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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

É possível envelhecer sem dentadura?



De acordo com dados do IBGE, mais de 40% de idosos acima dos 60 anos já perderam todos os dentes. Os cuidados com a saúde bucal vão além da higienização


Não é segredo para ninguém de que o cuidado bucal diário é essencial para a saúde da boca e até do organismo de forma geral. Entretanto, tem-se uma cultura de que utilizar próteses dentárias – popularmente conhecidas como dentaduras – é uma consequência do envelhecimento, pois a perda de dentes é um processo natural. A verdade é que, apesar de na terceira idade os cuidados orais terem que ser redobrados, pois há um enfraquecimento de dentes, ossos e gengiva, é possível manter quase todos os dentes nesta fase da vida. 

De acordo com dados do IBGE, 41,5% das pessoas acima dos 60 já perderam todos os dentes. “Estes dados são alarmantes. É preciso compreender que, se há os devidos cuidados orais, é possível diminuir a perda dental e chegar à terceira idade com grande parte dos dentes naturais. Em casos de perda de dentes, o ideal é substituí-los por implantes, evitando o uso de próteses removíveis”, afirma Dr. Paulo Coelho Andrade, mestre e especialista em implatodontia e odontologia estética.

O profissional conta que o envelhecimento aumenta o risco de vários problemas orais como a gengivite, doença periodontal, cárie de raiz, diminuição da saliva, entre outros. “Com a idade, os dentes costumam ficar mais sensíveis, pois é comum ocorrer a retração gengival ao longo da vida, deixando a raiz exposta. Higiene bucal inadequada, fumo, estresse, doenças sistêmicas também podem contribuir para problemas gengivais”, explica. Para prevenir estes problemas e conseguir manter a saúde bucal em dia, Dr. Paulo dá algumas dicas:

. Uma alimentação saudável faz bem para o organismo como um todo, incluindo a boca e os dentes. Consumir alimentos in natura e evitar açúcar e industrializados ajuda a manter a boa saúde oral;

. A hidratação é essencial, principalmente na terceira idade, onde os níveis de água no corpo são drasticamente inferiores. Beber muita água ajuda na produção de saliva, diminuindo a proliferação de bactérias na boca;

. A utilização de escovas de cerdas macias minimiza a retração natural da gengiva que costuma ocorrer ao longo da vida. Suavidade na hora da escovação também ajuda a diminuir o problema;

. Dar preferência a pastas de dente com flúor e que amenizam a sensibilidade. Evitar cremes que clareiam os dentes, pois são abrasivos. Utilizar o fio dental depois das principais refeições;

. Praticamente todas as doenças bucais, se descobertas e tratadas no primeiro estágio, são reversíveis. As visitas periódicas ao dentista – de 6 em 6 meses – asseguram a boa saúde oral;

. As coroas e pontes são utilizadas para reforçar dentes danificados e substituir os extraídos. No caso de dentes desgastados pelas erosões dentárias ou até bruxismo, as facetas são uma excelente alternativa para harmonizar a estética oral. Os cuidados diários devem ser os mesmos tomados com os dentes naturais: escovar e usar fio dental após as refeições;

. No caso do uso de próteses removíveis – dentaduras – a pessoa também deve escova-las após as refeições com uma escova macia e um creme dental específico. Há diversos produtos no mercado que auxiliam na higienização das mesmas. Entretanto, para manter uma verdadeira saúde oral e do organismo de forma geral, o ideal é substituí-las por implantes com próteses fixas, que garantem uma boa mastigação e não provocam perda óssea. 






Clínica Dr. Paulo Coelho Andrade
Av. Bandeirantes, 466 – Mangabeiras
Belo Horizonte - MG
(31) 3227-7076


Ameaça silenciosa: Câncer de ovário tem sintomas discretos e pode evoluir rapidamente se não tratado em estágio inicial



Tipo de tumor ginecológico tem baixa incidência e apresenta boas respostas ao tratamento quando diagnosticado precocemente; Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas alerta sobre os principais sinais de alerta da doença


Pouco se ouve falar sobre câncer de ovário, mas atualmente é considerado o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também combatido, já que é assintomático. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são registrados no Brasil aproximadamente cinco mil novos casos por ano, sendo que ¾ são diagnosticados em estágios avançados.

De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, o câncer de ovário possui maior incidência em mulheres acima dos 50 anos, sendo na grande maioria dos casos não é possível identificar previamente fatores de risco que justifiquem o aparecimento da condição. "Um dos fatores que torna esse tipo de câncer tão agressivo é o fato de se iniciar a partir de mutações genéticas não hereditárias que, por sua vez, alteram as características das células e apresentam alta capacidade de se multiplicarem rapidamente, fazendo com que a doença atinja um estágio avançado rapidamente quando não tratado", explica .

Entre os fatores que possivelmente contribuem para o aparecimento da doença alguns estudos sugerem que o número excessivo de ovulações pode levar ao surgimento de tumores, sendo possível adotar como método preventivo o uso de pílula anticoncepcional. "Esses levantamentos concluíram que o uso contínuo da medicação por cinco anos pode diminuir em até 60% a incidência deste de câncer de ovário", diz o Dr. Daniel.

O especialista ainda ressalta que apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára – causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. "Nestes casos, é possível realizar exames específicos de análise genética em mulheres cujo histórico familiar deste tipo de câncer sugira a possibilidade de hereditariedade como fator causador da condição – em especial quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário. Nestas situações, diante de uma comprovação da suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico", pontua o oncologista do CPO.


Fique atento aos possíveis sinais e aos tratamentos

O sintoma do câncer de ovário é discreto e demora a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros.

