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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

2020 foi o pior ano para brasileiros desde 2012, mostra levantamento da Ipsos

72% dos ouvidos no Brasil dizem ter tido um ano ruim; 2021 é esperado com expectativa de melhora


Pouco mais de sete entre cada 10 pessoas no Brasil (72%) afirmam que o ano de 2020 foi ruim para si e suas famílias. É o que aponta a pesquisa Global Advisor 2021 Predictions, realizada pela Ipsos desde 2012. No histórico do levantamento, o percentual de brasileiros insatisfeitos com o ano que termina nunca foi tão alto. De 2019 para 2020, o crescimento foi de 10 pontos percentuais.

Em 2012, pouco mais da metade dos respondentes no país (52%) consideraram que o ano tinha sido ruim para si e suas famílias. Em 2013, o índice manteve-se estável com um ligeiro declínio (50%). Após uma pausa na condução da pesquisa, os dados voltaram a ser colhidos em 2016, quando 67% dos brasileiros qualificaram o ano como ruim. Em 2017, eram 64% insatisfeitos, que caíram para 59% em 2018 e alcançaram o patamar de 62% no ano passado.

A percepção brasileira do período de 2020 reflete a avaliação global: considerando a opinião de quase 16 mil entrevistados de 31 países diferentes, 70% disseram ter tido um ano ruim no âmbito pessoal. Em 2019, eram apenas 50%. Turquia (89%), Índia (81%) e Itália (80%) são as nações que pior avaliam o ano de 2020; enquanto os respondentes da Suécia (54%), Holanda (55%) e Israel (56%) possuem uma visão menos negativa do ano que termina.


Futuro é esperado com otimismo

Apesar do sentimento negativo que acometeu o mundo em 2020, 2021 traz esperança: 81% dos brasileiros estão otimistas de que 2021 será melhor do que o ano atual para si e suas famílias. Na média global, são 77%. Os países com maior otimismo são China (94%), Peru (92%) e México (91%). Por outro lado, Japão (44%), França (53%) e Alemanha (63%) são mais comedidos em relação ao ano que está por vir.

Além de uma percepção otimista no âmbito pessoal, a maioria dos entrevistados no Brasil também aposta que o ano que vem trará uma retomada econômica a nível mundial. Seis em cada dez ouvidos (60%) acreditam que a economia global será mais forte em 2021 do que foi em 2020.

A opinião dos brasileiros é mais positiva do que a média entre as 31 nações: 54% acham que 2021 terá globalmente uma economia melhor do que a de 2020, sendo que China (86%), Índia, Arábia Saudita (ambos com 76%) e Peru (72%) são os mais confiantes e França (31%), Bélgica (37%) e Espanha (40%) são os menos.

A pesquisa on-line foi realizada com 23.000 adultos entre 16 e 74 anos de 31 países. Os dados foram colhidos entre os dias 23 de outubro e 06 de novembro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Saiba como decisão do STJ impacta permanência no estágio probatório

Uma recente decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) entendeu, em maioria de votos, que o servidor público em estágio probatório não pode ser exonerado antes do prazo de três anos. A discussão não é algo recente e pode impactar a carreira do servidor público.

A interpretação legal sobre a interrupção do estágio probatório foi feita em julgamento no STJ do Rio Grande do Sul. A decisão não foi unanime - a ministra Regina Helena Costa e o ministro Benedito Gonçalves, em divergência à decisão do relator e em minoria, entenderam que a lei não esclarece expressamente a necessidade do aguardo da conclusão dos três anos, para que haja dispensa do servidor.

Vale ressaltar que a aprovação em um concurso público é o sonho de muitos brasileiros, haja vista a existência de grande quantidade de cursos preparatórios e o número de concorrentes por vagas nos certames. Além da questão salarial, a estabilidade muitas vezes é o maior atrativo do funcionalismo público. No entanto, até o servidor ser efetivado, deve passar pelo estágio probatório.


Período

O estágio probatório é o período durante o qual o servidor é analisado em relação ao desempenho ao realizar todas as funções inerentes ao cargo que ocupa. Além disso, é avaliado se preenche realmente todos os requisitos para realizar a função designada e previsto pelo artigo 41 da Constituição Federal.

Esse período de estágio tem início quando da posse do cargo. Após, o servidor passa a preencher os quadros da administração pública. O estágio probatório tem fim após três anos – avaliações de diversos indicadores de desempenho mensuram os resultados analisados no período.

Para tal aprovação, o servidor deve atingir resultados satisfatórios nos quesitos assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. É por meio dessas habilidades que fica comprovada a capacidade de permanecer no cargo.

Esse prazo de três anos de estágio probatório é instituído pela Constituição Federal em seu Artigo 41:


Discussão

Anterior à decisão do STJ, havia discussão a respeito da inaptidão do servidor não estável no período do estágio probatório. Mesmo sendo mais benéfica à administração pública, a decisão seguiu o relator Napoleão Nunes Maia no entendimento que é necessário aguardar o prazo de três anos. Um dos pontos principais é que a avaliação deve ser concluída ao fim do período de análise.

O Relator teve apoio dos ministros Sérgio Kukina e Gurgel de Faria, obtendo maioria na votação. Mesmo entendendo que a avaliação ocorre aos 24 meses, fundamentam que a exoneração só pode acontecer ao fim do prazo legal de três anos. Nessa discussão quem perde é a administração pública, ao passo que é obrigada a permanecer com servidor mesmo em casos explícitos quanto à incapacidade de cumprir a função designada.




