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sábado, 19 de dezembro de 2020

Fazer o bem faz bem: isso é o que a ciência comprova

 Nesta época de fim de ano, especialista compartilha três dicas para quem deseja ser mais bondoso

 

Quando vemos alguém sendo gentil e generoso, isso nos traz uma sensação de felicidade. Mas sabia que, além disso, presenciar gestos admiráveis também nos inspira a querer fazer o bem? Isso é o que revelou uma análise feita com resultados de 88 estudos, publicada pela Associação Americana de Psicologia.

“Os pesquisadores descobriram o seguinte: o nosso próprio altruísmo aumenta após testemunhar alguém agindo “pró-socialmente”. Por exemplo: consolar uma pessoa que está chorando, doar para instituições de caridade ou agir cooperativamente. Ou seja, esses comportamentos são bastante contagiosos”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

E, segundo a especialista, não importa como as pessoas testemunharam um ato gentil. Os voluntários poderiam ter lido sobre isso, assistido a um programa de TV em que os personagens agiram de forma bondosa ou realmente estiveram presentes quando alguém ajudou outra pessoa. O efeito foi o mesmo: eles próprios agiriam com mais generosidade depois. “Isso significa que muitas coisas que observamos podem estar influenciando sutilmente nosso comportamento, como aquilo que vemos nas redes sociais, por exemplo”, diz Flora.

Já de acordo com outro levantamento publicado na revista científica The Gerontologist, toda ajuda que estamos dando e recebendo pode estar servindo para iluminar nossos dias e manter nossos relacionamentos fortes durante a pandemia.

“Os pesquisadores descobriram que os participantes que ajudaram outras pessoas com mais frequência - seja por meio do voluntariado formal ou fornecendo tipos mais informais de ajuda - relataram emoções positivas mais altas, emoções negativas mais baixas e mais satisfação com seus relacionamentos”, conta.

Outra observação é que o bem-estar das pessoas flutua ao longo do tempo: nos dias em que os participantes ajudavam os outros, eles sentiam emoções positivas e ficavam mais felizes com seus relacionamentos, em comparação com os dias em que não ajudavam ninguém.

Além disso, segundo a publicação, fornecer apoio emocional (ou seja, ouvir em vez de tentar consertar o problema de alguém) teve um benefício único: nos dias em que os participantes ofereciam esse apoio, eles relataram emoções negativas mais baixas.

Flora Victoria, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, compartilha 3 dicas para quem deseja ser mais generoso:


Procure oportunidades de se conectar com outras pessoas: seja por meio de organizações voluntárias ou simplesmente entrando em contato com um amigo com quem você não fala há algum tempo para saber se está tudo bem ou se ele precisa de algo.


Outra forma é ajudar pessoas com os recursos digitais: que tal auxiliar alguém a configurar aplicativos de chamada como o Zoom? Embora cada vez mais idosos estejam conectados à internet, nem todos estão. Ajudá-los nessa tarefa aumentará tanto o seu senso de conexão quanto o deles.


O que você faz agora pode ter consequências de longo alcance: as boas ações que construímos durante o distanciamento social são aprendizados que podemos levar adiante, mesmo após a pandemia. É possível que, ao ajudar outras pessoas, você descubra interesses que podem durar para a vida inteira!


6 dicas para não cometer exageros durante as festas de fim de ano

 

Não pular refeições, fazer exercícios e testar sobremesas mais saudáveis estão entre as recomendações do Freeletics

 

No fim do ano, a maioria das pessoas se reúne para celebrar, ao lado de familiares e amigos, o Natal e o Ano Novo, com fartura de comidas e bebidas e troca de presentes. Essas celebrações, entretanto, são regadas de exageros, e as dietas e refeições mais saudáveis ficam de fora dos planos durante esse período.

 

“Muitas pessoas ficam preocupadas com essa época e os excessos que ela traz, mas o fim do ano não precisa ser desastroso. Existem certas medidas para controlar os danos. Ou, pelo menos, maneiras de se colocar no ritmo e se certificar de que não se está cometendo nenhum exagero”, destaca David Wiener, especialista em nutrição do Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida com uso de Inteligência Artificial. 

Pensando nisso, o especialista do Freeletics reuniu seis dicas para quem quer se manter nos trilhos e aproveitar as festividades sem tirar o foco de uma alimentação saudável e nutritiva. 

1) Não deixe de se alimentar em outras refeições

“Nós todos nos sentimos culpados por isso, por não comer em alguma refeição e aguardar a principal, de modo a tentar aproveitar ao máximo. Algumas pessoas pulam o café da manhã, o almoço”, pontua Wiener. Para o especialista, isso não tem necessidade. Estar diante de um banquete com o estômago vazio aumenta o risco de se cometer exageros. “Quando, na verdade, você só quer o sentimento de satisfação. Então, se você está indo para o almoço de Natal, comece com um café-da-manhã reforçado. Se for a ceia de Ano Novo, coma um lanche durante o dia”, alerta.

2) Se exercite antes de qualquer coisa

Antes das celebrações, treine. “Coloque seu metabolismo para funcionar. Se prepare. Abra o apetite para o café da manhã, você vai aproveitar ainda mais sua refeição se tiver começado o dia bem”, destaca o especialista.

3) Não ceda ao charme do sofá

Durante o período de descanso, o sofá pode ser tentador. “Mas não caia nessa. O truque para uma refeição saudável é manter seu metabolismo funcionando. Respire fundo e saia para uma caminhada”, recomenda Wiener. 

