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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Usar mais força na hora da escovação ajuda a limpar melhor os dentes?

Força excessiva e uso de escovas mais duras podem causar sérios prejuízos à saúde bucal


Escovar os dentes três vezes ao dia é um hábito essencial para garantir uma melhor saúde bucal. Mas, além da quantidade de vezes que a boca deve ser higienizada, é preciso se atentar à qualidade da escovação, ou seja, se ela é feita de forma correta ou não. Escovar os dentes com muita força, embora possa dar a ideia de que ajuda na limpeza e remoção de restos de alimentos, pode prejudicá-los mais do que beneficiá-los.

“Ao higienizar os dentes, o importante é desorganizar e eliminar a comunidade microbiana que está na superfície dentária, isto é, a placa bacteriana. Qualquer escovação mecânica tem força e energia suficiente para desorganizá-la e removê-la. Portanto, não há a necessidade de utilizarmos força excessiva para essa remoção”, explica o Dr. Ricardo Schmitutz Jahn, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Quando é utilizada muita força durante a escovação, a boca pode sofrer lesões em seu interior, como na gengiva, nas bochechas, na língua ou embaixo dela, além do desgaste dental, o que pode levar à abrasão dos dentes. Esses fatores podem resultar na sensibilidade dentária, já que a base do dente fica exposta e sem a proteção do esmalte, além do risco de aparecimento de doenças bucais, como a cárie e o bruxismo.


Suavidade e calma na hora da escovação

A orientação para uma boa escovação bucal, segundo Ricardo, é que o processo de limpeza seja feito com cuidado e sem pressa. “A higienização com escova dentária deve ser realizada com calma e com bastante atenção para que a escova alcance a área entre os dentes e a gengiva e não machuque nenhuma estrutura. Lembre-se, o que deve ser escovado é o dente. A gengiva não precisa ser escovada. Gengiva gosta de dente limpo. Isso é o suficiente para ela”, diz o cirurgião-dentista.

A escovação também possui técnicas que variam conforme a idade, formato da arcada dentária, tamanho e posição dos dentes, mas a aplicação deve se basear na orientação de um profissional em saúde bucal que indique a técnica mais adequada para um melhor resultado. “De um modo geral, movimentos vibratórios das pontas das cerdas da escova sobre as coroas dos dentes, junto à gengiva, são efetivos para a remoção da placa”, comenta o Dr. Jahn.


Dê preferência a escovas com cerdas mais macias

Outro fator importante são as escovas utilizadas na hora da limpeza dos dentes. Há diversos modelos que são feitos para os mais variados casos, como idade, diferenças no tamanho do arco dental, tipo de gengiva e casos específicos, como aparelhos ortodônticos.

No caso de escovas com cerdas mais duras, sua utilização é indicada para a higienização de próteses dentárias removíveis. Porém, são contraindicadas para uso em geral, pois podem trazer lesões à cavidade bucal. “As escovas mais duras, ao invés de apenas remover a placa bacteriana, vão ajudar a desgastar as superfícies dentais, principalmente quando o indivíduo já tem retrações na sua gengiva”, detalha o Dr. Jahn.

O cirurgião-dentista explica que, para o uso diário, as escovas mais indicadas são as que possuem cerdas mais macias, o que não compromete a limpeza e diminui o risco de lesões. “Escovas macias são firmes o suficiente para remover o biofilme e diminuem o risco de abrasão dentária e ferimentos nas gengivas e outros tecidos da boca, uma vez que transferem menos força para a ponta das cerdas”.

Portanto, a escova ideal é aquela que se adequa melhor às condições e particularidades da boca de cada pessoa, mas o cirurgião-dentista ressalta: “O ruim mesmo é não usar escova. Em alguns lugares, o acesso a uma “boa” escova de dentes pode ser difícil. Nessas situações é melhor que se use uma escova fora de padrões do que não usar”.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Manguezais são ecossistemas generosos e produtivos, que geram US$ 5 bilhões ao Brasil

 

·                     Dia Internacional de Proteção aos Manguezais, comemorado nesta segunda-feira, 26 de julho, chama a atenção para riscos e ameaças aos mangues e estuários
 

·                     Brasil possui uma extensão de 6.786 quilômetros ao longo de 16 estados costeiros – do Amapá até Santa Catarina
 

·                     Estão presentes em 338 municípios brasileiros, onde vivem 44 milhões de pessoas, o que representa 20% da população



O Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, comemorado nesta segunda-feira, 26, lembra a importância de um dos ecossistemas mais produtivos e generosos da Terra, capaz de oferecer serviços ecossistêmicos valiosos e gerar ao Brasil benefícios socioeconômicos estimados em US$ 5 bilhões, especialmente com a pesca, turismo e valor de existência. Presentes em 338 municípios brasileiros, onde vivem 44 milhões de pessoas, o que representa 20% da população, os manguezais têm sua importância cada vez mais reconhecida pelos cientistas e, assim como outros ecossistemas, também sofrem ameaças. 

