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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Dicas para trabalhar em casa em tempos de quarentena

Nessa fase de distanciamento social e home office prolongado, os hábitos que adotamos no dia a dia revelam-se mais importantes do que nunca. Além das dicas clássicas de acordar cedo e tomar banho, não ficar de pijama o dia inteiro e manter refeições em horários fixos, há outras para você se adaptar a esta nova rotina, visando o bem-estar e a produtividade, as quais poderá levar para além do período de quarentena. Veja, a seguir, as dicas de Armelle Champetier, diretora da Yogist no Brasil.



1 - Determinar um espaço de trabalho
O espaço é um elemento crucial. Mesmo que você tenha uma área limitada, é importante simbolizar concretamente qual será o seu ambiente de trabalho nas próximas semanas - tanto para você e o seu cérebro (que adora hábitos!) quanto para as pessoas com quem você convive.

Mesmo em um espaço pequeno, e uma mesa que vai servir tanto para o seu filho estudar quanto para você trabalhar ou para o almoço em família, é essencial criar uma configuração específica para o trabalho. Pode-se tirar os objetos decorativos que lembram o ambiente de casa e substituí-los por algo que simbolize o momento de trabalho (um quadro, a sua garrafa de água). Outra sugestão é reproduzir a configuração da mesa do seu escritório. Esses detalhes vão ajudar a entrar no clima e, depois de alguns dias, o seu cérebro vai associá-los ao momento de trabalho. Dessa forma, você conseguirá transitar entre os períodos família e períodos trabalho com mais facilidade. 


2 - Adaptar os seus rituais
Sabe aquelas atividades que você faz todos os dias ao chegar no escritório, como tomar um café, cumprimentar um colega e ler as notícias do dia? Esses rituais são essenciais para que o seu cérebro entenda que está prestes a iniciar a jornada de trabalho. Em casa, o cérebro fica perdido, sem referências, com elementos relacionados ao trabalho misturados com os outros (ambiente físico, presença de familiares e dias parecidos). Pense em como transferir, na medida do possível, esses rituais, ou até instaurar novas rotinas para poder contar com essas referências e estruturar melhor o seu dia.


3 - Estabelecer uma agenda estrita
Já temos dificuldades, em tempos normais, de lidar com as distrações e interrupções no escritório: notificações de e-mails, celular, conversas de baias e colegas chamando para tomar um café. Em casa, a nossa atenção fica mais dividida e as tentações são grandes, sem contar com a avalanche de notícias e grupos de WhatsApp bombando. No fim das contas, em particular para quem se transformou em professor de um dia para o outro, sobram poucas horas para se dedicar ao seu trabalho. Os intervalos que conseguimos se tornam mais preciosos e precisam render. A chave aqui é reservar, de forma quase intransigente (na medida do possível), esses intervalos na agenda do dia, sem deixar que uma atividade colida com a outra. Na hora de trabalhar, elimine qualquer tipo de distração, formalize o momento com as pessoas que moram com você (inclusive crianças, se tiver) e defina um tempo e objetivo para aquele período de trabalho, mesmo que tenha um tempo curto disponível. Mais fácil falar do que fazer! Essa abordagem vai absolutamente na contramão do que andamos fazendo nos últimos anos com a revolução dos meios de comunicação. Talvez seja, em tempos de necessidade, que conseguimos fazer mudanças profundas...


4 - Fazer pausas e se movimentar para cuidar da sua saúde mental e física
A questão do sedentarismo não é uma novidade. Mesmo na “vida normal”, transitamos pelo dia sentados: no carro, no escritório, no sofá de casa. Agora, na quarentena, a questão ficou ainda mais crítica. Quem frequenta as redes sociais já pôde perceber a profusão de possibilidades para se mexer em casa, sem necessariamente pular na cabeça do vizinho ou possuir qualquer tipo de equipamento em casa. 

Na própria rotina de trabalho, existem também técnicas de relaxamento e alívio das tensões. A Yogist, startup de yoga corporativo, lançou uma série de vídeos curtos que ensinam técnicas para lidar com o estresse e a ansiedade, e movimentar o corpo inteiro, sem sair da cadeira. Inspirados do yoga, os exercícios são acessíveis a todos e abstraem de qualquer busca espiritual. Essas pausas de alguns minutos de respiração e alongamento ajudam a melhorar o foco, baixar o nível de estresse e mexer o corpo da cabeça até os pés. Veja alguns dos 100 exercícios disponíveis para seu corpo e sua mente nos vídeos abaixo:


Pausa para o pescoço:






Pausa para respirar:



Pausa para as mãos e punhos:




Fiocruz registra o exato momento da infecção do novo coronavírus em célula


Registro em microscopia eletrônica de transmissão, inédito no Brasil, foi produzido durante estudo sobre replicação viral

Imagens de microscopia eletrônica de transmissão produzidas pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mostram, em detalhe, o momento exato em que uma célula é infectada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Para o registro da imagem, foi usada a infecção em células de linhagem Vero, frequentemente utilizada para ensaios in vitro.

