”.
 
A conta é muito simples: a mochila deve pesar até 10% do peso corporal de quem a carrega. Um exemplo: uma criança que pesa 40 kg deve carregar uma mochila de, no máximo, 4 kg.  
 
Além do peso, há um jeito correto de carregar a mochila. “As crianças e adolescentes costumam pendurar a mala em um ombro só. Isso afeta demais a saúde da coluna e a região dos ombros. A outra tendência quando se carrega peso demais é de curvar o tronco para frente, principalmente ao subir escadas ou uma ladeira, por exemplo”, comenta Walkíria.

 
Deformidade na coluna
 
A postura inadequada ao carregar a mochila, ao longo do tempo, pode causar curvaturas anormais na coluna, entre outros problemas.

"Entre as consequências estão o desenvolvimento de uma cifose, lordose, bem como o agravamento da escoliose em quem já tem. Há outro prejuízo quando se carrega a mala de um lado só do corpo, que é o desalinhamento do eixo corporal”, reforça a especialista.

 
Dicas para os pais
 
Felizmente, as crianças menores costumam usar as malas de rodinhas, ótimas para prevenir as lesões e problemas na coluna. Assim, é preciso prestar atenção nas crianças maiores e adolescentes que usam as mochilas tradicionais.

 
 
Mochila ou carrinho?
 
“Sempre que a criança aceitar, os pais devem investir na mochila com rodinhas, pois é o modelo ideal para prevenir lesões e alteração da postura. Contudo, é preciso ajustar o tamanho da mala à criança e manter uma postura ereta para puxá-la, sem fazer flexão lateral de tronco”, indica Walkíria.  

 
Peso

É muito importante que os pais supervisionem o peso da mala. Uma dica é ajudar a criança ou adolescente a fazer um calendário das aulas para levar na mochila apenas o material que será usado no dia.

 
Divida os materiais

Quando não for possível reduzir o peso da mochila, a solução é usar uma bolsa ou outra mala para dividir o peso. A ideia é levar a mochila nas costas e essa outra mala nas mãos. Claro, essa segunda bolsa não deve ser muito pesada.

 
Orientação para os adolescentes

Como a fase da adolescência é um pouco mais complicada, os pais precisam ter tato quando o assunto é a mochila.

“De vez em quando, procure segurá-la para se certificar de que o peso está adequado. Além disso, os pais podem e devem dar orientações de como carregar a mochila para evitar as lesões e alterações posturais”, diz a especialista.
 
Walkíria lembra que a má postura e movimentos que causam prejuízos na coluna, durante a infância e a adolescência, podem não ter um efeito imediato.
 
“Muitos problemas musculoesqueléticos que surgem no final da adolescência e na juventude podem ser uma consequência dos vícios posturais que se instalaram na infância. Por isso, a consciência corporal e a postura precisam ser ensinadas desde cedo”, finaliza.  

Mau hálito é consequência de desidratação?

Muitos não sabem, mas a desidratação também é uma das causas do mau hálito 

 

A desidratação é uma questão recorrente na vida de muitos brasileiros que possuem a rotina agitada, é difícil beber água constantemente durante o dia. Mas isso pode trazer diversas consequências para o organismo, a halitose é uma delas.

A orientação de beber 2 litros de água por dia é uma questão que a maioria dos médicos e profissionais da saúde abordam e ressaltam, e não é à toa. Segundo a atual Conselheira Consultiva da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor ‘’a água ajuda as glândulas salivares a produzirem a quantidade de saliva adequada para a boca, de modo que auxilia no combate ao mau hálito.’’

Os pacientes desidratados têm maiores chances de sofrer com a halitose, mas isso se dá pela redução da saliva no período de sede, podendo ocorrer uma descamação da mucosa da boca, e isso é fator causador da alteração de hálito. Porém, apenas beber muita água não irá curar milagrosamente a halitose. Ter uma boa higiene bucal passando o fio dental todos os dias e escovar os dentes após cada refeição é um ato muito importante para a boa saúde bucal. Cuidar desses fatores e manter a higienização correta é um fator crucial na hora de evitar o mau hálito, unida com a hidratação é um combo perfeito para evitar esse desagradável problema.