4) Coma estrategicamente

Para o especialista, pensar demais nas refeições é um exagero, afinal de contas, são as festas de fim de ano. “Porém, é melhor escolher entre verdes e vegetais ao invés de carboidratos complexos. Deste modo, você não vai se sentir tão estufado para experimentar aquele pedaço de torta que você está cobiçando o dia todo”, ressalta.

5) Experimente uma sobremesa mais saudável

Wiener destaca que algumas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. Por exemplo, colocar canela nas sobremesas ao invés de açúcar, escolher uma torta de abóbora ao invés de chocolate. “Isso vai deixar suas sobremesas tão saborosas quanto, além de mais saudáveis e nutritivas”, pontua.

6) Crie seu ritmo

Véspera do Natal, Natal, Ano Novo - e a lista segue. Por isso, estabeleça seu ritmo e siga-o. “Faça uma desintoxicação de alguns dias depois de cada um dos eventos, se puder. Continue o treino e não submeta seu corpo ao choque de exagerar logo na primeira refeição”, conclui o especialista. 

 

 

Freeletics

www.freeletics.com

Resoluções para um ano de incertezas


Uma parada para as resoluções de final de ano é muito bem-vinda, traz um “ar” de renovação. É uma época em que nos permitimos reavaliar nossos objetivos e o rumo da nossa vida. Só o fato de pensar sobre o que queremos ou o que está faltando já é um ganho, mas é preciso colocar em prática, fazer acontecer.  Separar o realizável do desejável.

2020 frustrou muito as nossas metas estipuladas para o ano, foi um período que exigiu muita resiliência, dar a volta por cima e de nos reinventarmos. Como 2021 ainda estará sob o impacto da pandemia, é importante pensar em metas realistas e também definir metas voltadas ao autocuidado e à saúde mental, que foi muito afetada neste ano de 2020. Várias pesquisas identificaram aumento da ansiedade, do estresse e da depressão, outras mostraram que exageramos na comida, já que passamos muito mais tempo em casa. Sendo assim, metas que envolvam atividades físicas, uma alimentação equilibrada, uma disciplina que contemple o descanso, o lazer e boas risadas são sempre muito bem-vindas. 

Como 2021 ainda é um ano que temos que nos moldar com as exigências sanitárias da pandemia e com a limitações impostas pelas restrições econômicas, é importante considerar isso na hora de estabelecer as metas. Definir uma quantidade grande de metas pulveriza muito nossos esforços e dificulta um planejamento. Já estabelecer um número menor, mas com metas mais significativas (as mais importantes) ajuda na hora de colocar em prática e de ver os resultados acontecerem.  

Além disso, em ano de incertezas, devemos definir metas factíveis, mais práticas, com prazos menores, o que faz mais sentido, que tem mais impacto e relevância com nossos propósitos. O que é difícil, às vezes dá vontade de “chutar o balde” e de desistir. Minha dica é sempre descrever as metas de forma mais detalhada possível, estabelecendo qual o objetivo e quais as etapas necessárias para se atingir. O detalhamento ajuda a colocar em prática.

Cada meta deve ter um prazo e uma forma de acompanhamento e mensuração. Uma data nos coloca em movimento para atender esse prazo. O fato de vermos o progresso e que nosso planejamento está tendo bons resultados tem efeito psicológico reforçador, ou seja, é um estímulo para não perdemos o entusiasmo. Por exemplo, ver um gráfico com uma curva descendente em uma meta de emagrecimento nos mobiliza para querer ver a curva descer cada vez mais. Tem aplicativos que fazem esse monitoramento.

As metas devem ser flexíveis. Devemos acompanhar e fazer as mudanças e adaptações que se fizerem necessárias. Na vida nada é estático, mudanças e adaptação são frutos de aprendizados. E, por último, mas não menos importante: não esqueçamos de nos presentear em todas as pequenas conquistas. Rituais de comemoração nos trazem uma sensação de vitória. E que venha 2021!

 


Janete Knapik - psicóloga, mestre em Administração, doutoranda em Psicologia na UFSC, onde faz parte do Laboratório de Fator Humano do programa de mestrado e doutorado, é professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo. 

Hipnose pode tratar fobias e transtornos em crianças

A hipnoterapia infantil pode ajudar a criança a resolver quadros como o déficit de atenção e a hiperatividade

 


A hipnose ainda é um tratamento cercado de tabus, embora existam evidências de que o seu uso nos consultórios está cada vez mais popular e eficiente. A técnica consiste em fazer o paciente encontrar em si mesmo a força e a confiança para enfrentar seus problemas e recuperar o equilíbrio e o bem-estar do seu corpo.

‘’Por meio da hipnose é possível tratar a fundo os problemas trazidos pelos pacientes, cuja raiz está no subconsciente, em um tempo menor se comparado às psicoterapias tradicionais’’, afirma Thiago Porto, hipnoterapeuta

Fobias em geral, depressão, síndrome do pânico, TOC, ansiedade entre outros podem ser tratados com hipnose terapêutica. Em crianças, a hipnose é capaz de melhorar bastante a qualidade de vida desses sujeitos em formação. 

Rotuladas como “crianças que não param quietas”, os hiperativos têm muita dificuldade de permanecer em uma única atividade, como assistir aulas, ver TV e cumprir tarefas em geral. Na hipnose, busca-se a origem do sintoma, trabalhando a compreensão e a reprogramação na mente delas. 

O método foca no problema específico, visando eliminar a dificuldade do subconsciente, ao trazê-la à tona. Desse modo, é possível enfrentá-la e reprogramá-la.