O Brasil possui uma extensão de 6.786 quilômetros ao longo de 16 estados costeiros – do Amapá até Santa Catarina. “Em algumas localidades, os manguezais contribuem com até 50% da pesca artesanal, alimentando o ciclo de vida de espécies marinhas de grande valor comercial, como robalos, tainhas, siris, ostras e caranguejos. Por suas paisagens únicas, o turismo é outra atividade que se beneficia desses ecossistemas”, explica Emerson Oliveira, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Além de oportunidades para a geração de renda, os manguezais são reconhecidos por sua contribuição para a manutenção da vida marinha, sendo o espaço apropriado para a reprodução e desenvolvimento de inúmeras espécies, e também pela proteção costeira, oferecendo segurança diante do aumento do nível do mar provocado pelas mudanças climáticas. Esse ecossistema é capaz de prevenir a erosão da costa, preservando a infraestrutura urbana, e proteger as regiões costeiras contra a força das marés e dos ventos fortes vindos do mar, além do elevado potencial para a retenção de carbono em suas raízes. 


Fonte: “Oceano sem mistérios - Desvendando os Manguezais” - Fundação Grupo Boticário
 

“Apesar de serem berçários marinhos fundamentais para a conservação da biodiversidade, capazes de gerar trabalho e renda para milhares de brasileiros e serem reconhecidos como infraestrutura natural para mitigar os efeitos da crise climática, os manguezais sofrem pressão por diversas atividades, como mineração, sobrepesca, agricultura e carcinicultura; ocupação irregular e descarga de efluentes. A situação é bastante preocupante”, alerta Oliveira.

Com áreas de mangue conservadas, as regiões costeiras ficam menos expostas a inundações e à força dos ventos, ondas e marés. Estudos demonstram que 100 metros de manguezal reduzem a força das ondas em cerca de 60%. No tsunami que devastou Sumatra, na Indonésia, em 2004, nas comunidades onde havia manguezal a fúria das ondas foi reduzida e houve um impacto muito menor em comparação aos locais que substituíram os manguezais por resorts.

Sem manguezais, há redução da qualidade da água, há perda do carbono acumulado e redução dos estoques pesqueiros. Essas áreas sequestram 57% mais carbono do que outros tipos de vegetação tropical. “A integridade dos manguezais é capaz de mitigar o desequilíbrio do clima, um dos maiores desafios do nosso tempo.”, comenta o gerente da Fundação Grupo Boticário.

Estudos indicam que 25% de toda a extensão de áreas de manguezais já tenham sido perdidas no Brasil – sendo 36 mil hectares convertidos em tanques para criar camarões somente entre 2013 e 2016, conforme alertam os dados apresentados na publicação “Oceano sem mistérios: desvendando os manguezais”, organizada pela Fundação Grupo Boticário.


Década do Oceano

Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), ressalta que a perda da biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica, social, cultural e ética. “Difundir o conhecimento a respeito do valor dos manguezais e dos estuários, mostrando a importância dessas zonas de transição entre a terra e o mar, é também um dos desafios da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU)”, comenta o professor, que é membro do Grupo Assessor de Comunicação para a Década do Oceano da UNESCO. “Precisamos chamar a atenção de toda a sociedade para a importância de proteger efetivamente esses berçários marinhos para que tenhamos um desenvolvimento sustentável dos ambientes costeiros e, consequentemente, possamos preservar a saúde do oceano e a vida em nosso planeta”, conclui.



Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)

 www.fundacaogrupoboticario.org.br



Fundação Grupo Boticário


O ESG sendo acelerado pela tecnologia

Nestas últimas semanas de junho, o mês do Meio Ambiente, participei de vários debates e lives com empresas, acadêmicos e governos, ou seja, para os mais variados públicos. Fico muito feliz pela oportunidade e pela temática do ESG (Ambiental, Social e Governança, acrônimo ASG em inglês) estar cada dia mais em alta.

Foram diálogos muito produtivos, entretanto, ainda precisam ser inseridos no dia a dia das organizações, escolas, governos, casa das pessoas etc. É necessário avançar nesse processo, pois estamos na década da ação da Agenda 2030 da ONU, com os nossos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Um dos pontos que muito se questiona é o quanto a tecnologia pode acelerar o método de utilização nos processos e projetos, nas empresas e no governo. Neste caso, o livro “Como Evitar um Desastre Climático”, de Bill Gates, fundador da Microsoft, traz cinco perguntas para falar do clima: Como ligamos as coisas na tomada? Como fabricamos as coisas? Como cultivamos as coisas? Como transportamos as coisas? Como esfriamos e aquecemos as coisas?

Fantástico uma das pessoas mais ricas do planeta, que teve toda a sua trajetória mudando o mundo por meio da tecnologia, transformando o modus operandi da forma de trabalhar, criando um império em cima de bits e bytes, ter passado mais de dez anos estudando as causas e os efeitos das mudanças climáticas. E o bacana é que ele teve acesso aos principais especialistas mundiais para debater e ainda se preocupou em colocar de uma forma bem fácil de entender as repostas dessas perguntas.

Será que pessoas como ele, envolvidas nessa temática, podem abrir “janelas” (trocadilho para Windows) para que possamos nos desenvolver de forma inclusiva, acessível e justa, preservando e regenerando o planeta?

Essas cinco perguntas acima servem para nos questionarmos pessoalmente e perguntarmos para todas as empresas e governos. Mais do que isso, ir atrás dessa temática como uma oportunidade de negócios e melhorias dentro das companhias, não esquecendo que os grandes investidores estão de olho em perfis organizacionais que aprimoram sempre os seus indicadores de ESG.

