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quarta-feira, 31 de março de 2021

Dia da Nutrição: 5 dicas para manter uma alimentação mais saudável

 Nutricionista cadastrada no GetNinjas explica de maneira simples e prática, como melhorar a alimentação em casa


O dia 31 de março é o Dia Nacional da Saúde e da Nutrição e tem como objetivo incentivar a conscientização de hábitos alimentares. A pandemia fez com que muitos repensassem as refeições já que a alimentação interfere na maneira como o corpo reage a possíveis infecções. Sendo assim, comer de maneira saudável é um fator de extrema importância, mas também um desafio cotidiano. Pensando nisso, a nutricionista Bárbara Ramires, que atende pelo GetNinjas, plataforma de contratação de serviços, selecionou dicas que podem auxiliar nessa consciência.
Confira abaixo quais são elas:



Prefira alimentos orgânicos


Evite o consumo em fast foods, comidas congeladas ou alimentos pré-prontos. "Essas comidas são altamente calóricas e gordurosas e não contém nenhum nutriente, nem vitaminas e tampouco minerais", explica Bárbara. "É importante sempre optar por alimentos orgânicos ou frescos e conhecer as feiras da sua região, o que além de econômico é mais saudável".



Consumo consciente


Tudo que é demais não faz bem à saúde. "Exercite a redução no consumo de sal, açúcar e alimentos processados e embutidos". A profissional indica também a "Segunda sem carne".



Opte pela gordura do bem


Nem toda gordura é ruim. Produtos como azeite de oliva, óleo de coco e gordura de porco, por exemplo, são opções de "gordura do bem": "São ótimas para manter um bom funcionamento dos hormônios e das vitaminas lipossolúveis que são solúveis em gorduras", agrega.



Troque as dietas por reeducação


Não faça dietas sem acompanhamento médico ou nutricional. "Não existe dieta milagrosa, mas um cronograma alimentar que melhor atenda à realidade do seu organismo e o que se busca com essa reeducação", orienta a nutricionista. Para não prejudicar a saúde, procure sempre a ajuda de um profissional.



Fruta não é bom, é ótimo!


Inclua frutas, legumes, verduras, sementes e grãos na sua alimentação diária. "Além destes alimentos serem bem mais em conta do que comida industrializada ou de fast food, eles agregam os nutrientes necessários para ajudar a manter uma alimentação mais saudável e equilibrada", finaliza.

7 dicas para comer chocolate sem culpa nessa Páscoa

Fazer escolhas alimentares conscientes é o segredo para desfrutar dos ovos e bombons sem engordar

 

Uma das épocas mais gostosas do ano está chegando e, com ela, o medo de não resistir às tentações e colocar a dieta a perder. É comum que após um feriado regado a comida boa e chocolates, o botão da calça comece a apertar - e não é pra menos, já que o consumo excessivo de açúcares e carboidratos está diretamente ligado ao ganho de gordura na região abdominal. "As mulheres, principalmente, devem ficar atentas, pois sua tendência em ganhar gordura nos quadris é maior, já que essa parte do corpo é mais influenciada pelos hormônios femininos" pontua o nutricionista ortomolecular Rafael Félix, consultor da Via Farma.

A boa notícia é que dá para aproveitar a Páscoa sem passar vontade de comer chocolate e sem estragar a dieta - o segredo é manter o equilíbrio e fazer escolhas inteligentes. "Não há necessidade de cortar o chocolate e nenhum outro alimento, desde que o consumo seja moderado. As grandes restrições na dieta não são saudáveis e podem, inclusive, contribuir para episódios de compulsão alimentar, com aumento de calorias ingeridas em momentos de descontrole", alerta o nutricionista. Para ajudar nas escolhas, confira abaixo as dicas do especialista:


1. Invista no chocolate certo

Na hora de escolher os ovos e bombons, dê preferência às versões mais saudáveis, com o teor de cacau acima de 50%. Para matar a vontade de comer chocolate e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde, é possível optar por ovos e bombons funcionais, encontrados em farmácias de manipulação. Quando enriquecidos com extratos de chá roxo e amora selvagem, por exemplo, podem até auxiliar no emagrecimento. Já associados ao extrato de Apocynum venetum L, os chocolates funcionais ajudam a dormir melhor, trazendo bem-estar.


2. Coma na sobremesa

Para passar longe do pé na jaca, evite comer chocolate de estômago vazio. Saborear o doce como sobremesa evita que o consumo seja excessivo, já que a saciedade será alcançada com porções menores. Investir no consumo de vegetais na hora das refeições também é uma boa ideia, já que são alimentos ricos em fibras, um nutriente que além de diminuir a absorção de gordura no organismo, ainda reduz a fome.


3. Atenção às versões diet

Para não trazer grades prejuízos à dieta de emagrecimento, muitas pessoas acabam optando pelo chocolate diet. Mas é necessário ter atenção, já que boa parte desses produtos é direcionada a pessoas com restrição no consumo de açúcar. Para a perda de peso, esse tipo de alimento não é vantajoso, já que o açúcar é substituído por gordura na lista de ingredientes, elevando o valor calórico.


4. Fique de olho nas porções

Escolher as porções com inteligência é o melhor caminho para comer aquilo que mais gosta sem boicotar a dieta. Um ovo de chocolate grande, por exemplo, pode passar de mil calorias, enquanto os pequenos contam com cerca de 70. Assim, vale ter parcimônia na hora da compra, já que os benefícios do chocolate e a sensação de bem-estar também podem ser desfrutados com quantias menores do doce.


