Nesta época de fim de ano, especialista compartilha três dicas para quem deseja ser mais bondoso
Quando vemos alguém sendo gentil e generoso, isso
nos traz uma sensação de felicidade. Mas sabia que, além disso, presenciar
gestos admiráveis também nos inspira a querer fazer o bem? Isso é o que revelou
uma análise feita com resultados de 88 estudos, publicada pela Associação
Americana de Psicologia.
“Os pesquisadores descobriram o seguinte: o nosso
próprio altruísmo aumenta após testemunhar alguém agindo “pró-socialmente”. Por
exemplo: consolar uma pessoa que está chorando, doar para instituições de
caridade ou agir cooperativamente. Ou seja, esses comportamentos são bastante
contagiosos”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada
pela Universidade da Pensilvânia.
E, segundo a especialista, não importa como as
pessoas testemunharam um ato gentil. Os voluntários poderiam ter lido sobre
isso, assistido a um programa de TV em que os personagens agiram de forma
bondosa ou realmente estiveram presentes quando alguém ajudou outra pessoa. O
efeito foi o mesmo: eles próprios agiriam com mais generosidade depois. “Isso
significa que muitas coisas que observamos podem estar influenciando sutilmente
nosso comportamento, como aquilo que vemos nas redes sociais, por exemplo”, diz
Flora.
Já de acordo com outro levantamento publicado na
revista científica The Gerontologist, toda ajuda que
estamos dando e recebendo pode estar servindo para iluminar nossos dias e manter
nossos relacionamentos fortes durante a pandemia.
“Os pesquisadores descobriram que os participantes
que ajudaram outras pessoas com mais frequência - seja por meio do voluntariado
formal ou fornecendo tipos mais informais de ajuda - relataram emoções
positivas mais altas, emoções negativas mais baixas e mais satisfação com seus
relacionamentos”, conta.
Outra observação é que o bem-estar das pessoas
flutua ao longo do tempo: nos dias em que os participantes ajudavam os outros,
eles sentiam emoções positivas e ficavam mais felizes com seus relacionamentos,
em comparação com os dias em que não ajudavam ninguém.
Além disso, segundo a publicação, fornecer apoio
emocional (ou seja, ouvir em vez de tentar consertar o problema de alguém) teve
um benefício único: nos dias em que os participantes ofereciam esse apoio, eles
relataram emoções negativas mais baixas.
Flora Victoria, que também é Embaixadora da
Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, compartilha 3 dicas para quem
deseja ser mais generoso:
Procure oportunidades de se conectar com outras
pessoas: seja por meio de organizações voluntárias ou
simplesmente entrando em contato com um amigo com quem você não fala há algum
tempo para saber se está tudo bem ou se ele precisa de algo.
Outra forma é ajudar pessoas com os recursos
digitais: que tal auxiliar alguém a configurar aplicativos de
chamada como o Zoom? Embora cada vez mais idosos estejam conectados à internet,
nem todos estão. Ajudá-los nessa tarefa aumentará tanto o seu senso de conexão
quanto o deles.
O que você faz agora pode ter consequências de
longo alcance: as boas ações que construímos durante o
distanciamento social são aprendizados que podemos levar adiante, mesmo após a
pandemia. É possível que, ao ajudar outras pessoas, você descubra interesses
que podem durar para a vida inteira!