 

Medos, estresse e fobias em crianças

A infância é uma fase difícil, com muitas mudanças. A perspectiva infantil está sempre sob a expectativa dos pais e possuem medo de não serem aprovadas.Pequenos acontecimentos podem representar verdadeiros traumas para as crianças, que podem persistir durante um bom tempo. 

O tratamento com hipnose tratará a fundo essas questões, por meio de metáforas aos problemas emocionais. Ao serem manifestadas, elas jogam luz ao causador da situação indesejável.

 

A hipnose também pode ajudar a criança a mudar hábitos indesejáveis, como fazer xixi na cama, por exemplo, e melhorar seus relacionamentos em casa e na escola.

 

 

Pandemia afetou as crianças

 

Na pandemia, crianças com quadros de hiperatividade, estresse ou ansiedade foram mais afetadas do que as outras. 

Isso porque, ao ficarem muito tempo confinadas em casa, chegam a um nível de exaustão de suas tarefas e o fato de não terem novidades na rotina ou nada que a instigasse por muito tempo contribui para esses fatores entrarem em ação, o que resulta em atitudes e comportamentos indesejados.

Outras crianças desenvolveram medos e fobias como sair de casa, pois, por serem bastante literais em suas interpretações, podem acreditar que existe realmente uma ameaça fora de controle em seu mundo exterior, e que não existe possibilidade de cuidado diante da atual situação. 

Em casos como esses, a hipnose pode ser uma alternativa. “O profissional poderá investir em técnicas que estimulem a concentração e que a façam ter persistência, sem nunca demonstrar censura à situação da criança”, explica Thiago.

Os pais devem sempre dialogar com a criança e analisá-la durante a execução de suas tarefas e o seu comportamento dentro de casa, para assim chegarem a uma conclusão e buscar a melhor solução e possível tratamento para ela. 

A hipnose é indicada a partir dos três anos de idade, sempre com autorização dos pais e o acompanhamento de um profissional responsável. É um procedimento não invasivo e de baixo risco.

 

 

Fonte: Thiago Porto, Hipnoterapeuta, Professor De Hipnose, Master Practitioner em PNL, Coach e Palestrante. É certificado pela OHTC – OMNI Hypnosis Training Center, membro da NGH – National Guild of Hypnosis e membro da IBHEC – International Board Of Hypnosis Education & Certification. Especialista em recuperação de casais.


Aulas de Krav Magá vão além da autodefesa: ajudam no controle da ansiedade

 Divulgação

Exercícios podem oferecer equilíbrio emocional


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 18,6 milhões de brasileiros, cerca de 9% da população, sofrem de algum transtorno de ansiedade e no mundo esse número chega a 260 milhões. Já uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) nos meses de maio, junho e julho deste ano revela que 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa na pandemia do novo coronavírus. A pesquisa, que ouviu com 1.996 pessoas maiores de 18 anos de idade, foi divulgada nas redes sociais.

Tremores, cansaço, sensação de falta de ar, coração acelerado, suor excessivo, boca seca, tontura, insônia e náuseas são alguns sintomas do transtorno de ansiedade que podem ser tratados com a prática de exercícios físicos, aliados ao acompanhamento médico.

 “A atividade física de forma geral protege o organismo dos efeitos prejudiciais do estresse na saúde física e mental, e possui efeitos antidepressivos e ansiolíticos. Os exercícios de Krav Magá se enquadram nisso e vão além. Nas aulas são aplicados conceitos que no dia a dia trazem não só segurança, mas também melhoram nossa confiança e saúde mental”, explica Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá e responsável pelo ensino da arte no Estado de São Paulo.

De acordo com Zalmon, nas aulas são trabalhados exercícios que ajudam a desenvolver o controle emocional para avaliar com clareza e lidar com as diversas situações de perigo. Para quem tem transtorno de ansiedade essa é uma ferramenta chave, pois o aluno que pratica o Krav Magá vai conseguir aplicar esse conceito em sua rotina e ter essa ferramenta de escape nos momentos de crises.

“Durante as aulas ensinamos que não é simplesmente treinar e ir embora. Os conceitos ensinados devem ser aplicados na nossa rotina diária. Procuramos orientar os alunos para que tenham clareza em suas ações. Todos os novos são acolhidos e encontram no Krav Magá uma família, e deixamos claro que não estão sozinhos e que pedir ajuda também significa ter coragem”, afirma.

Segundo Zalmon, geralmente os alunos saem das aulas com um sentimento de euforia e uma sensação de leveza, por isso, o treinamento deve fazer parte da receita para melhorar a saúde mental. “Na verdade, aos poucos, os alunos vão descobrindo que após praticar Krav Magá, o cérebro deles funciona muito melhor e a sensação de felicidade invade o corpo com os treinos regulares, já que o exercício aumenta a produção de endorfina, reduzindo os níveis de stress, aliviando a ansiedade e a depressão”, finaliza.

Através dos treinos da Federação Internacional de Krav Magá o aluno aprende a se defender, superar o medo da violência e do bullying, recuperar sua autoestima e autoconfiança e andar mais seguro na rua.

A Federação Internacional de Krav Magá disponibiliza vídeos com aulas gratuitas em seu canal do YouTube e em suas redes sociais.

