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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

LGPD: O que você precisa saber para 2021

As penalidades que a Lei Geral de Proteção de Dados impõem começam a ser aplicadas em agosto de 2021; o advogado Rubens Leite explica o que os consumidores e empresas podem esperar da LGPD no próximo ano;


 

Nas últimas semanas, não são poucos os casos de vazamento de dados pessoais que têm ocorrido no Brasil. Após um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde fazer com que cerca de 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de covid-19 sofressem por quase um mês com seus dados pessoais e médicos expostos na internet, uma nova falha do Ministério da Saúde expôs os dados de cerca de 243 milhões de brasileiros, incluindo pessoas que já morreram, cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS). Casos como estes apenas reiteram a importância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

Pensando em 2021, o advogado e sócio-gestor da RGL Advogados, Rubens Leite, acredita que não há previsão de mudança textual dos termos da LGPD. “O que temos é que, a partir do dia 1 de agosto, começarão a ser aplicadas as penalidades que a lei prevê - desde advertência, até multas de 2% do faturamento, chegando até a possibilidade da autoridade nacional Regulador de Proteção de Dados (RPD) aplicar uma penalidade de suspensão do tratamento de dados. Ou seja, suspensão da operação em que a empresa utiliza determinados dados. Então, a expectativa para 2021 é como a autoridade nacional irá agir diante da possibilidade da aplicação da lei. Além disso, também temos a possibilidade dos juízes aplicarem essas penalidades dentro dos processos”, explica.

 

Sancionada em 2018 e em vigor desde setembro de 2020, as penalidades da lei entrarão em vigor apenas em agosto de 2021. “A conformidade com a LGPD traz uma competitividade muito grande para as empresas, além de trazer o conceito da própria exigência legal a necessidade de um sistema de Governança, que nada mais é que um conjunto de regras e procedimentos que visam criar um sistema de proteção para a lei. Outra expectativa para 2021 é a análise de como as pessoas físicas irão amadurecer em relação a esses direitos. Será um ano de adaptação de todas as partes, mas principalmente das empresas que correm os riscos de sofrer penalidades”, esclarece o advogado.

 

A LGPD para pessoas físicas

 

As pessoas físicas titulares dos dados devem ficar atentas às empresas que têm acesso aos seus dados e o que elas fazem com eles, já que a lei exige que isso seja explícito de forma bem clara. “Os titulares também podem indagar as empresas acerca do uso, destinação e finalidade de todos os dados que constam em poder da empresa. A pessoa física titular desses dados, seja funcionário da empresa, cliente, fornecedor, tem o direito de saber como eles serão usados e a empresa precisa ter um canal de comunicação para sanar esses questionamentos”, entende Leite.

 

É importante entender que os direitos dos consumidores são a apresentação de forma clara, expressa e inequívoca de quais são as finalidades de uso daquele dado, qual será o fluxo de dados dentro da empresa. “O consumidor tem o direito de receber a informação do que a empresa irá fazer com as informações dele. Então, este é um dos principais direitos do consumidor em relação à LGPD, que é o direito de dar ou não consentimento para uso desses dados, revogar o consentimento, atualizar as suas informações e o direito de ter acesso a esse fluxo de dados. Além disso, o consumidor que tiver algum dano decorrente de um incidente com os dados pessoais, pode recorrer aos órgãos competentes para que possa requerer a devida compensação”, complementa.

 

A LGPD para as empresas

 

Em relação às empresas, é necessário ressaltar a latente responsabilidade pelo uso dos dados. Todo o fluxo de dados dentro da empresa deve ser mapeado, ou seja, deve-se entender qual o caminho que os dados pessoais que a empresa recebe percorre dentro da empresa. “É necessário que haja essa rastreabilidade, esse mapeamento, mecanismos de controle e toda uma política de gestão de segurança dessas informações. O conjunto de proteção e regras chamamos de Compliance de Proteção de Dados, ou Governança em Privacidade como a lei se refere”, explica.

 

Em relação às empresas que não estão dentro da LGPD, o advogado acredita que a ANPD - autoridade nacional de proteção de dados - criará um mecanismo de recebimento de denúncias de violação de dados e toda e qualquer forma de desvirtuamento do uso desses dados. “De forma administrativa teremos a autoridade nacional, e outros meios que tem a competência de fazer isso, como o próprio Procon quando estivermos falando de dados de consumidor. Em casos mais drásticos, pode ser recorrido ao poder judiciário justamente para que haja uma atuação de forma a coibir a atuação das empresas de forma contrária a lei”, completa.

 

O primeiro semestre de 2021 é o momento para que as empresas aproveitem a oportunidade de implantar um projeto de proteção de dados. “A implantação vai sempre olhar o tamanho da empresa, os dados que ela utiliza e, cada sistema de compliance, terá a cara da determinada empresa - ou seja, pode haver sistemas de LGPD desde o mais simples, em empresas menores que tem uma quantidade menor de procedimentos internos, até procedimentos mais complexos que utilizam uma série de ferramentas de controles para empresas maiores. O essencial é que as empresas tenham um sistema de proteção”, conclui Rubens Leite.




 

Rubens Gonçalves Leite - Advogado, especialista em Direito Empresarial e graduando em Contabilidade pela FIPECAFI, entidade vinculada à FEA-USP. Há 10 anos atuando no ramo jurídico com experiência em instituições financeiras e grandes escritórios, Rubens se especializou nas áreas de operações e reestruturações societárias, planejamento patrimonial e sucessório, M&A, joint ventures e operações estratégicas em geral. É fundador da RGL Advogados, sociedade de advogados em que é sócio gestor e head de empresarial e inovação.

 

Matrículas 2021: o que considerar na hora de escolher uma escol

Um desejo comum entre os pais é proporcionar aos seus filhos ou suas filhas a melhor educação possível. Para concretização desse objetivo, os cuidados na escolha da escola são essenciais. Os critérios a serem observados nesse processo vão além da análise da estrutura física ou da localização da instituição. Pontos como o planejamento de atividades que promovam o engajamento do aluno, o uso de estratégias e recursos que atendam às diferentes necessidades, o incentivo à autonomia, reflexão e colaboração, o relacionamento positivo para confiança dos alunos a arriscarem-se e experimentarem, além da importante parceria com as famílias são exemplos de práticas que fazem diferença na aprendizagem dos alunos, e tiveram importância confirmada com os desafios da pandemia. No caso de escolas bilíngues, a complexidade aumenta com desafios extras na criação de um contexto em que os alunos aprendem a aprender em uma língua adicional.