5. Capriche na qualidade das refeições

Um erro bem comum é fazer compensações alimentares e até pular refeições para poder comer chocolate sem peso na consciência. Mas isso não deve ser feito, já que longos períodos em jejum podem atrapalhar o funcionamento do metabolismo e aumentar as chances de episódios de compulsão alimentar. Por isso, o melhor a se fazer é manter todas as refeições do dia, prezando sempre pela qualidade.


6. Não pule o treino

Pode ser difícil manter a rotina de treinos no fim de semana e datas comemorativas. Mas, para evitar que as calorias a mais se transformem em gordurinhas mais tarde, é importante separar uma hora do dia para colocar o corpo em movimento. Mesmo que não seja possível fazer a rotina habitual de treinos, uma atividade física mínima já faz toda a diferença. O que não pode é comer demais e não queimar as calorias.


7. Valorize seu sono

Uma única noite mal dormida já é capaz de afetar todo o metabolismo, prejudicando a digestão e aumentando o apetite por alimentos ricos em açúcar e carboidratos, que, em excesso, estimulam o ganho de peso. Além disso, a restrição de sono está frequentemente ligada ao estresse e à ansiedade, que também são gatilhos para uma alimentação desequilibrada.

 

Consumidor precisa estar atento na hora de escolher pescados para a Páscoa

CRMV-SP alerta para os cuidados na aquisição, armazenamento e preparo desse tipo de alimento


Na época da Páscoa, o consumo de pescado aumenta e alguns cuidados são necessários para garantir a qualidade do alimento e preservar a saúde dos consumidores. Além de avaliar o aspecto do produto e as condições de armazenamento e comercialização, é importante verificar a procedência de peixes, crustáceos e moluscos.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), todos os alimentos de origem animal devem passar por inspeção sanitária de médicos-veterinários, para a detecção de riscos à saúde pública.

Segundo o médico-veterinário e zootecnista Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos do CRMV-SP, uma questão importante é a conservação do produto, pois a carne do pescado, pela sua constituição, é mais delicada que as demais.

A falta de refrigeração facilita a multiplicação de bactérias, que podem causar intoxicação. “No caso do produto fresco, a temperatura deverá estar próxima de zero graus Celsius (0°C) e o pescado deve estar em contato com gelo. Já os produtos congelados devem estar a dezoito graus Celsius negativos (-18°C), para que a durabilidade seja a maior possível mantendo as suas propriedades nutricionais”, explica Calil.

Por ser um alimento perecível, o pescado deve ser adquirido por último na compra realizada pelo consumidor e transportado o mais rapidamente possível para ser armazenado sob refrigeração ou congelamento até o momento do preparo.


Riscos à saúde

Além do risco de intoxicação, de acordo com a médica-veterinária Elma Pereira dos Santos Polegato, presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do CRMV-SP, o pescado também é responsável por parasitoses em humanos.

“As doenças causadas por parasitos são muito comuns atualmente pelos atuais hábitos no consumo do pescado cru e também pelo fato de alguns peixes conseguirem viver em águas já poluídas”, revela.

Também é necessário um cuidado especial ao adquirir algumas espécies de pescado, como o baiacu e a arabaiana, que armazenam biotoxinas produzidas por algas. “Essas toxinas são transmitidas às pessoas, podendo causar transtornos graves e até levar a óbito, como ocorreu recentemente em Recife”, comenta Elma, referindo-se ao caso da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, que levou a morte uma mulher que ingeriu um peixe da espécie arabaiana comprado diretamente de um pescador.


Produtos inspecionados são mais seguros

Para diminuir os riscos, o ideal é optar por fornecedores que conheçam os locais próprios para a pesca, e que respeitem a legislação pesqueira e sanitária. “No caso de peixes, crustáceos e moluscos de cativeiro, o recomendado é adquirir somente de empresas registradas no serviço de inspeção, seja ele federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM)”, complementa Elma.

Numa inspeção sanitária são verificadas as condições de procedência, armazenamento e exposição dos diferentes alimentos de origem animal. “Sem dúvida, o alimento identificado com rótulo, data de validade e constando a inspeção pelo qual foi submetido, é muito mais seguro”, afirma Ricardo Calil.

Se todas as etapas do processo forem monitoradas e seguirem os parâmetros legais, é possível a obtenção de um pescado com excelente qualidade. “Tanto o pescado de aquicultura, quanto o pescado de pesca extrativa que seguirem os programas de controle, resultarão em um produto de qualidade”, garante Calil.


Como escolher o pescado

Segundo Ricardo, para quem aprecia o pescado fresco, algumas características visuais são importantes e fáceis de se verificar, como se as escamas estão bem aderidas ao corpo, se os olhos estão salientes e com o líquido interno transparente, se as nadadeiras estão firmes ao corpo e se, ao pressionar a carne, a marca da impressão não permanece.

“Quando eviscerado, a cavidade do pescado deve apresentar cor natural e odor próprio da espécie, mas se ainda estiver com as vísceras, elas têm que estar íntegras e sem extravasamento de conteúdo, evitando contaminações”, acrescenta o médico-veterinário.

Ainda quanto às características, Elma diz que é importante observar nos peixes se a musculatura está resistente, o ventre cilíndrico e as aberturas naturais bem vedadas. “O cheiro é peculiar e não pode ser amoniacal, pois denota sua deterioração”, alerta.


Bacalhau, o peixe mais famoso nesta época

Outra forma de consumir o pescado é o produto salgado, como o bacalhau. De acordo com Elma, o bacalhau deve ser dessalgado a uma temperatura menor que 5°C, portanto sob refrigeração.