Dra. Laiani Cristina Mafra - faz parte da equipe técnica do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados. É pós-graduada em Direito Empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas, e em Direito Constitucional e Administrativo, pela Escola Paulista de Direito.

Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Governança Corporativa (ESG): Moda ou Sobrevivência?

O cuidado com o meio ambiente e a redução da desigualdade social são certamente causas simpáticas e muito defendidas globalmente, tendo por isso ganhado ao longo dos anos grande cobertura midiática. É fato, entretanto, que essas questões sempre foram tratadas como de responsabilidade do Estado, de ONGs e de filantropos de todos os matizes, de forma quase totalmente dissociada, quando não inimiga, do capital e do lucro.

As coisas, entretanto, estão mudando. Proteção do meio-ambiente e redução de desigualdades sociais passaram a interessar também ao mundo financeiro e hoje constituem os pilares da emergente economia mundial baseada em critérios ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance). Uma economia que precifica fundos de investimento e empresas conforme seu maior ou menor grau de aderência a práticas socialmente responsáveis. Ou seja, são mais bem avaliados (e precificados) no mercado financeiro ESG os fundos e as empresas que, na busca pelo lucro, investem consistente e comprovadamente na produção de bens e serviços que prezem pelo meio-ambiente, evitando, minimizando ou buscando soluções alternativas para os impactos negativos da produção e que primem por desenvolver, promover e manter relações pacíficas, justas e inclusivas com seus empregados, fornecedores, clientes e as comunidades em que atuam. Tudo isso sob uma boa governança corporativa.

Para uma boa classificação ESG, fundos e empresas devem colocar questões ambientais e responsabilidade social como parte de seus objetivos de negócio.

Para tanto, as empresas necessitam elaborar políticas internas que estimulem comportamentos positivamente valorizados pelos padrões ESG, bem como incorporar em seus Estatutos Sociais regras e procedimentos práticos de atuação, fiscalização e controle desses comportamentos: objeto social compatível com valores ESG; transparência na forma de aprovação de atos (escalonamento, duplo ou triplo grau de deliberação); órgãos de fiscalização interna com poderes efetivos para coibir e punir condutas contrárias aos padrões ESG; tomada e prestação de contas periódicas; mecanismos de aferição específicos (não financeiros) de impactos socioambientais de suas atividades; balanço patrimonial que seja uma fotografia autêntica e fiel dos negócios empresariais.

Devem fundos e empresas, em especial, eleger para o cargo de administrador pessoas idôneas, com histórico de vida pessoal e profissional consistente com padrões de probidade e capazes de se manter fieis aos valores ESG defendidos em suas políticas e Estatutos.

Num mundo em que capital e lucro ganharam até agora muito mais valor, espaço e relevância do que seres humanos, a sistematização e adoção de critérios ESG pelo mercado financeiro vem como um sopro de esperança para o futuro da humanidade. Vem fazer parte do esforço conjunto, público e privado, de colocar no comando de Estados, economias e empresas, pessoas capazes de fazer escolhas éticas e morais em benefício de outros seres humanos e não de coisas, dinheiro e algoritmos.

A tarefa de se adequar negócios aos critérios ESG é árdua, mas essencial para a sobrevivência tanto de seres humanos como de empresas.

 



Beatriz R. Yamashita - advogada, especializada em Direito Tributário, com formação em Direito Corporativo pela University Of London (King’s College), nas seguintes especialidades: Comunidade Europeia; Transações Comerciais Internacionais; Tratados de Bitributação; Propriedade Intelectual; e Direitos Humanos; e pela Schiller International University (London Campus), com especialidades em Macroeconomia, Administração Financeira, Contabilidade, Marketing e Estatística. Beatriz também é especializada em mediação e arbitragem pela Psychological Mediation and Mediation Advocacy Course (International Bar Association Mediation Committee) – Regent’s University – London/UK. No Brasil sedimentou seus conhecimentos no Instituto de Mediação Transformativa – Curso de formação de mediadores pelo método da ‘Abordagem Transformativa Reflexiva’. Reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Acumula larga experiência em empresas nacionais e internacionais e desde 2006 é sócia fundadora do Miguel Silva & Yamashita Advogados, com atuação nas seguintes áreas: Societário, Contratos, Fusões & Aquisições, Investimento Estrangeiro, Mediação Empresarial, Imobiliário, Tributário (Impostos Indiretos) – Pareceres, Estratégia de Negócios, Consultoria Preventiva e Contencioso Seletivo.


Momento de incertezas exige mais cuidado e educação financeira

Alta da inflação e incertezas em relação à pandemia indicam mais cautela para 2021. Fazer uma reserva de segurança ainda continua como principal dica para não ser surpreendido


Apesar de as projeções de queda do PIB terem melhorado no último mês, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, a expectativa é que a economia brasileira ainda sofra uma retração de 4,8% em 2020, motivada principalmente pela pandemia da Covid-19. Já a estimativa do mercado financeiro para a inflação em 2021 também teve um aumento, passando de 3,40% para 3,47%. Diante desses números, os brasileiros devem ter cautela na hora de fazer o tradicional planejamento para o próximo ano.

O cenário ainda é de incertezas para 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus. Para o planejador financeiro pessoal da Real Cultura Financeira, Maurício Vono, o momento de crise provocado pelo vírus trouxe uma situação incomum, como perda massiva de empregos e aumento dos preços dos produtos e serviços. “Aqueles que foram impactados negativamente por esse primeiro impacto da pandemia fica a lição de se preparar melhor. Planejar é também se preparar para o inesperado”, afirma Vono.