Para ajudar os pais nesta análise - que costuma ser ainda mais intensa neste período do ano - elencamos abaixo alguns parâmetros gerais e aspectos adicionais que devem ser considerados no contexto atual que estamos vivendo. Confira:

1 - Defina o que espera da escola

Mesmo durante a pandemia é importante partir do básico. O principal modo de descobrir se a escola irá atender aos seus objetivos é saber exatamente o que você deseja da instituição. Quais as expectativas de aprendizagem você têm para o seu filho ou sua filha? Essas expectativas estão alinhadas com os valores, com a visão e missão da escola? A metodologia utilizada pela escola é coerente com os seus princípios?

2 - Conheça o ambiente da escola

Depois de selecionar quais escolas podem se alinhar ao que você deseja, é hora de passar para a segunda fase: as visitas. Visitando as instituições você terá melhores condições de realizar uma devida avaliação das condições do ambiente de aprendizagem e da estrutura oferecida. Além disso, trata-se de uma excelente oportunidade para conversar com os representantes da escola, conhecer melhor a proposta metodológica e grade curricular da instituição. Essa atividade pode ser mais difícil no contexto atual, mas pode ser possível em alguns casos agendar visitas individuais, garantindo todos os cuidados necessários. Cheque também a possibilidade de um tour virtual.

3 - Observe se a imersão realmente acontece

Quando se pensa em escolas bilíngues e em suas características únicas, um aspecto a ser observado é a experiência de imersão na língua adicional, para que a criança desenvolva suas habilidades cognitivas, físicas, emocionais e sociais em ambiente de comunicação real e divertido. Como a regulamentação legal que defina as condições para que uma escola seja nomeada como bilíngue está em aprovação, muitas instituições que somente incluem um curso de idiomas em sua grade oferecem seus serviços como os de uma escola bilíngue, porém sem ter uma experiência realmente imersiva. Por isso, é preciso estar atento a detalhes como a forma de aprendizagem na língua adicional, o que inclui tempo de instrução na língua e estratégias utilizadas. No momento da visita, também observe fatores como a facilidade com a qual professores e alunos se comunicam nas duas línguas e até mesmo como é feita a sinalização de áreas comuns da instituição.

4 - Verifique se a equipe escolar é realmente fluente

Existe uma enorme diferença entre dominar a segunda língua e ser fluente nela. Quando se atinge o nível de fluência, você passa a se articular em temas específicos com tanta naturalidade quanto em sua língua materna, algo que se deseja que os professores de uma instituição bilíngue possuam. Por isso, vale observar se a equipe técnica que acompanhará seu filho é de fato fluente na língua em que irá lecionar, já que essa fluidez na comunicação na segunda língua irá oferecer a experiência imersiva desejada nas instituições bilíngues. Agendar ou participar de uma conference call com a equipe da escola pode ser uma alternativa neste momento.

5 - Converse com outros pais e alunos

Uma excelente forma de avaliar e comparar instituições é ouvir pais e alunos que já frequentam a escola. Converse sobre a rotina, atividades desenvolvidas e a percepção dos pais e alunos sobre suas experiências. Essa pesquisa também pode ser feita através de redes sociais e de grupos de pais de alunos matriculados, canais nos quais compartilham um pouco da rotina dos filhos na instituição.

6 - Ensino Híbrido

Os recursos digitais já vinham se integrando ao ambiente escolar, mas com a pandemia, assumiram um papel fundamental e que deve se estender com criação de novas oportunidades significativas de aprendizagem aos alunos. Por isso, avalie qual a estrutura tecnológica que a escola oferece, quais tipos de atividades inclui e como foi sua utilização ao longo destes meses.

7 - Gestão

Este é um aspecto difícil de avaliar, mas com um impacto grande. Com a pandemia, as escolas tiveram que se adaptar muito rápido, criar protocolos sanitários, ter flexibilidade e inovar. Converse com a coordenação da escola e pergunte como foi realizado o trabalho durante a pandemia. Pergunte sobre o procedimento de comunicação com os pais, os investimentos realizados durante esse período, a manutenção da equipe. Esses aspectos podem contribuir para compreensão dos valores adotados pela liderança da escola.

8 - Efetividade do ensino

Como garantir o aprendizado mesmo a distância? De fato, trata-se de um desafio diário, mas que se provou possível com uma metodologia sólida que incentive e apoio o aluno na construção de novos conhecimentos e desenvolvimento de novas habilidades. A construção de novas formas de conexão, o incentivo à colaboração e acompanhamento individualizado, por meio da reinvenção de estratégias em novo ambiente digital, foram essenciais. A Maple Bear, por exemplo, ampliou o seu programa de desenvolvimento profissional e ampliando oportunidades de aprendizagem conectando professores e alunos de diferentes partes do país e do mundo através de centenas de webinars. Professores buscaram novos recursos como ferramentas de Inteligência Artificial. Alunos puderem criar soluções através da liderança de projetos de startups. Tudo para manter o engajamento dos alunos e buscar novas forma de aprender na prática.

Ao avaliar todos esses parâmetros com cuidado, você terá uma visão completa sobre o funcionamento da escola e terá condições para decidir se é a melhor escolha para você e sua filha ou seu filho, mesmo levando em consideração o momento delicado que estamos passando.

 


Cintia Sant’Anna - Diretora acadêmica da Maple Bear.


Cooperativismo de crédito: tradicional, moderno e humano

Integrado por mais de 11 milhões de brasileiros atualmente, o cooperativismo de crédito nasceu no país diante das muitas adversidades no início do século XX e, ao longo dos seus mais de 100 anos, tem apoiado as pessoas no enfrentamento dos grandes desafios que surgiram. Apesar dos ideais do segmento existirem desde aquela época, eles nunca fizeram tanto sentido como agora.  O ano de 2020 nos  mostrou, na prática, o quanto o poder da cooperação, da colaboração e do relacionamento fazem a diferença na nossa vida.

O Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito, em 28 de dezembro, marca também a data da fundação da primeira cooperativa de crédito do Brasil, a Sicredi Pioneira RS, em Nova Petrópolis (RS), no ano de 1902, pelo padre suíço Theodor Amstad. Nesse momento, aproveitamos para refletir sobre a história do segmento e sua relevância no dia a dia de milhões de brasileiros.

No início, o cooperativismo de crédito surgiu para ajudar agricultores imigrantes que não tinham condições de financiar sua produção. Ao perceber este fato, o padre Amstad acreditou que poderia ajudar as pessoas disseminando o conceito que ele havia conhecido na Europa. Para isso, ele percorreu 170 mil quilômetros no Sul do Brasil reunindo pessoas de diversos perfis e localidades em torno de uma mesma ideia: o cooperativismo de crédito.

É dele a frase “se uma grande pedra se atravessa no caminho e 20 pessoas querem passar, não o conseguirão se um por um a procuram remover individualmente. Mas se as 20 pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de uma delas, conseguirão solidariamente afastar a pedra e abrir o caminho para todos”.

Ou seja, a colaboração, hoje muito presente em iniciativas realizadas pelas pessoas em prol de um objetivo comum, à exemplo do crowdfuding, sempre foi a principal moeda do cooperativismo. Somado a isso, o modelo de negócio disruptivo das cooperativas, uma vez que elas são formadas por sociedades de pessoas (e não de capital) que possuem direito a voto nas decisões sobre o rumo do negócio, além de participação nos resultados, mostra como o segmento consegue ser, ao mesmo tempo, tradicional e moderno.

A atuação de uma cooperativa, pautada em um ciclo sustentável onde o dinheiro captado na região é reinvestido na mesma região, traz desenvolvimento e prosperidade para as pessoas. Segundo pesquisa realizada pela FIPE, a presença e atividade de uma cooperativa de crédito incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local.

Com um relacionamento muito estreito com as pequenas empresas e sabendo que elas têm sido bastante afetadas pelas consequências da pandemia, em 2020, o Sicredi buscou apoiar esse público com ações que vão além de seus produtos e serviços. Estimular o consumo e o desenvolvimento econômico local tem sido o foco da campanha “Eu Coopero com a Economia Local", por meio da qual a instituição tem engajado entidades, empresas e pessoas. Para isso, além de fomentar esse movimento por meio de divulgações diversas, foi lançado um espaço online no qual os empreendedores encontram conteúdos que os ajudam a trabalhar suas vendas de forma digital. Resultado do nosso programa de aproximação com startups, também entregamos aos associados um marketplace, o Sicredi Conecta, por meio do qual eles podem realizar suas vendas de forma totalmente gratuita.

Outro grande exemplo de mobilização das cooperativas é o Dia C de Cooperar, que, em 2020, aconteceu em 4 de julho, e considerou ações de responsabilidade social de todos os ramos de cooperativismo atuantes no Brasil nas áreas de saúde, lazer, educação e cuidado com o meio ambiente. Esse conjunto de iniciativas visa transformar a realidade das comunidades por meio da prestação de serviços via cooperativas e está alinhado aos “17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2020, mais de mil ações do Dia C foram promovidas pelas cooperativas que compõem o Sicredi, beneficiando mais de quatro milhões de pessoas, com o envolvimento de 30 mil voluntários, mostrando a capacidade de engajamento e mobilização do segmento.

O modelo cooperativista é, acima de tudo, humano, isso porque é feito de pessoas para pessoas, com o associado sempre no centro das decisões. De forma perene, o cooperativismo de crédito busca realizar ações em benefícios aos associados e comunidades, que se tornam ainda mais necessárias nos momentos de adversidade. No Sicredi, por exemplo, desde 1995 o Programa A União Faz a Vida (PUFV), principal programa de responsabilidade social da instituição, comprova a preocupação do cooperativismo de crédito em levar educação para as comunidades. Com o objetivo de incluir na rotina dos estudantes valores de cooperação e cidadania, o programa busca formar cidadãos mais justos, solidários, que respeitem a diversidade e que dialoguem para tomar decisões.

Esses são alguns dos exemplos da forma diferenciada que o cooperativismo de crédito atua, a qual o Sicredi realiza no Brasil há 118 anos. Em um ano de grandes desafios como 2020, reforçamos nosso compromisso econômico-social com o Sicredi passando a ser membro do Pacto Global proposto pela ONU, pois o objetivo é continuar sempre seguindo um caminho de apoiar o crescimento das pessoas. Um instrumento de organização econômica capaz de fazer a diferença na economia brasileira e de contribuir para a construção de uma sociedade mais próspera.

 


Manfred Alfonso Dasenbrock - presidente nacional do Sicredi, da Central Sicredi PR/SP/RJ e membro do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (World Council of Credit Unions – Woccu)


Como o PIX pode ajudar o desenvolvimento social dos desbancarizados

Especialista da NAVA Technology for business aponta as cinco mudanças sociais que o meio de pagamento deve trazer

 

O PIX, meio de pagamento lançado em outubro, já está funcionando integralmente desde 16 de novembro em todo o território nacional. Com isso, suas funcionalidades e praticidades começam a ser operacionalizadas e utilizadas pelos clientes e estabelecimentos. Mas, além dessas facilidades, outra parcela da população também deve ser amplamente beneficiada: os desbancarizados.

 

A NAVA Technology for business aponta as cinco mudanças sociais que o PIX deve trazer para os desbancarizados que, antes da pandemia, somavam aproximadamente 45 milhões de brasileiros. Confira:

 

1 - A dependência do dinheiro “físico” vai diminuir

Para Emanuela Ramos, VP de business development  da NAVA, a dependência do dinheiro “físico” deve diminuir exponencialmente nos próximos anos.  “Segundo o World Payments Report, o Brasil é o quarto maior mercado a realizar transações sem dinheiro em espécie: ficamos atrás dos EUA, da Europa continental e da China. Ainda sim, 47% das transações de pagamento no país são feitas em dinheiro. Outra pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva mostra que 71% dos entrevistados usam dinheiro como principal meio de pagamento e, dessa parcela, 45 milhões não eram bancarizados antes da pandemia. Com a chegada do PIX e os celulares sendo hoje o centro das principais transformações,  essas pessoas, que não têm um banco como parceiro, começarão a utilizar o sistema como principal meio de pagamento, tornando a dependência do dinheiro ‘físico’ e cartões desnecessária ao longo do tempo”, comenta Emanuela.