Pensando nesses desafios como oportunidades, o Distrito Dataminer ratifica esse raciocínio na pesquisa com o título Inside ESG Tech, de 2021, explicando as questões atuais e entrevistando vários profissionais da área. Além disso, o relatório do estudo mostra um mapeamento totalizando 740 startups que estão trabalhando e tendo impacto diretamente em algumas das áreas do ESG.

Em 2000, eram somente 23 startups. Atualmente, no tema Social são 36% de startups, no Ambiental 35% e 29% na Governança, sendo que na última década as 260 startups sociais receberam aproximadamente 1 bilhão de dólares.

Ainda nesta pesquisa, aparecem muitas dessas startups trabalhando para resolver problemas sociais, ambientais e de governança das empresas, ou seja, no B2B. Sendo que 17,4% delas são para as questões de água e energia e 14,52% para Martech, diversas soluções para o relacionamento, comunicação e transparência com os consumidores, indicador importante relacionado ao social no ESG.

E, finalizando, o estudo apresenta empresas na área ambiental, como a Moss.Earth, fintech em crédito de carbono tokenizado; a Trashin, uma cleantech focada na gestão de resíduos 360 graus.

No social, apresenta a Zenklub, plataforma on-line que presta serviços de bem-estar e saúde emocional dentro das empresas; Opinion Box, startup de pesquisa digital dedicada às soluções de pesquisa de mercado; Incentiv.me, que atua na área de inovação tributária, criada para incentivar projetos de impacto social por meio da transformação dos impostos, em investimentos que gerem benefícios para a sociedade.

E na área de governança está descrito a Egalitê, que auxilia as pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho, além de as empresas a cumprirem a lei de cotas com um recrutamento assertivo; a Datarisk, que oferece uma plataforma de modelagem preditiva focada na concessão de créditos e análises de dados para gestão de riscos dos investimentos das empresas; a Ecotrace, que foca na rastreabilidade de alimentos ao longo da cadeia produtiva no Agronegócio; Eureciclo, que fica como o braço de compliance de logística reversa da New Hope Ecotech; e a Plataforma Verde, especializada no gerenciamento de resíduos por meio de blockchain.

Ótimos exemplos para respondermos às perguntas do Bill Gates e termos esperança de que conseguiremos sim, aliar a tecnologia ao ESG. Porém, precisamos acelerar e investir mais em empresas como essas. Mais do que isso, educar e informar uma quantidade maior de pessoas, sobre o movimento do desenvolvimento sustentável e a importância da tecnologia.

E você e a sua empresa, o que estão fazendo?

 


Marcus Nakagawa - professor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e conselheiro da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).

www.marcusnakagawa.com, www.blogmarcusnakagawa.com;

@ProfNaka


Fuso de 12 horas não será problema para acompanhar Jogos Olímpicos, aponta pesquisa

  • Levantamento da plataforma TIM Ads aponta que mais da metade dos entrevistados acompanhará competições ao vivo;
  • Dados apontam o futebol como esporte que mais desperta a atenção do público, seguido por vôlei e natação;
  • A TV e os smartphones são os aparelhos preferidos dos que vão assistir ao evento multiesportivo;



Um dos maiores eventos de massa do mundo e com origem que remonta à Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos de Tóquio serão acompanhados por 66,2% dos brasileiros. O levantamento feito pela TIM, por meio da plataforma de pesquisa online TIM Ads, com 111,5 mil usuários da operadora de todo o Brasil, revela que a diferença de 12 horas do fuso horário parece não ser impedimento para manter o torcedor acordado na madrugada: um público fiel de 50,6% dos entrevistados disseram que vão acompanhar os esportes ao vivo.

Ainda em relação aos horários invertidos, outros 15% responderam que irão ver as gravações das competições em momentos mais convenientes. A pesquisa apontou ainda que o interesse pelo esporte em geral é maior que o de somente torcer pelo verde-e-amarelo: apenas 11,1% disseram que só acompanharão as disputas que só envolvam brasileiros. A TV é o aparelho preferido para assistir ao evento multiesportivo, citado por 60% dos participantes, seguida por smartphones, com 26,1%, computador (7,2%) e rádio (4,3%).


Destrinchando um pouco mais a pesquisa, descobre-se que 42,6% acompanharão as competições pela TV aberta, 19,1% por TVs a cabo e outro tanto pelas redes sociais. A seguir, 13,8% responderam que veriam por portais na internet e 7,9% pelos aplicativos TIM Bancas e TIM News — que surgem à frente dos serviços de streaming, preferidas por 4,8%.

Dos esportes favoritos dos brasileiros nas Olimpíadas, o futebol mantém a sua predileção. O levantamento mostra que 44,9% acompanharão a busca do bicampeonato olímpico pela seleção masculina e do ouro inédito pelo time liderado por Marta. Logo atrás, completando o pódio da preferência do público, surgem vôlei (26%) e natação (20,6%). Uma curiosidade: o interesse pelas lutas é o mesmo demonstrado pela ginástica olímpica: 18,6%.