Calil explica que o bacalhau verdadeiro é o Gadus morhua (Cod), também denominado de Porto, nas áreas de venda. Outra espécie, o Gadus macrocephalus, tem semelhança com o verdadeiro, porém não se desfaz em lascas e tem uma carne fibrosa, por isso, deve ter um preço mais acessível.

“As demais espécies comercializadas, como Ling, Zarbo ou Saithe, não são consideradas bacalhau, mas um peixe salgado seco. O consumidor deve ficar atento para não ser enganado”, alerta o médico-veterinário.


Como identificar problemas no bacalhau

Alguns sinais de anormalidade podem ser encontrados no bacalhau, como manchas vermelhas intensas, característica que sinaliza a presença de bactérias no sal. Apesar de não causar problemas à saúde humana, o vermelhão deixa a superfície do produto limosa, com odor acentuado e desagradável.

“Outro problema é o emboloramento, com aparecimento de pontos pretos que vão se espalhando na superfície do produto, causando um aspecto ruim, embora não seja um problema de saúde pública”, diz Calil.


Cuidados quanto ao preparo

O pescado pode ser consumido cozido, assado ou cru. Neste último caso, os cuidados devem ser redobrados, pois não haverá o tratamento térmico que colabore para manter a inocuidade do alimento.

“Deve-se evitar manipular o pescado com outros alimentos ao mesmo tempo, para não ter contaminação cruzada. Além disso, as sobras devem ser guardadas imediatamente em refrigeração após a refeição. O reaquecimento deve ser acima de 70°C”, indica Elma.

Vale ressaltar, em tempos de Covid-19, principalmente se a ingestão for de pescado cru, a importância da higienização das mãos com água e sabão antes e após a manipulação do peixe.

“São medidas preventivas abrangentes também a outros microrganismos patogênicos que possam estar presentes”, reforça a médica-veterinária.

 



Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 43 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


O estranho cacto que vale por um bifinho

Cada vez mais popular e disponível, o ora-pro-nobis é uma planta caseira cuja característica surpreende de várias maneiras. Trata-se de um cacto com folhas, o único de todos os cactos a produzir folhas verdadeiras. 

 

É uma trepadeira cactácea folhosa, com folhas e frutos que servem de alimento. Na cozinha mineira, é usada como tempero para frango. As folhas também podem ser consumidas cruas em chás, saladas e sucos ou moída como farinha para ser usada no preparo de massas e pães. Os agricultores de Minas Gerais chamam de lobrobó ou orabrobó.

 

Com objetivo de melhorar a percepção da população em relação às funções e os benefícios da adubação, temos no Brasil, desde 2016, a iniciativa Nutrientes Para a Vida (NPV). Possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life.

O ora-pro-nobis, por exemplo, alcança o pleno desenvolvimento com maior disponibilidade de nutrientes. Assim, é recomendada a adubação a cada dois meses, principalmente com nitrogênio e enxofre, dois elementos fundamentais na produção de proteína.

 

Outra característica incomum: ele começa a crescer na vertical, mas com o tempo, ou seja, alguns anos, sobe ou rasteja dependendo do apoio oferecido. Pode então atingir o comprimento considerável de 10 m.

 

Obviamente, em casa, limitamos suas ambições podando-o regularmente, mas se o deixarmos um pouco livre, torna-se uma magnífica planta.

 

A origem do ora-pro-nobis permanece obscura. Tudo indica que se trata de variedade que cresce da Flórida, Estados Unidos, ao sul do Brasil, passando pelas Índias Ocidentais. Além de proteína, é rico em magnésio, fósforo, cálcio, manganês, ferro e vitaminas A, B e C.

 

Em inglês, leva o nome de groselha de Barbardos. Aqui é conhecido como "carne de pobre", alusão ao fruto da planta, um pequeno fruto comestível, muito rico em proteínas. Mas o termo mais estranho é sem dúvida o "ora-pro-nobis", “rogai por nós” em latim - alusão ao caráter invasivo da planta e às dificuldades de erradicá-la por causa das picadas de seus espinhos.


As flores e os frutos da ora-pro-nobis também são comestíveis, mas sempre tome cuidado ao manejar em virtude dos espinhos. As flores e frutos iniciam após o segundo ano após o plantio. Os frutos acontecem no período de junho a julho.

Acrescentar a ora-pro-nobis em sua salada pode representar uma parte importante da proteína necessária em sua dieta. Outras opções podem ser realizadas com a ora-pro-nobis, vai depender de sua criatividade na culinária. Coloque essa preciosidade da natureza em sua alimentação, seu corpo vai agradecer!




 

 

Valter Casarin - engenheiro agrônomo, coordenador científico da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV)

 

A alimentação e os impactos na vida da mulher durante os períodos de TPM e da menopausa

Em tempos como esse que vivemos hoje, o cuidado com a saúde se tornou muito mais evidente. Muito além do corpo, músculos e tudo aquilo que remete à estética, a saúde interior ganhou mais importância, se não mais, do que a beleza. O famoso ditado ‘de dentro para fora’ faz muito mais sentido, quando relacionamos a alimentação e seus efeitos benéficos para o corpo, da saúde da pele até o equilíbrio hormonal.


Assim, o consumo de alimentos funcionais, como soja e derivados, peixes, frutas, entre outros encontrados na natureza, são fortes aliados para manter a saúde em dia e prevenir doenças.

Cólicas, inchaços, dores de cabeça e ‘calorões’ são alguns dos sintomas associados aos períodos mais característicos da vida de 49,7% da população em todo o mundo¹, mais especificamente em mulheres. Esses sintomas são conhecidos como o ciclo menstrual e a menopausa durante grande parte da vida de uma mulher. Ambos são variações hormonais, caracterizados pela progesterona e estrógeno, relacionados também a demais fatores como nutrição, estresse, entre outros. Dentre esses fatores, a alimentação adequada ajuda, e muito, no controle e até mesmo na diminuição das manifestações fisiológicas vinculadas a este fenômeno.