2 - Diversas classes sociais terão acesso a crédito nos meios de pagamento

Parte da população é desbancarizada e nunca teve acesso a produtos bancários. Agora, ao se cadastrarem no PIX, muitas pessoas terão acesso a carteiras digitais ou mesmo um banco, dando espaço para novas oportunidades e formas de interações. “Essas pessoas, que até então eram desconhecidas para bancos e normalmente não conseguiam utilizar crédito e outros itens como financiamento, poderão ter de forma mais simples acesso a esses benefícios e produtos bancários inclusive, ainda que timidamente no começo. O cadastro e utilização do PIX abre espaço para novos modelos de negócios bancários e, ainda que seja prematuro dizer, poderá ser um grande impulsionador para a democratização do sistema financeiro do país, uma vez que os bancos e as carteiras digitais começam a popular mais sua base de “clientes” e a conhecerem melhor esse público, tangibilizando novos desenhos de produtos ou créditos específicos para essa parte da população. A chegada do novo meio de pagamento possibilita que esses clientes se estabeleçam socialmente com os produtos oferecidos. Além disso, eles podem movimentar a economia local e nacional”, comenta Emanuela.

 

3 - As pessoas que vivem mais afastadas geograficamente não precisam mais se locomover até os grandes centros 

Longe dos grandes centros e das cidades maiores, existem comunidades que precisam ir com frequência às capitais para resolver assuntos financeiros. O PIX, ao longo do tempo, vai democratizar a utilização e a movimentação dos meios de pagamento em todo o território nacional. “O PIX deve facilitar a vida das pessoas que moram afastadas dos grandes centros. Em alguns casos, é comum precisar se locomover até as capitais apenas para uma rápida consulta bancária. Agora, os moradores de locais mais remotos podem resolver pendências na sua própria região, por mais afastada que seja dos centros. Com isso, o PIX eliminará a necessidade e o risco de se locomover com dinheiro em espécie nas mãos”, comenta Emanuela.

 

4 - O PIX ajudará a democratizar a internet no País 

A utilização do PIX necessita de acesso à internet. Por isso, é natural que o número de pessoas on-line aumente cada vez mais, com incentivo e investimento não só do governo, mas também das grandes empresas interessadas em promover o PIX. “Deverá ser mais comum ver bancos, fintechs e empresas de carteiras digitais investindo em projetos sociais de acesso à internet em regiões mais remotas do País. Devemos lembrar que o Brasil, além de ter aspectos sociais distintos, também tem tamanho continental, com particularidades regionais e dificuldades de implementar a democratização do acesso universal à internet. Agora, com o PIX, empresas privadas devem passar a investir nesse aspecto, esperando o aumento de sua carteira de clientes”, completa Emanuela.

 

5 - Autônomos e negócios regionais ganham força

O PIX também deve facilitar a abertura de novos negócios e de autônomos no País. “A chegada do PIX é uma oportunidade de facilitar as transações financeiras de uma parcela da população, mas também é uma chance de desenvolvimento dos pequenos negócios locais. Muitos comerciantes e pequenos estabelecimentos enfrentam empecilhos e diversas restrições por não contarem com a participação de um banco para transacionar em função das taxas estabelecidas. Agora, com o PIX e menor custo nas transações e a permissão das autoridades locais, eles poderão se estabelecer e também operacionalizar seus negócios e movimentar a economia local. O ganho será exponencial em todas as regiões do País a médio e longo prazo”, conclui Emanuela.





NAVA

https://nava.com.br/pt/


Mais que dobra número de usuários de bancos digitais no Brasil de 2019 para 2020

43% dos entrevistados estão usando algum banco digital, mais do que o dobro registrado no ano passado, de 18%


Segundo levantamento da Akamai Technologies encomendado à Cantarino Brasileiro com mais de mil correntistas de diversos bancos brasileiros, em média, cada usuário tem conta em 2,3 instituições e hoje, 43% dos entrevistados possuem conta em algum banco digital, mais que o dobro dos 18% em 2019. Os bancos digitais são a conta principal de 14% dos entrevistados em 2020.

Uma constatação importante, contudo, foi que 75% dos usuários se sentem seguros em suas instituições bancárias. Mas, ao mesmo tempo, os dados indicam que ainda há espaço para melhorias, sobretudo quando cada vez mais clientes verificam e estão cientes de questões relacionadas à cibersegurança e ao vazamento de informações.

Cerca de 57% dos usuários verificam eventos de vazamento de dados ou falhas de segurança nas instituições mesmo antes de abrir uma conta, mais ainda para os bancos digitais.  Além disso, para 33% dos entrevistados é fundamental para a escolha de uma instituição financeira que a mesma nunca tenha sofrido vazamento de informações. Porém, ainda há uma grande parcela, cerca de 43%, que não se preocupa com este tipo de procedimento. Essa parcela é maior entre mulheres e na classe C. Para 54% dos entrevistados, o uso de biometria de dedo, face ou mão aumenta a sensação de segurança nas transações financeiras em canais digitais. Já para 42%, são as certificações de segurança.

Este é um cenário que evolui rapidamente no setor financeiro, com usuários mais exigentes, informados e digitais. As instituições precisam mostrar performance, segurança e versatilidade aos usuários, com transparência em seus contratos, canais de atendimento e cobranças, para acompanharem a sociedade cada vez mais tecnológica.

“Sabemos que hoje a oferta de serviços financeiros está acontecendo em muitos outros tipos de instituição e em formatos mais diversos. Hoje, há muitas empresas que oferecem serviços financeiros (cartão de crédito, cartão pré-pago, empréstimos) que não são bancos”, conta Helder Ferrão, Gerente de Marketing de Indústria LATAM na Akamai Technologies. “Vide também a agenda do Banco Central, que não mudou com a pandemia e seguiu firme na implementação do PIX e continua a agenda para o Open Bank. Vemos empresas de varejo e carteiras digitais que estão “bancarizando” um público de maneira muito rápida e inclusiva”, disse ele. 