Skate e surfe, duas modalidades que estreiam nos Jogos Olímpicos de Tóquio, serão a preferência de 14,7% e13% do público, respectivamente. À frente somente da esgrima (6,5%) e halterofilismo (4,6%), a canoagem, competição em que o Brasil conquistou quatro medalhas nos Jogos Rio 2016 e que tem o atual campeão do mundo, o mineiro Isaquias Queiroz, é a preferência de 7,7% dos entrevistados.



Série documental sobre os 100 anos de participações brasileiras em Olimpíadas


Patrocinadora oficial do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a TIM apresenta a terceira temporada da série “100 Anos – O Brasil nas Olimpíadas”. Realizada pelo SporTV, em parceria com o Olympic Channel e a Federação Internacional de Cinema e Televisão do Comitê Olímpico Internacional, a produção estreou nesta semana no canal e na Globoplay, resgatando a história dos atletas brasileiros em mais de 20 modalidades esportivas, com imagens inéditas e raras do século XVII ao século XX.

A atual temporada tem 10 episódios e mostra a jornada do país em competições de ginástica artística, nado sincronizado, saltos ornamentais, tênis, maratona, handball, esgrima e triathlon. Apresenta também a origem do campeonato brasileiro de futebol, a supremacia dos atletas do País no surfe – que estreia como modalidade olímpica em Tóquio – e a forte ligação do brasileiro com o jiu-jitsu, que ainda não faz parte do programa da competição mundial.




TIM

 www.tim.com.br


Covid-19: Procura por testes de anticorpos neutralizantes podem aumentar até o fim do ano, diz especialista

Fora do Brasil, a procura é considerável e o especialista em negócios Diego Arruda diz que aqui não será diferente

 

O número de pessoas que estão relatando nas redes sociais que o organismo não está produzindo mecanismos de defesa contra a Covid-19, vem aumentando nos Estados Unidos nos últimos meses. São desabafos de indivíduos que tiveram seus testes de anticorpos neutralizantes negados, após tomarem a vacina.

 

Um ponto a ser ressaltado é que todas as vacinas disponíveis hoje no mercado - somente no Brasil temos quatro à disposição -, não impede que uma pessoa seja infectada, por isso, ainda é necessário usar máscara, álcool em gel e manter o distanciamento.

 

Outro ponto é que, tão importante quanto saber que já está vacinado, é procurar saber se o sistema imunológico está produzindo anticorpos para combater o vírus. Diferentemente da população estadunidense, segundo o consultor em negócios Diego Arruda, os brasileiros ainda não despertaram.

 

"Ainda não é uma procura, mas acredito que até o final do ano, depois de ser imunizado com as duas doses, boa parte da população vai despertar para saber se realmente estão protegidos contra o vírus", disse o especialista.

 

O teste de anticorpos neutralizantes foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e tem como objetivo analisar se o indivíduo possui anticorpos capazes de neutralizar a entrada do coronavírus nas células. O exame é realizado através de uma coleta de sangue.

 

"Muita gente ainda não entendeu que, caso você esteja imunizada, muitos não vão produzir os anticorpos neutralizantes, pois existe a ideia de que esteja cem por cento protegido contra a doença. Pelo contrário, a pessoa só vai ter segurança depois de testado, depois de saber que realmente está produzindo anticorpos neutralizantes", pontua.

 

"A procura já está acontecendo em outros países e acredito que é só uma questão de tempo para isso chegar no nosso mercado", finalizou. 

 

 

Diego Arruda - especialista em ajudar pessoas a empreender e a descobrir oportunidades de negócios. Através de consultorias e treinamentos, ajuda a revelar nichos de mercado para parceiros e clientes. Com a chegada da pandemia, conseguiu o registro de teste rápido para a Covid19, o que gerou uma grande colaboração para a sociedade e um forte faturamento indo na contramão da crise. A meta agora para os próximos anos é continuar empreendendo e expandindo os negócios buscando novas oportunidades.


IA no desembaraço aduaneiro: a agilidade que o comércio exterior necessita

Quem trabalha com comércio exterior sabe como é rigoroso o processo de documentação. Uma informação errada pode gerar atraso na liberação da carga e, consequentemente, na entrega. Isso sem contar as multas e outros prejuízos financeiros, que podem variar de acordo com o tempo em que a mercadoria fica retida. Para evitar este tipo de dor de cabeça e facilitar a gestão de processos, a automação se tornou uma grande aliada na identificação de possíveis gargalos e falhas. Assim, a empresa pode atuar de maneira preventiva e, em caso de algum problema, solucioná-lo sem comprometer a operação logística.

Neste contexto de maior complexidade, que envolve a aprovação de documentos pela Receita Federal e outros órgãos anuentes na importação e exportação, a Inteligência Artificial ganha espaço. A tecnologia auxilia na captura e avaliação dos dados, além de preencher automaticamente informações que antes precisavam ser inseridas manualmente no sistema.

Com investimentos em novas soluções tecnológicas, as companhias evitam erros em função do volume de informações, ampliam a segurança e garantem conformidade nos processos em toda a cadeia. Outro ponto relevante é o ganho de agilidade nas etapas de entrada e saída de mercadorias de um país. Assim, processos que demandavam dias podem ser realizados em algumas horas e, muitas vezes, avaliados simultaneamente com a utilização de softwares robustos.
Ao combinar automação e Inteligência Artificial, as companhias acabam liberando os colaboradores de atividades maçantes e burocráticas para que se dediquem, de fato, aos negócios e aos clientes. O comércio exterior de hoje requer inovação para se tornar mais ágil, descomplicado, eficiente e competitivo.