Alguns tabus que repercutem pela internet, como o leite de inhame e o chá de amora, já são conhecidos pelo público feminino de forma ampla na tentativa de diminuir tais sintomas. Porém, dentro da nutrição funcional, encontramos alimentos que chamamos de suplementos alimentares onde seus benefícios, comprovados cientificamente, demonstraram mudanças significativas nos sintomas associados à tensão pré-menstrual e à menopausa. Destacam-se entre os suplementos alimentares o óleo de prímula e óleo de borragem.

O óleo de prímula, utilizado há muitos anos por tribos, por meio da infusão em chás e receitas, traz diversos benefícios, entre eles a melhora na saúde capilar, efeito sedativo nos casos de tosse, além de auxiliar o sistema cardiovascular, atuando como estímulo na circulação do sangue. Porém, recentes estudos apontam que o óleo de prímula tem sido eficaz também na diminuição de sintomas como cólicas, inchaços localizados e mudança de humores associados à tensão pré-menstrual em mulheres.² Lembrando que o ciclo menstrual ocorre normalmente de vinte a quarenta e cinco dias, atuando sempre como um preparo para gestação e, por isso, as mudanças hormonais são drásticas para que em caso de gravidez, o corpo esteja adaptado para as diversas mudanças.³

Fisiologicamente, óleo de prímula e óleo de borragem possuem um componente chamado ácido gama linolênico, que age como um regulador importante nas atividades celulares vinculadas ao ciclo menstrual e seus estímulos, através dos hormônios sexuais femininos (progesterona, estrógeno e prolactina). Isso significa que este suplemento alimentar tem o poder de diminuir as manifestações estimuladas pelo desequilíbrio hormonal, reduzindo assim a liberação de estímulos associados aos sintomas e sinais. Neste caso, mulheres que sofrem com dores intensas, mudanças de humores e inchaços no corpo de forma generalizada, encontram um alívio com o consumo deste suplemento alimentar.⁴

Claro que não podemos esquecer as mulheres que, em certo momento da vida, passam pela menopausa ou término permanente do ciclo menstrual que ocorre durante o climatério, onde os sintomas mais populares são a sensação de calor e suor excessivos em conjunto com outras manifestações sexuais.⁵

O óleo de prímula demonstrou resultados positivos, atuando como um importante regulador, no alívio de períodos de intenso calor e sudorese noturna, causados também pelo desequilíbrio hormonal. Um fato curioso deste tão importante suplemento alimentar é que o mesmo auxilia na absorção de cálcio.⁶ A importância desta função à saúde da mulher se comprova na reposição óssea. Progesterona e estrógeno estão amplamente relacionados à absorção efetiva do mineral cálcio, muito conhecido por ser um dos minerais mais importantes para saúde óssea. Devido ao desequilíbrio e redução dos hormônios sexuais femininos neste período, a absorção deste mineral se torna comprometida, muitas vezes resultando na osteoporose em mulheres. Por isso, o consumo dos óleos de prímula e borragem como prevenção se torna importante, uma vez que esta reposição óssea, após o período de menopausa, é muito baixa, comparada ao período de ciclo menstrual.⁷


 

Daphne Tuthill Muniz Assi - formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo, é Supervisora Comercial do Armazém Fit Store.





Referências:
¹ Gender Ratio across the world
² Vitex Agnus-castus l., Oenothera biennis l., Curcuma longa l., como tratamento alternativo na síndrome da tensão pré-menstrual (tpm)
³ A percepção de mulheres sobre a menstruação: uma questão de solidariedade
⁴ Tensão pré-menstrual: mecanismos fisiológicos deflagradores da compulsão e preferências alimentares
⁵ Repercussões da Menopausa para a Sexualidade de Idosas: Revisão Integrativa da Literatura
⁶ HORROBIN K. Calcium metabolism, osteoporosis and essential fatty acids: a review. Progress in Lipid Research, v.36, p.131-151, 1997.
⁷ Menopausa: conceito e tratamentos alopático, fitoterápico e homeopático.

No Dia da Saúde e Nutrição, nutricionista explica a importância de uma dieta equilibrada para pessoas recuperadas do Covid-19

Professora da Unyleya conta como restabelecer o equilíbrio imunológico e suprir as carências nutricionais do organismo após recuperação


Pacientes em recuperação da Covid-19 precisam aumentar o consumo de energia e proteínas nos casos de carências nutricionais durante o processo de internação. Aqueles que apresentaram sintomas leves da doença também precisam de cuidados alimentares para restabelecer as condições de equilíbrio imunológico.

Em comemoração ao Dia da Saúde e Nutrição – 31 de março, Silmária Soeiro, nutricionista e professora de Pós-graduação da Unyleya, explica quais são os nutrientes e proteínas necessários para o restabelecimento do sistema de defesa, onde encontrá-los e qual a importância da dieta para pacientes recuperados da doença.

“A dieta equilibrada pós-infecção pela Covid-19 é importante até porque a grande maioria dos pacientes referem persistência dos sintomas de fadiga e de cansaço após a recuperação. Todos os grupos de alimentos são importantes e devem fazer parte da alimentação no pós-alta”, declara a nutricionista. Ela resume quais são os nutrientes energéticos e as fontes de reserva de tecido ativo (proteína) para restabelecimento do sistema imunológico.

