Há uma grande
variedade de distúrbios visuais que ocorrem após acidentes vasculares cerebrais
e, com frequência, com sintomas visuais.
Um
novo estudo
da Universidade de Liverpool, publicado no Brain and Behavior,
examina a ampla gama de deficiências visuais desenvolvidas por sobreviventes de
AVC.
Aproximadamente
65% dos sobreviventes de um AVC agudo desenvolvem deficiência visual que
tipicamente se relacionam com deficiências de visão central ou periférica,
anormalidades nos movimentos oculares ou defeitos perceptuais visuais.
“Os
sintomas podem incluir visão desfocada ou alterada, visão dupla ou confusa,
perda de campo visual, dificuldade de leitura, incapacidade de reconhecer
objetos ou pessoas familiares”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor
do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
“A
deficiência visual pós-acidente vascular cerebral é atualmente uma área
muito pesquisada. No entanto, a gama completa de deficiências é atualmente
desconhecida”, explica a neuro-oftalmologista do IMO, Márcia Lucia
Marques.
Para
avaliar a gama completa de transtornos visuais, pós AVC, os autores do estudo
examinaram os formulários de seleção / consulta de deficiência visual de
915 pacientes pós-AVC de 20 hospitais. Os pesquisadores descobriram que, em
média, os pacientes, após o AVC, levaram 22 dias para passar por uma avaliação
visual.
Uma
vez avaliados, 92% apresentaram uma deficiência visual, dentre estas:
·
24%
tinham menor clareza de visão (acuidade visual central);
·
16%
daqueles com deficiência visual desenvolveram um estrabismo (estrabismo);
·
68%
apresentaram comprometimento na forma como seus olhos ou olhos se moviam
(distúrbios da motilidade ocular);
·
Perda
de campo visual periférica estava presente em 52%;
·
15%
desenvolveram uma condição que os faz ignorar tudo de um lado do mundo visual.
A condição, conhecida como desatenção visual, geralmente afeta pessoas que
tiveram um acidente do lado direito e ignoram as coisas no lado esquerdo;
·
Em
geral, 84% foram visualmente sintomáticos com perda de campo visual, a queixa
mais comum seguida de visão borrada, dificuldade de leitura e diplopia.
Ampla gama de distúrbios
As
opções de tratamento foram fornecidas a todos com deficiência visual
confirmada. O aconselhamento específico foi geralmente fornecido juntamente com
a refração e a oclusão.
“Há
uma grande variedade de distúrbios visuais que ocorrem após acidentes
vasculares cerebrais e, com frequência, com sintomas visuais. Existem
igualmente uma grande variedade de opções de tratamento disponíveis para esses
indivíduos. A pesquisa destaca o fato de que todos os sobreviventes de AVC
requerem rastreio precoce para deficiência visual e justifica-se o
encaminhamento para avaliação especializada e tratamento direcionado específico
para o tipo de deficiência visual”, destaca Márcia Marques.
IMO,
Instituto de Moléstias Oculares
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