Em outro registro, é possível identificar diversas partículas do novo coronavírus tentando infectar o citoplasma da célula, onde pode ser visualizado o núcleo, responsável por guardar o material genético da célula. Em uma terceira  imagem, partículas virais podem ser observadas dentro do interior da célula.

O registro, inédito no Brasil, foi obtido durante estudo que investiga a replicação viral do SARS-CoV-2, conduzido pelos pesquisadores Débora Barreto e Marcos Alexandre Silva, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, e Fernando Mota, Cristiana Garcia, Milene Miranda e Aline Matos, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo.








Débora Barreto/IOC/Fiocruz


Nossas emoções podem nos fazer adoecer?



Em nossa prática psicológica com pacientes portadores de doenças agudas ou crônicas graves percebemos que é possível sim adoecer com as nossas emoções. Por exemplo, muitas vezes vemos um agravamento da dor em pacientes com doenças autoimunes como fibromialgia quando este passa por estresse.

Existem situações difíceis e negativas em todas as vidas. Podem envolver a perda de uma pessoa, seja por morte ou divórcio, desastres naturais, abuso doméstico, dificuldades financeiras, um diagnóstico de doença grave em si ou em seus familiares, ou acontecimentos trágicos da infância, como perda prematura dos pais ou abusos físicos ou psicológicos. A estes eventos damos o nome de trauma. E estes traumas, se não forem resolvidos, podem levar ao adoecimento grave num período de 6 a 18 meses.

Um trauma é uma resposta emocional inadequada a eventos negativos que aconteceram em nossa vida. 

As reações envolvem sintomas que podem envolver taquicardia, tonturas, confusão, entorpecimento, enjoo, anorexia ou excesso de fome, vômitos e diarréia, dores difusas no ventre, elevação ou queda da pressão arterial, entre outras. Essas reações preparam o corpo para lutar ou fugir de uma ameaça, seja ela real ou imaginária.

Muitos estudos têm associado o estresse a uma menor função imunológica e maior incidência de doenças em geral. O Sistema Nervoso Simpático é o principal envolvido nas mudanças químicas que ocorrem durante uma situação de “luta ou fuga”. Em situações agudas, o SNS se ativa. No entanto, assim que o evento traumatizante tenha passado, o corpo volta à homeostase em cerca de uma hora. Sob estresse crônico, o SNS fica “ligado” praticamente o tempo todo. Neste estado, os mecanismos de estimulação da adrenalina e da noradrenalina se alteram.

Esta alteração pode conduzir a uma série de processos favoráveis ao desenvolvimento de doenças agudas ou crônicas, uma vez que o corpo fica predisposto à maior inflamação, menor imunidade, e a incapacidade de se autorregular.

Existem formas de lidar com os fatores estressantes, cuidar dos nossos traumas e ter uma vida melhor? Sim. 


Medicina: Quando necessário, buscar ajuda médica. Uma vez que o corpo atinge seu limite e adoece em vários sistemas ao mesmo tempo.


Psicoterapia: As experiências que você vive ou viveu, sejam elas positivas ou negativas, formaram o modo como você interage com o mundo exterior. Estes sistemas de crenças podem ser mudados, trabalhando-se no nível subconsciente, que foi onde se formaram em primeiro lugar. 

A psicoterapia pode ser muito útil para a compreensão destas dinâmicas e para trabalhar as crenças que nos limitam como a baixa autoestima, mágoas ou bloqueios inconscientes.

Quando associada a outras ferramentas, como as terapias vibracionais ou complementares (reiki, ou outras práticas que constam da lista oferecida pelo Sistema Único de Saúde - SUS), as práticas que trazem mais fé e esperança e a exercícios físicos tem muito sucesso.

​​Seja qual for a modalidade que você use para se curar do trauma, lembre-se de que esta prática precisa ser constante. Não adianta apagar as labaredas altas do fogo e deixar as pequenas brasas incandescentes. Logo elas se tornarão labaredas também.