  • Carboidratos: São os nutrientes que proporcionam energia e disposição. Podem ser encontrados no arroz, aveia, trigo e seus derivados (pães e massas), raízes e tubérculos (aipim, batatas e inhame)
  • Gorduras: Assim como os carboidratos, também fornecem energia. Vale ressaltar que algumas vitaminas só podem ser obtidas em alimentos que são fonte de gorduras. Azeite de oliva, abacate, óleos vegetais, gema de ovo, leite integral e derivados (queijo branco e manteiga, por exemplo) são alguns dos alimentos ricos em gorduras.
  • Proteínas: São essenciais para manter nossa massa muscular e um adequado sistema de defesa. É possível obter proteínas através das carnes em geral (de boi, frango, peixe e porco), leguminosas (feijão, ervilha e lentilha), leite e ovos.
  • Vitaminas e minerais: São substâncias fundamentais para diversas funções do corpo, inclusive a respiração. Estão presentes em frutas, verduras e legumes, principalmente se consumidos crus ou frescos.

Segundo a nutricionista, a alimentação pós-alta deve ser consumida em horários regulares para garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais para a recuperação. Estes nutrientes ajudam no fortalecimento do sistema imunológico no combate às infecções oportunistas e também na recuperação do estado nutricional, tão necessário para o restabelecimento da força e disposição. Para o bom funcionamento do sistema imunológico, é necessário a combinação de vários nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais), presentes em maior quantidade nas fontes naturais dos alimentos.

A especialista ressalta que cada paciente tem necessidades específicas para ingestão de calorias e demais nutrientes, dependendo também da idade, presença de outras doenças, necessidades apontadas por exames laboratoriais, prática de atividade física, entre outros fatores.


Vitaminas A, C, E, D e B6 são importantes aliadas

As principais vitaminas que estão envolvidas no sistema de defesa e combate às infecções são as vitaminas A, C, E, D e B6.

  • Vitamina A: Está presente no leite integral, ovos, peixes, batata doce e vegetais de cor amarelo-alaranjados, como abóbora e cenoura.
  • Vitamina C: Ela está presente de forma natural nas verduras cruas e frutas, como mexerica, caju, goiaba, acerola, laranja e limão. O ideal é consumi-la preferencialmente a partir dos alimentos. A vitamina C também auxilia na absorção de ferro oriundo de fontes vegetais.
  • Vitamina D: As principais fontes alimentares são: peixes, gema de ovo, leite integral e derivados. A exposição solar é uma maneira eficiente de fazer com que o corpo produza vitamina D.
  • Vitamina B6: Está presente em alimentos como peixes, fígado, batata e frutas, e desempenha funções no organismo como manter o metabolismo e a produção de energia adequados, proteger os neurônios e produzir neurotransmissores, substâncias importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso. A vitamina B6 ajuda a diminuir a falta de paladar e olfato nos casos pós-Covid-19.

Silmária explica ainda que, de uma forma geral, a reposição de uma alimentação saudável pode ser realizada seguindo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Nele, preconiza-se que a alimentação balanceada e saudável deva ser baseada em alimentos in natura, como arroz, feijão, ovos, carnes em geral, frutas, legumes e verduras, limitando o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados.

Para os pacientes portadores de outras morbidades prévias, é ainda mais importante um acompanhamento nutricional individualizado. Geralmente, essas pessoas apresentaram mais sintomas de fadiga e cansaço por terem passado mais tempo internados.

Outra restrição é da automedicação desses pacientes. A não recomendação inclui até mesmo os complementos vitamínicos vendidos em farmácias. Toda suplementação de minerais e vitaminas deve ser avaliada por nutricionista ou médico, especialmente para os idosos, que têm maior dificuldade de obtê-la via dieta.

Para saber quais nutrientes e vitaminas precisam ser repostos, os médicos costumam solicitar um hemograma completo, que engloba a avaliação de anemia; eletrólitos e glicose (investigação de alterações metabólicas); LDH (identificação de injúria pulmonar); Proteína C-reativa e ferritina (marcador de atividade inflamatória); AST/TGO, ALT/TGP, Bilirrubinas, Albumina (identificação de dano hepático); CK (avaliação de injúria muscular); Lipase (identificação de dano pancreático); uréia, creatinina (avaliação de dano renal) e Troponina I/T (identificação de injúria miocárdica).

Confira outras orientações da nutricionista.

De que maneira a alimentação ajuda no combate às doenças?

Existem minerais e vitaminas que estão envolvidos no sistema imunológico e que devem ser consumidos regularmente como forma de ajudar no combate às doenças, incluindo o novo coronavírus. O zinco pode ser encontrado nas carnes, peixes, frango, grãos integrais e feijões, atuando na linha de frente do combate às infecções e melhora do paladar. Já o selênio pode ser facilmente obtido com o consumo de uma unidade de Castanha do Pará por dia. Essa quantidade diária fornece 100% do selênio necessário.

Saiba quais os sintomas mais comuns do pós-Covid e orientações 

Alguns sintomas da Covid-19 ainda podem persistir após a recuperação. As queixas mais comuns são: redução do apetite, perda de peso e alterações no olfato e paladar, além de fraqueza e cansaço para mastigar os alimentos.

Para o restabelecimento do ganho de peso, é necessário consumir quantidades adequadas de calorias, assim como de proteínas, vitaminas e minerais. Mesmo que o paciente não sinta fome, ele não pode deixar de se alimentar, consumindo os alimentos em pequenas porções e em intervalos menores ao longo do dia. A apresentação do prato também é importante. Além de estimular o apetite, quanto mais colorida for a refeição, mais rica será em vitaminas e minerais.

A recuperação da massa muscular depende também da incorporação de exercícios físicos específicos na rotina do paciente. Então, o ideal, é conversar com o médico e o fisioterapeuta na alta sobre os exercícios mais adequados.

