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segunda-feira, 2 de março de 2020

Agenda Econômica - 02/03 a 06/03


Destaques da semana 24/02 a 28/02


Nesta semana, os destaques da agenda econômica doméstica ficaram para os dados de inflação com o IGP-M de fevereiro e a taxa de desocupação da economia segundo a PNAD referente ao trimestre terminado em janeiro.

No exterior, destaque para os dados de atividade econômica com a segunda leitura do PIB americano referente ao quarto trimestre de 2019 e na Europa, destaque para o índice de confiança econômica, porém ambos os indicadores foram suprimidos pela proliferação do coronavírus fora da China.

Desde o início da última semana, os novos casos de coronavírus vinham decrescendo na China, aparentando certo controle da situação pelo gigante asiático e corroborando para certo arrefecimento dos temores sobre o vírus. No entanto, já no final de semana, a situação se enveredou por um caminho diferente e a disseminação da doença ganhou força em outros países principalmente na Coreia do Sul, Itália e Irã.

Tal movimento que coloca em dúvida os impactos em relação ao crescimento econômico global ao longo do ano fizeram com que as principais bolsas ao redor do mundo realizassem um forte movimento de correção. Neste contexto, dados como o crescimento anualizado do PIB americano do quarto trimestre de 2,1%, em linha com o esperado e o avanço no índice de confiança econômica na Zona do Euro, de 102,6 em janeiro para 103,5 em fevereiro, acima do esperado pelo mercado, acabassem por ter pouco efeito sobre os mercados.

No Brasil o clima não foi diferente, nesta semana também foi confirmado o primeiro caso da doença em território nacional. O índice Bovespa em linha com as outras bolsas realizou forte movimento de correção e o câmbio acabou por refletir a volatilidade nos mercados. Numa tentativa de minimizar o movimento, o Banco Central do Brasil fez três intervenções ao longo da semana oferecendo cerca de US$ 2,5 bilhões via leilão de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro).

Também em meio a estas circunstâncias que o IGP-M e a PNAD foram recebidos. O IGP-M, que tem como referência na coleta de preços o período entre 21 de janeiro até 20 de fevereiro, apresentou deflação de 0,04%. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,82% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,19% em fevereiro, após alta de 0,50% em janeiro enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,21% em fevereiro, contra 0,52% em janeiro.

A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 11,2% no trimestre terminado em janeiro contra 11,0% no trimestre terminado em dezembro. No entanto, no conceito dessazonalizado o índice caiu de 11,5% para 11,4% na mesma métrica. A taxa de subutilização do mercado de trabalho permaneceu estável no trimestre encerrado em janeiro frente o trimestre imediatamente anterior na série original, já no conceito dessazonalizada caiu de 23,1% para 22,9%. Em linha com a melhora da ocupação (+2,0% a.a.), a massa salarial avançou 2,2% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto o rendimento médio apresentou estabilidade.


Esta semana - 02/03 a 06/03

Para a próxima semana, o destaque da agenda local será a publicação dos dados das Contas Nacionais com o PIB do quarto trimestre. Nossa expectativa é de crescimento de 0,5% no último trimestre contra o trimestre imediatamente anterior. Na comparação contra o quarto trimestre de 2018, a expectativa é de crescimento de 1,7%. Com este resultado, o acumulado do ano será de 1,1%, pouco abaixo da nossa expectativa anterior de 1,2%. Tal correção pode ser atribuída à frustração com as vendas na Black Friday além da perda de tração da economia nos últimos meses do ano vis a vis a melhora na retomada vista a partir do segundo semestre de 2019 com impulsos, derivados, principalmente pela liberação do FGTS.







Rafael Cardoso - economista-chefe da Daycoval Asset Management

Cinco habilidades indispensáveis para a gestão do futuro


Dizer que o mundo muda a uma velocidade surreal já virou balela. É fato que a história do século XXI será muito diferente do século XX. O problema é que fomos preparados e moldados para um mundo que se torna cada vez mais distante. Não por acaso, surgem as síndromes de burnout, do pânico, depressão e o aumento na taxa de suicídios, demonstrando claramente a falta de preparo para se adaptar. Por isso, listei aqui cinco habilidades que julgo indispensáveis e urgentes para qualquer profissional que deseja ter sucesso nesses novos tempos.


#1 - Liderança: Esqueça aquela velha máxima de que liderança é coisa para gerente, diretor ou presidente. Liderança é uma questão de atitude, um estado de espírito, e não um cargo ao qual você foi designado. E, antes de ser líder na sua empresa, você precisa ser líder na sua vida. O futuro é dos protagonistas, não dos coadjuvantes. É preciso assumir a autoliderança e a autorresponsabilidade para ter sucesso. Você é o senhor do seu destino. Nada de terceirizar escolhas para depois culpar sua geração, a crise, o governo ou quem quer seja. Trace suas metas e parta para cima seja dentro de uma empresa ou na sua própria aventura empreendedora.


#2 - Resiliência: Se o mundo muda, a gente muda junto com o mundo. Ser nostálgico ou depressivo não vai adiantar de nada. Sim, as regras mudaram em pleno jogo e você vai ter que trocar os pneus com o avião em pleno voo. Darwin já dizia que não são os mais fortes os que sobrevivem e sim aqueles que melhor se adaptam. Ninguém está dizendo que mudar é fácil, mas é inevitável. E dói. Dói muito. Ter que sair da cama quentinha sabendo que chove granizo do lado de fora desanima qualquer mortal. A boa notícia é que resiliência é como um músculo, quanto mais forte, menor será o esforço. Acredite, com o tempo, você vai acabar se acostumando com o fato de que a incerteza é a única certeza.