 


Serviço
Federação Internacional de Krav Magá

https://krav-maga.app


A importância de trabalhar o socioemocional em crianças e adolescentes


Muito antes da pandemia começar, a inteligência emocional e o trabalho socioemocional com crianças e adolescentes já eram uma preocupação para mim. O fato de ser educadora e psicopedagoga, mãe e avó, sem sombra de dúvidas, tornam o tema ainda mais importante, afinal de contas, esse é o meu universo de atuação, o mundo pelo qual sou apaixonada e ao qual dediquei e dedico minha carreira.  

A verdade é que o tema inteligência emocional e o desenvolvimento socioemocional nunca estiveram tão em alta. Trabalhar estas questões na infância e na adolescência proporcionam inúmeros benefícios. 

Dentro da competência socioemocional é possível trabalhar pontos essenciais para o desenvolvimento humano. Podemos reforçar na criança a sua própria identidade, ou seja, ajudá-las a entender quem elas são, quais os seus pontos fortes e fracos e, até mesmo, orientá-las quanto a identificação e como lidar com os mais variados sentimentos. Com as habilidades socioemocionais entendidas, torna-se possível alcançar, de forma mais assertiva, os objetivos traçados, fica mais simples tomar decisões de maneira responsável e até gerenciar as próprias emoções. 

Quanto mais cedo as pessoas têm consciência da importância das habilidades socioemocionais, melhores são os resultados em diversos setores da vida. Isso significa que entender tudo isso desde a infância traz benefícios reais para a vida adulta. O ideal é que os pais e responsáveis transformem em rotina o estímulo a certas habilidades, como: desenvolver empatia, apreciar a diversidade e, acima de tudo, respeitar os outros e as diferenças existentes entre as pessoas

Claro, também é possível trabalhar o tema em sala de aula. Aliás, vale ressaltar que o desenvolvimento das habilidades socioemocionais em crianças precisa ser realizado em parceria entre a escola e a família, uma vez que essas características estão no dia a dia, nas pequenas atitudes, desde as atividades mais simples até as mais complexas. Não se constrói isso sem a participação da família.  

É importante incentivar e ensinar crianças e adolescentes a estabelecer relacionamentos com os colegas da escola, que eles saibam lidar com diferentes opiniões e costumes e, principalmente, a trabalhar em equipe. Além disso, é extremamente interessante que eles aprendam a lidar com os próprios conflitos, sejam eles internos ou externos. Outro ponto relevante tem relação com a construção de relações de confiança e do autoconhecimento, mobilizar ou controlar suas emoções, seja para atingir objetivos escolares ou para criar um ambiente positivo ao seu redor.  

Afirmo com segurança que crianças e adolescentes que conhecem e respeitam os próprios sentimentos, que têm empatia pelo outro, que conhecem limites e sabem respeitar as vontades dos outros, tornam-se adultos mais seguros, menos suscetíveis a julgamentos e muito mais felizes com as próprias escolhas. Incentive as crianças e adolescentes do seu convívio a trabalhar o lado socioemocional. Faça isso você também. Nossa sociedade do futuro certamente agradecerá por esse cuidado! 

 

 

Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.

 

 

Feng Shui: confira dicas de decoração para 2021

Segundo o Ministério da Saúde, o estresse é uma reação natural do organismo e ocorre quando vivenciamos situações em que nos sentimos ameaçados ou em perigo. Trata-se de um mecanismo natural, que coloca o corpo em estado de alerta e permite que possamos nos adaptar a situações novas. 

O estresse pode ser agudo, causado por situações traumáticas e passageiras, ou crônico. O primeiro caso geralmente ocorre em ocasiões específicas, como a perda de um parente ou o fim de um relacionamento, e tende a ser muito intenso, mas ter vida mais curta. O segundo caso, por sua vez, é mais brando, porém persistente. 

Quando a situação se torna impossível de lidar, as pessoas começam a manifestar uma série de problemas de saúde - os quais, se não forem tratados imediatamente, podem gerar circunstâncias e desdobramentos capazes de transformar a vida como um todo (e, por consequência, de derrubar a qualidade de nossos dias).

É dever das companhias pensar em formas de investir no bem-estar dos trabalhadores, visto que boa parte dos quadros de esgotamento emocional ocorre por conta do estresse laboral. Quem trabalha em situações de pressão constante deve, também, buscar maneiras de aliviar as suas tensões e manter-se saudável. 

Como evitar o estresse? Além de ter bons hábitos cotidianos, é importante praticar atividade física, dormir bem, evitar vícios e, sempre que possível, monitorar o andamento da saúde como um todo.

 

Para os fãs de terapias integrativas e de conhecimentos milenares acerca de energia e bem-estar, existe algo que também pode ajudar: o feng shui. Se você não sabe ao certo o que é, confira o material que preparamos a seguir.


Feng shui: o que é?

Trata-se de uma arte chinesa que tem como objetivo harmonizar os espaços de um determinado local, permitindo que a energia vital das pessoas que o habitam e dos próprios ambientes possa circular de maneira correta.

Segundo o conhecimento, que tem origem no taoísmo, quando há estagnação ou aceleração na energia vital (chamada de "chi"), pode haver desentendimentos, dificuldade para organização de espaços, aumento do estresse, entre outras coisas. Com a normalização do fluxo energético, chegam os benefícios. 

É possível aplicar o feng shui no trabalho e também em casa. Neste artigo, falaremos mais sobre como aproveitar o conhecimento ancestral para decorar a sua casa de forma inteligente e que promova bem-estar. Nada impede, porém, que você sugira mudanças no seu escritório.


Feng shui 2021: como decorar a casa

Neste ano, as cores predominantes estão relacionadas ao elemento Metal (existente na Medicina Tradicional Chinesa), ou seja: aposte em branco, cinza e prata. 