De acordo com estudo da IDC, as receitas mundiais do mercado de IA devem crescer 16,4% em 2021, o que representa um volume de US$ 327,5 bilhões. A expectativa é que o mercado ultrapasse a marca de US$ 500 bilhões em 2024. O avanço na utilização das soluções de Inteligência Artificial, acelerado durante a pandemia, deve se manter.
Segundo a consultoria, a IA vem se tornando onipresente em todas as áreas funcionais de uma empresa, possibilitando experiências transformadoras para clientes e funcionários. O comércio exterior segue esta tendência e tende a se beneficiar cada vez mais do potencial analítico da tecnologia para gerar insights que poderão definir novas estratégias e futuros negócios. O céu (não) é o limite para a inovação!

 


Giancarlo Targa - Diretor Aduaneiro da Asia Shipping, maior integradora de cargas da América Latina

 

Como integrar novos funcionários em tempos de pandemia e home office

Uma experiência positiva de integração pode aumentar a retenção de novos contratados em 82%, de acordo com guia recente da Udemy

 

Quem nunca teve um primeiro dia de trabalho estressante? É difícil encontrar quem não tenha uma história como as seguintes para contar: saiu de casa mais cedo do que o necessário para estar no escritório no horário e ainda assim se atrasou porque não conhecia bem o trajeto, pegou chuva no caminho e chegou no trabalho com a roupa toda molhada ou precisou esperar horas para ter um computador e uma mesa para usar.

A boa notícia para os profissionais que estão trabalhando em home office durante a pandemia (e para os muitos que devem continuar assim mesmo quando ela acabar) é que situações constrangedoras como essas não vão mais acontecer tão cedo.

De acordo com o relatório “The Portrait of a Pandemic at Work” (em português, “O Retrato da Pandemia no Trabalho”), divulgado no segundo semestre de 2020 pela Udemy, o maior destino do mundo para cursos online, 48% dos profissionais americanos considerariam deixar os seus empregos se as empresas nas quais trabalham não oferecessem opções de trabalho flexíveis.

Além disso, uma experiência positiva de integração pode aumentar a retenção de novos contratados em 82% e elevar a produtividade em mais de 70% – segundo o “The Definitive Virtual Onboarding Guide for Distributed Teams” (em português, “O Guia Definitivo para Integração de Times Distanciados”), produzido pela Udemy no começo deste ano. Por isso, inclusive para os profissionais em home office, a experiência de integração é fundamental.

Mas como fazer isso bem de forma remota? O guia da Udemy diz que as empresas e os seus times de RH devem considerar três pontos ao adaptarem para o home office a integração de novos funcionários.

São eles: 1) incentivar os novos contratados a estabelecerem conexões sociais na empresa e também a tirarem períodos de tempo para se desconectar, com o objetivo de não se sentirem isolados nem esgotados; 2) ajudar os funcionários a conhecerem a cultura da empresa e 3) criar documentos claros e atribuir tarefas corretamente para que os funcionários otimizem o próprio tempo e confiem na empresa.

A instrutora de RH na Udemy e na Udemy Business Ana Cristina Moraes dá uma dica prática para integrar novos funcionários nos tempos de pandemia e home office que estamos vivendo: enviar para a casa do contratado um kit de boas-vindas (por exemplo, uma caixa de café da tarde com o logotipo da empresa) para ser consumido durante a reunião de integração, que deve incluir colegas e chefes com quem a pessoa conviverá no dia a dia.

Outras dicas da instrutora são designar um “padrinho” ou uma “madrinha” para acompanhar o novo contratado durante os seus primeiros 90 dias na empresa, enviar para o recém-chegado um material com as informações principais sobre a empresa e a área e oferecer treinamentos rápidos sobre temas com os quais ele irá se deparar no novo cargo, tanto ministrados por pares e colegas de áreas relacionadas como oferecidos por plataformas de cursos online, como a Udemy.

Por fim, Ana Cristina enfatiza a importância da empatia no trato com os funcionários (novos e antigos) nos tempos atuais. “Ela reforça a marca empregadora, diminui ruídos na comunicação interna e ajuda na manutenção da cultura organizacional”, afirma ela. “Todos nós estamos passando por momentos de incerteza atualmente e contar com o apoio da empresa em que trabalhamos é muito bom.”

 


Udemy

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Com a alta dos juros, será que é hora de partir para a renda fixa?

A taxa de juros no Brasil, que estava em queda desde 2016 e chegou a bater uma mínima histórica de 2% no ano passado, voltou a subir desde março de 2021. Em junho, a taxa Selic alcançou 4,25% e as projeções de analistas de mercado colocam a possibilidade desse índice subir ainda mais, possivelmente alcançando ao menos 6,5% ainda neste ano.

Alterações macro sempre influenciam as decisões de investimentos de grandes e pequenos investidores, justamente porque mudam diretamente a rentabilidade dos ativos para a renda fixa. Com alta de juros, há um aumento dos investimentos remunerados ao CDI, mas não apenas. O rendimento da poupança também acaba melhorando nesse cenário. 

Mas será que é tão simples assim? Subiu juro, hora de partir para a renda fixa?