 

Dra. Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva

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Aumento da incidência de osteonecrose do quadril pode estar relacionada com a COVID-19

Divulgação
Necrose da articulação pode ser incluída no espectro da síndrome pós-covid

 

Médicos e pesquisadores de diversas partes do mundo têm publicado nos últimos meses alertas sobre o aumento da incidência de casos de osteonecrose do quadril em pacientes que contraíram a COVID-19. A doença é caracterizada pela 'morte' óssea da cabeça femoral, que geralmente evolui com colapso e destruição da articulação. 

As principais causas de osteonecrose no mundo são o uso excessivo de álcool, corticoides, traumas, histórico de doenças sanguíneas, quimioterapia e problemas do metabolismo lipídico. E são justamente os corticoides, utilizados em fases agudas da doença e quando há internação do paciente infectado por COVID-19, que preocupam os ortopedistas de todo o mundo. 

A observação do aumento de casos de osteonecrose após uma pandemia causada por um tipo de coronavírus não é uma novidade. Em 2003, após a pandemia de SARS, a medicina observou uma taxa de incidência de osteonecrose de até 58% em pacientes tratados com altas doses de corticoides. Os dados foram revisados por um estudo publicado pela Universidade Thomas Jefferson, na Pensilvânia (EUA), em 2020. 

Segundo o médico ortopedista especialista em quadril e joelho, Dr. Thiago Fuchs, diferente do SARS, a COVID-19 também apresenta consequências vasculares que podem estar relacionadas ao aumento dos casos de osteonecrose do quadril. 

"Não se sabe exatamente se o COVID-19 está causando a osteonecrose do quadril pela própria infecção, uma vez que a doença pode causar uma síndrome pró-trombótica e isso causar uma obstrução dos vasos da cabeça femoral e levar a necrose, ou se é o uso do corticoide utilizado para o tratamento de algumas fases e sintomas da COVID-19. Estamos passando pela pandemia e ainda conhecendo os efeitos que a infecção pela COVID-19 pode causar no longo prazo", comenta o especialista. 

Outro estudo, publicado no Journal of Regenerative Biology and Medicine por pesquisadores do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos (HUPES) da Universidade Federal da Bahia, reforça o impacto da COVID-19 nos casos de osteonecrose com exemplos de pacientes brasileiros. Foram catalogados 23 casos, sendo a maioria homens (66%), com idades entre 25 e 61 anos, com osteonecrose bilateral. O início dos sintomas até a limitação funcional da articulação ocorreu entre 64 e 180 dias após a infecção por COVID-19. Em 33% dos casos, os pacientes tiveram COVID-19 com sintomas leves, sem a necessidade de internação e uso de corticoides. Os outros 66% eram de pacientes que tiveram sintomas moderados e graves da infecção, foram internados e fizeram uso de corticoterapia com dose mínima de 40mg/dia de dexametasona por 14 a 21 dias.
 
“Com a morte celular na osteonecrose , a cabeça do fêmur perde a sustentação da cartilagem e do osso subcondral, onde pode ocorrer a fratura e o colapso da articulação do quadril. São pacientes que eram normais e que em poucas semanas ou meses podem ter indicação de uma prótese total do quadril. A osteonecrose é uma doença muito agressiva, com progressão rápida, com sintomas muito intensos e incapacitantes na maioria dos casos. O paciente pode entre quatro a seis meses estar com o quadril totalmente destruído, com artrose e necessidade de uma prótese”, diz Fuchs.
 