 



Silmária Costa Santos Soeiro - conselheira titular do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso-CEDI/CE, responsável técnica da ILPI Casa São Vicente de Paulo, professora de Pós-graduação da Faculdade Unyleya e Bacharel em Nutrição pela Universidade Estadual do Ceará. Também é doutoranda em Biotecnologia pela RENORBIO, Pós-graduada em Biotecnologia Aplicada à área da saúde pela Universidade Estadual do Ceará e pós-graduada em Gerontologia e Saúde do Idoso pela Faculdade Unyleya.

 

Unyleya

https://unyleya.edu.br/


Dia Mundial da Saúde e da Nutrição: atividade física e alimentação são essenciais em todas as idades

Cuidados podem e devem permanecer mesmo durante a pandemia, afirma nutricionista do CEJAM


Cuidados nutricionais e com a saúde, através de esportes, são indicados por médicos de diferentes especialidades para pacientes em todas as idades. Para incentivar a prática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data de 31 de março como o Dia Mundial da Saúde e da Nutrição.

Em meio à pandemia, além das preocupações inerentes à possibilidade de contágio por Covid-19, o isolamento também dificultou diversas práticas esportivas, fazendo com que muitas pessoas deixassem de lado os cuidados com a própria saúde.

Para Camila Dornelles, nutricionista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", os brasileiros ainda dão pouca atenção à saúde nutritiva, mas o cenário pode mudar a partir da disseminação de informações que deixem clara a ligação entre saúde e boa alimentação. Confira a seguir:


- As pessoas, de modo geral, ainda se preocupam pouco com sua nutrição? Como fomentar esse cuidado entre populações mais amplas?

Sim, as pessoas se preocupam muito pouco com a nutrição, mas percebo que, na maioria das vezes, isso está ligado à falta de informação. O paciente tem o diagnóstico de determinada doença, como diabetes ou hipertensão, por exemplo, mas não sabe como lidar com isso. Ou seja, ele acha que o medicamento é suficiente para o tratamento e não percebe que a própria doença pode ter surgido por conta de deficiências nutritivas.

Quando atendo pacientes nas Unidades Básicas de Saúde, gerenciadas pelo CEJAM, percebo isso, de modo geral. Há também uma dificuldade em adotar uma alimentação saudável. Lavar uma salada, preparar um vegetal ou fazer uma refeição dá mais trabalho do que buscar algo que já está pronto. Assim, as pessoas acabam optando por alimentos processados e ultraprocessados em seu dia a dia.

Antes da pandemia, era mais fácil incentivar os cuidados nutricionais e conseguíamos promover grupos, por exemplo, com pacientes de todas as idades. As pessoas contavam também com atividades físicas associadas a orientações nutricionais. Atualmente, no entanto, os grupos estão suspensos. Estamos promovendo atendimento individualizado e fazemos a divulgação deste trabalho através de cartazes, panfletos e ações nas comunidades, sem aglomeração, através de agentes de saúde que visitam as casas e a partir dos médicos, que encaminham os pacientes nas unidades.


– Os hábitos alimentares foram alterados durante a quarentena? De modo geral, estamos nos alimentando melhor? Por quê?

Sim, os hábitos foram alterados quase 100%. E para pior, tanto em qualidade como em quantidade. Em razão do tempo maior em casa e do aumento da ansiedade, os pacientes estão comendo mais vezes ao dia e têm grandes dificuldades no preparo dos alimentos.

O número de pacientes com obesidade aumentou muito. As crianças, principalmente, tiveram um aumento de oito a dez quilos neste período de isolamento. Antes da pandemia, os adultos que participavam dos grupos já haviam melhorado sua qualidade nutricional no dia a dia, apresentavam resultados melhores em relação ao nível de açúcar e colesterol e haviam diminuído peso. Todos passaram por alterações negativas durante a pandemia.


- O que essa piora na alimentação causou aos pacientes?

Muitos ganharam peso. Estão consumindo muito mais por ficarem isolados dentro de um mesmo ambiente, comem muitos carboidratos, muitos alimentos processados, como biscoito recheado, e ingerem mais doces e refrigerantes. O consumo de frutas, legumes e verduras destes pacientes diminuiu muito.

A qualidade alimentar caiu e, por isso, estamos incentivando esses pacientes a irem ao menos uma vez por semana em uma feira, um sacolão, seguindo todos os cuidados necessários, para adquirir alimentos naturais. Incentivo a preparar alimentos para a semana inteira, para facilitar esse cotidiano, e fomento a troca de alguns alimentos por outros, ressaltando o custo-benefício da mudança. De forma geral, os hábitos foram muito alterados e só pioraram.


– Um dos mitos sobre a boa nutrição é que ela tem um custo financeiro alto. Gostaria que falasse sobre isso. É possível ter uma boa nutrição gastando pouco?

É algo com o qual trabalho diariamente, pois atuamos na grande periferia de São Paulo. E é justamente isso que mostro aos meus pacientes no dia a dia. Não é necessário ter esse alto custo. Nós trabalhamos com o que os pacientes têm em casa, indicando, inclusive, o que eles podem trocar a partir do custo que têm com determinado alimento por outro que seja melhor. Às vezes, a pessoa pensa que irá à nutricionista e terá que comprar queijo branco, nozes, castanha... Isso não é verdade. Eles é quem irão me trazer o que têm em casa.