Hora de fazer cálculos

Como tudo no mercado financeiro, não existe resposta mágica ou simples na hora de montar uma carteira de investimentos. Mesmo com os juros subindo, a taxa Selic ainda está longe do patamar duplo dígito que não vemos no Brasil desde 2017. 

Além disso, a previsão para a inflação é alta pelo menos até o fim do ano. Em relatório, a XP Investimentos disse esperar IPCA de 6,2% em 2021. A alta da inflação vem por conta de pressões de custos sobre bens industriais e também por conta da crise hídrica no país, com anúncio do aumento da bandeira tarifária feito pela Aneel, que vai ter impacto no custo da energia elétrica.

Assim, é preciso avaliar qual será o rendimento real da renda fixa quando a alta dos juros é comparada à alta da inflação. Esses tipos de cálculos exigem cuidado e atenção, tanto do assessor financeiro quanto do investidor pessoa física. Para além das planilhas de Excel, hoje em dia é possível encontrar uma série de ferramentas que tornam esse cálculo mais simples e personalizado. Em nossas soluções, investidores e profissionais conseguem encontrar cálculos precisos sobre a rentabilidade dos títulos de renda fixa do mercado. 


Ativos na renda fixa

Mais do que mudar a alocação, o investidor precisa ter uma carteira diversificada. Assim, ativos de renda fixa têm o seu papel em uma carteira até mesmo dos investidores mais arrojados ou agressivos.

No cenário de alta de juros, conforme é esperado para os próximos meses, a tendência é que ativos pós-fixados, ou seja, aqueles atrelados à variação de um dia das taxas de juro básicas, tendem a se beneficiar. Ao mesmo tempo, uma carteira diversificada também se beneficia da existência de ativos que serão corrigidos por um índice inflacionário, por exemplo o IPCA.

Por conta da perspectiva de aumento da inflação, manter uma parte da carteira dedicada a ativos que sejam corrigidos pela inflação deve proteger o investidor dos efeitos da alta nos preços do consumidor nos próximos meses e os títulos de Renda Fixa com remuneração indexada ao IPCA (conhecidos como IPCA+) acabam se tornando também boas alternativas.

Já ativos pré-fixados, que não estão atrelados a nenhum indexador, acabam sendo mais atraentes quando há uma expectativa de baixa de juros. Apesar de não ser o caso, eles podem ser interessantes para investidores que buscam maior previsibilidade e, inclusive, podem ter rentabilidade maior do que pós-fixados, a depender dos juros e do prazo de vencimento. 

Desse modo, vale a pena para o investidor conferir as possibilidades, avaliar as perspectivas de juros e inflação para os próximos anos e fazer seus investimentos tendo em mente uma carteira diversificada, mas coerente com o perfil de cada investidor.

 


Ana Carolina Zogno - CCSO (Chief Customer Success Officer) da Smartbrain.



Com a pandemia, expectativas de ganhos com Jogos Olímpicos são frustradas no Japão

 País investiu 11 bilhões de euros na organização do evento, mas não terá retorno no curto prazo, diz professor da ESPM

 

Tóquio abriu hoje as Olimpíadas pela segunda vez em sua história. Diferentemente de 1964, quando o Japão sediou as competições com crescimento acelerado na economia, agora o país  enfrenta um cenário de estagnação há três décadas. Os Jogos, cuja organização consumiu investimentos de 11 bilhões de euros, eram a esperança para um impulso para a economia japonesa. “Havia uma alta expectativa de que a economia fosse crescer com o aumento do turismo e com uma renovação na imagem do país. Com o adiamento das Olímpiadas no ano passado e o avanço da covid-19, essas expectativas foram frustradas. Os altos investimentos ficarão sem retorno no curto prazo. A esperança é que as melhorias implementadas beneficiem o turismo após o fim da pandemia”, diz Alexandre Uehara, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos da ESPM. 

Para Uehara, essa frustração com o adiamento das Olimpíadas se tornou ainda mais negativa com a condução da política de saúde pública pelo governo local. “O governo japonês não se comunicou bem com a população durante a pandemia. O Japão é o país com maior proporção de idosos no mundo: são 30% da população. Essa parcela vulnerável não foi tratada como prioridade no discurso, que destacava mais a importância das Olimpíadas do que a contenção da pandemia para os grupos mais frágeis. A vacinação teve um cronograma mais lento do que o esperado e isso não foi bem visto”, diz.

Com esse cenário, cresceu a oposição de parte importante dos japoneses aos Jogos, o que provocou a redução de exposição de patrocinadores locais como a Toyota e a Panasonic. “Agora, a torcida dos organizadores é que não haja um surto de covid durante as Olimpíadas. Isso traria prejuízos ainda maiores para a organização e para o governo japonês”, afirma.


Brasil ultrapassa marca de 130 milhões de vacinas Covid-19 aplicadas

Campanha de vacinação avança rapidamente, mais de 58% do público-alvo já tomou a primeira dose

 

O Brasil atingiu a marca de mais de 130 milhões de doses de vacinas Covid-19 aplicadas nesta sexta-feira (23). São mais de 93 milhões de pessoas que já receberam a primeira dose do imunizante. Isso significa que 58% da população-alvo, de mais de 160 milhões de brasileiros maiores de 18 anos, já completou esta etapa da vacinação.