Para Vono, o primeiro passo para as pessoas se prepararem financeiramente para os próximos anos é definir o planejamento com base nos principais objetivos para o ano e se preparar para situações em que as coisas saiam fora dos trilhos. “O que muda para o próximo ano é que as pessoas devem ter uma atenção maior em relação ao gerenciamento de crise, principalmente aqueles que atuam em áreas sensíveis ao lockdown e às paralisações. Essas pessoas devem ter um controle maior sobre o dinheiro para não passar a dificuldade enfrentada neste ano”, explica o planejador financeiro pessoal.

Para o especialista, as atividades econômicas estão fluindo com exceções de algumas áreas, como eventos culturais e esportivos. Porém, estamos vendo um aumento de casos no país e não sabemos se haverá algumas restrições ao comércio nos próximos dias ou meses. Esse cenário, segundo ele, exige cautela que deverá ser mantida até que toda a população seja vacinada. 

Outro problema que os brasileiros devem enfrentar em 2021 é a inflação e o encarecimento de produtos. Diante disso o planejamento financeiro será de grande valia. Para ele, algo que pode fazer a diferença é a capacitação para gerir as finanças. Para atender a demanda, Maurício Vono desenvolveu um programa de educação financeira para ajudar as pessoas a gerir melhor os recursos e se preparar para alcançar os objetivos pessoais. 

Vono também alerta que as pessoas não devem fazer planejamento apenas para os próximos 12 meses. Para ele, não se deve pensar em 2021 de forma isolada porque esse período é apenas uma peça de um planejamento ainda maior. “As pessoas fazem muitos planos para apenas um ano e acabam se esquecendo dos próximos. As pessoas devem pensar, por exemplo, nos próximos 10 anos e avaliar como 2021 pode se encaixar nas conquistas de longo prazo. Devemos quebrar esse paradigma de pensar apenas nos próximos 12 meses porque isso acaba dificultando a execução de planejamento de longo prazo”, destaca Vono. 

Tamanha a importância do tema, que a Real Cultura Financeira, por exemplo, viu a quantidade de clientes que buscam apoio nessa área aumentar em torno de 23% durante os meses de janeiro e dezembro.

Confira a seguir mais cinco dicas do especialista para alcançar os objetivos em 2021:


Ter uma reserva financeira: 2020 foi um ano repleto de imprevistos que pegaram muitas pessoas de surpresa. Para que isso não se repita com as incertezas em 2021, Vono afirma que é importante manter uma reserva financeira acessível, com um montante que represente de 2 a 4 meses de renda mensal.


Gastar conforme o orçamento: é necessário ter clareza sobre a real situação financeira para organizar os gastos conforme o orçamento. O primeiro passo é listar todos os gastos para se ter a dimensão dos gastos com cada item. Depois, é preciso definir metas para esses gastos. Assim, a pessoa pode ter mais condições para reduzir um pouco de todos os itens do orçamento ou cortar aqueles gastos que não são necessários.


Prever as eventualidades: quando nos preparamos para fazer o orçamento do ano seguinte, é muito comum não considerar algumas eventualidades, como gastos com festas, viagens e férias. Essa situação pode ser prejudicial porque passamos a organizar o orçamento conforme os gastos listados e considerados essenciais, não reservando uma quantia para ser usada nessas situações. Por isso, coloque tudo no papel. 


Colocar em prática o que foi planejado: um dos principais erros cometidos pelas pessoas é fazer inúmeros planos de início de ano e não se comprometer a fazer nenhum ao longo dos 12 meses. As metas colocadas no planejamento devem ser pensadas e idealizadas para serem alcançadas.


Qualifique-se: Para atingir seus objetivos financeiros é preciso estar preparado. Se essa não é uma prática corriqueira, é possível fazer cursos na área. Com a capacitação é possível aprender a se livrar de dívidas, desenvolver o hábito de planejar a vida financeira com base em sonhos e objetivos e a como enxugar os gastos sem perder a qualidade de vida.

 

Chip no cérebro para deixar as crianças mais inteligentes? Boa parte dos adultos no mundo concorda

Pesquisa da Kaspersky em 16 países mostra que maioria é simpática à ideia de um cérebro biônico para melhorar o desempenho dos jovens na escola


Imagine inserir um chip no cérebro de uma criança para que ela possa melhorar a aprendizagem no colégio. Uma pesquisa da Kaspersky mostra que a ideia agrada boa parte dos adultos no mundo. Na opinião de pouco mais da metade (52%) dos 14.500 entrevistados, de 16 países, a implantação de uma tecnologia que permita às crianças aumentar a velocidade de raciocínio e acessar informações de forma instantânea seria algo "bastante" ou "completamente" aceitável. Porém, quando se trata de si próprios, uma parcela menor (22%) se colocaria à disposição de um cérebro biônico, caso tivesse essa oportunidade.

A pesquisa mostra que o interesse em aumentar a capacidade cerebral é maior entre os mais jovens. Dos entrevistados com idades de 18 a 34 anos, 27% aceitariam ser submetidos a esse tipo de técnica. A proporção diminui para 22% na geração de 35 e 54 anos, e cai para 17% entre os maiores de 55 anos. As mulheres (23%) têm uma propensão ligeiramente maior de melhorar seu potencial cerebral e inteligência do que os homens (22%). No geral, quase metade dos entrevistados (49%) acredita ser "completamente" ou "principalmente" aceitável tirar proveito da tecnologia de Aprimoramento Humano (Human Augmentation) para tornar as pessoas mais inteligentes.