Felizmente, são cores fáceis de combinar. Além disso, vale lembrar que o Pantone do ano junta um tom de cinza a um tom de amarelo mais escuro: ou seja, é possível aliar as tendências cromáticas ao feng shui e, assim, conseguir o melhor dos dois mundos. 

Coloque o branco nas paredes, já que se trata de uma cor que não pesa o ambiente, e o cinza nos móveis. O prata, que pode ser mais impactante para quem gosta de cores discretas, pode ir em adereços, bibelôs e quadros cromados nas paredes. 

Dê pontos de cor ao ambiente sem pesá-lo: lembre-se que a elegância também contribui para que um espaço fique confortável. Caso queira, acrescente detalhes em amarelo à sua decoração, não apenas para dialogar com o Pantone de 2021, mas para atrair prosperidade.


Cuidados a serem tomados na hora de arrumar a casa e investir em decoração

Além de tratar das cores e elemento predominantes no ano, o feng shui institui algumas regras para que a energia da casa não fique estagnada. A primeira delas é bastante simples, mas é importante reforçar: uma casa suja não atrai nada de bom. 

Com a correria, é natural que não tenhamos tanto tempo para manter a nossa casa organizada. Ainda assim, um ambiente corretamente higienizado e organizado promove alterações na nossa forma de interagir com ele - e, claro, com as pessoas que o compartilham conosco. 

Você também pode adotar as seguintes regras: 

     Na hora de escolher as plantas da sua casa, prefira folhas naturais, mas arredondadas. Plantas espinhosas, como cactos, podem gerar atritos;

     Dê preferência à luz natural: abra as janelas sempre que possível, acostume-se a deixar os vidros abertos, deixe o ar circular;

     Prefira objetos com curvaturas e abra mão dos objetos pontiagudos - a regra vale também para plantas, como já comentamos, esculturas e outras obras de arte;

     Ao utilizar o vaso sanitário, lembre-se sempre de fechar a tampa;

     Escolha móveis e mesas com bordas arredondadas, que são mais seguras e também obedecem à lógica de não colocar nada pontiagudo em casa;

     Não direcione nenhum canto da sua mobília para a cama. Para melhorar o sono, a parte superior da sua cama deve estar voltada para o norte, posicionada contra uma parede e jamais colocada sob uma janela.

 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O valor da vida humana

O ano de 2020 jogou na cara de todos nós o quanto a vida humana é frágil e quão grande é nossa vulnerabilidade ante à fúria da natureza. Uma pergunta que ressalta da pandemia e do sofrimento por ela imposto é: o que aprendemos com tudo isso? A escritora britânica Taylor Caldwell (1900-1985), em seu magnífico livro Médico de Homens e de Almas, de 1958, afirma que “o conhecimento vem com lágrimas, desgosto e dor”.

Mesmo para quem não crê em Deus, a narrativa sobre a vida de Lucano, ou Lucas, devidamente romanceada, traz mensagens e ensinamentos sobre a existência na Terra que fazem bem e ajudam a entender a vida e as ações em busca do bem e da felicidade. O personagem do livro é São Lucas, autor de um evangelho do Novo Testamento, que a Bíblia apresenta como um médico sábio, bem instruído e dono de um coração generoso, sempre preocupado com o sofrimento dos pobres, enfermos e oprimidos.

O livro narra a peregrinação humana sob o desespero e as trevas da vida, em situação de sofrimento, angústia e desesperança. Neste ano de pandemia, ressurgem as perguntas feitas por Sócrates (469-399 a.C): Quem somos? De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Santo Agostinho (354-430 d.C), em sua filosofia, elevou o indivíduo à condição divina e estabeleceu que a vida humana deve ser colocada no centro do universo, protegida, respeitada e valorizada, porque o ser humano é único, dotado de intelecto e portador de uma alma imortal.

Nos vinte séculos de predomínio de Ocidente cristão, a questão moral e o valor da vida eram regidos por Deus, sua igreja, seus sacerdotes, seus mandamentos, seus ritos e suas leis. A questão moral originava as perguntas “como viver? o que devo fazer?”, cujas respostas tinham muito da crença em Deus, que teria feito o humano à sua imagem e semelhança.

Friedrich Nietzsche (1844-1900) provocou comoção na Europa quando, 138 anos atrás, no livro A Gaia Ciência, ele bradou: “Deus está morto!” e “fomos nós que o matamos!”, querendo com isso dizer que a crença em Deus e a religião estavam morrendo, logo não bastavam mais para responder à questão moral “que devo fazer?”. Sem Deus e sem religião, por que ser moral?, questão levantada por Dostoiévski, pela boca de seu personagem Ivan Karamazov, que disse: “Se Deus não existe, então tudo é permitido”.

A história da humanidade é a conquista progressiva da liberdade, da prosperidade material e do respeito ao indivíduo, por razões terrenas e sociais, independente da condição divina do ser humano. Quando os liberais ingleses lutaram contra o poder imperial dos reis, o fizeram porque consideravam que o indivíduo, sua vida, sua liberdade e sua propriedade são os valores maiores, que devem pairar acima do Estado, não importa se Deus existe ou não.

O filósofo francês André Comte-Sponville (1952-) expressou sua inquietação de que a morte social de Deus, gritada por Nietzsche, possa ser ao mesmo tempo a morte do espírito – como diz ele, o desaparecimento, pelo menos no Ocidente, de toda vida espiritual digna desse nome – a tal ponto que, com o esvaziamento das igrejas, só saibamos preencher nossos domingos com o shopping center e relegar a moral a segundo plano.