O ritmo acelerado da campanha reflete na situação epidemiológica da pandemia no país: só na última semana, de acordo com o último boletim epidemiológico, o Brasil registrou redução de 14% nas mortes em relação à semana anterior. A média móvel de óbitos registrada na terça-feira (22) - 1,2 mil - é a menor dos últimos quatro meses.

Mais de 600 milhões de doses estão contratadas pelo Ministério da Saúde até o fim de 2021, após acordos com diferentes laboratórios. Somente em agosto, está prevista a chegada de mais de 63 milhões de doses.

Até o momento, mais de 164 milhões de doses foram distribuídas a todos os estados e o Distrito Federal. A imunização no Brasil pode ser acompanhada pela plataforma LocalizaSUS.

 

 Nathan Victor

Ministério da Saúde


Embora legal, a demissão pelo whatsapp é recomendável?

 

Essa prática pode não ser a ideal. Entenda:


O século XXI trouxe muitas mudanças tecnológicas. Celulares, computadores em geral, internet… todas essas facilidades mudaram o nosso meio social. Com a pandemia do coronavírus, então, essas transformações se intensificaram ainda mais, de modo que, com o isolamento social, todas as áreas sofreram algum impacto, bem como o mercado de trabalho.

Visto que milhares de pessoas pelo mundo todo estão empregadas na modalidade remota, as relações entre funcionário e chefe foram bastante afetadas. “A tecnologia já ocupava um lugar bastante grande no mercado de trabalho; mas, com a pandemia, isso ficou ainda mais forte, a ponto de chegar nos momentos de demissão”, afirma a gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano.

Atualmente, foi divulgado pelas mídias em geral, a notícia de que agora, a partir de meados de 2021, as demissões feitas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp, serão aceitas legalmente. Isso porque, com a difusão desse meio de comunicação e os trabalhadores em formato remoto, as empresas passaram a utilizar mais essa ferramenta e, assim, os relacionamentos e questões firmadas por lá também são utilizadas em processos e outros cenários jurídicos.

O desligamento pode ser feito pelo Whatsapp?

Apesar de legal, entretanto, essa prática pode não ser muito indicada, “O processo de desligamento da empresa é sempre muito delicado”, afirma a profissional. Por isso, é importante levar em conta, além dos negócios, a humanidade de cada funcionário.

“Demitir pelo Whatsapp, embora legal, pode não ser recomendável. Afinal, é dispensado, nesse modo, uma conversa franca e sincera que deve ocorrer nesses casos”, explica Madalena. 


Qual a diferença com o modelo tradicional?

Ao passo que no modelo presencial haveria uma conversa reservada e explicativa sobre o motivo da decisão de desligamento da empresa, pelo Whatsapp são desconsiderados qualquer desejo e vontade do empregado. “Isso promove a ideia de desvalorização do funcionário”, alerta. 


Na pandemia

Isolados e ainda preocupados com os avanços do coronavírus, a saúde de todos deve estar em primeiro lugar. Por isso, ao invés de uma conversa presencial ou ainda pelo Whatsapp, “é recomendável uma demissão por videoconferência”, soluciona, Madalena. Uma reunião online, embora menos pessoal do que uma presencial, pode ser bastante resolutiva para ambas as partes. 

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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O segredo das melhores aposentadorias


Os benefícios em geral ganharam novas regras de cálculo com a reforma da previdência. Isso quase todo mundo já sabe. O que geralmente as pessoas ignoram é que a aposentadoria pelas novas regras pode ser mais alta do que as concedidas com as regras anteriores a 13 de novembro de 2019.

 

A reforma da previdência trouxe a possibilidade de descartar os menores salários de contribuição da base de cálculo da aposentadoria. É aí que pode estar o segredo das melhores aposentadorias.

 

Para entender se a regra se aplica ao seu caso e favorece sua aposentadoria é preciso saber o que o descarte de salários representa na vida previdenciária e fazer contas com quem entende desse assunto.

 

A possibilidade consta da Emenda Constitucional 103/2019: “Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido.” (art. 26, §6º)

 

Regra de descarte não é a regra de exclusão dos 20% menores salários

 

Há quem confunda a regra de descarte criada pela reforma com a regra que existia antes, de exclusão dos 20% menores salários de contribuição. Elas são muito diferentes.

 

Na regra de descarte é permitida a exclusão de salários de contribuição que abaixam a média do segurado, mas não é uma exclusão automática. O segurado deve fazer cálculos para achar o melhor resultado porque a retirada dos salários mais baixos irá excluir também o tempo de contribuição correspondente.

 

Então, se você pensa em usar a regra de descarte, a primeira coisa a saber é se possui mais tempo de contribuição que o mínimo necessário para a regra de aposentadoria que vai acessar.

 

Funciona assim: se na regra de aposentadoria que você pretende pedir são exigidos 35 anos de contribuição e você possui 36 anos de contribuição, é possível excluir 12 meses de contribuição cujos salários tenham sido mais baixos. Dessa maneira, a sua média de contribuição será feita com os salários dos 35 anos restantes.

 

O descarte deve ser feito mediante cálculos muito precisos pois ao mexer no tempo de contribuição o coeficiente que aumenta o valor da aposentadoria a cada ano excedente também diminui. 