Sobre aprimorar seu corpo com tecnologia de forma permanente ou temporária, com o propósito de melhorar a sua performance em atividades gerais, mais de dois terços (63%) considerariam a possibilidade. Os italianos são os mais interessados (81%), e os britânicos, os menos ​​(33%). Alguns entrevistados até expressaram o desejo de conectar smartphones a seus corpos.

"A segurança será uma preocupação fundamental à medida que o Aprimoramento Humano se desenvolve. Há o risco de que essa tecnologia avance além do controle dos governos ou outros órgãos reguladores, o que seria potencialmente perigoso para a humanidade. É algo que devemos prestar muita atenção, conforme evolui. Por exemplo, na Kaspersky, investigamos anteriormente como os chips implantados no cérebro podem ser usados ​​por mal-intencionados para hackear e explorar a memória de um indivíduo. O aumento do cérebro abre um alcance verdadeiramente surpreendente de ciberameaças em potencial ", afirma Marco Preuss, diretor da Equipe de Análise e Pesquisa Global da Kaspersky na Europa.

O Human Augmentation vem tendo ampla repercussão na sociedade, principalmente na educação e no trabalho. Alguns pensadores líderes em tecnologia sugerem que os chips implantados no cérebro podem ajudar a resolver problemas de saúde mental e melhorar o desempenho das pessoas.

No entanto, aumentar a inteligência e o poder do cérebro levanta questões éticas e práticas:

• É seguro do ponto de vista da saúde?

• É ético? Por exemplo, os pais devem permitir que o cérebro de seus filhos seja aprimorado com o intuito de obter vantagem no desempenho escolar?

• Isso dará às pessoas uma vantagem injusta no trabalho e, assim, criará um fosso digital ainda maior?

A maioria dos entrevistados diz que deseja o Aprimoramento Humano para o bem da humanidade, com mais da metade (53%) dizendo que a tecnologia deve ser usada para melhorar a qualidade de vida.

Sobre o relatório da Kaspersky

O trabalho de campo foi realizado pela Opinium Research entre 9 e 27 de julho de 2020, contando com a participação de 14.500 pessoas com mais de 18 anos, em 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, România e Suíça.

 


Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br


Lideranças no pós-pandemia

Presidente do Grupo Marpa, Valdomiro Soares, reflete sobre a transição para o pós-pandemia


Conforme nos aproximamos do final do ano de 2020 a esperança da volta da rotina normal, com a adesão da vacina do Coronavírus, aumenta. Agora é o momento dos gestores e líderes das empresas refletirem sobre como será a transição para o pós-pandemia, para garantir que os colaboradores se adaptem com eficiência e, principalmente, segurança.

A expectativa é que o retorno seja quando a salubridade esteja garantida, porém, a sensação de segurança será fundamental. A pandemia de COVID-19 afetou também o psicológico das pessoas, podendo, até mesmo, gerar transtornos pós-traumáticos em função do isolamento e medo de ser contaminado. Por isso, é primordial que as empresas se atentem em garantir que todos os colaboradores que retornarem se sintam seguros nos ambientes corporativos.

Alguns processos administrativos também serão mudados. A flexibilização de horários e possibilidade de trabalho remoto mostraram que alguns cargos não necessitam de serem realizados presencialmente e com isso diminuem os custos por funcionário da empresa e ainda possibilitam que o colaborar realize o trabalho do conforto de sua casa. Reuniões virtuais mostraram ser uma ótima opção de diminuir as burocracias do dia-a-dia e reduzir os tempos de deslocamento.

Mas o fator que mais influenciará nas lideranças nesse pós-pandemia será a motivação dos funcionários e colaboradores. Durante o home office, cada profissional pode desenvolver seu próprio método de trabalho em sua casa e desprendeu-se das metodologias do ambiente de trabalho, com isso, será prioridade para os gestores a reorganização das estruturas empresariais, mas sem oprimir os métodos individuais de cada profissional.

Identificar as necessidades do novo tempo, analisar os métodos eficazes e aceitar que algumas mudanças serão permanentes são passos iniciais para gerir pessoas no período pós-pandemia. O grande desafio será a manutenção da competitividade que exige alicerces com novas estruturas que permitem agilidade e flexibilidade.

 

Valdomiro Soares - Presidente do Grupo Marpa
valdomiro@grupomarpa.com.br

 

Como sobreviver à avalanche de interações do cliente com a automação

A digitalização das experiências de compra na última década viu o volume de interações explodir. A pandemia e o bloqueio do Covid-19 contribuíram para essa mudança natural e amplificaram a tendência, forçando a maioria das companhias a interagir com seus usuários online, em vez de pessoalmente. 

Nesse contexto, é de suma importância para as empresas encontrarem maneiras novas ou melhores de lidar com a enorme quantidade de interações online que estão enfrentando. Então, como uma plataforma de gerenciamento pode ajudar e quais os benefícios da automação?

 

O que é gerenciamento de interações com o cliente?

O Customer Interactions Management (CIM) descreve como uma empresa se envolve com seus consumidores em todas as fases de sua jornada. Este pode ser o processo que uma organização segue para lidar com todos os contatos, mas, também, a maneira como uma empresa atende às suas diferentes necessidades.

 

O consumidor pode interagir com uma empresa de várias maneiras, seja fazendo perguntas, formulando uma reclamação ou, do outro lado do espectro, com elogios. Qualquer que seja a categoria em que e se enquadrem, elas podem ocorrer por meio de vários canais:

·       E-mails;

·       Chats;

·       Telefonemas;

·       Mensagens nas redes sociais;

·       Formulários de contato;

·       Avaliações em sites dedicados.

