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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Dor Neuropática é uma das consequências mais debilitantes do diabetes


Em 14 de novembro são propagadas diversas ações e informações pelo Dia Mundial do Diabetes, doença que atinge mais de 13 milhões de pessoas no Brasil e possui grande impacto na qualidade de vida do indivíduo, em virtude das sequelas que se desenvolvem a partir de tratamentos inadequados ou pela simples evolução da doença ao longo dos anos. Dentre algumas destas consequências, a dor neuropática diabética é uma das mais debilitantes.

Gerada a partir de uma lesão nervosa periférica ocorrida pelas alterações vasculares e danos metabólicos da hiperglicemia, característica do Diabetes Melito, a dor neuropática atinge de 10 a 30% dos portadores da doença e surge, mais frequentemente, a partir de 10 anos de atividade desta.

O problema interfere diretamente na rotina diária e nos relacionamentos dos seus pacientes. "A dor neuropática diabética causa desconforto e limitações provocadas pela dor, por forte queimação nos pés e também nas mãos, além de pontadas ou choques nas extremidades dos membros, especialmente os inferiores. Em algumas situações, pode apresentar dormência. Em geral, a crise pode ser desencadeada por estímulos simples como contato com a água e roupas", conta o mestre e doutor em neurocirurgia pela UNIFESP, com especialização no tratamento da dor pela Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Claudio Corrêa .

Embora a neuropatia diabética esteja presente no processo evolutivo do diabetes, ela pode ser evitada ou ter seu aparecimento adiado com algumas medidas simples. "Podem ser adotados o controle rígido da glicemia, o uso de calçados adequados - com palmilhas especiais -, a ingestão de vitaminas que regeneram a membrana responsável por envolver o nervo e também de antiagregantes plaquetários que previnem a obstrução dos pequenos vasos que irrigam os nervos", explica o especialista.

Em relação ao tratamento para os casos já em andamento, são indicados medicamentos que atuam no sistema supressor da dor, reduzindo significativamente essas manifestações dolorosas.

Para além dos medicamentos, são indicadas técnicas cirúrgicas de neuroestimulação. "Nestes casos, são implantados eletrodos para a emulação da medula espinal, que atuam tanto na melhora da condição dolorosa como da microcirculação periférica, em casos de diabéticos crônicos", pontua Dr. Claudio.
Embora a técnica não seja ainda desenvolvida pelo SUS, está presente no rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde) para cumprimento das operadoras de planos de saúde.




Dr. Claudio Corrêa - Com mais de 30 anos de atuação profissional, Dr. Claudio Fernandes Corrêa possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Especializou-se no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional – do qual se tornou referência no Brasil e no exterior. É também o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes.
https://www.instagram.com/dr.claudiocorrea/

Mitos e verdades sobre o câncer de próstata


No Brasil, os homens vivem em média 7 anos a menos do que as mulheres... E, ainda assim, eles não têm o hábito de ir ao médico regularmente. Dados do Ministério da Saúde mostram que um terço dos brasileiros não se cuida como deveria. Por isso, durante o Novembro Azul, vale o alerta para uma das doenças que mais acomete a população masculina: o câncer de próstata. A taxa de incidência é alta e a de mortalidade também. Segundo a Organização Mundial da Saúde, até 2030 serão 27 milhões de novos casos, 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivendo com a enfermidade. Os lugares mais afetados serão os países em desenvolvimento. Se alguns tipos de câncer vêm registrando queda, como o de estômago e fígado, outros só aumentam... É o que acontece com o de próstata. No Brasil, trata-se do segundo com maior incidência. Por isso, o Dr. Adagmar Andriolo, patologista clínico da Unifesp, esclarece algumas dúvidas frequentes sobre a doença.


O TAMANHO DO DEDO INDICADOR REVELA O RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA.

VERDADE. O dedo indicador mais longo do que o anelar indica que o homem tem 33% a menos de chance de desenvolver a doença. Isso porque o tamanho do dedo indicador está inversamente relacionado à exposição de testosterona intra-útero. E níveis mais baixos de testosterona antes do nascimento protegem, segundo estudos, contra o câncer de próstata.


A INCIDÊNCIA DA DOENÇA AUMENTA APÓS OS 50 ANOS DE IDADE.

VERDADE. Como regra geral, podemos dizer que a incidência do câncer de próstata guarda certa relação com a idade. Ou seja, é de 50% na faixa dos 50 anos de idade, cerca de 70% aos 70 anos, e assim por diante.  


CÂNCER DE MAMA É O DE MAIOR INCIDÊNCIA NO BRASIL.

MITO. O tipo de câncer mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o de pele, seguido do de próstata. Em terceiro lugar é que aparece o de mama, seguido de cólon e reto. E, depois, pulmão e brônquios.


JÁ EXISTE EXAME QUE ELIMINA A NECESSIDADE DO TOQUE RETAL.

MITO. O toque retal não só no Brasil, mas também no mundo todo, ainda é considerado fundamental na detecção da doença. Ele deve ser realizado anualmente a partir dos 50 anos. Já quem tem histórico na família deve procurar um urologista um pouco antes, aos 45 anos.


PSA ALTERADO INDICA CÂNCER DE PRÓSTATA.

MITO. No Brasil, além do toque retal, o exame comumente usado para detectar a doença é a dosagem do PSA, antígeno prostático específico, enzima naturalmente produzida pela glândula. No entanto, alterações na concentração desse antígeno podem estar associadas a outras enfermidades, como inflamação e infecção da próstata. Por isso, muitos homens acabam submetidos, inclusive, a biópsias sem necessidade. Uma esperança para evitar isso é a chegada ao Brasil do phi, índice de saúde da próstata. O exame faz uma relação entre o PSA livre, o PSA total e uma isoforma do PSA, o p2PSA, garantindo uma maior precisão sobre a condição do paciente e evitando até 30% de biópsias desnecessárias.