Atualmente, por exemplo, tenho uma paciente que é diabética e só tem condições de comprar uma proteína: o ovo. Trabalhamos, então, para melhorar a alimentação a partir do ovo, alterando a forma de preparo, os acompanhamentos. Além disso, sempre verifico o que podemos trocar. Quais alimentos podemos inserir na rotina dessa paciente para fazer um controle glicêmico adequado.

Se o paciente me fala que consome biscoito, salgadinho e suco em pó, pensamos no que ele pode adquirir com esse custo. É possível inserir mais frutas, verduras e legumes no dia a dia, por exemplo. Ter uma boa nutrição não é uma questão de disponibilidade financeira e, sim, de qualidade. Sempre oriento a irem à feira em seu período final, a compararem preços de supermercados e sacolões.

Alimentação é aquilo que você tem em casa. É arroz, feijão, alface e ovo que o paciente tem? Então, iremos trabalhar em cima disso. Se você tem condições de consumir um peixe uma vez por semana, iremos trabalhar com isso. Não falo apenas sobre os alimentos, falo também sobre como prepará-los. Prezo pela alimentação saudável, a boa nutrição e a qualidade da alimentação, mas pensando sempre no custo para o paciente. Vou alterar apenas o que é possível.


– Qual é a importância desta campanha, que reserva um dia específico para falar sobre saúde e nutrição?

Essa campanha é muito importante, pois damos o conhecimento às pessoas e mostramos como e onde elas estão errando, como podem melhorar e quais as consequências se mantiverem seus estilos de vida. Nós plantamos essa sementinha diariamente, mas reservar um dia é importante para mostrar a possibilidade de buscar mais conhecimento, melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde em geral.


– Qual é a relação entre uma alimentação saudável e uma saúde privilegiada? É possível dizer que a alimentação saudável é tão importante quanto a prática de exercícios físicos para pessoas que desejam ser mais saudáveis?

Sempre falo no atendimento, principalmente quando atendo em conjunto com a educadora física, que uma coisa é consequência da outra. Para ter uma saúde privilegiada, é preciso ter hábitos de vida saudável. E isso abrange todos os aspectos: alimentação, prática de exercícios físicos, saúde mental equilibrada e boa noite de sono. Em geral, precisamos de todos esses aspectos para estar bem.

Às vezes, o paciente chega com um diagnóstico e acha que apenas tomar o remédio é a fórmula mágica para resolver os problemas. Sempre falamos sobre a ideia de um tripé, que compreende a alimentação, a medicação e o exercício físico. Não adianta só fazer o exercício físico, ou só melhorar a alimentação, ou só tomar a medicação, porque um depende do outro. Então, se eu quero ter uma saúde privilegiada, eu tenho que buscar uma qualidade de vida, em todos os aspectos.

É preciso procurar um exercício que o paciente goste, para que ele siga fazendo de forma natural. E, na alimentação, sempre falo às pessoas que não trabalho com dieta ou regime. No consultório não existe restrição alimentar. Não estou ali para impor algo e, sim, para ser uma parceira, para melhorarmos em todos os aspectos. Vou ajudar, auxiliar e orientar, mas quem vai colocar em prática são eles.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Covid-19: alimentação saudável não evita a doença, mas ajuda na recuperação

Nutricionistas explicam que a prevenção está no distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos, mas um bom estado nutricional é importante para pacientes que apresentam complicações


Manter uma alimentação equilibrada, a base de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais sempre foi importante para a imunidade. Não seria diferente agora, em tempos de COVID-19. Ainda que a proteção efetiva contra o coronavírus não esteja no prato ou nos suplementos vitamínicos, o bom estado nutricional tem relação positiva no desfecho das complicações em pacientes que contraem a doença.

Quem ensina é o doutorando em Ciência e Tecnologia de Alimentos, mestre em Alimentação e Nutrição e especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família, Jhonathan Andrade. “A proteção contra a COVID-19 são as medidas básicas de segurança (distanciamento, uso de máscaras e higiene das mãos) e a vacina. O que podemos afirmar em relação à nutrição é seu efeito positivo no caso de complicações”, diz o nutricionista.

Professor do curso de Nutrição do UNICURITIBA, Jhonathan diz que se não há um alimento “protetor” contra o coronavírus, há aqueles que devem ser evitados por sua relação com a chamada incompetência imunológica. “Estudos mostram que os carboidratos refinados devem ser consumidos em quantidades moderadas.”

Para quem deseja ser saudável, a orientação é procurar um nutricionista e seguir uma prescrição dietética relacionada a sua individualidade metabólica, como faixa etária, prática esportiva, fatores sociais e psicológicos. “O que vale para todo mundo é diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados”, ensina o professor.


Modismos não funcionam contra a Covid-19

O nutricionista Sérgio Ricardo de Brito, que também leciona no curso de Nutrição do UNICURITIBA, faz um alerta: modismos não funcionam contra a COVID-19. Por isso, suplementos vitamínicos e shots que combinam especiarias e prometem proteção contra a doença devem ser vistos com cuidado.

“Não há estudos suficientes para a prescrição dietética destes suplementos e shots como forma de prevenir a doença. O importante é ter uma alimentação saudável, com orientações nutricionais baseadas na ciência”, esclarece o mestre em Biologia Celular e Molecular e doutor em Medicina Interna.

O que existe, segundo o especialista em Gestão da Nutrição Clínica, são pesquisas mostrando a relação positiva para a imunidade – e não exatamente para a prevenção da COVID-19 – no consumo de compostos bioativos presentes em alimentos como açafrão, frutas vermelhas, chá verde e frutas ricas em vitamina C, como laranja, acerola, caju, goiaba e limão.