 

O impacto das interações do cliente em sua empresa

Os contatos com os consumidores devem sempre ser considerados como uma oportunidade para reunir feedbacks e melhorar a experiência do cliente. Na verdade, toda interação é uma chance de se conectar com ele, encantá-lo e aumentar sua retenção e fidelidade. Quando gerenciadas adequadamente, podem beneficiar sua empresa de maneiras diferentes.

 

Aumente a fidelidade à marca

Os consumidores de hoje não têm motivo para permanecer leais a uma empresa, a menos que tenham uma experiência de qualidade. Garantir que o engajamento com a sua marca sejam positivas e personalizadas pode fazer toda a diferença para torná-lo mais valioso do que seus concorrentes.

 

Desencorajar avaliações negativas

O boca a boca ruim se espalha rapidamente, pois os insatisfeitos estão ansiosos para compartilhar suas experiências negativas com seu círculo social. Priorizar grandes interações pode significar menos publicidade negativa nas mídias sociais e em outros canais.

 

Aumente as avaliações positivas

Indicações podem ser uma ótima maneira de aumentar suas chances de clientes recomendarem sua empresa a amigos e familiares. As indicações podem ser mais mais poderosas do que qualquer campanha de publicidade, podendo impactar positivamente os usuários.

 

O que é uma plataforma de gerenciamento de interação com o cliente?

Uma plataforma de gerenciamento de interação com o cliente (CIM) é um tipo de software corporativo que ajuda a lidar com as relações entre uma organização e seus consumidores. Mais amplamente, refere-se a todas as tecnologias de suporte ao gerenciamento e resolução de solicitações de atendimento, bem como aumento na produtividade dos agentes.

 

Em algumas opções de soluções há um ambiente único para gerenciar as interações de uma forma automatizada e em vários canais, com caixa de entrada que centraliza todos os canais de comunicação e permite que sua equipe tenha total visibilidade de cada contato. É possível  também reduzir o atrito na experiência graças às ferramentas de automação e autoatendimento, como módulos de chat, pesquisa inteligente e base de conhecimento.

 

A tecnologia de AI Simbólica e o Processamento Natural de Linguagem  (PNL) podem ser utilizados no gerenciamento, permitindo que ferramentas de automação entendam a intenção por trás das consultas do usuário e apresentem respostas precisas. 

 

Benefícios da automação do gerenciamento de interações com o cliente 

 

Gerenciar custos de suporte

Conforme mencionado anteriormente neste artigo, o número de interações aumentou exponencialmente com a pandemia de Covid-19 e as empresas não podem se dar ao luxo de recrutar a quantidade de pessoal necessária para lidar de forma eficiente com essas consultas. A automação complementa o autosserviço, para ajudar a lidar com a explosão do volume de interação, enquanto gerencia os custos.

 

Melhore a experiência 

Uma plataforma CIM automatizada libera os funcionários do call center de solicitações de suporte de nível 1 de rotina para que eles possam se concentrar em tarefas mais complexas. Ao fazer isso, a automação melhora os tempos de resolução (já que as ferramentas de autoatendimento estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana) e reduz o esforço do cliente para fazer as coisas, o que é um fator crítico para uma boa experiência.

 

Aumente o ROI

Por último, mas não menos importante, a automação de processos de back-end, graças a um sistema de gerenciamento de casos e bilhetagem, permite que as empresas ajudem seus agentes a serem mais produtivos, aumentando, assim, o ROI (Retorno sobre Investimento) do seu negócio e operação.

 





Cassiano Maschio - diretor de vendas e marketing da Inbenta Brasil, empresa especializada em atendimento ao consumidor online

 

O que aprendi com o ano de 2020?

31 de dezembro de 2019. 23h e 57minutos Família toda reunida. Aquela cena clássica de Ano Novo. Correria para pegar o Champanhe no freezer. Preparativos para o início da contagem regressiva. Taças em mãos! Primeiro ano a ser celebrado ao lado do meu filho, junto a todas (ou quase todas) as pessoas mais especiais que fazem parte da minha vida com aquele olhar de esperança e alegria.

Adoro aquele poema do Drummond que fala sobre a renovação da virada de ano (perdi as contas de quantas vezes mandei ele para clientes e amigos já). Esperem! Parem as máquinas! 2020 precisa mesmo chegar?

Como a personificação do tempo, recorrendo a mitologia grega, nos trouxe Chronos e Kairós, 2020 deveria recorrer a um terceiro modelo para me explicar como os meses foram medido nesses últimos 12 meses. Até agora não consigo dizer. Estou em dezembro, mas me sinto preso em Março ainda. Para mim o carnaval foi há duas semanas. Não me dei conta de aniversários ou casamentos não celebrados, Páscoa, São João, Outono, Inverno, etc…

Mas, sim, 2020 chegou. E já foi embora. Porque tinha que chegar, passar, ensinar e ir embora mesmo. E se você está lendo esse texto podemos juntos agradecer simplesmente por estarmos aqui. Nem todos conseguiram. Sem querer romantizar a tragédia, mas fizemos parte da história. Vivemos ela e tivemos nossa geração marcada por isso. Daqui a 30/40 anos provavelmente não lembraremos muito para contar aos nossos netos sobre 2015, 2016, 17, 18 ou mesmo 2022, 23,24 e 25. Mas de 2020 sim. 2020 e 2021.

Mas o ponto aqui não é tão somente passar por isso. Mas se perguntar o que isso trouxe para você? O que te ensinou? Que tipo de pessoa você se tornará após descobrir que os anticorpos mais desejados do planeta estarão correndo pelo seu organismo? Não, você não será mais o mesmo. Sabe disso. Talvez até já tenha a imunidade desejada, mas deve se pegar pensando o que irá fazer quando tudo isso passar.