Mesmo sendo o câncer ginecológico com maior índice de óbito no mundo, se diagnosticado precocemente, existem altas chances de cura. Exames como palpação abdominal, toque vaginal e ultrassom são muito recomendados para detectar a doença e tentar reverter, assim, este cenário.

"O problema é que os sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Por isso, é recomendado que a mulher procure um especialista caso perceba qualquer alteração, mesmo que pareça usual. Além disso, é aconselhável realizar os exames ginecológicos anualmente", afirma o Dr.Daniel.
A definição do tratamento para pacientes com câncer de ovário depende do tipo e estágio da doença. Entre os fatores analisados estão ainda a idade e desejo de ter filhos da paciente. "A orientação depende de uma avaliação do histórico da mulher e suas condições de saúde como um todo. Em linhas gerais, a cirurgia ainda é o principal tratamento, podendo significar a retirada bilateral ou unilateral do órgão - quando há a possibilidade de preservação de um ovário e uma trompa de Falópio. A quimioterapia pode ser indicada, dependendo do caso, antes ou após a intervenção cirúrgica", destaca o Dr. Daniel. "A busca por gestações após câncer de ovário deve ser discutida com o médico, já que dependerá de uma abordagem personalizada do caso", finaliza.





Por que sentimos sono depois de uma grande refeição?



Carnes magras, carboidratos complexos, legumes e saladas são os alimentos ideais para evitar o sono


É muito comum exagerar na quantidade de carboidrato na hora do almoço – principalmente em restaurantes – e um dos maiores motivos do sono é a forma como este nutriente é metabolizado pelo organismo. De acordo com o médico e nutrólogo Dr. Lucas Penchel, a ingestão de alimentos ricos em carboidratos simples como arroz branco, macarrão, maionese, farofa, suco de frutas, entre outros, é responsável pelo pico de glicemia no sangue, que é seguido por uma baixa. “Quando acontece a baixa de glicose no sangue, a falta de disposição é o primeiro sintoma, seguido do sono”, conta.

Quando há o consumo de grandes quantidades de alimentos, o sistema digestivo “pede” uma maior oxigenação para realizar as suas funções e metabolizar todos os nutrientes. Isso faz com que o organismo diminua o fluxo sanguíneo em várias partes do corpo, principalmente no cérebro, dando a sensação de sono. “A solução está nas escolhas mais saudáveis como legumes cozidos e saladas. Na hora do carboidrato, optar sempre pelo arroz integral, mandioca ou batata doce. Carnes magras grelhadas e assadas como peito de frango, patinho, acém e lagarto também são boas escolhas. Evitar líquidos durante e após as refeições”, explica Stefani Rocha, nutricionista da Clínica Penchel.

Segundo algumas pesquisas, a ingestão de alimentos tarde da noite acomete um impacto na pressão arterial, pois, durante a noite, o processo fisiológico normal é a queda da pressão. O estudo registrou uma queda inadequada da pressão em 24,2% dos participantes que comeram até duas horas antes de dormir. Já entre os que haviam jantado mais cedo, a porcentagem foi de 14,2%. “A pesquisa mostra que consumir alimentos antes de dormir faz com que o nosso corpo permaneça em estado de alerta, estimulando a produção de hormônios do estresse – como adrenalina e cortisol – e alterando o ritmo diário do organismo. Lembrando que o que se come é tão importante quanto o horário. Por isso é fundamental um acompanhamento com um nutricionista”, esclarece Dr. Lucas.

Na hora do almoço, Stefani sugere a escolha de apenas um tipo de carboidrato e que ele seja do tipo complexo para evitar picos de glicose no sangue. “Não comer grande volume de comida de uma vez, pois, como o processo de digestão passa por uma série de reações químicas que exigem um gasto maior de energia, causam, também, a sonolência. Gorduras também devem ser evitadas, pois tornam a digestão mais lenta. Ela lista algumas maneiras de melhorar a disposição, principalmente quando se trata de recuperação rápida:

* Beber água. A desidratação é uma causas mais comuns e fácies de consertar da falta de energia. Mesmo uma desidratação leve pode ser responsável por drenar as energias e afetar a habilidade de pensar racionalmente. Quando a energia estiver baixa, é bom tomar alguns copos d’água;

* Tomar sol. A luz é antagonista da produção de melatonina, um dos hormônios responsáveis pelo sono. Passar o dia em um escritório ou sala de aula fechada faz com que o cérebro ache que é hora de dormir e libere a melatonina, diminuindo os níveis de energia;

* Comer um pouco de chocolate 70%. Chocolates contêm teobromina e cafeína, fontes de energia comprovadas. Flavonoides, um antioxidante que melhora o humor, também pode ser encontrado no cacau. Só não vale aproveitar para extrapolar as quantidades, tudo deve ser com moderação;

* Beber uma xícara de café. Há um motivo pelo qual a maioria das pessoas recorre ao café para acordar de manhã: ele é cheio de cafeína e acelera o metabolismo, aumenta a energia e a concentração. Mas é importante lembrar que ele não deve ser acompanhado do açúcar de mesa. 







Dr. Lucas Penchel - Médico Generalista (Unifenas – BH), Membro do International Colleges for the Advancement of Nutrology, Membro da American Society for Nutrition, Membro da Sociedade Brasileira de Fisiologa, Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, Membro da Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, Membro da Sociedade Brasileira de Nutrologia, Membro da Associação Brasileira do Estudo sobre Obesidade e Síndrome, Metabólica (Abeso), Presidente de mesa do 8º Congresso Brasileiro de Fisiologia Humana e Hormonal

Clínica Lucas Penchel
Av. Afonso Pena, 3924 - Sala 306 – Mangabeiras
Facebook: @clinicalucaspenchel
Instagram: @drlucaspenchel



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