A pandemia, a angústia e a dor deveriam nos fazer melhores, mais humanos e mais preocupados com a vida e o bem-estar de nosso semelhante. A valorização da vida é base inclusive para o aperfeiçoamento das soluções coletivas, principalmente aquelas executadas pelo Estado por meio de políticas públicas e ações de governo. Daí deriva a importância de sociedade e governo fazerem um esforço adicional no combate à pobreza, à fome, ao desemprego e à desigualdade social.

A economia deve ser um sistema produtivo e uma a ordem social a favor do ser humano, sua vida e seu bem-estar. Mas não esperemos conseguir esse objetivo por ação da bondade humana. A bondade é uma virtude humana individual, logo, as pessoas podem ser bondosas. Mas as instituições são impessoais, em primeiro lugar elas têm interesses, a bondade vem depois, se é que vem. Lembro que Roberto Campos, em um momento de tristeza e frustração, disse: “O mundo será salvo pelos eficientes, não pelos caridosos, pois até os caridosos agem por interesse”. Neste fim de ano, com o espírito de Natal, em tempo de crise, vale a pena refletir sobre esses temas.

 



José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo

Empresas devem se preparar para as novidades do eSocial

Conselheira do CFC fala sobre principais pontos de atenção em relação à plataforma


Recentemente, foi disponibilizada a ferramenta eSocial Download, que possibilita baixar, no formato XML, os eventos que foram transmitidos pelos empregadores ao sistema do governo, como explica a contadora Angela Andrade Dantas Mendonça, conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). “Essa ferramenta permite que o empregador possa fazer a solicitação de todos os arquivos XML já enviados ao eSocial. Assim, eles são disponibilizados para download do mesmo jeito que foram enviados, ou seja, no formato XML de envio e retorno”.

De acordo com a contadora, essa nova funcionalidade é ideal para quem precisa recuperar os arquivos para troca de software ou em caso de perda das informações, principalmente dos recibos de entrega. O eSocial Download está disponível no acesso web do Sistema (WEB Geral) para pessoas físicas e jurídicas.


O que esperar do eSocial em 2021

Em 2021, o governo vai lançar mais uma série de ajustes e melhorias no eSocial. Entre as novidades está uma versão web do sistema voltada às micro e pequenas empresas. O objetivo dessa nova versão é permitir que empresas com até 50 funcionários enviem dados trabalhistas ao governo de forma simplificada, reduzindo a burocracia.

No momento, Angela diz que há uma cobrança grande em relação à entrada da DCTFWeb (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos) para todo o grupo 2, já que ainda faltam as empresas que faturaram abaixo de R$4,8 milhões em 2017. A DCTFWeb é uma obrigação acessória que facilita a declaração de contribuições e tributos para a Receita Federal. A novidade é que os DARFs referentes à DCTFWeb poderão ser pagos pelo PIX, novo sistema de pagamentos criado pelo Banco Central.

Outra mudança importante é o eSocial Simplificado, previsto na Lei nº 13.874/19, que entrará em operação a partir do dia 10/05/2021. De acordo com a conselheira do CFC, o calendário vigente deverá ser cumprido, por isso as empresas devem se programar com antecedência. “Não há previsão de prorrogação dessas datas. E, além do cronograma já divulgado, ainda terá a inserção do FGTS Digital em substituição ao SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social). Isso deve ocorrer no início do segundo semestre de 2021”, observa.

Os empregadores, portanto, devem se organizar para utilizar o eSocial Simplificado a partir de maio. “Até lá é o tempo dos softwares de folha de pagamento se adequarem ao novo layout simplificado S-1.0”, explica a contadora. Para ela, é importante que os empregadores e escritórios contábeis já busquem o entendimento das mudanças, partindo da leitura e estudo do novo Manual de Orientações do eSocial.

“Creio que a grande maioria das empresas já está habituada ao eSocial, inclusive querendo entrar logo com as demais fases. Mas é fundamental se preparar para as alterações previstas”, sugere.

 


Conselho Federal de Contabilidade (CFC)


Taxas de juros 2020 - balanço do Procon-SP

As taxas médias do empréstimo pessoal e do cheque especial

terminaram menores que no início do ano


Levantamento realizado pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, aponta que as taxas médias do cheque especial e do empréstimo pessoal terminaram menores que as do início do ano. O cheque especial teve queda dos juros mais expressiva quando comparado com a taxa média do ano anterior. Um dos fatores que determinou essa queda foi a limitação de cobrança da taxa de juros para pessoa física em 8% ao mês, a partir de 06/01/20, estipulada na Resolução nº 4.765, de 27 de novembro de 2019 do Banco Central do Brasil.

Empréstimo pessoal


A taxa média do empréstimo pessoal em 2020 foi de 6,10% a.m., indicando decréscimo de 0,14 ponto percentual em relação à taxa média de 2019, que era de 6,24% a.m.

O ano iniciou com taxa média, entre os bancos pesquisados, de 6,17% e finalizou com 6,08% a.m., variação negativa de 1,46%. O banco Santander foi o que apresentou a maior taxa média anual dessa modalidade, com 7,89% a.m.; a menor taxa média anual foi a da Caixa Econômica Federal, com 3,86% a.m.; uma diferença de 4,03 pontos percentuais, representando variação de 104,40%


Cheque especial

A taxa média do cheque especial em 2020 foi de 7,84% a.m., indicando decréscimo de 5,33 pontos percentuais em relação à taxa média de 2019, que foi 13,17% a.m.