Diagnóstico e tratamentos da osteonecrose do quadril - O diagnóstico é feito geralmente com uma avaliação clínica completa sobre a história e tipo da dor, exame físico detalhado e muitas vezes pesquisa de fatores de risco. Também são solicitados exames de imagem complementares, como a radiografia e ressonância magnética com avaliação dos dois quadris, para estabelecer o estágio da doença e qual o tratamento adequado. Quando um quadril tem osteonecrose o outro quadril também está em risco. 

Segundo o ortopedista, o tratamento varia de acordo com o estágio da doença e pode ser preservador ou de substituição da articulação. O que define a escolha é a presença ou não do colapso ou fratura subcondral da articulação. Osteonecrose pré-colapso pode ter tratamentos preservadores. Após o colapso, o tratamento indicado é a prótese total do quadril. 

“Entre os tratamentos preservadores está a descompressão da cabeça femoral associada, ou não, à terapias biológicas que estimulam a cicatrização e o reparo ósseo, buscando a preservação daquele quadril. Já a osteonecrose, que evoluiu para um quadro fratura subcondral ou de artrose, tem indicação de tratamento cirúrgico com artroplastia total de quadril, para tratamento da doença, melhora dos sintomas e da qualidade de vida. A maioria dos pacientes são jovens, praticantes de atividades físicas, que possuem uma demanda de trabalho e funcional grande”, reforça o especialista.

 

Artroplastia total de quadril - A cirurgia consiste na substituição da articulação do quadril por componentes metálicos, de polietileno e de cerâmica, com o objetivo de restabelecer uma articulação com bom movimento e alívio da dor, melhorando a qualidade de vida do paciente. Pacientes com artroplastia total do quadril tem uma taxa de satisfação acima de 95% com a cirurgia, retomando suas atividades sociais, de trabalho e lazer, e a prática esportiva.

 

 

Dr. Thiago Fuchs - formado em medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Cirurgia do Joelho e Artroscopia pelo Hospital Novo Mundo e especialista em Cirurgia do Quadril e Joelho pelo Hospital de Clínicas (UFPR). Sua formação profissional conta com estágios em Hip Preservation and Hip Arthroscopy no Hospital for Special Surgery, em Nova Iorque (EUA), e no Hip Preservation Center -- Baylor University, em Dallas (EUA). Dr. Thiago Fuchs também atuou como médico voluntário no Serviço de Ortopedia e Traumatologia no Hospital de Clínicas-UFPR. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ); da International Society of Hip Arthroscopy (ISHA) e da Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ).


Subnotificada, hanseníase segue preocupando

 Doença tem cura e dermatologista dever ser imediatamente procurado aos primeiros sinais, recomenda o Seconci-SP 

 

Nos últimos dois anos, a pandemia do novo coronavírus levou à redução da notificação de casos novos de hanseníase no Brasil. Muitas pessoas, com medo da Covid-19, deixaram de procurar as unidades de saúde. Mas a doença continua exigindo atenção e cuidado, tanto que temos a campanha do Janeiro Roxo, com destaque para o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase (30 de janeiro). 

A dra. Marli Izabel Penteado Manini, dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), relata que, segundo o Ministério da Saúde, 17.979 novos casos foram registrados no Brasil em 2020, contra 27.864 no ano anterior. Há maior incidência no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Dados preliminares do Ministério apontam 15.155 casos novos no país em 2021, dos quais cerca de 800 no Estado de São Paulo. 

“Não podemos nos iludir e concluir que houve uma redução de casos novos. Infelizmente, a pandemia levou à subnotificação. Em números absolutos, o Brasil continua ocupando o segundo lugar no mundo, ficando atrás apenas da Índia”, destaca a médica. 

De 2016 a 2020, foram diagnosticados 155,3 mil casos novos de hanseníase no Brasil, dos quais 19,9 mil com grau 2 de incapacidade física – o mais grave. “Um dado preocupante é o aumento dos casos entre pessoas até 15 anos, o que demonstra a prevalência da doença entre a população”, acrescenta a dra. Marli. 

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, a doença é transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores, além do contato com a pele do paciente. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, desde áreas anestésicas, manchas claras, avermelhadas ou amarronzadas, caroços na pele e lesões dos nervos periféricos.