Aposto numa alegria coletiva e contagiante. Onde pessoas passarão a valorizar momentos relativamente simples até então. Isso em qualquer aspecto da sua vida. Seja ela pessoal ou profissional. Um passo antes, me peguei pensando e comparando quem eu era há 12 meses e como estou hoje. Nesse exercício de reflexão me dei conta de 4 grandes aprendizados que conversam entre si logo de cara:

  1. Em um momento de crise e incertezas você precisa estar mentalmente muito forte. Não adianta. Para passar por essa turbulência tem que estar bem consigo primeiro para poder fortalecer os outros. Seja seu time, seja sua família, sejam pessoas que interagem profissionalmente contigo.
  2. Ter a possibilidade de trabalhar Home Office não quer dizer que trabalhará menos. Muito pelo contrário. Se possui esse privilégio use ele a seu favor. Monte uma rotina e tire aquelas horas de locomoção para o escritório para um hobby próprio ou para sua família. Tenha disciplina e compromisso com seu empregador, mas não deixe que o trabalho te consuma num ponto onde sua vida pessoal será afetada. Caso contrário o primeiro aprendizado da lista acima entrará em cheque.
  3. Seja um profissional focado e concentrado. Para que as horas do seu dia de trabalho sejam produtivas desligue tudo aquilo que pode “roubar” seu tempo e dispersar sua atenção. Redes sociais, WhatsApp, Informações em excesso, etc… exemplo particular do meu lado: No início da pandemia, um grande canal de notícias fez sua estreia no Brasil. Na ânsia de entender o que estava ocorrendo e de ficar informado sobre os fatos por algumas semanas me peguei praticamente o dia todo de olho na televisão. Naturalmente pelo contexto que passávamos (e ainda passamos) a cada 10 minutos era alguma notícia ruim que eu via e isso me consumia por dentro deixando minha energia muito baixa. A partir do momento que desliguei a TV e qualquer outro meio que me bombardeasse de conteúdo ou informações uma tarefa que estava levando 1 hora para ser feita era entregue em 20 minutos.
  4. Priorize seus parceiros já existentes e que conheçam seu trabalho. Serão eles que irão se reerguer contigo quando a tempestade passar. Em uma crise, muito dificilmente, um cliente novo começa a trabalhar contigo depois de lhe conhecer numa reunião virtual. Retome contatos antigos, deixe sua agenda disponível a clientes recorrentes e traga a eles insights e informações positivas de mercado baseado na sua experiência e em todos os itens acima.

Espero que daqui a 1 ano a normalidade seja vivenciada não como “novo”, mas como evolução mesmo. Que 2021 seja, assim como o ano inicial da década, um ciclo de retomada e prosperidade.

 



Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.


JOÃOZINHO DORIA, O PÉ DE FEIJÃO E A VACINA.

Joãozinho, não bastante ser muito rico, tinha sonhos de grandeza. Queria ser presidente. Dinheiro sem poder é só dinheiro. Poder, sem dinheiro é só poder. E Joãozinho sofria com isso. Os anos passavam e ele circulava assiduamente em meio aos poderosos. Entre suas muitas organizações se incluía a LIDE – Grupo de líderes empresariais que reunia anualmente empresários e poderosos figurões da política nacional num paraíso de Comandatuba (BA). Mas poder, mesmo, ele não tinha. Toda noite, ao contemplar estrelas pela janela do quarto, Joãozinho antevia crescer ali fora um gigantesco pé de feijão que o levaria até elas. Ele queria ser uma estrela luminosa na constelação do poder.

Foi assim que, depois de ocupar alguns cargos, Joãozinho se elegeu prefeito de São Paulo. Glória pequena para os anseios que lhe abrasavam o coração. Assumiu com aprovação de 44% e abandonou o posto, 16 meses depois, com apenas 18%. Queria ser governador de São Paulo.

Havia, porém, uma dificuldade. Como eleger-se governador, se rejeitado pelo povo da capital onde fora prefeito? Joãozinho tinha sua fada protetora. Como todas as fadas, bruxas e gnomos, a fada madrinha de Joãozinho Doria sabia, em 2018, o que apenas os grandes meios de comunicação e institutos de pesquisa, batendo pé no chão, se recusavam a ver: Bolsonaro, tapado de votos, seria presidente da República. E a fada levou-o até ele. Nasceu, ali, para Joãozinho, o que ele imaginava ser o pé de feijão que o levaria aos píncaros do poder político.

Eleito governador, graças ao apoio do capitão, que fez mais da metade dos votos em São Paulo no primeiro turno da eleição, e quase 70% dos votos no segundo turno, Joãozinho marcou território e tomou por inimigo aquele a quem devia sua vitória.

O pé de feijão, porém, em vez de crescer, encolheu. Em seguida sua rejeição voltava a superar sua aprovação. O coronavírus secara a terra? Joãozinho ficou muito triste vendo seu pé de feijão fenecer e flexionar até voltar ao chão. Enquanto isso acontecia, resolveu adotar como modelo o pior ministro do governo Bolsonaro, idolatrado, apesar disso, pela grande imprensa. Se o Mandetta usa o vírus para aparecer diariamente na TV e encanta esse jornalismo de poucas luzes, eu posso fazer a mesma coisa, deve ter pensado ele. E armou palanque paulistano com o noticiário do vírus. Era a exaustiva e depressiva receita da moda.

E o pé de feijão de Joãozinho Doria continuava, claro, sem tomar corpo.