No entanto, constata-se que muitos consumidores (39%) ainda não usam serviços financeiros ofertados por empresas de fora do setor, há mesmo aqueles que afirmam sequer considerar a alternativa (7%). Entre os pesquisados, 29% já são adeptos de e-wallets ou carteiras virtuais.


Tarifas são fator de concorrência

O surgimento dos bancos digitais ampliou de forma rápida a competição no segmento bancário. Neste cenário, as tarifas são consideradas um fator cada vez mais importante para o cliente. Para 40%, esse é o principal critério para escolha de um banco, um número que aumenta entre os usuários de bancos digitais. Com 34%, o segundo critério mais importante é justamente a mobilidade - ou a capacidade de acessar serviços em qualquer lugar. 68% dos entrevistados usam os apps de bancos como a principal forma de acessar suas contas. É o mais utilizado entre os jovens, com ensino superior e usuários de bancos digitais. Internet banking é o mais utilizado por 47%.

“Uma abordagem digital, melhores tarifas e segurança, são algumas das principais expectativas nos dias de hoje para o cliente do sistema bancário brasileiro. Mais interessado em novidades tecnológicas e com um cardápio de opções cada vez maior no mercado, o usuário brasileiro já não tem medo de trocar de banco”, completa Helder Ferrão. “Aos poucos, as fronteiras entre empresas vistas como digitais ou tradicionais vão deixando de existir. A agência bancária já deu lugar ao app, enquanto as redes sociais crescem como canais de atendimento. Ao mesmo tempo, o brasileiro não parece estar disposto a abrir mão da segurança em detrimento de maior conveniência.“

A situação é emblemática: na mesma medida em que a concorrência passa a ser cada vez mais marcada pelo preço das tarifas, o investimento na proteção contra riscos cibernéticos se torna cada vez mais necessário e estratégico.

 

Fiduc orienta como começar 2021 com o pé direito nas finanças

Veja como colocar as finanças em ordem desde o perfil endividado até o poupador 


Todo fim de ano fazemos planos, listamos desejos e objetivos para o ano seguinte. Com relação a parte financeira, é muito parecido com o que acontece com os desejos e objetivos para nossa saúde, como fazer mais exercícios ou se alimentar melhor. Em ambos os casos, muitas promessas, poucas mudanças. Como fazer para tirar de vez os planos do papel e mudar esse panorama?

Valter Police, planejador fiduciário da Fiduc, preparou dicas para começar 2021 com o pé direito nas finanças, desde os perfis mais endividados até o poupador. Confira:

Enrolado: com dívidas e desorganizado, não enxerga muitas saídas

• Regra de ouro: para quem caiu em um buraco, a primeira coisa a fazer é parar de cavar. Redobre o esforço para não fazer novas dívidas!

• Foco no orçamento: saiba onde gasta fazendo uma planilha simples de orçamento com os dados da fatura do cartão de crédito e o extrato do banco. Busque formas inteligentes de economizar, como pesquisar preços e optar por promoções, além de saber a diferença entre querer e precisar, para fazer melhores escolhas. Assim você vai seguir uma regra fundamental: gastar menos do que ganha

• Renegocie dívidas: busque trocar taxas mais altas, como as do cheque especial e/ou parcelamento do cartão de crédito por taxas menores, como as do empréstimo pessoal. Se tiver bens, como veículos ou imóveis, pode usá-los em garantia de empréstimos e reduzir as taxas para um patamar muito menor. Outro ponto é que você pode vender algum desses bens para quitar as dívidas e começar de novo de um jeito bem mais confortável, embora o processo possa ser difícil psicologicamente.


Patinador: não deve ou deve pouco, mas não consegue fazer o patrimônio crescer

• Encare de frente e não se engane: ficar no "zero a zero", embora seja melhor do que ficar devendo, não é uma boa situação.

• Veja os investimentos para seus maiores objetivos de vida, como aposentadoria, aquisição de um veículo / imóvel ou qualquer outro grande objetivo, como se fossem boletos de contas a pagar. Eles não são opcionais - são obrigatórios!

• Coloque os investimentos periódicos em débito automático sempre que possível ou, para os que não permitem isso, programe transferências para as corretoras ou gestoras de seus investimentos. Programe para o mesmo dia em que seu pagamento é depositado, assim você nem vê esse dinheiro e acaba aprendendo a viver sem ele.


Poupador: consegue guardar dinheiro, sente que dá pra fazer melhor, mas não sabe como

• Ter o hábito de guardar dinheiro é ótimo e muito importante, mas talvez não seja suficiente para alcançar seus objetivos. Ter um retorno adequado e uma boa gestão dos riscos faz parte da equação

• Estude o assunto, mas não com o objetivo de ser tornar um profissional, apenas para entender o básico sobre investimentos, de forma a reduzir as chances de cair em golpes e conseguir conversar com profissionais sobre as melhores opções.

• Não creia que, porque você fez um curso, leu um livro, fez uma assinatura para receber relatórios ou assiste aquele influencer do YouTube que você agora vai multiplicar seu dinheiro e ficar rico rapidamente. Isso é uma ilusão. Bons investimentos são como o crescimento de uma árvore: são sólidos, mas levam tempo.

• Entenda quais são os riscos de cada investimento e perceba uma diferença fundamental: existem investimentos que, se "derem errado", podem fazer você perder todo dinheiro investido, como títulos de renda fixa privados, enquanto outros tipos de investimento oscilam para cima e para baixo, mas não têm esse risco, como fundos diversificados e não alavancados. Ao entender os riscos, você pode aceitar oscilações para ganhar mais ao longo do tempo e sair de investimentos como a caderneta de poupança ou o CDB do banco grande, que podem funcionar para sua reserva de segurança, mas não servem para o longo prazo.

Police dá uma última dica prática para todos os perfis sobre essa virada de ano: ao receber parte do décimo-terceiro ou algum bônus da empresa em que trabalha, lembre-se das despesas de início de ano e use a técnica do funil: só passe para o nível seguinte depois de executar o anterior.