#3 - Criatividade: Nada de respostas velhas para perguntas novas. Aquelas frases feitas, as cartilhas “infalíveis” que você recebeu dos seus pais, avós e professores que tanto se preocuparam em te preparar para o mundo, não servem mais de muita coisa. Agora, ou você cria suas próprias escolhas, ou será obrigado a seguir a dos outros. E aqui também tem boa notícia. Criatividade não é um dom especial, um talento para poucos. É uma habilidade que pode - e deve - ser desenvolvida por todos. E se você adora fórmulas e processos bem definidos, pode acreditar que existem várias para estimular a sua criatividade. E funcionam! É preciso começar de alguma forma.


#4 - Pensamento sistêmico: Sabe aquele roteiro mágico de que você nasce, vai para a escola, faz amigos, se apaixona, faz uma faculdade, ganha dinheiro, compra uma casa, viaja, etc, etc, etc...? Então, já deu para perceber que ele não funciona para todo mundo o tempo todo, certo? E a razão de sofrermos tanto quando algo foge desse “padrão” é que aprendemos a desenvolver apenas o pensamento linear: isso “mais” isso é igual àquilo. Ou seja, se eu for uma boa menina, encontrarei um príncipe encantado. Se for um bom aluno, terei um ótimo emprego. Mas, se o mundo é sistêmico, o seu modo de pensar também deve ser. Vale a pena se aprofundar nesse assunto. Há vários autores bárbaros que ensinam como desenvolver essa nova forma de ver o mundo.


#5 - Aprendizagem contínua: Você fez faculdade, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, PHD. Agora, é só pendurar seus diplomas na parede e correr para o abraço, ok?! Óbvio que não. O futurista Alvin Tofler disse que “os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas sim os que não tiverem capacidade de aprender, desaprender e reaprender”. Ou seja, durante toda a sua vida, você vai ter que jogar fora conhecimentos obsoletos e se abrir para o novo. No livro Teoria U, Otto Scharmer ensina a importância do “deixar ir” para “deixar vir”. Então, melhor aceitar que mais dia, menos dia, você vai precisar se render ao conceito de lifelong learn, ou seja, vai ter que estudar para sempre! Aceita que dói menos e cura mais rápido.





Marília Cardoso - sócia-fundadora da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

 

Imposto de Renda 2020: organização é aliada do contribuinte para não cair na malha fina


Declaração do Imposto de Renda deve
ser entregue até o dia 30 de abril
Divulgação

Especialista do Sicredi explica o passo a passo para fazer a declaração que deve ser entregue até o dia 30 de abril 


Com a liberação do programa gerador do Imposto de Renda 2020 começa, neste dia 2 de março, o período para a entrega das declarações do IR referente ao ano-base 2019. E na hora de acertar as contas com o "leão", muitos contribuintes caem em algumas armadilhas por causa da falta de organização ou por deixar a entrega para a última hora - o prazo termina dia 30 de abril.

“Quem antecipa o envio tem a vantagem de receber antecipadamente a restituição do Imposto de Renda, caso houver, e esse pode ser um bom recurso para investimentos”, explica o diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adilson Felix de Sá. Lembrando que idosos, deficientes físicos ou mentais e portadores de doença grave têm prioridade no recebimento da restituição. 

Neste ano, a Receita Federal espera receber cerca de 32 milhões de declarações até o final do prazo. Para evitar surpresas, separamos algumas dicas para facilitar o preenchimento pelos contribuintes:


Você precisa declarar?

É importante lembrar que precisa entregar o IR quem se enquadra nos quesitos abaixo: 

- Em 2019, recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 e, em relação à atividade rural, obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50; 

- Possui, em 31 de dezembro de 2019, propriedade de bens ou direitos, de valor total superior a R$ 300.000,00; 

- Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de  R$ 40.000,00;

- Realizou operações na Bolsa de Valores. 


Separe os documentos e não deixe para última hora

Antes de começar a declaração é preciso separar os documentos necessários para facilitar o envio de informações. Esse planejamento facilita o processo e ajuda a diminuir divergências nos dados, primeiro passo para não cair na malha fina. “Vale lembrar que o contribuinte pode importar os dados da declaração feita em 2019, o que facilita o preenchimento. Nesse caso, é importante ficar atento em caso de retificação, valendo o número do recibo da última versão enviada para a Receita”, explica Félix de Sá, que ainda indica os documentos mais importantes para a declaração:

- Informe dos rendimentos do ano de 2019. Normalmente oferecida pelo empregador, também contém dados como contribuições ao INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF);

- Informe de rendimentos da instituição financeira com a qual opera;

- Informe de rendimentos de corretoras;

- Comprovantes de rendimento ou pagamento de aluguéis;

- Número do CPF dos dependentes; 

- Comprovantes de despesas médicas, odontológicas e escolares do contribuinte e dos dependentes; 

- Doações a instituições com deduções legais;

- Comprovantes de contribuições de Previdência Privada na modalidade Programa Gerador de Benefício Livre (PGBL). 


Aproveite o dinheiro extra para investir

Em 2020, a  Receita Federal informou que reduziu o números de lotes de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física, de sete para cinco e que irá antecipar o pagamento das restituições. O primeiro lote está programado para o dia 29 de maio e o último previsto para 30 de setembro. 

“Essa é uma boa notícia para quem tem valores a restituir. Nesses casos uma boa opção é aproveitar o dinheiro extra para investir ou poupar. O associado do Sicredi, por exemplo, pode informar na declaração o número da conta poupança e assim fazer uma reserva financeira. O valor ainda pode servir de incentivo para iniciar novos investimentos para perfis mais arrojados, de forma a compor um portfólio mais adequado para cada pessoa”, finaliza o diretor, que também acrescenta que os valores este ano serão corrigidos pela taxa Selic, evitando perdas inflacionárias.





Sicredi

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