Certo dia, a fada madrinha, já á beira de um ataque de nervos, enviou-lhe um comerciante chinês. O esperto mercador falou de uma vacina capaz de fazer o pé de feijão sarar seus males e crescer a perder de vista. No alto, haveria à sua espera uma harpa encantada, uma galinha poedeira de ovos preciosos, um gigante a derrotar e, claro, a ambicionada faixa de usar no peito.
 

***

As duas últimas pesquisas presidenciais são desalentadoras para Joãozinho Doria. Segundo Paraná Pesquisas (04/12), enquanto o atual presidente tem 36% das intenções de votos, seguido por Ciro Gomes com 12%, ele tem apenas 5%; a pesquisa Poder Data/Band (23/12), posterior, mostra Bolsonaro com 36%, Haddad com 13% e ele, Joãozinho, com apenas 3%. E a Coronavac do mercador chinês parece não ser lá essas coisas. Mas isso é outra história.

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


Em 2021, cuidar da saúde e estudar serão as prioridades dos brasileiros, aponta Google

Pesquisa da plataforma também mostrou que mudar de casa e comprar um automóvel também está nos planos

 

Com a pandemia, 2020 foi um ano bastante atípico no mundo todo e também no Brasil. Segundo pesquisa do Google, 19% dos brasileiros adiaram para 2021 os planos que tinham e as prioridades para os próximos meses serão “Cuidar da saúde” (35%), “Investir meu dinheiro” (23%), “Emagrecer/fazer exercícios” (26%), “Aprender uma nova língua” (24%) e “Comprar um automóvel” (19%).

Em relação aos planos dos brasileiros, o principal deles para 29% é se mudar da residência atual, um aumento de 30% no comparativo ano a ano. Começar a estudar é o planejamento para 19%.

A fim de realizar esses desejos, os principais serviços procurados em 2021 serão: Academia (24%), Escolas/Universidades (21%), Site de emprego (21%), Consulta média (8%) e Site de busca de imóvel (10%).

A pesquisa foi feita em outubro de 2020 através de uma Consumer Survey, ferramenta do Google que permitiu entrevistar 1.000 brasileiros conectados (pois foi feita on-line) em todo o Brasil, entre 18 e 64 anos.


Brasil, papelão no ranking de desperdício de alimentos

Cultivo com técnicas responsáveis de adubação é essencial para reverter o quadro, aumentar produção com qualidade e baratear cesta básica. Papel do cálcio nessa missão é primordial!


Nem sempre é melhor sobrar do que faltar. Quando se trata de alimentos, o desperdício é uma questão séria. E o Brasil se destaca negativamente – está entre os 10 países do mundo que mais jogam comida fora. Segundo dados de 2013 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), são 26,3 milhões de toneladas de alimentos desperdiçados por ano. Segundo a EMPRAPA (2018), cada família média brasileira desperdiça quase 130 Kg de comida por ano, o que equivale a 41,6 kg por pessoa.

Esse número estrondoso representa quase 10% de todo o alimento disponível no país. Do outro lado da balança, há a estimativa, segundo o Banco Mundial, que cerca de 14,7 milhões de brasileiros, cerca de 7% da população, passe fome até o final de 2020. Essa situação tem seu agravamento especialmente após a crise econômica advinda da pandemia. Entre os alimentos que o brasileiro mais desperdiça estão o arroz, a carne vermelha, o feijão e o frango.

“A solução para esse problema está na educação. E educação em vários sentidos. Precisamos aprender a comprar o necessário, a planejar as compras no supermercado. Saber reaproveitar os alimentos, ou até parte deles, como a casca, além de armazená-los adequadamente para que permaneçam saudáveis por mais tempo. Necessitamos urgentemente mudar os hábitos do nosso consumo alimentar.”, explica o engenheiro agrônomo Dr. Valter Casarin, coordenador científico da Nutrientes para a Vida.

É nesse contexto que entra o cálcio. Segundo o especialista, o nutriente é fundamental para o crescimento salubre das plantas e, principalmente, a preservação dos alimentos. A concentração adequada de cálcio promove melhor aspecto e maior tempo de preservação dos alimentos, retardando o apodrecimento.

“Isso acontece porque o cálcio garante a firmeza do alimento. Em caso de carência do nutriente, ele pode amolecer rapidamente, impossibilitando o consumo. No que diz respeito ao amadurecimento, o cálcio atua como um desacelerador do processo, assegurando a comida saudável por mais tempo”, afirma Dr. Casarin.

Além da contribuição para o planeta e para o armazenamento de alimentos, o cálcio ainda tem benefícios importantes para o organismo humano: é ele o responsável pela formação de ossos e dentes, regulagem da coagulação e importantes funções neuromusculares.

São alimentos ricos em cálcio, por exemplo, semente de gergelim, sardinha, ricota, grão-de bico e aveia, além de figos secos, tâmaras, damascos, tangerinas e ameixas.

Aliás, é para garantir que as plantas recebam todos os elementos essenciais a seu bom desenvolvimento, habilitando-se assim, para a produção de alimentos de fato saudáveis e nutricionalmente balanceados para a alimentação humana que a Iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) trabalha ininterruptamente.

Sua missão é esclarecer a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos bem como sua utilização adequada.

 

A origem da força

Porém, toda essa desenvoltura dos alimentos ricos em cálcio não vem do nada: é preciso todo um processo de reposição do nutriente no solo, a fim de devolver as quantidades exportadas pelos produtos agrícolas durante seu crescimento e manter a boa fertilidade do solo. 