• Primeiro nível - pague as dívidas e as contas de início de ano, como IPVA, materiais escolares, entre outros.

• Segundo nível - invista para seus grandes objetivos, como aposentadoria.

• Terceiro nível - curta os prazeres da vida hoje.

"Seguindo essas dicas, seus desejos e objetivos para o ano seguinte estarão cada vez mais próximos e você passará a ser o protagonista da sua vida financeira", afirma.

 

MENTORIA DE EMPREENDEDOR PARA EMPREENDEDOR PODE SER A CHAVE PARA A VIRADA ESTRATÉGICA E SUCESSO DO NEGÓCIO

Um estudo realizado pela Harvard Business Review apontou que 84% dos presidentes de empresas afirmaram que ter um mentor ajudou a evitar grandes erros na tomada de decisão em seus negócios. Além disso, 69% dos entrevistados disseram que ter o apoio de um mentor os ajudou a tomar melhores decisões e 84% indicaram que foi notável a melhoria acelerada de desempenho em suas funções estratégicas como consequência do processo de mentoria. 

Fica evidente, diante de dados como esses, vindos de uma instituição que é totalmente voltada à gestão de negócios e empreendedorismo, que a troca de experiências e a transferência de conhecimentos de mentor para mentorado - especialmente se o processo acontecer de empreendedor para empreendedor – podem determinar o futuro de um negócio e ser um componente estratégico para o sucesso. 

Mas, voltemos um pouco no raciocínio. Não é difícil identificar, em um grupo formado por empreendedores, alguém que tenha se deparado, no meio do trajeto para concretização de uma determinada tarefa, com um novo problema, um desafio diferente ou uma barreira inesperada. Dilemas relacionados à gestão ou uma tomada de decisão mais complicada sempre surgem, seja para aqueles que começaram a empreender por necessidade e sem muito conhecimento ou para aqueles que têm um bom embasamento sobre administração e gestão, que elaboraram um bom plano de negócios e estejam apoiados por um planejamento estratégico detalhado. O imprevisível sempre aparece e como lidar com ele é que vai ditar os rumos da empresa. 

Assim, acaba não sendo surpresa para ninguém que 45% das micro e pequenas empresas brasileiras deixem de existir em um período de apenas dois anos, a partir da sua fundação, por falta de planejamento, de gestão financeira, de conhecimento técnico e até de espírito empreendedor. Esse índice de mortalidade, no entanto, pode ser muito menor. 

Voltando à pesquisa da Harvard Business Review, notamos que um volume relevante de presidentes de empresas apontaram que ter um mentor mudou sensivelmente a condução dos negócios e até a performance de cada um deles. De maneira geral, um mentor é uma pessoa focada em incentivar a autonomia do seu mentorado de forma que ele se torne protagonista na área de interesse. Pode ser na carreira, em um cargo específico, como empreendedor ou reunindo tudo isso. No caso de um micro ou pequeno empreendedor, nada mais interessante do que ter um mentor que também seja empreendedor e que esteja na estrada há alguns anos, acumulando vivências e experiências diversas. 

Ao optar por fazer mentoria com um empreendedor experiente, o mentorado dá um passo importante e essencial não só para a sobrevivência, mas para provocar uma guinada estratégica no negócio. A mentoria vai proporcionar o aprendizado com situações anteriormente vividas pelo mentor, evitando que o mentorado caia em armadilhas, mostrando que é mais eficaz se preparar melhor para enfrentar os desafios que aparecem na trajetória de todo negócio e que as decisões mais importantes devem ser tomadas depois de análises minuciosas. Além disso, ter como mentor um empreendedor experiente proporciona ao micro e pequeno empresário o acesso a uma visão e a perspectivas diferentes na análise do negócio. 

Antes de empreendedores, todos somos seres humanos. Isso significa que é inevitável que erros sejam cometidos. Porém, é possível evitá-los, minimizar as consequências de uma decisão precipitada, evitar armadilhas, planejar de maneira mais assertiva as ações que vão levar a empresa ao crescimento e, consequentemente, transformá-la em um negócio sustentável. Escolher um bom mentor é uma das chaves para essa virada estratégica! 

 

 

Luis Campos e Rodrigo Naves - são executivos da E2 Mentoria, startup focada em mentoria de empreendedor para empreendedor, que tem como propósito aproximar micro e pequenos empresários de empreendedores com expertise em negócios. 


Retrato do Day Trade em 2020

O ano de 2020 foi marcado com a entrada de mais de 3,9 milhões de novos investidores na bolsa de valores brasileira, a B3, até outubro de 2020, o que representou uma verdadeira aula de resiliência financeira.

Apesar dos percalços do mercado financeiro, como taxa de juros em mínimas históricas, os novos investidores entraram em um fluxo quase que natural na aplicação do seu dinheiro, a busca de melhores rentabilidades e para muitos a bolsa de valores foi nesse ano a solução.

No primeiro trimestre, passamos por vários circut breakers, mecanismo que paralisa das negociações devido a quedas abruptas, devido à crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus. A negociação do futuro do petróleo com a cotação negativa e os ativos ditos como “super” seguros apresentaram expressivas rentabilidades negativas em determinados momentos, ilustraram esse cenário de volatilidade no mundo todo.

Neste período que ficamos em isolamento social, a digitalização veio à tona mais do que nunca. Por consequência a expansão das redes sociais popularizou a figura dos influenciadores que se dedicam a falar sobre investimentos pessoais. Alguns destes canais, como o Instagram e Youtube, chegam a atingir números na casa de milhões de seguidores e não é difícil encontrar canais novos com milhares de seguidores ávidos por informações do mercado financeiro.

Porém, existe uma diferença entre o profissional do mercado devidamente certificado para o influenciador – essa linha tênue nem sempre é visível, por isso, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tem prestado esclarecimentos sobre as situações em que o registro é obrigatório, a exemplo da instrução CVM 598 e o ofício-circular 13/2020, esse último recentemente publicado.