Com base nos bancos pesquisados, o ano iniciou com uma taxa média de 8,00% e finalizou com 7,91% a.m., variação negativa de 1,13%. Bradesco, Safra e Santander foram os bancos que apresentaram a maior taxa média anual de cheque especial, com 8,00% a.m.; a menor taxa média anual foi a da Caixa Econômica Federal, com 7,50% a.m.; diferença de 0,50 ponto percentual, representando variação de 6,67%.

O levantamento anual envolveu seis instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. O comparativo anual é efetuado com base nas pesquisas mensais realizadas pelo Procon-SP.


Veja pesquisa completa

Procon-SP

Diversidade e Inclusão: competências imprescindíveis para líderes em 2021

Uma das coisas que mais gosto no meu trabalho é a possibilidade de poder conhecer e conversar com líderes das mais variadas empresas, com históricos distintos, múltiplas vivências, anseios e percepções sobre o que é Diversidade e Inclusão e o que significa falar sobre isso no contexto empresarial.

Isso me dá a oportunidade de saber como o Agronegócio, a Mineração, o Setor Financeiro, o Varejo, a Indústria e tantos outros setores estão mergulhando neste tema e projetando a perspectiva de inclusão da diversidade em seus negócios, tendo em vista a perenidade da empresa e a transformação da sociedade. Lembrando sempre que a premissa básica é de que essa, obviamente, é a coisa certa a ser feita, mas que quando falamos de grandes empresas e estruturas empresariais, possivelmente seremos demandados de estratégias consistentes para gerar mudanças realmente práticas.

Recentemente, por exemplo, em uma conversa com Carlos Brito, Diretor de Varejo da Nutrien, fui lembrada de que, em um dos meus livros favoritos, “The Paradox of Inclusion” do autor Andrés T. Tapia, há uma menção de diversidade como uma competência que deve ser desenvolvida e cultivada na liderança.

No livro, Andres nos fala de uma Competência Cross Cultural que pode ser notada em três  estágios: “Contribuidor Individual: Demonstra entendimento da definição e dos aspectos de cultura. Busca entender sua própria cultura e perspectiva, como ela difere de outras, e como cultura e perspectiva podem impactar as interações com colegas de trabalho, clientes e outros. Demonstra consciência de outras culturas, perspectivas diversas, estilos, jornadas e experiências e visões de mundo com o objetivo de elevar suas contribuições. Contribuidor Impulsionado: Gerencia seus próprios vieses e estereótipos, e aceita diferenças culturais em estilos, comportamentos, crenças, e visões de mundo. Se aproxima de outros com diferentes jornadas e experiências, perspectivas, estilos, e/ou opiniões para alcançar resultados ideais de negócio. Líder: Molda soluções organizacionais que são interculturais em sua filosofia, concepção, implementação e comunicação. Constrói uma organização intercultural e competente por meio de um sistema e de processos que otimizam o valor de culturas diversas, jornadas e experiências, habilidades, percepções e ideias. Compartilha competências interculturais e inovadoras com líderes vanguardistas fora da organização. Guia toda a organização para que então outros líderes sejam capazes de fazer o mesmo em suas áreas de influência e autoridade.”.

No Livro “Como ser um líder inclusivo”, de minha autoria, também abordo essa questão. Digo que o líder se torna inclusivo à medida em que desenvolve habilidades como: “Empatia – Capacidade inata ou aprendida de se colocar de forma profunda e verdadeira no lugar das outras pessoas, levando em consideração sua história de vida, sua vivência, suas características, de forma a gerar uma aproximação psicológica e emocional, com as mais variadas pessoas. Diálogo – Capacidade de gerar conexões pauta­das na escuta ativa e na compreensão do outro, por meio de uma interação de mão dupla na qual busca-se construir entendimentos, conhecimentos e ações pautados nas mais variadas perspectivas. Falar com intenção e escutar com atenção para construir ideias, famílias, empresas e sociedades. Respeito a opiniões diferentes – A capacidade de respeitar as mais variadas opiniões. Escutar com aten­ção e ativamente e construir conhecimento conjunto. Consciência dos nossos vieses – A capacidade de autoconhecimento, principalmente de perceber “o que pensamos”, “porque pensamos” “como pensamos”. Ou seja, a ampliação do conhecimento sobre como tomamos decisões, naturalizadas so­cialmente, mas que na verdade são fruto de uma construção histórica e social ensinadas de geração para geração. Prática constante – Capacidade de perseverar ao colocar novos comportamentos em prática. Toda mudança – neste caso a prática da liderança inclu­siva – requer novos comportamentos, habilidades e atitudes que deverão ser praticados dia após dia.”.

Veja, faz todo o sentido pensarmos na perspectiva da diversidade e inclusão como competências da liderança. Lembremos que passamos por um ano no qual a temática da diversidade esteve em alta. Para a nossa tristeza, um dos principais impulsionadores do tema foi a morte de indivíduos negros. A discussão sobre o direito à vida. No Brasil, mais recentemente tivemos o homicídio do João Alberto Silveira Freitas expondo a fragilidade das empresas em compreender e aprofundar uma gestão estrutural profunda em prol da valorização da diversidade. E especificamente de avançar no enfretamento de problemáticas existentes nas temáticas de raça e etnia, gênero, LGBTQPIA+, pessoas com deficiência, renda, etc. Muito além da comunicação, de firmar compromissos e de “sair bem na foto”, é fundamental que a liderança das empresas estabeleça metas de curto, médio e longo prazos, com indicadores que permitam acompanhar os seus avanços. E mudar a perspectiva sobre diversidade, considerando esta como uma habilidade e competência imprescindível a ser desenvolvida com o público interno, é parte da solução do problema.