 

Preconceito permanece 

A doença ainda é vítima de estigma. Conhecida no passado como lepra, até a década de 1960, a hanseníase era tratada por meio da internação compulsória no Brasil e os pacientes eram discriminados e isolados do convívio social. O preconceito permanece porque a doença acomete principalmente pessoas com situação econômica, social e ambiental desfavorável. 

A boa notícia é que a doença tem cura e, se a pessoa estiver em tratamento, não oferece risco de contágio. “A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e todo o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, informa a dermatologista.

 

Atenção aos sinais 

O período de incubação é prolongado e, em geral, varia de cinco a sete anos. “O bacilo afeta principalmente a pele e nervos superficiais. Normalmente, os doentes não diagnosticados precocemente desenvolvem complicações nos pés, mãos e olhos. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar o dermatologista o quanto antes, pois ele prescreverá o tratamento adequado, evitando sequelas”. 

Segundo a dra. Marli, “é fundamental o autoexame, verificando se há manchas claras ou avermelhadas na pele, além de áreas de anestesia. As lesões da hanseníase não coçam e não doem, porém caso note alguma anormalidade na pele, procure ajuda médica o quanto antes”. 

“O Seconci-SP dispõe de equipe de dermatologistas para oferecer um diagnóstico correto e passar todas as orientações para que seus usuários sejam encaminhados para tratamento na rede pública”, informa a médica. 


Medo de Dentista? Saiba o Que Fazer Para Enfrentar a Odontofobia.

Odontofobia é o nome dado para pessoas que tem medo e ansiedade na ida ao dentista, estima-se em média que de 15% a 20 % das pessoas tem esse receio, “Na minha prática clínica, parece ser bem maior essa porcentagem.” diz a Dra. Bruna Conde. 

A cirurgiã dentista e especialista em periodontia, Dra. Bruna Conde, explica que o medo do dentista possui grau e varia muito de uma pessoa para outra, às vezes o que é leve para um pode ser grave para o outro. “Eu acredito que qualquer tipo de medo, seja ele leve ou severo, tem sim como tratar, como controlar e é possível fazer isso também no consultório odontológico, evitando o pensamento das pessoas que acham que precisam de medicação e de hospital, pois aqui no consultório, sempre tentamos de uma forma conservadora, para depois passar pra um atendimento clinico.” explica a Dentista Antenada. 

As principais causas da odontofobia, primeiro são os traumas de infância, às vezes a pessoa passou por um dentista e não teve uma boa experiência e acredita que o próximo dentista será a mesma experiência. Além disso, uma situação bem comum são pais que passa seu terror de dentista para os filhos. Pesquisas mostram que metade das crianças que sentem medo de dentista tem pais que também sentem e relataram histórias ligadas a dor e desconforto.“Eu acredito que esse trauma, é algo muito antigo e muito falado, até porque a odontologia de antigamente, era um processo que incomodava realmente, não se tinha os anestésicos, os aparelhos tecnológicos, os produtos especializados e até mesmo o atendimento humanizado que é feito hoje em dia.” ressalta Dra. Bruna. Considerando isso, é notório o quanto a odontologia mudou e evoluiu nos dias atuais. 

Tremedeira, respiração ofegante, frio na barriga, taquicardia e suor. São reações comuns a pessoas que tem a fobia de dentistas. Porém, segundo a Dentista Antenada, a odontofobia pode ser tratada, apartir do momento em que o paciente entende que hoje em dia existem profissionais capacitados e especializados até mesmo em odontofobia, que se tem também um local apropriado, uma abordagem e uma forma de conversat com o paciente, totalmente diferenciada, “É uma das minhas maiores qualidades aqui no consultório, poder entender e respeitar o medo que o paciente tem, e poder auxiliar corretamente a criar coragem para consultar. E depois disso, o paciente pode analisar a experiência que teve, dessa forma, é sim possível converter muitos pacientes traumatizados, a uma ida tranquila ao dentista.” comenta a Dra. Bruna Conde. 