Nesse movimento e esforço de educação financeira, a orientação ao consumidor para que ele saiba identificar golpes, a CVM e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros (Anbima) lançaram o portal “Se Liga na Fraude”.

Muitos investidores iniciantes, por serem influenciados de maneira rápida ou até pelo velho inimigo do investimento bem feito, a busca por ganhos rápidos, são motivos que levam a optarem pela operação de Day Trade. O investidor iniciante que quer desbravar essa forma de ganhar dinheiro no mercado financeiro tem que antes de qualquer informação, ter a clara ciência sobre os riscos.

Uma comparação para fácil entendimento, mas muita válida no país do futebol, é que a quantidade de jogares de futebol que sonham com viver com o esporte é, no Brasil, enorme, porém quantos realmente chegar a patamares almejados? E chegam a serem um “Neymar”? Raríssimos. Essa mesma comparação pode ser usada para trader’s de renda variável, não é impossível “apenas” é extremamente difícil chegar ao pelotão raros de trader’s que chegam a mudar de patamar financeiro pelo Day Trade.

Eu, particularmente, opero day trade raramente e conheço diversas pessoas extremamente competentes que operam ou operaram Day Trade de forma constante, poucos financeiramente sobreviveram e posso contar nos dedos quem realmente teve sucesso.

O principal mito em torno do Day Trade é o enriquecimento rápido de forma fácil a ser aprendida, a realidade é bem diferente disso. Operar Day Trade de forma consistente necessita de estudo, perfil e tempo. Portanto, para os incautos vale a buscar de mais informações, para os ansiosos vale repensar essa forma de operar, para os apressados devem desacelerar e para os super determinados e disposto a tomarem alto risco, vale começar com um patrimônio pequeno e boa sorte!

 


Daniel Abrahão - assessor de investimentos e sócio da iHUB Investimentos, um escritório de assessoria de investimentos credenciado à XP.

Documentação veicular será 100% digital em 2021

Detran.SP vai unificar no CRLV-e a documentação veicular em meio digital para maior segurança e praticidade ao cidadão

 

Desde segunda-feira (4/1), a emissão do Certificado de Registro de Veículo (CRV) será exclusivamente no formato eletrônico, evitando assim o documento impresso em papel moeda (papel verde). A medida atende a uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e trará maior praticidade ao cidadão, que poderá acessar o documento direto do seu smartphone.

 

A resolução nacional determina o lançamento do CRLV-e, que é a unificação em um único documento digital o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de Licenciamento (CRLV). O CRLV-e somente poderá ser expedido após a quitação dos débitos, encargos e multas de trânsito.

 

Caso você já possua o documento de transferência de seu veículo no papel verde, fique tranquilo. Ele continuará sendo válido para veículos adquiridos antes do dia 4/1/2021.

 

Se o condutor vender seu carro a partir de amanhã, dia 5/1, e possuir o documento digital, ele deve solicitar a Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo em meio digital (ATPV-e). Ela garantirá ao vendedor e comprador do veículo maior agilidade na transação.

 

No entanto, a entrega do CRV original com reconhecimento de firma (ou nota fiscal e descalque do chassi-veículo zero km) no momento de compra e venda continua obrigatória, mediante agendamento na opção “Retirada/Entrega de documentos-CRV, disponíveis de forma online no portal do DETRAN. SP-(www.detran.sp.gov.br) e/ou do Poupatempo-(www.poupatempo.sp.gov.br).

 

Para fins de fiscalização, o motorista poderá apresentar o CRLV-e na versão digital, via aplicativo, ou, se preferir, poderá imprimir o documento em papel comum. No entanto, não haverá a obrigatoriedade do porte da versão impressa.



Serviços digitais

Em 2020, o Detran.SP bateu recorde em atendimentos digitais, foram mais de 125 milhões de interações pela internet, pelos sites e aplicativos do Detran e Poupatempo. Para se ter uma ideia, em 2019, foram 47 milhões.

 

Dos principais serviços, 90% deles já podem ser realizados online, dispensando a necessidade de ir até uma unidade física do Detran.SP ou posto do Poupatempo. Além do licenciamento, mais de 70 outros serviços podem ser feitos pela internet, como: renovação de CNH, transferência de veículos, reabilitação de CNH cassada, pesquisa de débitos e restrições de veículo, consulta de pontuação de multas, entre outros.

 

VAI PRA CUBA! E LULA FOI

 Condenado em dois processos e respondendo acusações em outros três ou quatro, Lula está passando algumas semanas em Cuba a expensas da sociedade brasileira. Esse benefício desperta sentimento de repulsa, mas é escandalosamente legal. No Brasil, tais regalias são todas concedidas em lei. Os ex-presidentes da República não recebem pensão vitalícia, mas as compensações são muito mais vantajosas. Dilma, por exemplo, pode correr mundo, em 2019, pondo fogo onde houvesse fumaça contra o Brasil, com luxo, assessores e despesas pagas.


Pode isso? Pode, sim. Os ex-presidentes têm direito a dois carros oficiais e oito servidores, entre motoristas, seguranças e assessores cujos salários e despesas de viagem correm por nossa inesgotável conta. Enquanto o presidente recebe R$ 0,37 milhão por ano (R$ 30 mil/mês), em 2019 os ex-presidentes gastaram: valores entre R$ 0,490 milhão (Temer) e R$ 1,07 milhão (Dilma).

Lula, então, está em lua de mel no Caribe. Para todos os efeitos, viajou com o intuito de conceder entrevistas ao cineasta Oliver Stone que está gravando um documentário sobre a América Latina. Espero que o cineasta aproveite aquela excelente base para documentar, em imagens, o fracasso do comunismo cubano num paraíso caribenho que era próspero até 1959 e parou no tempo desde então, malgrado seu pequeno crescimento demográfico (45% em 60 anos) um dos menores do mundo ocidental.

Espero que ele tenha interesse em visitar presos de consciência, condenados por pedirem liberdade, condenados por terem sido acusados de conspiração contra o Estado por uma polícia política e uma justiça afinada com esta e com o governo comunista da ilha. Seria uma excelente matéria para o documentário e, para Lula, uma informação que talvez o faça compreender o mal que ele os seus causaram ao povo cubano. Junto com Fidel Castro, Lula criou o Foro de São em 1990 e, a partir de 2003, os governos de seu partido financiaram aquela ditadura que ontem completou 62 anos.