Certamente compartilhei aqui um bom miniguia de contribuições gerais para você que é presidente de empresa, líder de RH, gestor(a) de equipe, consultor(a) de diversidade e está pensando em como trazer a diversidade e inclusão para o cerne das habilidades que precisam ser desenvolvidas e cultivadas em suas equipes. Lembro também que isso só será possível com esforço coordenado, métodos e processos. Mas, tenho certeza de que estamos aptos e que 2021 será um ano com narrativas e vivências muito mais inclusivas para todos.

 



Liliane Rocha - CEO e Fundadora da Gestão Kairós, autora do livro Como ser um líder Inclusivo e premiada com o 101 Top Global Diversity and Inclusion Leaders por dois anos consecutivos (2019 e 2020).


Brasil vem dando exemplo de cooperação no combate à pirataria online, diz especialista internaciona

Executivo da NAGRA cita Operação 404 como um case de sucesso sobre como poder público e iniciativa privada devem agir em conjunto para fechar o cerco ao cibercrime

 

O Brasil vem sendo um bom exemplo de integração entre o poder público e a inciativa privada para combater o avanço da pirataria online. A avaliação é de Pascal Métral, vice-presidente de Assuntos Jurídicos da NAGRA/Kudelski Group, empresa líder em segurança digital. Segundo ele, a cooperação entre empresas e governos é fundamental para fechar o cerco ao cibercrime. E aponta como um caso de sucesso nessa a Operação 404, realizada no mês passado no país.

 

Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Operação 404 envolveu ações da Polícia Civil em diversos estados, e colaboração das embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido no Brasil – além de associações de empresas do setor audiovisual: ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), Alianza e MPA (Motion Picture Association). Foram executados 25 mandados de busca e apreensão, bloqueados 252 sites e 65 aplicativos de streaming ilegal. 

 

A Operação 404 foi destacada por Métral durante um webinar internacional sobre a Convenção de Budapeste, um tratado contra o cibercrime que reúne mais de 60 países, e ao qual o Brasil se prepara para aderir.

 

Responsável pela unidade de inteligência antipirataria da NAGRA, Métral lembrou que a pandemia de Covid-19 aumentou muito o consumo de conteúdos digitais e com isso também os casos de ciberataques e a demanda por serviços de cibersegurança.

 

Para ele, o combate à pirataria deve ser uma prioridade para todos os detentores de direitos. "As empresas não têm escolha, a não ser lidar com esta ameaça e se prevenir contra ataques cibernéticos. Não é uma questão sobre se um dia a empresa será atacada, mas sim de quando será. E quando isso acontecer, ela precisa estar pronta", afirma.

 

Segundo um estudo da NAGRA, o Brasil já é o país com o maior volume de pirataria online no mundo. Em um monitoramento de mais de 4 milhões de usuários de IPTV ilegal em todo o planeta, a empresa identificou que 648 mil destes estão no Brasil.

 

Em seguida, os países que concentram o maior número de acessos a conteúdos ilegais estão no norte da África (Argélia, Marrocos, Egito e Tunísia), seguidos por algumas nações do Oriente Médio (Irã e Arábia Saudita) e Europa (França, Alemanha e Itália).

 

Maturidade

 

Também convidado do webinar, Rodrigo Leme, executivo da Adobe Systems e PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), acredita que o aumento do consumo de conteúdos digitais trouxe mais maturidade para o combate à pirataria online. "É um bom momento para discutirmos o tema em outro nível, sem uma visão romântica da internet", avalia.

 

Na sua opinião, os avanços tecnológicos são importantes não apenas como ferramentas de combate a crimes cibernéticos, mas também para que a indústria possa entender o comportamento de usuários de serviços ilegais e oferecer novas soluções.

 

O debate sobre os benefícios do combate à pirataria para os negócios encerrou uma série de cinco webinars sobre a Convenção de Budapeste, promovidos pela consultoria LTAHub, especializada em ações contra o cibercrime.

 

O último encontro foi conduzido por Felipe Senna e Daniella Ferrari, respectivamente sócio e advogada do CQS FV – Cesnik, Quintino, Salinas, Fittipaldi e Valério Advogados, escritório que também tem entre suas especialidades o combate aos crimes cibernéticos.

 

Sobre a Convenção de Budapeste

 

A Convenção de Budapeste está em vigor desde 2004 e reúne mais de 60 países, mas o Brasil só foi convidado a aderir ao acordo no ano passado. O tratado serve de orientação a qualquer país que pretenda desenvolver legislação contra o cibercrime.

 

Em 2019, o Brasil foi convidado a aderir à Convenção de Budapeste, após iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública e dos esforços do Grupo de Trabalho constituído para esse fim, envolvendo Ministério das Relações Exteriores, Polícia Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Agência Brasileira de Inteligência e Ministério Público Federal.

 

Em julho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional o processo de ratificação legislativa da adesão brasileira à Convenção de Budapeste.

 

Uma vez signatário, o Brasil se unirá ao círculo internacional que já inclui 44 estados-membros do Conselho da Europa e 20 estados não membros, como os EUA, Canadá, Chile, Argentina, Colômbia, República Dominicana e Peru, nas Américas.

 

 

NAGRA/Kudelski Group

https://dtv.nagra.com/

 

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