Outra técnica que a Dentista Antenada não abre mão, é um ambiente que não parece um consultório odontológico. “ No meu consultório o paciente se sente em casa. O paciente escuta e visualiza o clip de música que deseja enquanto realizo os atendimentos. Além disso, pode usufruir de uma cadeira de massagem durante todo o atendimento. Tenho também, uma técnica na qual utilizo as mãos sem usar força. Os instrumentos são delicados e consigo realizar o tratamento necessário sem trauma algum.” completa Bruna Conde. 

Sem tratamento a odontofobia pode trazer graves consequências a saúde, pois faz com que a pessoa não vá ao dentista ou vá somente em casos de urgência, sendo que o tratamento poderia ter sido realizado de uma forma muita mais simples e tranquila. Então se esperamos muito tempo para ir ao dentista, haverá mais coisas para serem feitas, o gasto vai ser maior, o tempo em consulta vai ser maior, a Dentista Antenada orienta uma das coisas mais importantes para vencer a odontofobia, que é a regularidade no dentista e que de preferência seja sempre o mesmo profissional, um dentista de confiança que você não precise ficar trocando, e aí sim ir quebrando esse medo e essa ansiedade em frequentar o dentista. 

Muitas pessoas ainda acreditam que a ida ao dentista só é necessária quando existe algo incomodando, e isso traz consequências a longo prazo, como por exemplo, o amolecimento dos dentes, alteração de hálito, sangramento da gengiva, quebra e perda de dentes. Muitas pessoas realmente ainda não acreditam na prevenção e não entendem o porquê de investir no dentista com regularidade. A Dra. Bruna Conde fala da importância de prevenir antes de tratar, pois muitas doenças podem ser evitadas com a prevenção. 

Cada pessoa precisa ir ao dentista de acordo com o que é indicado para si, existem pacientes que necessitam ir de forma mensal e outros semestral, e isso vai depender o que o paciente tem, tanto na saúde bucal quanto sistemica, por exemplo, se o paciente fuma, se é diabético, se possui presão alta, se tem alguma complicacão no organismo, segundo a Dentista Antenada, isso pode influênciar na boca, então certos pacientes terão que retornar em menos tempo. E para os odontofóbicos, é indicado uma regularidade de no máximo 6 meses, mas às vezes, será sim necessário ser em um menor período de tempo.


Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista. CRO SP 102038


Câncer de pulmão: entenda as causas, sinais e tratamentos da doença

Fumantes têm risco 20 vezes maior de desenvolver tumores pulmonares; Especialista comenta principais sinais e a importância do diagnóstico precoce

 

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da condição. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2020-2022 cerca de 30.200 casos da doença sejam diagnosticados a cada ano. E, apesar destes dados não serem novidade, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A oncologista Mariana Laloni, da Oncoclínicas São Paulo, explica que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz. 

A médica comenta ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca.
 

Imunoterapia é avanço relevante no combate ao câncer de pulmão 

A ciência tem transformado a maneira de tratar diferentes tipos de câncer. E, no caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas avançam a passos largos, permitindo ao paciente um arsenal poderoso de condutas que podem ser indicadas para o enfrentamento da doença. 

Diante deste cenário, estratégias que combinam modalidades de tratamento sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e local (radioterapia) podem ser adotadas no início do tratamento para reduzir o tumor antes de uma cirurgia para retirada da parte do pulmão acometido, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada também é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor. “A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente”, diz Laloni. 

Para a especialista, é válido destacar o papel que a imunoterapia exerce no panorama de enfrentamento do câncer de pulmão. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se “disfarçar” para não ser reconhecido pelo sistema imunológico e então crescer, a terapia biológica funciona como uma espécie de chave, capaz de religar a resposta imunológica contra este agente agressor. 

“Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva”, explica a especialista. 