“O consumo de vegetais e tubérculos também é importante, pois são ricos em nutrientes que auxiliam em uma melhor saúde geral do indivíduo. Tomar sol para ativar a vitamina D é outro fator necessário e isso pode ser feito no quintal de casa, da janela ou da sacada do apartamento, respeitando o isolamento social. Esse, sim, é um recurso de proteção e prevenção contra a doença”, comenta o professor.


Como lidar com a perda de apetite na Covid-19

A falta de apetite é um dos problemas comuns em pacientes com COVID-19. Se vier associada à perda de olfato e paladar, a hora da refeição fica ainda mais difícil. Neste caso, a dica dos nutricionistas é evitar que as refeições sejam monótonas. Uma saída é utilizar temperos naturais e caprichar na aparência dos pratos.

“Quanto mais agradável for a refeição, melhor. O cardápio deve ser variado e a sugestão é que o paciente coma com atenção plena, calma e escolha um local arejado e tranquilo, na tentativa de tornar esse momento o mais prazeroso possível”, diz o professor do UNICURITIBA, Jhonathan Andrade.

O nutricionista Sérgio Ricardo de Brito reforça que mesmo não sendo responsável por prevenir a contaminação por coronavírus, uma alimentação equilibrada é suficiente para evitar outras doenças oportunistas. “A qualidade, quantidade, harmonia e adequação dos alimentos e nutrientes têm se mostrado muito eficiente para a saúde da população.”

Para conter o aumento da obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a processos inflamatórios do organismo, a recomendação é evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, como biscoitos recheados, snacks, macarrão instantâneo, refrigerantes, sucos em pó, balas e chocolates com alto teor de gordura.


O outono chegou! Conheça os benefícios das frutas da estação

Nutricionista da Superbom, empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, preparou dicas sobre como cuidar da saúde de forma deliciosa


A chegada do outono não traz só a diminuição na temperatura climática. Essa estação, que sucede o verão e antecede o inverno, traz consigo novos ares e uma variada gama de frutas que agradam o paladar e oferecem diversos benefícios à saúde. Focada na nova estação e na alimentação desta época, Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, destacou as melhores frutas para serem consumidas no outono, podendo ser ingeridas in natura, em forma de suco ou geleia. Ela também descreve seus pontos positivos. Confira:


• Abacate: seja doce ou salgado, ele pode ser usado para saladas, patês, cremes e vitaminas. "Essa fruta é uma fonte de energia, rica em vitamina A e complexo B e possui gordura monoinsaturada, benéfica para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista. O abacate é recomendado no combate ao colesterol, além de ser bom para a melhora no sistema circulatório e prevenção do envelhecimento precoce. A nutricionista ressalta que a presença do Ômega 3 em sua composição também pode auxiliar na saúde mental.


• Caqui: alaranjado e suculento, podendo até ser confundido com tomate, o caqui possui vitaminas A, C e complexo B. "Por ser rica em minerais como cálcio, fósforo e potássio, essa fruta tem propriedades antioxidantes", conta. Ela também combate o envelhecimento precoce, doenças degenerativas e pode fortalecer o sistema imunológico e a saúde da pele e da visão.


• Coco: além da água, ainda possui uma parte que pode ser ingerida in natura, em forma de lascas ou chips. Rico em gordura que, quando consumido em quantidades equilibradas, auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares e apresenta bom teor de sais minerais e fibras. "O coco tem ação antioxidante, estimula a atividade intestinal e ajuda na saciedade, por isso é uma boa pedida para compor suas refeições.", explica.


• Goiaba: excelente ingrediente para bolos e vitaminas, ela também pode ser usada para sucos, molhos e sobremesas. A goiaba é rica em fibras, vitaminas A, B1 e C, cálcio, fósforo e ferro. Essa fruta que auxilia na redução do colesterol, não contém muito açúcar, gorduras ou calorias. "Além de combater infecções e fortificar os ossos, a goiaba regula o aparelho digestivo, controla o sistema nervoso e é ótima na cicatrização e aspecto da pele", afirma.


• Maçã: variando entre sucos, chás e tortas, esta é uma das frutas mais fáceis de serem encontradas. Composta por vitaminas A, C, E, Complexo B e minerais como ferro e fósforo, ela estimula o fígado, os rins e a produção de colágeno. A pectina é um composto muito importante, pois expele toxinas e colesterol do organismo. Cyntia também destaca que ela colabora para a higiene bucal, pois sua consistência auxilia na remoção dos restos de comida e placa bacteriana e ainda fortalece a garganta, previne rouquidão e cuida do coração.


• Maracujá: conhecido por seu efeito calmante, sua cor amarela e sabor azedo, esse alimento combina tanto com sobremesas, quanto com sucos e chás. Possuindo vitamina C, complexo B e sais minerais, proporciona resistência aos vasos sanguíneos, age contra infecções e colabora com o sistema nervoso e funcionamento do aparelho digestivo. A nutricionista acrescenta que ele é bom para evitar queda de cabelo e atua na manutenção da pele e olhos.


• Tangerina: fruta que pode ser ingerida naturalmente, como suco ou, até mesmo, geleia. A tangerina é fonte de vitamina C, auxilia na imunidade, contribuindo com a prevenção de gripes e resfriados. "Sua cor alaranjada mostra o quanto ela também é rica em vitamina A, que tem grande efeito na saúde da pele e cabelo. Também tem importante efeito diurético", observa a nutricionista. Além disso, essa fruta atua como um laxante natural.


• Uva roxa: seu consumo diário colabora para a longevidade. Em sua casca e sementes, esta fruta contém resveratrol, um potente antioxidante que retarda o envelhecimento e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Maureen ressalta que a uva roxa também tem importante ação de prevenir até mesmo doenças, como o Alzheimer.


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