ANDAR DE MOTO, BICICLETA OU ATÉ ATIVIDADES SEXUAIS DEVEM SER EVITADAS ANTES DE COLHER SANGUE PARA FAZER A DOSAGEM DO PSA.

VERDADE. Essas atividades podem elevar a concentração do PSA total no sangue, produzindo resultados alterados, comprometendo a interpretação dos mesmos. Por isso, devem ser evitadas no período de 72 a 48 horas que precedem a realização do exame.


Dia Mundial do Diabetes: doença atinge 13 milhões de brasileiros


Freepick

Doença não tem cura e sua causa está ligada a hereditariedade e aos maus hábitos de vida, como má alimentação, sedentarismo, tabagismo e excesso de consumo de álcool


No próximo dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, um hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Atualmente, a doença atinge cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o que representa 6,9% da população nacional.

O aumento de glicemia no organismo causado por diabetes pode desenvolver problemas no coração, nos olhos, nos nervos e nos rins. Em casos mais sérios, a doença pode levar à morte. “Não há cura, apenas os medicamentos hoje em dia controlam a glicemia e reduzem as complicações. O tipo 2 da doença é o mais comum em adultos, chegando a 90% dos casos”, explica Dr. Miguel Carlos Riella, presidente e nefrologista da Fundação Pró-Renal. 

Por ser uma doença silenciosa, ela pode existir por anos sem sintomas. “Os sintomas clássicos são os derivados dos altos níveis de glicose no sangue como sede, aumento do volume de urina, aumento do apetite, infecções urinárias e de pele recorrentes, entre outros”, pontua o médico. Mudanças de humor, fadiga, náuseas, vômitos e perda de peso, formigamento nas mãos e pés, visão embaçada e feridas que demoram para cicatrizar também podem ser indícios da doença, tanto diabetes tipo 1 quanto diabetes tipo 2.

Foram esses sintomas que fizeram Allan descobrir a doença. “Eu tomava muita água, era questão de um, dois litros e ia muito ao banheiro fazer xixi, era de três a quatro litros de urina”, descreve. Ele entrou em um estado de desidratação profunda. “Ninguém sabia o que era diabetes na época, minha mãe me levou em uma médica que receitou uma vitamina com bastante glicose”, conta. Ele fez uso da dieta por um dia e meio. “Entrei em coma diabético, fui direto para a UTI e fiquei 30 dias em coma”. Mas apesar de conviver com a doença, Allan leva uma vida normal. Seu tratamento é feito com bomba de infusão de insulina, o que melhorou consideravelmente sua qualidade de vida. Ele soma também a prática de exercícios físicos e alimentação saudável, seguindo a recomendação médica. Allan também é Paciente Renal Crônico e faz tratamento de diálise peritoneal devido a perda da função renal decorrente da Diabetes.

É importante que ao sentir qualquer sintoma o médico seja consultado para iniciar o tratamento o quanto antes. “Uma vez diagnosticado, o paciente precisa ser bem orientado por um médico especialista para melhor controle da glicemia e dos hábitos diários, como dieta, exercícios, entre outros, para minimizar as complicações”, explica o nefrologista da Fundação Pró-Renal.


Doença renal — Os rins são órgãos compostos por milhões de vasinhos sanguíneos que ajudam a remover os resíduos do sangue. Sua capacidade de filtragem pode sofrer danos por conta de diabetes. O alto nível de açúcar no organismo faz com que os rins filtrem mais sangue, sobrecarregando os órgãos e fazendo com que moléculas de proteína sejam eliminadas pela urina (microalbuminúria).

Quando a doença renal é diagnosticada por meio da microalbuminúria, há tratamentos que podem evitar complicações. Quando é detectada tardiamente (macroalbuminúria), a complicação é chamada de doença renal terminal. Com o tempo, os rins acabam perdendo seu funcionamento, levando o paciente a precisar de um transplante ou sessões regulares de diálise.


Pé diabético — A doença arterial periférica diminui o fluxo de sangue para os pés e é um dos problemas que acomete muitas pessoas com diabetes com úlceras e infecções que podem ocasionar amputação do(s) membro(s). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada minuto, três pessoas são amputadas no mundo por consequência de diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, um quarto dos diabéticos desenvolve úlceras nos pés e 85% das amputações de membros inferiores é feita em pessoas com diabetes.

“O paciente com diabetes tem a perda da sensibilidade, mudança na estrutura óssea dos pés; tudo isso se dá pela neuropatia diabética. Quando o paciente já apresenta estas alterações não existe cura, somente um controle dos sintomas mediante ao paciente controlar o diabetes para não ter mais complicações”, explica Ruth Pimenta, podóloga e enfermeira da Fundação Pró-Renal.

No entanto, ainda segundo o Ministério da Saúde, muitas amputações são evitáveis quando se tem cuidados regulares, como acompanhamento médico e o uso de sapatos adequados. “Sempre orientando quanto a hidratação, secar bem os pés após o banho, não cortar as unhas em casa, não usar chinelos de dedo, olhar os sapatos antes de calçar, utilizar sapatos adequados para as alterações em seus pés”, complementa a podóloga.

Segundo a Fundação Pró-Renal, a pessoa que apresentar alguma deformidade, ferida ou outras situações diferentes nos pés, deve consultar sempre um podólogo para as devidas orientações. “Muitas vezes conseguimos evitar problemas mais sérios e até uma amputação ao realizar a prevenção e os tratamentos devidos”, ressalta a podóloga da Fundação Pró-Renal.





Pró-Renal
Redes Sociais: @fundacaoprorenal


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