Não à toa, as medicações imunoterápicas vêm conquistando protagonismo no tratamento de tumores de pulmão e de outros tipos de câncer. A abordagem terapêutica tem trazido resultados importantes também para cânceres de bexiga, melanoma, estômago e rim. Estudos atestam ainda a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e de um subtipo do câncer de mama, chamado triplo negativo. “Na última década, a imunoterapia passou rapidamente de uma descoberta promissora para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas para diversos casos de pacientes oncológicos”, pontua Mariana Laloni.
 

Tabagismo ainda é a principal causa de câncer 

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar. 

E apesar do Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro - o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA - os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens. 

“Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Laloni. 

Parar de fumar, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela covid-19.


“Congelar óvulos depois dos 37 anos é um processo desafiador”, diz especialista

O médico Ricardo Pimentel comenta caso da atriz Fernanda Paes Leme, que desabafou sobre o peso emocional durante sua tentativa de congelamento de óvulos no ano passado

 

Recentemente, a atriz Fernanda Paes Leme concedeu uma entrevista ao podcast Pod Delas e se emocionou ao compartilhar sobre seu processo de congelamento de óvulos. Aos 38 anos, ela disse que havia feito exames e iniciado o procedimento e ficou muito mexida com o processo e com a cobrança das pessoas, que influenciou no seu emocional. “As pessoas precisam ter muito cuidado com o que cobram dos outros”, desabafou. Segundo o médico ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Ricardo Pimentel, o congelamento de óvulos após os 37 anos é desafiador porque a qualidade dos óvulos tem relação direta com a idade. 

“Mesmo com uma reserva ovariana normal ou até mesmo aumentada, a chance de uma gravidez futura é menor. É compreensível a emoção por causa da cobrança. As cobranças são indevidas e no momento errado. E não é só de fora não, a cobrança até dentro de casa é prejudicial. A infertilidade remete a sentimentos relacionados à impotência e perda de controle da situação. Segundo estudos, é tão desafiador emocionalmente como o diagnóstico de um câncer, e quase sempre os amigos e familiares desconhecem os obstáculos que a pessoa está enfrentando”, diz. 

Para Ricardo, o grande problema é que as mulheres não têm acesso às informações no momento certo. “Quando ela é adolescente e vai ao ginecologista pela primeira vez - muitas vezes acompanhada da mãe -, o especialista diz que é preciso fazer um ‘planejamento familiar’, o que na maioria das vezes se resume em iniciar um método contraceptivo para evitar a gravidez até a mulher estudar, se formar, casar e se consolidar no trabalho. Ela inicia o uso do anticoncepcional por anos afora e o ‘planejamento’ termina ali. Quando a mulher está com seus 26 a 28 anos, esse assunto deveria ser abordado novamente no consultório e isso não é feito”, pontua.

 

Quanto mais o tempo passa, menores são as chances de gravidez 

O tempo passa e as mulheres chegam às mãos do especialista em reprodução humana já em condições não ideais, como no caso da atriz Fernanda Paes Leme. “Nenhum tratamento de reprodução assistida é fácil - nem para quem deseja engravidar e nem para quem quer preservar sua fertilidade. Os obstáculos existem e são individuais de cada paciente, o nosso papel é fazer de tudo para que eles sejam superados e o objetivo alcançado. Em uma paciente com menos de 35 anos, por exemplo, um bom planejamento seria congelar algo em torno de 15 a 20 óvulos, que daria a ela uma chance futura de gravidez em torno de 70 a 80% de sucesso”, explica o médico. 

Além disso, o médico afirma que todo planejamento tem que ter um objetivo final. Por isso, se esse resultado - que no caso é a gravidez espontânea -, não está sendo alcançado, é porque ele precisa ser revisto. “Se a mulher é pega de surpresa e vê que a reserva dela está diminuída por alguma razão e que ela não conseguirá atingir o número de óvulos que seria ideal, precisaremos realizar dois ou três ciclos de estimulação ovariana, necessitando de um maior investimento financeiro e emocional. Já uma mulher com 40 anos ou mais, o mesmo número de óvulos entregaria uma chance de gravidez no futuro entre 30 e 40%, dependendo de cada caso”, diz. 