Um olhar cuidadoso e responsável sobre as instituições da ilha mostraria uma Assembleia Nacional cujos membros pertencem, todos, ao mesmo partido comunista e que jamais, em seis décadas, rejeitou algo vindo do governo. Mostraria que os juízes do Tribunal Superior Popular são escolhidos pelo Conselho de Estado (um colegiado extraído da Assembleia Nacional) e submetido à mesma Assembleia Nacional. É um esquema em que o totalitarismo se impõe num círculo fechado e no qual tudo se opõe à democracia; em que tudo e por tudo carece de legitimidade.

Talvez deva Oliver Stone ler as duas primeiras páginas da novíssima constituição cubana (2019), cujo art. 5º define:

“O Partido Comunista de Cuba – único, martiano (de José Martí), fidelista (de Fidel Castro), marxista, (de Karl Marx), leninista (de Vladimir Lenin), vanguarda organizada da nação cubana, sustentado em seu caráter democrático e na permanente vinculação com o povo é a força política dirigente superior da sociedade e do Estado”.

Bestialógico tão hipócrita e contraditório só poderia nascer, em pleno século XXI, entre mentalidades abusada e doentiamente totalitárias
.

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar +.

 

Confira as 6 principais soft skills exigidas no mercado de trabalho

 Em um ambiente cada vez mais concorrido, entender o que as empresas desejam dos colaboradores pode ser uma vantagem relevante perante os concorrentes

 

A busca por inserção no mercado de trabalho exige das pessoas, cada vez mais, que elas estejam próximas a um padrão esperado. Claro que algumas características são pontos fundamentais para se destacar, mas, antes disso, é preciso se atentar a um detalhe: o fit cultural entre você e a empresa. O termo bastante utilizado nos dias de hoje, nada mais é do que entender se o comportamento do candidato está de acordo com o perfil da empresa. O mentor de donos de negócio, Thiago Shimada explica a ordem em que os itens devem ser considerados. “Se o fit cultural aconteceu, aí sim você parte para desenvolver soft skills”.

Mesmo que não seja a mais trivial das tarefas, entender e, principalmente, desenvolver as soft skills exigidas no mercado não é algo impossível de se alcançar. Para isso, Shimada destaca os 6 principais pontos que são solicitados hoje em dia e, para cada um deles, a sugestão de como lidar em seu desenvolvimento e melhoria.

 

1.       Comunicação eficaz

Todo mundo reclama da comunicação, mas, dificilmente as pessoas assumem responsabilidade sobre isso. Muita gente é especialista em falar, mas poucas sabem ouvir. Então é natural que quando a pessoa está falando, as demais estejam conectadas com outras preocupações, com o que quer falar naquele diálogo. A solução para isso é a escuta ativa. Entender que isto é um processo em que você vai em direção a algo, que tem legítimo interesse no que o outro está falando. Sair da escuta ativa é trazer julgamento para a conversa e isso interrompe o processo de comunicação.

 

2.          Empatia

Agir de forma empática é não ser agressivo e este é o segredo aqui. É escutar, tentar entender o que a pessoa está falando. Ao agir empaticamente, você leva a pessoa para um lugar positivo, a convidando a falar sobre o assunto. Você compreende, legitimamente, a informação, o porquê ela está falando e usa a empatia para processar o que ouve. Assim, você consegue dizer que está errado sem falar isso diretamente, com julgamento. Para isso é preciso muita maturidade e exercício.

 

3.                  Pensamento criativo

Por vezes as pessoas buscam isso, mas estão cristalizadas na realidade, na necessidade das empresas. Isso traz uma pobreza de entendimento do cenário completo e, por consequência, um empobrecimento da criatividade. A solução para que o pensando criativo volte a existir é focar na resolução da dor do cliente. Ao enxergar o que dói, de fato, aí sim é possível resolver aquele ponto.

 

4.                  Resiliência

O primeiro ponto aqui é diferenciar resistente de resiliente. No primeiro, você vê o problema, mas segura para passar por ele, independente do que isso custe. Já alguém resiliente, reconhece de forma legítima a dor e o que está havendo nesse processo. Aqui, a pessoa pode até sentir dor e desabar em alguns momentos, mas jamais desistir, o que é comum quando tratamos de resistência. A resiliência em si é um processo de manejo da dor, é algo contínuo. É enxergar que, em todo processo vivido, tem algo positivo e é nisso que o foco tem que estar, pois te auxiliará ao longo de todo caminho.

 

5.                  Liderança

Tem gente que acaba perpetuando o que é ruim: reproduz o que sofreu anteriormente, como liderado, tentando impor aquilo enquanto líder. A solução aqui é justamente entender que liderança é um processo de servidão. Quando o líder tem o pensamento de servir, não de ser servido, é natural que ele consiga desenvolver dentro dele mais maturidade, trazer mais coesão de time e, por consequência, performance. O líder é o responsável por unir o time e performar. Ele está servindo todo mundo, para que o coletivo funcione como deve.

 

6.                  Ética

Algumas pessoas têm uma moral volátil, que varia de acordo com ambiente, pressão, agentes envolvidos. Por isso, aqui, é importante citar o bushido, que traz um conjunto de regras e valores necessários para um samurai e é uma matriz inabalável da cultura japonesa. É preciso entender que nem sempre você vai ser o mais legal. Mas que sempre será honesto, verdadeiro, amoroso, respeitoso, independente do que você tem e do que você seja. Lembrar que não é o que conta, no fim, é o que você é, não o que tem.





Thiago Shimada - CEO da Academia da Marca e Mentor de Donos de Negócio. Com suas vivências no varejo, experiências no mundo do marketing e publicidade, e uma intensa dedicação no estudo de mentes empreendedoras, ele ajudou, ao longo de 7 anos, mais de uma centena de empresas, que variam de startups a companhias que figuram entre as 1000 maiores do Brasil. Seus esforços ainda ultrapassam a marca de mais de R$ 35 milhões de incremento no faturamento dos negócios de seus clientes.

https://thiagoshimada.com.br/

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