“Para a melhor produtividade e qualidade nutricional dos alimentos, recomenda-se aos agricultores que utilizem a aplicação no solo de fertilizantes fornecedores  de cálcio como, por exemplo, os superfosfatos, além do calcário e o gesso agrícola”, pontua o engenheiro agrônomo. Segundo ele, é uma prática muito comum para corrigir o pH ácido dos solos tropicais, comuns no Brasil, e com baixa disponibilidade de cálcio.

A aplicação, porém, deve ser bem averiguada e pensada para atender a demanda nutricional da planta, sem prejudicar o solo e os próprios alimentos. “É imprescindível fornecer a dose correta de nutrientes de acordo com os resultados da análise de solo e da tabela de adubação para a cultura explorada. É um processo realizado de maneira criteriosa e responsável”, destaca. 

Todo cuidado é pouco, tendo em vista que os solos não geram nutrientes. Eles apenas contêm quantidades determinadas que ficam armazenadas e são absorvidas pelas plantas para completar o seu ciclo de vida, ou seja, para produzir alimento. Após esse processo, os nutrientes devem ser repostos, na dosagem, época e local corretos.

Através do uso eficiente de fertilizantes, nutrimos o solo com cálcio, assim como outros importantes nutrientes, disponibilizando para as plantas produzirem nosso alimento, contribuindo para a segurança alimentar, para a sustentabilidade ambiental e ao bem-estar dos brasileiros.


Como aumentar a produtividade no home office

Nova realidade de milhares de brasileiros durante a pandemia, o fato de trabalhar em casa pode acabar afetando a produtividade final das tarefas

 

A pandemia do novo coronavírus gerou mudanças dentro e fora das casas de milhões de pessoas pelo mundo. O modelo de home office, em que o escritório passou a ser dentro de casa, foi adotado por grande parte das organizações e escancarou um problema: como conciliar a produtividade, com a rotina do lar. Sobre o tema, Thiago Shimada, mentor de donos de negócio, destaca um importante ponto. “Muita gente acha que ser produtivo é estar sempre ocupado. Mas na verdade é a forma de como você controla seu tempo”.

 

Diante desse cenário vivido, e de todas as mudanças ocorridas, as pessoas precisaram se adaptar às pressas ao novo modelo, o que nem sempre foi feito da melhor maneira.  Shimada destaca que o ser produtivo não é algo inerente a todos nós e sim um “instinto de sobrevivência, mas não é algo natural do ser humano”. Com isso em vista, Shimada listou três pontos importantes de se ter em mente, quando o assunto é produtividade.

 

1.   Autoconhecimento

Antes de tudo é preciso entender que, para ser produtivo, é preciso ter consciência de que, inicialmente, não fomos desenhados para isso. Aceitar que, de fato, somos falhos nesse assunto, por não ser algo natural. Isto posto, entende-se como produtividade aquilo que está relacionado ao mapeamento de processos e organização. Pontos que, para serem bem desenvolvidos, devem estar ligados ao autoconhecimento de saber o que, realmente, você é capaz de desenvolver em determinado tempo.

 

2.     Entenda o que funciona para você

A partir do momento que você aceita que isso é um problema na sua vida, você consegue visualizar com mais facilidade a ferramenta que pode te auxiliar na solução do problema. Por exemplo: se a sua organização funciona melhor com  uma folha de papel, uma agenda ou usando um aplicativo no celular. Nesse contexto é importante lembrar de dois conceitos: eficiência e eficácia. O primeiro é saber fazer, enquanto o segundo é atingir o resultado desejado. A partir do momento que você entender o que melhor funciona para você, a eficiência virá naturalmente. 

 

3.          Externalize suas ideias

É muito comum que, ao tentar se organizar, a pessoa mantenha suas ideias apenas dentro da cabeça. Por vezes, a informação é muito grande e deixar isso tudo internamente pode acabar perdendo algum detalhe. É preciso criar um mapa mental e escrever em um papel todas as ideias que se tem, assim, a organização fica muito mais fácil e visual. 

 

4.          Hierarquize as ideias

Uma vez que tudo está escrito, o próximo passo é organizar as ideias por ordem de prioridade. Para auxiliar visualmente a tarefa, coloque tudo em 4 cores diferentes, seguindo os critérios abaixo.

a.     Importante e urgente

b.     O que é importante, mas não urgente.

c.     Urgente, mas não importante: quando é preciso apagar algum incêndio do cliente.

d.     O que não é importante nem urgente.

Uma vez desenhado e hierarquizado você seleciona uma cor por vez para trabalhar.

 

5.          Respeite o planejamento

De nada adianta desenhar todas as ideias, entender e priorizar o que precisa ser feito se o planejamento não for respeitado. Aqui, a palavra de ordem é disciplina! Respeite o que você delimitou, custe o que custar. Repita, de forma contínua, essa técnica ao longo de 21 dias. Assim, ela se tornará uma nova sinapse do seu cérebro que, por consequência, a conquista de uma pessoa mais produtiva. Lembre-se: produtividade não é algo natural! É preciso ter a ação mecânica de riscar e ticar aquilo que já foi feito. Assim, você estará pronto, de fato, para entender, compreender e ser, enfim, produtivo.

 

 



Thiago Shimada - CEO da Academia da Marca e Mentor de Donos de Negócio. Com suas vivências no varejo, experiências no mundo do marketing e publicidade, e uma intensa dedicação no estudo de mentes empreendedoras, ele ajudou, ao longo de 7 anos, mais de uma centena de empresas, que variam de startups a companhias que figuram entre as 1000 maiores do Brasil. Seus esforços ainda ultrapassam a marca de mais de R$ 35 milhões de incremento no faturamento dos negócios de seus clientes.

https://thiagoshimada.com.br/

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