De acordo com dados da literatura médica, a cada ano que passa a chance de a mulher produzir um embrião de boa qualidade se reduz em 5%. Quanto mais próximo dos 40 anos, mais obstáculos aparecem porque a quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem a cada ciclo. Segundo o especialista, até os 35 anos aproximadamente 50% dos embriões formados serão alterados geneticamente falando, enquanto aos 42 anos ou mais essa porcentagem sobe para 80-85%. Diante disso, ele argumenta que com os processos mais desafiadores, o emocional fica abalado. 

“Apesar de ser seguro e relativamente rápido, o procedimento exige dedicação e disciplina. São 10 a 12 dias de injeções subcutâneas, cerca de três a quatro ultrassonografias e o procedimento de captação de óvulos exige uma sedação realizada por um anestesista. Alguns efeitos adversos como alteração de humor, barriga inchada e desconforto abdominal podem ser observados por causa das altas doses de hormônios necessários para o crescimento folicular. São duas semanas dedicadas a este objetivo. Essa é uma preocupação nossa na Perfetto: tornar a jornada da paciente uma caminhada segura, eficaz e com toda atenção e cuidado com cada detalhe. Temos três psicólogas à disposição do casal para que obstáculos emocionais possam ser amenizados”, pontua o médico.

 

Coisas que toda mulher adulta deveria saber sobre gravidez e fertilidade 

1-    A mulher produz todos os seus óvulos ainda na barriga da mãe e nunca mais produz óvulos novos. Então, os óvulos acompanham a idade da mulher e a cada ano vão perdendo a sua “qualidade”;

 

2-    Para ter dois filhos de forma natural o ideal é começar logo, por volta de 27 a 29 anos, se as condições permitirem. Vale lembrar que necessitamos de um intervalo entre as gestações;

 

3-    Após 30 anos, se não existe expectativa de gestação nos próximos 2 ou 3 anos, o mais indicado é congelar os óvulos e aumentar suas chances de gravidez futura;

 

4-    Depois dos 35 anos a taxa de gravidez cai muito, enquanto a de complicações, como o aborto, sobe. Isso acontece porque os óvulos não terão a mesma qualidade;

 

5-    O congelamento de óvulos é um tratamento seguro e eficaz. Estudos mostram que não há aumento no risco de câncer ou trombose;

 

6-    Uma vez congelados, os óvulos não perdem mais qualidade, não importa o tempo que passe. Uma mulher de 40 anos que congelou óvulos aos 32 anos terá a mesma chance de gravidez de uma mulher de 32 anos, desde que outros fatores não estiverem associados.


Energético em excesso pode causar arritmia e aumento da pressão arterial

 Doutor Roberto Kalil aponta para os potenciais efeitos adversos que a combinação entre taurina e cafeína, presentes nessas bebidas, pode ocasionar no corpo humano

 

O consumo de bebidas energéticas em excesso é uma imprudência que pode causar complicações como arritmia e picos de pressão arterial. O alerta é do cardiologista Roberto Kalil, professor titular de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP e diretor do InCor e hospital Sírio Libanês. 

"A combinação entre taurina, aminoácido naturalmente presente em nosso corpo, e a cafeína, ambas contidas nas bebidas energéticas, promove a liberação de hormônios de excitação, como a adrenalina e a noradrenalina, o que favorece o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca", explica o médico. 

Segundo o cardiologista, arritmias e a elevação da pressão arterial são os efeitos mais comuns de um consumo exagerado desses estimulantes. Ele recomenda que o consumo de energéticos seja moderado, e que se busque mais energia também nas caminhadas e exercícios físicos.

 

 Dr Roberto Kalil - presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração (InCor/HCFMUSP) e diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.


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