Durante este novo aprendizado várias técnicas serão ensinadas e cabe a você trabalhar arduamente para não adoecer mais. Pode demorar um pouco, ou não, para ver os resultados de seu trabalho interno, mas você os verá. E quando vir perceberá que o estado de sua vida e sua saúde mudará significativamente para melhor.





Ana Cassia Stamm - palestrante socióloga, psicóloga e psicoterapeuta Vibracional. Fundadora do Despertar do Ser Terapias Vibracionais. Mais informações em: www.despertardoser.com.br

 

Período da Covid-19 faz com que a gente passe por 3 das 5 fases do luto e aprenda com isso


Período da Covid-19 faz com que a gente passe por 3 das 5 fases do luto e aprenda com isso


Perdemos, repentinamente, o direito de ir e vir. Parece exagerado?

Pode até parecer, mas fato é que um dia estávamos bem, aquém de qualquer situação que se poderia passar no Brasil, no outro dia entraram com a suspensão das aulas, poucos dias depois veio a determinação do isolamento social e a interrupção de diversos serviços que utilizávamos diariamente. Inclusive, para alguns, seu próprio trabalho.

Inicialmente, indignação, temor, desespero, ansiedade. Logo depois, revolta, questionamento sobre a real necessidade, mais temor, dessa vez pela renda mais até do que pelo medo de adoecer e, em seguida, resignação. Mas ainda seguido de muito temor, entretanto, dessa vez os medos se misturam.


Parece familiar?

O que seria esse processo se não o momento de negação, depressão, raiva relatados como três das cinco fases do luto?

Mas não para por aí, entramos em oração, reza, meditação ou qualquer processo espiritual esperando por uma cura, por salvação, aguardando desesperadamente que algo nos liberte desse mal que assolou não apenas nosso País, mas o mundo.

Seria, então, o momento da barganha, o momento de oferecermos melhorias pessoais em troca da cura, de doações em busca de ajudar ao próximo, mas também de elevação espiritual, mais barganha, algo que só nos faz sentir melhor, mesmo que momentaneamente.

Nos revoltamos com o vírus, nos revoltamos com o governo, alguns foram (outras ainda são) contra o isolamento, porém, fato é que todos paramos.

Paramos para refletir, para compreender o que se passa, para comparar dados, para ver notícias. Paramos nossas vidas. Opa! Não paramos nossas vidas não, elas seguem, mas chegamos na então aceitação. Não a aceitação necessariamente de que algo lá fora irá nos adoecer, mas sim de que não há muito o que possamos fazer, pois mesmo quem não desejava parar, precisou.

Pois sem pessoas nas ruas não há rotatividade, o que faz com que muitas pessoas tenham seus negócios congelados temporariamente. O o problema é que não sabemos quão temporário será.


A hora da aceitação

Chegamos na última fase do luto, mas a questão sobre o luto é que não é um processo unilateral. As fases se misturam e se repetem incessantemente.

Quantas vezes for pertinente, nos sentimos inseguros em diversos momentos, contudo, ao mesmo tempo começamos a viver diferente, a nos adaptar à nova realidade, mesmo que exista um prazo de validade para que ela se modifique novamente.

Aprendemos a nos isolar, mesmo que alguns não o façam completamente, aprendemos a estar presente de fato com aqueles que amamos, aprendemos novamente sobre maternidade, paternidade, gestão de tempo, procura e demanda.

A costureira passou a fabricar máscaras, mães e pais aprenderam a brincar com os filhos e a exercitar mais a paciência, profissionais aprenderam a dar novo significado ao seu negócio, ainda que não fosse o que desejavam de fato, e aprendemos um novo conceito de nos reunir, dessa vez a distância.

E assim por diante o aprendizado se segue, mas o luto também e tudo bem, que assim o seja, afinal, é tudo novo, tudo incerto e a nós cabe apenas fazer a nossa parte e lidar com cada fase desse luto que surgiu repentinamente em nossas vidas.

Mas que, com colaboração mútua, há de passar!






Ellen Moraes Senra - psicóloga, palestrante, escritora e professora universitária. Escreve livros para todas as faixas etárias, assim como também para o público negro, sempre com a proposta de que o diálogo, o autoconhecimento e o autoamor são as bases para a felicidade tanto consigo mesmo, quanto com as demais relações a serem construídas na vida.  Dentre suas obras estão “Autoamor: um caminho para a autoestima e regulação emocional feminina”, “A psicologia e a essência da negritude” e “Feiurinha Sabe tudo”. Também é colunista do Jornal Empoderado e da Revista Statto. Saiba mais em @psicologaellensenra.



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