 

Parece difícil? Os exemplos são bons para esclarecer.

 

Pense em uma mulher, com 62 anos de idade, 29 anos de contribuição, pretendendo pedir sua aposentadoria pelas novas regras.

 

O cálculo dessa aposentadoria será feito em duas fases. Na primeira, encontra-se a média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Essa média é o chamado salário de benefício. Considerando que esta mulher tem 14 anos de contribuição a mais que o tempo mínimo de 15 anos necessários para sua aposentadoria, para cada ano de contribuição excedente ela acrescenta 2% aos 60% obtidos no tempo mínimo. Então, o coeficiente dessa mulher será de 88% e é esse percentual que receberá do salário de benefício. 

 

Veja, se por um lado ela pode excluir o correspondente a 14 anos de contribuição para aumentar o valor de sua média, por outro, ao excluir os salários menores, ela diminui também o coeficiente de 2% acrescentado a cada ano excedente.

 

Deu pra perceber que o descarte precisa ser feito a partir de diferentes simulações para se chegar ao melhor valor final? É possível, por exemplo, que se aumente a média, de maneira que mesmo com um coeficiente menor, se alcance uma aposentadoria maior.


A regra de exclusão dos 20% menores salários

 

Eu iniciei esse artigo lembrando que é comum a confusão entre a regra do descarte e a de exclusão dos 20% dos menores salários. Esclarecida a regra do descarte, vou explicar como funciona essa última.

 

Na legislação anterior o cálculo do salário de benefício era feito com a média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994 até a data do pedido de aposentadoria. Excluía-se os 20% menores salários de contribuição para encontrar a média. Os períodos de contribuição não eram descartados junto com os salários de contribuição. A exclusão era feita somente para fins de cálculo do valor da aposentadoria, mas não para cálculo de tempo de contribuição.

 

Vale lembrar que todos que tenham cumprido os requisitos para se aposentar até dia 12 de novembro de 2019 têm direito adquirido, e nesse caso importa avaliar qual regra traz melhor benefício.

 

O Milagre da Contribuição Única

 

Foi por conta da regra de descarte prevista na EC 103/2019 que surgiu o Milagre da Contribuição Única, como forma de melhorar em quase quatro vezes a aposentadoria de muita gente que receberia um salário mínimo. É possível alcançar esse resultado com uma única contribuição feita sobre o valor do teto da previdência.

 

Nas regras de transição de aposentadoria por idade, mulheres se aposentam em 2021 com 61 anos de idade, 15 anos de contribuição e 180 meses de carência. Já os homens se aposentam com 65 anos de idade, 15 anos de contribuição e 180 meses de carência (e 20 anos de contribuição, caso filiados ao INSS a partir de 13 de novembro de 2019).

 

Para o cálculo de aposentadoria somente os salários de contribuição referentes a julho de 1994 até o dia do pedido de aposentadoria são considerados, mas as contribuições anteriores a essa data contam para atender o tempo de contribuição necessário.

 

Dessa maneira, imagine uma mulher que tendo nascido em 1960, hoje tenha 61 anos, e tenha trabalhado e contribuído com o INSS de junho de 1978 a junho de 1994, e depois desta data, casou-se, teve filhos e ficou um longo período sem qualquer contribuição ao INSS. Em 2019 e 2020 ela resolveu voltar a fazer contribuições, mas como não tinha nenhuma renda, fez contribuições como segurada facultativa sobre um salário mínimo.

 

Considerando que ela cumpriu a carência mínima, tem 18 anos de contribuição, e já possui a idade necessária para se aposentar, o valor da sua aposentadoria pode ser de um salário mínimo ou R$ 3.860,00.

 

O cálculo de sua aposentadoria será feito com base nas contribuições referentes aos anos de 2019 e de 2020 (24 meses de contribuição). Aquelas contribuições feitas antes de julho de 1994 não são incluídas no cálculo do valor da aposentadoria, isso você já sabe. Caso a nossa segurada vá ao INSS e peça a sua aposentadoria, o INSS concederá a ela uma aposentadoria no valor de um salário mínimo.

 

Se antes de pedir sua aposentadoria essa mesma segurada fizer uma única contribuição ao INSS de R$ 1.286,71 como facultativa pelo teto, hoje R$ 6.433,56, terá uma aposentadoria correspondente a 60% do valor do teto, que é R$ 3.860,00.

 

Caso não fosse possível o descarte das contribuições, mesmo com a contribuição sobre o teto, o valor da aposentadoria seria de um salário mínimo. É que a média entre 24 contribuições de um salário mínimo e uma contribuição sobre o teto seria R$ 1.313,35, e, sobre a média seria aplicado o coeficiente de 66% (18 anos de contribuição) resultando em valor inferior ao salário mínimo. Como nenhuma aposentadoria pode ser inferior ao salário mínimo, ela receberia o salário mínimo.

 

É fácil perceber o quanto pode ser benéfica a regra de descarte da nova legislação com o exemplo do “milagre da contribuição única”. Mas é preciso ficar atento, pois o governo federal prometeu editar medida provisória para impedir a utilização da regra de descarte dessa maneira. Fora isso, não é recomendável tentar usar a regra de descarte sem cálculos precisos, feitos por especialistas em Direito Previdenciário.

 


 

Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário

 

Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista. Palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno Advocacia.

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